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A Escola de Frankfurt foi criada no contexto pós-Revolução Russa.

Os
fundadores e muitos de seus membros tentavam, a partir das ideias de Karl
Marx, compreender o movimento russo e as suas consequências, inclusive em
níveis mais globais, observando a forma como o crescimento do capitalismo e
as ideias de Marx influenciaram o restante da Europa.
Em 1933, a Escola é perseguida e fechada pelos nazistas. Horkheimer foge
para a Suíça e, posteriormente, para Nova York, onde o Instituto de Pesquisa
Social retoma suas atividades, instalado na Universidade de Columbia.
Em 1949, após o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota dos nazistas, o
Instituto volta a funcionar na Universidade de Frankfurt. As rápidas e intensas
mudanças que marcaram o período, que foi desde o final da Revolução Russa
ao final da Segunda Guerra Mundial, influenciaram a maneira como os
pensadores viram, na prática, as transformações mundiais. A união entre o
pensamento tradicional e as tensões sociais foi desenvolvida pelos pensadores
tal como proposto na fundação da Escola de Frankfurt.
A Escola de Frankfurt, com sede na Universidade de Frankfurt, pretendia
promover intensos debates, que buscavam entender a fundo o surgimento do
capitalismo e as consequentes alterações sociais, políticas e econômicas que
aconteceram com a implantação desse sistema, as transformações nas
relações de trabalho e o surgimento da cultura e da indústria de massa.
A Teoria Crítica foi o elo conceitual que uniu os intelectuais da Escola de
Frankfurt, criando uma nova interpretação do marxismo, da sociologia e da
política no início do século XX. Participaram da Escola de Frankfurt intelectuais
como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Erich Fromm,
Walter Benjamin e Jürgen Habermas.
A liberdade de ideias e a liberdade de expressá-las sem sofrer censura moral
sempre foram idéias correlacionadas e entrelaçadas. Os estudos dos filósofos
de Frankfurt ficaram conhecidos como Teoria Crítica, que se contrapõe à
Teoria Tradicional. A diferença é que enquanto a tradicional é "neutra" em seu
uso, a crítica busca analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua
aplicação, visando à transformação da realidade. Um exemplo de como isso
funciona é a análise dos meios de comunicação caracterizados como indústria
cultural. Então, um grupo de intelectuais e filósofos se uniu para criar uma
escola.
A Escola de Frankfurt tem a ideia de que o pensamento pode ser controlado
por meio da imposição da doutrina do "politicamente correto". A base desta
ideia é o polilogismo marxista, o qual dizia que diferentes grupos de pessoas
possuem diferentes modos de pensamento e seguem diferentes tipos de
lógica.
A ênfase no componente “crítico” e “dialético” da teoria frankfurtiana são
aspectos fundamentais para elaboração de um arcabouço teórico. Assim, ela é
capaz de realizar a autocrítica como forma de rejeição de toda pretensão
absoluta. Compreendida enquanto uma autoconsciência social crítica, a “teoria
crítica” busca a mudança e emancipação do ser humano por meio do
esclarecimento. Para tanto, rompe com o dogmatismo da “teoria tradicional”,
positivista e cientificista, da qual o principal atributo é a razão instrumental.
Portanto, a teoria crítica busca situar-se ela mesma fora das estruturas
filosóficas limitadoras. Ao mesmo tempo ela cria um sistema autorreflexivo que
explique os meios de dominação e aponte os modos de superá-lo. O intuito é
alcançar uma sociedade racional, humana e naturalmente livre. Essa “auto-
reflexão” é garantida pelo método de análise dialética, meio pelo qual podemos
descobrir a verdade ao confrontar ideias e teorias. Assim, o método dialético,
aplicado a si mesmo, consuma-se um método autocorretivo para as ciências
que utilizam este processo de pensamento.
Em linhas gerais, entende-se que a Teoria Crítica é resultado da harmonização
do histórico do marxismo materialista com as teorias psicanalíticas que já
tinham sido desenvolvidas. Assim, a teoria era uma mistura bem diversificada
de olhares, críticas, ideias e teorias, resultando num mix ideológico.

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