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SISTEMAS DE CONTROLE - Geral
SISTEMAS DE CONTROLE - Geral
SISTEMAS DE CONTROLE
INDUSTRIAIS
CONTEXTUALIZANDO
02
Os produtos químicos a granel podem ser processados na produção de
especialidades ou produtos químicos finos, como adesivos, selantes,
revestimentos, gases industriais, produtos químicos eletrônicos, catalisadores e
compostos de limpeza. Eles também são usados em bens de consumo como
sabonetes, detergentes, loções e cosméticos. O setor de saúde utiliza produtos e
compostos a granel na produção de medicamentos, vitaminas e produtos de
diagnósticos. Devido ao alto custo de pesquisa e desenvolvimento e às
especificações de regulações governamentais, esses produtos são feitos em
ambientes laboratoriais controlados, o que os torna mais caros (Lamb, 2015).
As variáveis de processo fundamentais na produção de produtos e
compostos químicos são tempo, volume, temperatura, pressão, concentração de
cada produto químico e transferência de calor. O processamento químico ocorre
em torno do controle e do monitoramento dessas variáveis (Lamb, 2015).
A produção e o processamento de produtos químicos podem ser muito
perigosos, devido à sua natureza reativa. Pressão, temperatura, a acidez e
quantidades devem ser monitoradas e controladas de maneira precisa. Isso
requer instrumentação capaz de visualização, por meio de uma gama de produtos.
As IHMs são usadas no campo em salas de controle para mostrar os diagramas
do processo e fornecer controle e alarmes detalhados (Lamb, 2015).
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As válvulas que controlam o fluxo de líquido e de gases em processo
costumam ser analógicas; elas não só podem ser completamente abertas ou
fechadas, mas também podem se mover em posições intermediárias. São
conhecidas como válvulas proporcionais e contêm um sensor de retorno que
verifica a posição, embora em algumas aplicações sejam utilizados sensores de
fluxo. As variáveis de processo são monitoradas por meio de limites padronizados
como alto e baixo, e limites que causam desligamentos, como muito baixo e muito
alto (Lamb, 2015).
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processamento de alimentos é de aço inoxidável e permite lavagem pressurizada.
Muito cuidado é tomado para garantir que os equipamentos não apresentem
fendas nas quais certos contaminantes possam se alojar (Lamb, 2015).
Os controles nas indústrias de processamento de alimentos e bebidas são
similares aos do processamento químico, embora a maioria seja controlado por
CLP. A instrumentação é usada na medição de temperatura e de taxas de fluxos;
algumas vezes são usados controladores cujos dados são lidos em um sistema
Scada ou de monitoramento. Alimentos e bebidas podem ser produzidos por
diferentes métodos (Lamb, 2015):
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Figura 3 – Processo de produção de pães
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Assim como a indústria de processamento químico, os processamentos de
alimentos e de bebidas envolvem a visualização do processo. As IHMs e os
sistemas de controle integrados permitem a visualização de cada um deles, desde
a matéria-prima até o embalo. Muitos fornecedores de componentes de controle
possuem modelos de pacotes específicos para a indústria de alimentos e de
bebidas, com gerenciamento de receitas, coletas de dados históricos e telas.
Também existem fabricantes de soluções customizadas especializados em
equipamentos e em processamento de alimentos e de bebidas (Lamb 2015).
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As máquinas de embalagem podem ser adquiridas como equipamentos de
série, disponibilizadas no mercado por vários OEMs: etiquetadores, sistemas de
checagem de peso, ensacadores, máquinas armadoras, enfaixadoras e retráteis
para alimentos. Eles são fabricados em tamanhos padronizados por muitos
fabricantes e podem ser encomendados e entregues em prazos curtos. Também
são ajustáveis para vários tamanhos de embalagens e materiais de rotulagem. As
máquinas podem ser customizadas pelos fabricantes a partir de projetos-padrão,
mas algumas devem ser fabricadas de forma customizada, devido a requisitos
especiais, como manuseio de materiais, tamanhos dos pacotes ou velocidade. Os
usuários finais em geral customizam ou fabricam suas próprias embaladoras
internamente (Lamb, 2015).
Figura 5 – Empacotadora
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de embalagem de líquidos, pelo fato de esse tipo de empacotamento em geral
envolver comida ou bebida. A refrigeração e a secagem também são comuns em
tarefas que envolvem manuseio de materiais e empacotamento de produtos
(Lamb, 2015).
A utilização de filme plástico requer o encolhimento do filme por meio de
fornos e ar aquecido e a vedação das embalagens com equipamentos de
vedação. A temperatura e o tempo são variáveis importantes nesse processo,
controladas por dispositivos discretos, como controladores de temperatura,
temporizadores e transportadores de velocidade variável. As máquinas de
embalagem se valem de inúmeras tecnologias, desde componentes mecânicos e
de controle simples até servos de alta velocidade e sistemas robóticos.
A rotulagem pode ser aplicada nos pacotes por meio de etiquetas adesivas
a partir de um dispenser ou da impressão direta em embalagens, sacos ou caixas.
Os rotuladores são controlados por um sensor de detecção de peças, que atua
como um gatilho. Também é possível usar um codificador ou outro dispositivo de
detecção de velocidade para controlar o espaçamento. Os códigos de barras,
elementos importantes da indústria de rotulagem, podem ser pré-aplicados nas
etiquetas ou impressos diretamente nos produtos (Lamb, 2015).
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com paredes finais e complexas. Esse método às vezes é combinado com o uso
de pressão aplicada a vácuo.
A extrusão é usada para formar perfis contínuos e formas ocas. Isso é feito
de maneira similar à extrusão plástica, mas sem a aplicação de calor. A forma
plástica do material cerâmico é resultado da mistura de argila e água em
temperatura ambiente. Essa mistura é forçada por uma matriz, com uso de um
grande parafuso, conhecido como trado.
A maioria dos materiais cerâmicos deve passar por tratamento térmico
depois da formação. Isso é necessário tanto para secar a forma cerâmica de seu
estado plástico quanto para aquecer ou endurecer o material, até que ele adquira
a consistência final. Processos intermediários, como sintetização, também são
feitos para transformar uma forma porosa em um produto mais denso, por meio
da difusão de material (Lamb, 2015).
A queima final das cerâmicas em geral é feita em um forno com temperatura
alta, na ordem de milhares de graus. Isso provoca o processo de vitrificação, em
que alguns dos componentes da cerâmica entram na fase vítrea, ligando
partículas fundidas e preenchendo poros no material. Esse processo dá origem a
um material duro, denso, porém quebradiço, que pode ser usado para vários
propósitos.
As cerâmicas são usadas como isolantes, em abrasivos para moagem,
como revestimentos de ferramentas cortantes, como dielétricos para capacitores,
em recipientes resistentes ao calor e em diversos outros produtos. As
propriedades de dureza e resistência a altos níveis de calor tornam a cerâmica
um elemento importante de peças como componentes de turbinas de motores de
aviões, válvulas de motores e telhas de isolamento térmico (Lamb, 2015).
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TEMA 5 – PROCESSAMENTO DE VIDRO
FINALIZANDO
013
químicos, alimentícios, cerâmico, em embalagens, e de vidros impõem desafios
que devem ser avaliados para que custos, serviços de desenvolvimento e a
própria implementação da solução de automação atinjam as necessidades e
qualidade exigidas pelo cliente final. Na próxima aula, daremos continuidade à
análise de processos industriais que podem ser automatizados.
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REFERÊNCIAS
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AULA 2
SISTEMAS DE CONTROLE
INDUSTRIAIS
CONTEXTUALIZANDO
02
comuns, como ferro, são fundidos pela combinação do minério com carbono,
como agente redutor em altas temperaturas.
Para separar o alumínio do minério bauxita – prática comum na metalurgia
extrativa –, carbono e eletricidade são introduzidos. O alumínio é extraído por meio
de um processo eletroquímico realizado em cuba ou por célula revestida de
carbono, usando criólito fundido ou fluoreto de alumínio de sódio sintético. As
fundições de alumínio consomem muita eletricidade, devido ao alto ponto de fusa
do metal.
O minério de cobre contém uma porcentagem muito baixa de metal de
cobre e passa por vários estágios para que seja possível purificar o metal. O
minério é primeiro moído e separado de outros minerais. Em seguida, ele é
submetido a procedimentos hidrometalúrgicos ou de flotação, com vistas a refinar
o metal antes de ele ser fundido. A fundição produz cerca de 70% de sulfureto de
cobre, que é então refinado e purificado por meio de eletrólise (Lamb, 2015).
Os metais purificados, ou ligas, são transportados em formas sólidas, como
lingotes, folhas ou bobinas, e enviados para outras unidades para processamento
posterior.
1.1 Ligas
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A extrusão utiliza os metais no estado líquido ou sólido para dar-lhes forma
ao forçá-los em um molde. O metal é empurrado ou levado a altas pressões
através de uma abertura com a forma desejada. Ele é então esticado e ajustado.
Esse processo pode ser contínuo ou produzir peças moldadas individualmente por
meio de formas ou tarugos. As prensas de extrusão podem ser acionadas
hidráulica ou mecanicamente.
A laminação é uma técnica por meio da qual o suprimento de metal passa
entre um par de rolos. Isso pode ser feito a altas temperaturas ou a temperaturas
mais baixas, nos processos conhecidos respectivamente como laminação a
quente e a frio. Os metais podem ser enrolados em seções transversais
retangulares, como chapas ou placas, enrolados em uma espessura muito fina,
conhecida como folha, ou passados por rolos consecutivos para dar forma à seção
transversal – processo conhecido como perfilação. A perfilação é geralmente
realizada em rolos de aço em espiral.
O forjamento se vale da pressão para moldar metais em formatos
desejados. Assim como a laminação, o forjamento pode acontecer a temperaturas
altas ou mais baixas. As peças fundidas ou formadas podem ser processadas
depois que a forma é resfriada. Elas costumam ser finalizadas em prensas ou
máquinas-ferramenta.
Figura 2 – Prensa
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gasolina, óleos, etileno, propileno e butileno. O gás natural é processado por meio
de craqueamento térmico para produzir muitos desses componentes. As
substâncias são processadas para produzir borrachas, adesivos, lubrificantes,
asfaltos e plásticos.
Existem duas categorias de plásticos: os polímeros termoplásticos e os
polímeros termoendurecíveis. Todos os plásticos são moldáveis quando
aquecidos, daí o prefixo termo. Os termoplásticos não alteram suas propriedades
químicas quando aquecidos e podem ser formados ou moldados várias vezes
(Lamb, 2015).
2.1 Extrusão
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2.2 Moldagem por injeção
2.3 Termoformagem
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Produtos de calibre grosso são feitos a uma velocidade bem mais lenta,
devido ao maior tempo de aquecimento e resfriamento (Lamb, 2015).
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TEMA 3 – SISTEMAS TRANSPORTADORES
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3.1 Sistemas transportadores por correia
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TEMA 4 – SISTEMAS TRANSPORTADORES POR ROLOS, CORRENTES E
ESTEIRAS
Vejamos agora alguns sistemas transportadores típicos: por rolos,
correntes e esteiras.
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Os sistemas transportadores de esteira e por corrente são acionados por
motores CA, em geral com acionamento de velocidade variável para o controle de
velocidade. Os sistemas transportadores de esteira e por corrente com grampos
podem ser acionados com um servo para propósitos de classificação. Isso é feito
por meio de um sensor colocado no grampo para parar o movimento de
classificação e verificar a posição.
Para finalizar essa aula, vamos estudar mais dois sistemas de transporte,
suas características e peculiaridades.
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Os separadores de ar laminares são equipamentos usados para separar
elementos pelo ar. As vezes são utilizados como transportadores vibratórios, por
ser um método higiênico, pois não há contato com os materiais que eles
transportam.
FINALIZANDO
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custos, os serviços de desenvolvimento e a implementação da solução de
automação correspondam às necessidades e à qualidade exigidas pelo cliente
final. Outro ponto de que tratamos nesta aula são os tipos de transportadores
utilizados em processos automatizados e em quais processos eles são utilizados.
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REFERÊNCIAS
LAMB, F. Automação industrial: na prática. Porto Alegre: AMGH Editora, 2015.
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AULA 3
SISTEMAS DE CONTROLE
INDUSTRIAIS
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Nesta segunda aula, entender um pouco sobre inversores de frequência,
robôs, IHM e sistemas de supervisão.
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1.1 Funcionamento do inversor de frequência
• N = rotação em RPM;
• f = frequência da rede, em Hz;
• P = números de polos.
Fonte: Shutterstock
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As configurações de robôs mais utilizadas são os robôs articulados, os
robôs do tipo Scara e os robôs de coordenadas cartesianas. Os requisitos de
velocidade, as posições que devem ser atingidas e o custo do sistema são fatores
que determinam o tipo de configuração para uma dada função (Lamb, 2015).
Fonte: Shutterstock
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2.2 Robôs Scara
Fonte: Shutterstock
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2.3 Robôs cartesianos
Fonte: Shutterstock
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Em termos de estabilidade, o robô é montado em uma base, que em geral
é aparafusada em uma fundação sólida ou em um quadro metálico. A base tem
conexões de cabos a partir do controlador (Lamb, 2015).
O controlador do robô possui acionamentos para cada um dos eixos, junto
com o “cérebro”, que executa os programas e coordena os movimentos dos eixos.
Também há portas de comunicação para fazer a interface com os computadores
de programação e com outros controladores. As conexões de interface de
segurança para E-Stop e circuitos de proteção em geral são montadas nessa parte
como conexões terminais. Os cabos que se estendem até a base do robô se
conectam ao controlador, bem como a uma porta que dá acesso ao painel de
programação (Lamb, 2015).
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Depois, passamos à definição do programa:
1. Mova para P1
2. Mova para P2
3. Mova para P3
4. Feche a pinça
5. Mova para P2
6. Mova para P4
7. Mova para P5
8. Abra a pinça
9. Mova para P4
10. Mova para P1 e finalize
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posições do robô podem ser ensinadas por meio de um console de instruções. As
características comuns de tais unidades são sua capacidade de enviar
manualmente o robô para a posição desejada, polegada ou movimento para
ajustar uma posição. Eles também têm meios de alterar a velocidade, pois uma
velocidade baixa é exigida para um posicionamento cuidadoso, ou durante os
testes com uma rotina nova ou modificada. Provavelmente esse seja o método
mais comum para ensinar posições em robôs articulados.
Figura 5 – Programando um robô
Fonte: Shutterstock
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controle pode ser feito por botoeiras e chaves seletoras para a entrada de dados,
além de sinaleiros, alarmes, instrumentos indicadores de painel e anunciadores
para o monitoramento do processo. A opção com os dispositivos citados requer o
projeto e a montagem de painéis enormes, com grande quantidade de fios
conectados à planta, o que diminui a flexibilidade no caso de ampliações da planta
e alterações no processo (Parede; Gomes, 2011).
Fonte: Shutterstock
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Figura 7 – IHM Simatic Panels da Siemens
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Figura 8 – Tipos de IHM
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4.2 Configuração e programação de IHMs
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TEMA 5 – SCADA (SUPERVISORY CONTROLE AND DATA ACQUISITION)
Fonte: Shutterstock
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Figura 10 – Topologia de automação
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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AULA 4
SISTEMA DE CONTROLE
INDUSTRIAL
CONTEXTUALIZANDO
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o setor elétrico brasileiro por meio da Lei n. 9.427/1996 e do Decreto n. 2.335/1997
(Aneel, 2017).
A Aneel iniciou suas atividades em dezembro de 1997, tendo como
principais atribuições:
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O ONS é composto por membros associados e membros participantes, que
são as empresas de geração, transmissão, distribuição, consumidores livres,
importadores e exportadores de energia. Também participam o Ministério de
Minas e Energia (MME) e representantes dos Conselhos de Consumidores (ONS,
2017).
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Ela é responsável por:
• implantar e divulgar regras e procedimentos de comercialização;
• fazer a gestão de contratos do Ambiente de Contratação Regulada (ACR)
e do Ambiente de Contratação Livre (ACL);
• manter o registro de dados de energia gerada e de energia consumida;
• realizar leilões de compra e venda de energia no ACR, sob delegação da
Aneel;
• realizar leilões de Energia de Reserva, sob delegação da Aneel, e efetuar
a liquidação financeira dos montantes contratados nesses leilões;
• apurar infrações que sejam cometidas pelos agentes do mercado e calcular
penalidades;
• servir como fórum para a discussão de ideias e políticas para o
desenvolvimento do mercado, fazendo a interlocução entre os agentes do
setor com as instâncias de formulação de políticas e de regulação (CCEE,
2017).
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2.1 Consumo de energia
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2.2 Capacidade instalada
Os estudos para o planejamento da expansão utilizam como base a
configuração do sistema existente e a expansão contratada nos leilões passados.
Em dezembro de 2016, o SIN contava com uma capacidade instalada de,
aproximadamente, 148 GW, com participação das diversas fontes de geração.
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Figura 3 ‒ Expansão de energia contratada até 2016
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Figura 4 ‒ Participação por fontes de energia
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constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a
maior parte da região Norte (NOS, 2017).
A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão,
propicia a transferência de energia entre subsistemas, permite a obtenção de
ganhos sinérgicos e explora a diversidade entre os regimes hidrológicos das
bacias. A integração dos recursos de geração e transmissão permite o
atendimento ao mercado com segurança e economicidade.
A capacidade instalada de geração do SIN é composta, principalmente, por
usinas hidrelétricas distribuídas em dezesseis bacias hidrográficas nas diferentes
regiões do país. Nos últimos anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente
nas regiões Nordeste e Sul, apresentou um forte crescimento, aumentando a
importância dessa geração para o atendimento do mercado. As usinas térmicas,
em geral localizadas nas proximidades dos principais centros de carga,
desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do
SIN. Essas usinas são despachadas em função das condições hidrológicas
vigentes, permitindo a gestão dos estoques de água armazenada nos
reservatórios das usinas hidrelétricas, para assegurar o atendimento futuro. Os
sistemas de transmissão integram as diferentes fontes de produção de energia e
possibilitam o suprimento do mercado consumidor (ONS, 2017).
A seguir, apresentaremos a capacidade instalada por fonte de geração no
SIN em 2016 e sua projeção para 2021, tendo em vista os projetos autorizados e
em construção (ONS, 2017).
010
A seguir, apresentaremos a extensão da rede de transmissão no SIN em
2016 e sua projeção para 2019, tendo em vista os projetos autorizados e em
construção (ONS, 2017).
Fonte: ONS/Abracel
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3.1 Sistemas isolados
O Operador Nacional do Sistema Elétrico assumiu, a partir de 1º de maio
de 2017, as atribuições de previsão de carga e de planejamento da operação dos
sistemas isolados. Para receber as novas funções, o estatuto do ONS foi
modificado, visto que suas atribuições eram direcionadas ao Sistema Interligado
Nacional (ONS, 2017).
Atualmente, existem 246 localidades isoladas no Brasil, onde vivem cerca
de 760 mil consumidores. A maior parte está na região Norte, nos estados de
Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. A ilha de Fernando de
Noronha, em Pernambuco, e algumas localidades de Mato Grosso completam a
lista. Entre as capitais, Boa Vista (RR) é a única que ainda é atendida por um
sistema isolado (ONS, 2017).
O consumo nessas localidades é baixo e representa menos de 1% da carga
total do país. A demanda por energia dessas regiões é suprida, principalmente,
por térmicas a óleo diesel (ONS, 2017).
012
O processo de integração de uma instalação de transmissão e de geração
tem início junto ao ONS, após a assinatura do contrato de concessão ou após a
publicação da resolução autorizativa. Já o processo de integração de uma
instalação de distribuição, de consumidor livre e de importação/exportação tem
início com a solicitação de acesso ao ONS (ONS, 2017).
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4.1 Fontes renováveis de energia
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4.1.2 Energia solar
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Nas usinas hidroelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para o
represamento da água que será utilizada no processo de geração de eletricidade.
Nesse caso, o mais aconselhável é a construção de barragens em rios que
apresentem desníveis em seus terrenos, com o objetivo de diminuir a superfície
inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação dessas usinas em rios de
planalto, embora também seja possível em rios de planícies, porém com impactos
ambientais maiores (Pena, 2017).
4.1.4 Biomassa
A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem
orgânica para a produção de energia, ocorrendo por meio da combustão de
materiais como a lenha, o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos
florestais e até excrementos de animais. É considerada uma fonte de energia
renovável porque o dióxido de carbono produzido durante a queima é utilizado
pela própria vegetação na realização da fotossíntese, o que significa que, desde
que haja controle, o seu uso é sustentável por não alterar a macrocomposição da
atmosfera terrestre (Pena, 2017).
016
4.2.1 Combustíveis fósseis
017
TEMA 5 – subestações
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Figura 9 – Transformador
Figura 10 – Seccionadora
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5.2 Classificação quanto ao nível de tensão
• Subestações de alta tensão (AT): é aquela que tem tensão nominal abaixo
de 230 kV.
• Subestações de extra-alta tensão (EAT): é aquela que tem tensão nominal
acima de 230 kV. É importante enfatizar que em subestações deste tipo
são necessários estudos complementares considerando o efeito corona
(Ivas, 2017).
Figura 11 – Seccionadora
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Figura 12 – Subestação abrigada
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Figura 13 – Painel de proteção e controle
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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AULA 5
SISTEMAS DE CONTROLE
INDUSTRIAIS
CONTEXTUALIZANDO
02
carvão, usinas termoelétricas a óleo/diesel, usinas termonucleares, eólicas e
fotovoltaicas. Desta forma, cada uma delas tem sua particularidade levando a
diferenças nas funções de automação. Nesta aula serão discutidas apenas a
automação de usinas hidroelétricas (Jardini, 2017).
O sistema digital de usina visa prover os meios para a operação e
manutenção desta. A figura a seguir apresenta a topologia básica de um sistema
de automação de usinas.
03
A proteção digital pode, por exemplo, trocar informações com o sistema
central via rede ligando-se diretamente a esta. Os reguladores e controladores
podem trocar informações com o sistema central via UAC (Jardini, 2017).
É oportuno citar que, nas grandes usinas, a sala de comando fica
geralmente na casa de força próxima aos geradores (Jardini, 2017).
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Figura 4 – Casa de força de uma usina
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1.1 Aquisição de dados e atuação no processo
• entradas digitais;
• saídas digitais;
• entradas analógicas;
• saídas analógicas;
• comunicação de dados (Jardini, 2017).
06
pela UAC e são utilizadas para acionar eventuais indicadores e para dar o sinal
de referência (set point) para equipamentos dedicados (regulador de tensão,
regulador de potência, abertura de comportas do vertedouro).
As UAC devem prever portas para comunicação (ponto a ponto ou para
rede local padronizada) permitindo, assim, a aquisição de dados por comunicação
de outros equipamentos (por exemplo, módulos de proteção digital) e envio de
valor do controle da mesma forma (por exemplo, referência para um regulador de
potência digital) (Jardini, 2017).
Durante a aquisição dos dados, deve ser previsto o teste de verificação de
consistência de suas variáveis, a conversão para unidades de engenharia e a
verificação de limites admissíveis (Jardini, 2017).
1.2 Proteções
07
controladores de equipamentos tipo compensador estático, por exemplo (Jardini,
2017).
No nível de controle/proteção desenvolvem-se várias funções, algumas das
quais estão listadas a seguir:
08
Figura 1 – Topologia básica do sistema de automação de usinas
09
Figura 6 – Arranjo de uma subestação
010
Figura 7 – Arranjo de barra principal e transferência
Nesse arranjo em operação normal tem-se D1, D2, S12, S22, S13, S23
ligados e S11, S21, SP1, SP2, DP desligados. Na ocasião de manutenção de D1
as seguintes providencias são tomadas:
Agora a corrente da linha passa por S11, SP1, DP, SP2 chegando à barra
principal (Jardini, 2017).
Como etapa final deve ser providenciada a transferência da proteção da
linha 1, de forma que ela possa atuar em DP e não mais em D1 (Jardini, 2017).
2.2 Proteções
012
reduzem essa corrente, como equipamentos do tipo soft-starter (Rodrigues,
2013).
013
3.2 Relés de proteção
014
• relé de subcorrente ou subpotência (função 37);
• relé térmico para máquina ou transformador (função 49);
• relé de sobretensão (função 59);
• relé de frequência (função 81).
016
veremos a seguir, ela estabelece protocolos que possibilitam aos sinais de
proteção e automação trafegar via rede de comunicação atendendo os requisitos
de tempo e confiabilidade necessários a todas as aplicações para sistemas de
elétricos (Coutinho, 2015b).
A IEC 6185 estabelece uma estrutura de comunicação que possibilita a
interoperabilidade de dispositivos de diferentes fabricantes. A norma define
basicamente três níveis de interface (barramentos) distintos para comunicação
em uma subestação:
017
utilizado concretamente devido às necessidades de evolução tecnológica dos
equipamentos de campo (TCs, TPs, disjuntores etc.)
O barramento de bay é modelado pelo protocolo Goose (Generic Objet
Oriented Substation Event), o qual já está em pleno uso atualmente. Ele
estabelece uma comunicação horizontal, ou seja, mensagens entre IEDs apenas
(Coutinho, 2015b).
O barramento de estação é modelado pelo protocolo MMS (Manufacturing
Message Specification). Ele preenche o mesmo espaço dos protocolos DNP3 e
IEC104, ou seja, padroniza a comunicação para mensagens de supervisão e
comandos remotos (Coutinho, 2015b).
018
5.1.1 Responsabilidades
019
Figura 10 – Infraestrutura de supervisão ONS
• Legenda:
o CNOS: Centro Nacional de Operação do Sistema;
o COSR: Centro Regional de Operação do Sistema;
o COSR-i: COSR instalado na localização “i”, nas cidades onde o ONS tem
os seus COSR;
o SSC: Sistema de Supervisão e Controle:
SSC-Li: SSC instalado na localização “i”, normalmente nas cidades
onde o ONS tem os seus COSR.
o SA: Sistema de Aquisição de Dados:
SAL: SA local, instalado nas mesmas dependências de um SSC;
SAR: SA remoto, instalado em outras dependências que não aquelas
do SSC a que pertence.
o CD: Concentrador de Dados;
o UTR: Unidades Terminais Remotas;
o SSCL: Sistema de Supervisão e Controle Local.
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FINALIZANDO
021
REFERÊNCIAS
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AULA 6
SISTEMA DE CONTROLE
INDUSTRIAL
CONTEXTUALIZANDO
02
Deverão ser considerados todos os requisitos presentes na especificação
técnica e nos seus anexos. A partir dessa premissa deverão ser elaborados os
documentos que serão utilizados para realizar o controle do projeto como um todo
e posteriormente serão apresentados ao cliente final.
Os itens listados a seguir, associados às práticas de gestão de projetos,
procedimentos e documentos, garantirão a qualidade e o término do projeto a ser
executado.
1.1 Planejamento
TEMA 2 – WORKSTATEMENT
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• definição de layout básico, padronização e estrutura de navegação para a
interface gráfica do sistema de supervisão e controle;
• definição de relatórios a serem desenvolvidos, especificando os seus
formatos, características funcionais e informativas;
• avaliação de riscos com vistas a identificar falhas no processo, nos
equipamentos e na operação para levantamento de dados para o
desenvolvimento do sistema.
TEMA 3 – DESENVOLVIMENTO
05
A informação sobre quais sensores e quantas interfaces existem
disponíveis nos módulos de CLP a serem utilizados servirá também como
documentação prévia formatada ao programador. O programador deverá vincular
cada sensor ou atuador utilizado a um endereço de entrada ou saída do CLP,
definindo o endereço para a leitura e escrita de sensores e atuadores que vão
compor o projeto (Parede; Gomes, 2011).
• Quando uma caixa for detectada pelo sensor S1, o motor M1 deve ser
acionado e o transporte da caixa iniciado.
• Quando a caixa se aproximar do sensor S2, o motor deve ser desligado e
o avanço do cilindro CIL1 acionado.
• Quando o cilindro CIL1 chegar a sua posição final, o avanço do cilindro
CIL2 deve ser acionado.
• Quando o cilindro CIL2 chegar a sua posição final, os cilindros CIL1 e CIL2
devem retornar, habilitando o sistema para um novo ciclo de operação
(Parede; Gomes, 2011).
08
Para esse sistema, a sequência de passos da Tabela 2 pode ser
desenvolvida.
010
Figura 4 – Painel de controle
011
4.1 Testes de aceitação em fábrica
012
Os ensaios de funcionamento integrado em plataforma devem incluir
especificamente os seguintes testes:
013
• no mínimo, os ensaios de aceitação em campo deverão incluir:
o verificação completa da instalação;
o verificação dos estados de conservação de todos os equipamentos e
módulos;
o verificação das respostas funcionais dos sistemas a variações em cada
sinal de entrada e das ações das funções de comando em cada sinal de
saída, na interface com o processo controlado;
o verificação funcional de todas as comunicações internas e externas;
o repetição de todos os ensaios funcionais do sistema de supervisão e
controle realizados na plataforma de ensaios que puderem ser repetidos
em campo. Também deverão ser incluídos todos os ensaios de
integração que por razões técnicas não puderam ser simulados em
plataforma;
o verificação completa de todos os modos de operação, bem como
interações homem-máquina;
o verificação completa de todas as funcionalidades do sistema de
supervisão e controle;
o verificação completa de todas as funcionalidades dos sistemas para a
detecção de falhas e reconfiguração automática;
o partida dos sistemas integrados e realização de todas as ações de
operação típicas. Os sistemas deverão ser testados em condições de
partida, parada e de operação em regime, de forma a verificar a
estabilidade do processo;
o verificação de todos os tempos de resposta, taxas de ocupação e
velocidades pertinentes;
o verificação do funcionamento em modo degradado.
TEMA 5 – DOCUMENTAÇÃO
5.1 Cronograma
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• Todas as atividades do cronograma devem possuir sucessoras e
predecessoras.
• Todas as entregas devem estar assinaladas com marcos.
• Todas as atividades devem possuir recursos (equipes, recursos humanos)
atribuídos e nivelados para sua execução.
• As estimativas da duração das atividades devem ser feitas levando em
consideração o esforço necessário para sua execução (controladas pelo
empenho).
• A duração das atividades deve ser baseada em estimativas realistas. Essas
estimativas devem ser realizadas com base na expertise da equipe de
projeto.
• nome do profissional;
• função;
• e-mail;
• telefone.
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5.5 Caderno lógico
• descritivo do roteiro dos testes, contendo o que será executado por dia;
• equipamentos e softwares que serão utilizados;
• descritivo da funcionalidade de cada equipamento e software utilizado;
• descritivo das lógicas de controle a serem testadas;
• descritivo das telas a serem testadas, em que todos os pontos existentes
deverão estar listados para conferência;
• descritivo da lista de sinalizações, navegações, entre outras ações
existentes na tela que deverão ser testadas;
• descritivo do tempo de armazenamento das variáveis analógicas e banda
morta;
• descritivo das funções de consulta, gráficos e relatórios;
• descritivo dos testes de comunicação;
• descritivo dos ensaios das proteções;
• descritivo dos ensaios de controle;
• descritivo dos ensaios de rede;
• de posse do caderno de testes, os resultados serão anotados para registro
dos testes e intervenções realizadas no sistema.
017
FINALIZANDO
Como vimos nesta sexta aula, apresentamos informações sobre as etapas para a
implantação de um sistema de controle para qualquer tipo de processo. Como
verificamos, para implementarmos um sistema devemos começar pelo
planejamento e gestão do processo, sendo estas as etapas que darão as diretrizes
para a implantação da solução. Conhecemos a etapa de workstatement, que irá
apresentar funcionalidades e as características do sistema proposto para o
cliente. A etapa de desenvolvimento será realizada tendo como base o
workstatement e a lista de pontos aprovadas, sendo que a forma de implantação
da lógica de controle será definida pelo gestor e pela equipe técnica. Para
validação dos desenvolvimentos são realizados os ensaios de fábrica e campo,
em que todos os ensaios relativos ao processo devem ser executados. Para
finalizarmos, verificamos os tipos de documentos que são gerados durante a
execução de um projeto e sua importância.
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REFERÊNCIAS
LAMB, F. Automação Industrial: na prática. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2015.
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