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PROTOCOLOS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA


MEMBRO INFERIOR
Os protocolos de ressonância magnética (RM) variam entre as diferentes instituições. É importante o
conhecimento da marcação ideal e das principais aplicações de cada sequência para criar protocolos que
se adaptem à realidade de cada serviço e à indicação clínica.
Patrícia Martins e Souza

PROTOCOLOS DE RM DOS
MEMBROS INFERIORES - Versão 01.2017
PÁGINA
 PLANOS ANATÔMICOS ________________ 2
 EIXOS ______________________________ 2
 BACIA ______________________________ 3
 ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS _________ 5
 SACRO & SACROCOCCIX ______________ 7
 QUADRIL ___________________________ 10
 ARTRORRESSONÂNCIA DO QUADRIL ____ 14
 SÍNDROME DO PIRIFORME _____________ 15
 SÍNFISE PUBIANA _____________________ 16
 COXA ______________________________ 19
 JOELHO _____________________________ 23
 PERNA ______________________________ 27
 TORNOZELO ________________________ 31
 PÉ _________________________________ 34

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 PLANOS ANATÔMICOS:

CORONAL – paralelo à sutura coronal do crânio; divide o corpo em


metades anterior e posterior.
SAGITAL – paralelo à sutura sagital do crânio; divide o corpo em
metades direita e esquerda.
TRANSVERSAL – divide o corpo em metades superior e inferior.

EIXOS: linhas imaginárias que atravessam os planos anatômicos perpendicularmente para proporcionar

movimentos.

ANTEROPOSTERIOR – perpendicular ao plano CORONAL; possibilita os movimentos de abdução e adução das


articulações, além de inversão e eversão do tornozelo.
LATEROLATERAL – perpendicular ao plano SAGITAL; possibilita os movimentos de flexão e extensão.
CRANIOCAUDAL (= LONGITUDINAL) – perpendicular ao plano TRANSVERSAL; possibilita os movimentos de
rotação interna e externa.

 O posicionamento do paciente no momento da aquisição das imagens é tão importante


quanto a marcação adequada dos planos. Além do posicionamento padrão adequado,
algumas vezes é útil lançar mão de posições provocativas específicas que aumentam a
chance de detectar lesões.

 É muito comum a aquisição (ou reconstrução) de imagens das articulações em planos


oblíquos aos planos anatômicos, usando como referência estruturas anatômicas específicas.
Para melhor identificação destas estruturas é recomendável não marcar todas as sequências
usando apenas as imagens localizadoras preliminares.

 Fundamental colocar marcador cutâneo quando existe ponto localizado de dor, alteração
visível ou lesão palpável.

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BACIA
Posicionamento adequado: decúbito dorsal, pés em
rotação interna (cerca de 15°).

Protocolo sugerido para os exames de rotina (ideal espessura ≤ 5 mm e gap em torno de 10%):
- Transversal STIR ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Transversal T1
- Coronal STIR ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Coronal T1

Marcação dos planos fundamentais:

TRANSVERSAL
TRA STIR

 A primeira imagem deve iniciar logo acima das cristas ilíacas


TRA T1
(setas amarelas). Figura 1a.

 Deve incluir até logo abaixo do trocanter menor (setas verdes).


Figura 1b.

 Alinhar no plano paralelo às cabeças femorais e o teto dos


acetábulos (linha tracejada amarela). Figura 1c.

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CORONAL
COR STIR

COR T1
 Incluir as cristas ilíacas (setas amarelas) e a musculatura
paravertebral posterior (setas azuis). Figura 2a.

 Usar como referência uma linha passando pelos colos femorais


(linha tracejada amarela). Figura 2b.

 Ajustar também no eixo longo do fêmur no plano sagital (linha


tracejada branca). Figura 2c.

 O posicionamento com os pés em rotação interna facilita a marcação do plano coronal


porque alinha o eixo dos colos femorais.

 É frequente a solicitação de RM de bacia para indicações onde seria melhor a realização


de protocolo específico:

 Suspeita de sacroileíte  PROTOCOLO ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS


 Suspeita de fratura no sacro  PROTOCOLO SACROCÓCCIX
 Indicação clínica e sintomas em apenas um quadril  PROTOCOLO QUADRIL
 Indicação clínica e sintomas apenas na sínfise pubiana  PROTOCOLO SÍNFISE
PUBIANA

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ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS
Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo sugerido para os exames de rotina (ideal espessura ≤ 4 mm e gap em torno de 10%):
- Coronal STIR ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Coronal T1
- Coronal T1 com supressão de gordura (SG)
- Transversal STIR ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Transversal T1

Opcionais:
- Coronal T1 com supressão de gordura (SG) pós-contraste

 Embora as articulações sacroilíacas estejam incluídas no exame da bacia, nem a


angulação nem a espessura são adequadas para a identificação de grande parte das
alterações relacionadas à sacroileíte.

 A sequência T1 com supressão de gordura costuma ser útil mesmo sem a administração
de contraste venoso, pois demonstra bem o contorno da margem articular aumentando a
acurácia na detecção de erosões.

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Marcação dos planos fundamentais:

CORONAL OBLÍQUO
COR STIR COR T1 COR T1 SG

 Usar como referência uma linha passando pela cortical


posterior de S2 e o centro do corpo de S3 (linha tracejada
amarela).

TRANSVERSAL
TRA STIR TRA T1

 Paralelo ao platô vertebral superior de S1 (linha tracejada


amarela) até abaixo do corpo de S4 pata incluir toda a
extensão das articulações sacroilíacas.

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SACRO & SACROCOCCIX


Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo sugerido para os exames de rotina (ideal espessura ≤ 4 mm e gap em torno de 10%):

Rotina (dor/trauma) Tumor


- Sagital STIR - Sagital STIR
- Sagital T2 - Sagital T2
- Coronal STIR - Coronal STIR
- Coronal T1 - Coronal T1
- Transversal STIR - Transversal STIR
- Transversal T1
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de gordura
- Transversal pós-contraste T1 com supressão de gordura
- Coronal e/ou sagital pós-contraste T1 com supressão de gordura

 Sacro e articulações sacroilíacas são protocolos distintos com indicações diferentes.

 Nos casos de trauma/queda é importante incluir as peças coccígeas.

 No caso dos tumores o FOV deve ser ajustado para incluir também o componente de
partes moles, se houver, assim como os forames sacrais para identificação de invasão
neural.

 No caso dos tumores que costumam cursar com acometimento meníngeo ou de


infecção que pode se estender ao canal raquiano é importante adquirir imagens pós-
contraste também no plano sagital.

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Marcação dos planos fundamentais:

CORONAL OBLÍQUO
COR STIR COR T1 COR T1 SG

 Usar como referência uma linha passando pela cortical


posterior de S2 e o centro do corpo de S3 (linha tracejada
amarela).

TRANSVERSAL
TRA STIR TRA T1

 Paralelo ao platô vertebral superior de S1 (linha tracejada


amarela) incluindo as últimas peças coccígeas (seta
amarela).

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 No caso de tumores com extensão para as partes moles costuma ser melhor marcar o
plano transversal do sacro reto (linha tracejada branca) para melhor identificação da
invasão para as estruturas pélvicas e neurais.

SAGITAL

 Usar os planos axial (figura 1a) e coronal


(figura 1b) para garantir a inclusão de toda a
extensão do sacro.

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QUADRIL
Posicionamento adequado: decúbito dorsal, pés em
rotação interna (cerca de 15°).
Posicionar o lado de interesse o mais próximo possível do
centro do magneto.

Protocolo sugerido para os exames de rotina (ideal espessura ≤ 4 mm e gap em torno de 10%):
- Transversal DP ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Transversal T1
- Coronal DP ou T2 com supressão de gordura (SG)
- Coronal T1
- Sagital DP ou T2 com supressão de gordura (SG)

Sequências adicionais para situações específicas:

Impacto femoroacetabular Osteoma osteoide


- Transversal oblíquo no eixo do colo femoral T2 ou - Transversal T1 com supressão de gordura pré e
DP com supressão de gordura pós-contraste com estudo dinâmico

Osteonecrose e fratura subcondral Tumor de partes moles


na cabeça femoral (sequências além da rotina)
- Sagital T2 - Transversal T2 (ou plano mais adequado à lesão)
- Transversal difusão/mapa ADC
Suspeita de sinovite vilonodular pigmentada, lesão - Transversal T1 com supressão de gordura pré e
vascular (hemangioma) ou calcificação pós-contraste com estudo dinâmico
- Transversal GRE T2* - Coronal T1 com supressão de gordura pós-
contraste
Prótese
- Transversal STIR
- Transversal T1 e/ou DP
- Coronal DP
- Coronal STIR
- Sagital DP

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Marcação dos planos fundamentais:

TRANSVERSAL
TRA DP SG

 Alinhar no plano paralelo às cabeças femorais e o teto dos


acetábulos (linha tracejada amarela). Figura 1a.

TRA T1  Começar um pouco acima da articulação coxofemoral e


terminar abaixo do trocânter menor (seta verde). Figura 1b.

 Incluir a sínfise pubiana (seta amarela). Se for necessário e não


for a indicação do exame, melhor não incluir todo o tecido
subcutâneo (*) para priorizar as estruturas ósseas e
miotendíneas, como a sínfise pubiana. Figura 1c.

 Atenção para a indicação e para o marcador cutâneo: caso for suspeita de fratura por
avulsão da espinha ilíaca ou síndrome da banda iliotibial proximal, por exemplo, deve ser
feito outro bloco no plano transversal para incluir a área de interesse.

Indicação síndrome da banda iliotibial


proximal (seta amarela). Figura 1d.

Como a marcação de rotina doquadril (caixa


vermelha) não inclui todo o osso ilíaco, é
necessário realizar cortes extras para incluir a
região de interesse (caixa amarela). Figura 1e.

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TRANSVERSAL OBLÍQUO
DP SG
Alinhar no eixo do colo femoral
(linha tracejada vermelha) no plano
coronal. Figura 1.

 Usado nos casos de impacto femoroacetabular (geralmente na ponderação DP com


supressão de gordura) e nos casos de osteonecrose/fratura subcondral da cabeça femoral
(geralmente na ponderação T2).

CORONAL OBLÍQUO

COR T2 SG

 Usar como referência uma linha passando pelo colo


COR T1
femoral (linha tracejada amarela). Figura 2a.

 Incluir a sínfise pubiana (seta amarela) e a origem dos


tendões isquiotibiais (seta azul). Figura 2a.

 Ajustar também no eixo longo do fêmur no plano sagital


(linha tracejada branca). Figura 2c.

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 A imagem coronal ideal do quadril deve incluir a sínfise pubiana (seta amarela) e a
origem do trato iliotibial (seta verde na figura 2d), parte da articulação sacroilíaca (seta
vermelha na figura 2e) e a origem dos tendões isquiotibiais (setas azuis na figura 2f).

SAGITAL
 Usar como referência a margem medial da articulação
SAG DP SG coxofemoral (seta branca) incluindo a inserção dos
tendões glúteos no grande trocanter (seta amarela).
Figura 3a.

 No plano axial conferir a inclusão das inserções tendíneas


no ísquio (seta azul) e as inserções tendíneas no grande
trocanter (seta amarela). Figura 3b.

 O plano sagital da rotina é marcado reto (caixas


vermelhas nas figuras 3a e 3b) priorizando a articulação e
as inserções tendíneas. Caso o objetivo seja para avaliação
específica da cabeça/colo femoral ele pode ser angulado no
eixo do colo femoral (linhas tracejadas brancas) com FOV
também incluindo a articulação coxofemoral e inserções
tendíneas no grande trocanter (caixas amarelas nas
figuras 3c e 3d).

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ARTRORRESSONÂNCIA DO QUADRIL

Exame realizado após a administração intra-articular de meio de contraste.

Protocolo de rotina sugerido (ideal espessura ≤ 3 a 4 mm e gap em torno de 10%):


- Transversal DP com supressão de gordura
- Transversal T1 com supressão de gordura oblíquo do colo ou volumétrico
- Coronal T1
- Coronal T1 com supressão de gordura
- Coronal DP com supressão de gordura
- Sagital T1 com supressão de gordura
- Sagital DP com supressão de gordura

Opcionais:
- Sagital T2
- Transversal DP

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SÍNDROME DO PIRIFORME
 Importante a avaliação da simetria dos músculos piriformes (setas azuis) e sua relação com os nervos ciáticos
(setas amarelas). Como o exame do quadril é unilateral não é possível avaliar a simetria e os músculos
piriformes são identificados muitas vezes apenas parcialmente no plano coronal. No estudo da bacia, como a
angulação não é no plano dos piriformes/nervos ciáticos e são utilizados FOV/espessuras maiores,
geralmente não se avalia bem a relação dos piriformes com o nervo ciático e a presença de variantes
anatômicas, sendo mais indicado estudo específico dedicado aos piriformes.

Protocolo de rotina sugerido (ideal espessura ≤ 4 mm e gap em torno de 10%):


- Coronal DP oblíquo com supressão de gordura no plano do sacro
- Coronal T1 oblíquo no plano do sacro
- Transversal DP com supressão de gordura reto
- Transversal DP ou T2 fino volumétrico reto

 CORONAL - Centralizar o exame no sacro para incluir ambos os piriformes (setas azuis) e usar como
referência uma linha (linha tracejada amarela) que tangencia a margem posterior dos corpos de S3 e S4 no
COR STIR COR T1
plano sagital.

COR OBL DP COR OBL T1


SG

 TRANSVERSAL - Centralizar o exame no sacro para incluir ambos os piriformes (setas azuis), iniciando
logo acima de S1 e terminando no final das peças cocccígeas.

TRA STIR TRA VOLUMÉTRICO

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SÍNFISE PUBIANA
Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo de rotina sugerido (ideal espessura ≤ 4 mm e gap em torno de 10%):


- Sagital T2 com supressão de gordura da sínfise
- Coronal DP com supressão de gordura
- Coronal T1
- Transversal DP com supressão de gordura
- Transversal T1

SAGITAL
SAG T2 SG  Ideal ser a primeira sequência a ser adquirida porque o plano sagital
servirá para a marcação dos planos coronal oblíquo e transversal
oblíquo. Incluir toda a sínfise pubiana e a musculatura adutora usando
os planos coronal (figura 1a) e transversal (figura 1b) para ajuste.

 É comum haver confusão em relação a qual seriam os planos axial e coronal oblíquos da
sínfise pubiana. Para facilitar a comunicação, o plano transversal oblíquo é perpendicular ao
eixo longo e o plano coronal oblíquo é paralelo ao eixo longo da sínfise da sínfise no plano
sagital.

 Os planos mais importantes para avaliação da pubalgia do atleta são o SAGITAL e o


TRANSVERSAL OBLÍQUO.

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TRANSVERSAL OBLÍQUO
 A descrição clássica da marcação é pela linha arqueada, que coincide aproximadamente
com o plano perpendicular ao eixo longo da sínfise pubiana no plano sagital.

TRA DP SG
SG

 A descrição clássica da marcação é pelo plano da linha arqueada, que


tem orientação ao longo da superfície medial da hemipelve. O plano
axial oblíquo da sínfise é paralelo à linha arqueada no plano sagital
TRA T1 (linha tracejada branca). Figura 2a.

 O plano da linha arqueada coincide aproximadamente com o plano


perpendicular ao eixo longo da sínfise pubiana no plano sagital (linha
tracejada amarela), o que é útil porque nem sempre temos a imagem
que inclui o ilíaco para marcação. Figura 2b.

 Incluir desde a margem anterior da sínfise (seta branca) até os ísquios


(setas amarelas). Figura 2c.

 Este plano tem a vantagem de dissociar os músculos adutores que ficam bem
individualizados na ponderação T1, sendo o plano mais anatômico.

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CORONAL OBLÍQUO
COR DP SG
SG

COR T1

 O plano coronal oblíquo é paralelo ao eixo longo da sínfise no plano


sagital (linha tracejada amarela). Figura 3a.

 Incluir toda a musculatura adutora. Figura 3bc.

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COXA
Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo sugerido para os exames de rotina (espessura e gap variam dependendo da indicação):

Rotina Lesões expansivas nas partes moles


- Coronal T2 com supressão de gordura ou STIR - Coronal T2 com supressão de gordura ou STIR
- Coronal T1 - Coronal T1
- Transversal T2 com supressão de gordura ou STIR - Transversal T2 com supressão de gordura ou STIR
- Transversal T1 - Transversal T1
- Sagital T2 com supressão de gordura ou STIR - Sagital T2
- Transversal difusão/mapa ADC
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de gordura
- Pós-contraste T1 com supressão de gordura (ideal
estudo dinâmico e pós-contraste em outro plano)

 O exame da coxa no caso de lesão miotendínea SEMPRE deve incluir a origem e/ou
a inserção do(s) grupamento(s) muscular(es) de interesse. Ou seja, no caso das lesões
proximais é importante incluir a tuberosidade isquiática, a espinha ilíaca ou o quadril,
por exemplo, enquanto que nas lesões distais pode ser necessário incluir o joelho. Desta
forma é possível identificar e mensurar adequadamente os casos das roturas tendíneas
com retração.

 Fundamental colocar marcador cutâneo quando existe nodulação palpável para garantir
que a lesão seja incluída e que a espessura/gap sejam adequados.

 Nos casos de lesões tumorais pequenas o exame deve ser dedicado à região de interesse
para possibilitar a aquisição de imagens com espessura/gap menores, o que vai fornecer
maior detalhe e melhor caracterização da lesão.
Caso haja suspeita de osteoma osteoide é fundamental realizar estudo dinâmico.

 A aquisição bilateral pode ser útil para análise comparativa, mas é importante manter
boa resolução espacial compensando o aumento do FOV.

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Marcação dos planos fundamentais:


CORONAL
COR STIR  Usar como referência o plano sagital para que as imagens fiquem
paralelas ao fêmur (linha tracejada branca). Figura 1a.

 Usar como referência uma linha passando pelos colos femorais (linha
tracejada amarela). Figura 1b.

COR T1

 O exame da coxa SEMPRE deve incluir a origem e/ou a inserção do(s)


grupamento(s) muscular(es) de interesse no caso de lesão miotendínea. Desta forma é
possível identificar e mensurar adequadamente os casos das roturas tendíneas com
retração.

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TRANSVERSAL
TRA STIR  Dependendo da indicação poderá ser feita varredura de toda coxa
(caixa vermelha) com maior espessura e gap (4 a 8 mm/gap 1,0).
Figura 2a.

 Se a indicação for estudo de alteração específica (como neste caso


de lipoma intramuscular no reto femoral; seta amarela) a
marcação do plano transversal deverá ser na região de interesse
TRA T1
(caixa amarela) com espessura e gap menores, podendo ser
comparativo ou não, dependendo da capacidade do equipamento.
Figura 2b.

 Ajustar também no plano sagital, tendo o cuidado de sempre


incluir o edema perilesional quando for o caso. Note a
importância do marcador cutâneo (seta branca), que ajuda muito
na localização da lesão (seta amarela). Figura 2c.

 Fundamental colocar marcador cutâneo quando existe nodulação palpável para garantir
que a lesão seja incluída e que a espessura/gap sejam adequados.

 Nos casos de suspeita de hérnias musculares pode ser útil, além do marcador cutâneo,
realizar aquisição dinâmica em contração.

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SAGITAL
SAG STIR
 Usar como referência o plano coronal para que as imagens
fiquem no eixo do fêmur (linha tracejada amarela). Figura
3a.

 Ajustar no plano axial apenas para garantir a inclusão de


todos os grupos musculares. Figura 3b.

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JOELHO
Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo sugerido para os exames de rotina:

- Transversal DP/T2 com supressão de gordura (SG)


- Coronal T1
- Coronal DP com supressão de gordura (SG)
- Sagital DP com supressão de gordura (SG)
- Sagital T2

Marcação dos planos fundamentais:

TRANSVERSAL
TRA T2 SG

 No posicionamento do paciente usar como referência para a


centralização do exame o POLO INFERIOR da patela e não o
centro da patela.

 Marcação deve ser perpendicular às diáfises do fêmur e da tíbia,


no plano da fenda articular, tanto no plano coronal (Figura 1a)
quanto no plano sagital (Figura 1b). Ideal que pelo menos uma
imagem passe pelo centro dos meniscos (linhas tracejadas
vermelhas).

 Incluir o coxim adiposo retroquadricipital logo acima da patela


(seta amarela) e a inserção do ligamento patelar na tuberosidade
da tíbia (seta branca). Figura 1c.

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CORONAL
COR DP SG COR T1

 Paralelo à linha bicondiliana posterior do fêmur (linha que


passa na margem posterior dos côndilos femorais – linha
tracejada amarela). Figura 2a.

 Usar também como referência o eixo longo do fêmur e da


tíbia no plano sagital (linha tracejada branca). Sempre
incluir a porção superior da fíbula (seta verde); não é
obrigatório incluir a patela (asterisco) no plano coronal a
não ser que o exame seja para avaliação específica da mesma
(casos de fratura, investigação de patela bipartida e tumor).
Figura 2b.

SAGITAL
SAG DP SG  Plano ortogonal fazendo 90°(linha tracejada branca) com a linha
bicondiliana posterior do fêmur (linha tracejada amarela). Figura 3a.

 Ajustar também no plano coronal pelo eixo longo do fêmur e da tíbia


(linha tracejada branca). SEMPRE incluir os meniscos (setas
amarelas) no plano sagital. Figura 3b.

 Atenção para incluir, além dos meniscos (setas amarelas), também a


fíbula (seta verde) no plano sagital. Figura 3c.

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SAGITAL ANGULADO PARA O LIGAMENTO CRUZADO


ANTERIOR (LCA)
SAG T2
 O objetivo é identificar toda a extensão do LCA (seta laranja). Figura 4a.

 Em vez da angulação padrão do plano sagital pelo eixo longo do fêmur e


da tíbia (linha tracejada branca) a marcação é feita no eixo do LCA (linha
tracejada laranja). Figura 4b.

 O ajuste no plano axial deve usar como referência a margem interna do


côndilo femoral lateral (linha tracejada amarela) em vez de apenas o LCA
(seta laranja). Figura 4c.

 Usar estritamente o LCA como referência e/ou exagerar a angulação sem levar em
consideração os demais reparos anatômicos na marcação do plano sagital angulado para o LCA
(linhas tracejadas vermelhas nas figuras 5a e 5b) pode gerar imagens muito distorcidas (figura 5c)
que, em vez de melhorar, terminam por prejudicar a visualização do LCA (seta vermelha). O ideal é
ajustar o eixo do LCA com a margem interna do côndilo femoral (linhas tracejadas laranjas nas
figuras 5a e 5b).

 Além da avaliação do LCA a ponderação T2 é muito útil nas roturas meniscais, sobretudo
após meniscectomia, tumores, fraturas subcondrais, alterações na gordura de Hoffa, identificação
de corpos livres, sinovite focal, entre outros. Por este motivo, usamos o plano sagital angulado
para o LCA incluindo também os meniscos e a fíbula.
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Sequências adicionais para situações específicas:


Sinovite vilonodular pigmentada Lesões expansivas nas partes moles
- Gradiente-eco T2 - Transversal difusão/mapa ADC
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de gordura
Dúvida lesão LCA / lesão canto posterolateral - Pós-contraste T1 com supressão de gordura (ideal
- Coronal oblíquo canto posteorolateral estudo dinâmico e pós-contraste em outro plano)

Prótese Instabilidade femoropatelar


- Transversal DP e STIR - Transversal DP em flexão
- Sagital T2
- Coronal T1, DP e STIR

CORONAL CANTO POSTEROLATERAL

COR OBLÍQUO
 Usar como referência para angulação o tendão poplíteo
(seta amarela) no plano sagital (linha tracejada amarela).
Figura 6a.

 A marcação (caixa vermelha) deve incluir todo o LCA (seta


laranja). Figura 6b.

 Ajustar também no plano axial de forma a incluir a unidade


miotendínea do poplíteo (seta amarela). Figura 6c.

 Este plano é útil para avaliar melhor as estruturas do canto posterolateral, além do
próprio LCA, meniscos, lesões condrais, etc.

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PERNA
Posicionamento adequado: decúbito dorsal.

Protocolo sugerido para os exames de rotina (espessura e gap variam dependendo da indicação):

Rotina Lesões expansivas nas partes moles


- Coronal T2 com supressão de gordura ou STIR - Coronal T2 com supressão de gordura ou STIR
- Coronal T1 - Coronal T1
- Transversal T2 com supressão de gordura ou STIR - Transversal T2 com supressão de gordura ou STIR
- Transversal T1 - Transversal T1
- Sagital T2 com supressão de gordura ou STIR - Sagital T2
- Transversal difusão/mapa ADC
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de gordura
- Pós-contraste T1 com supressão de gordura (ideal
estudo dinâmico e pós-contraste em outro plano)

 O exame da perna no caso de lesão miotendínea SEMPRE deve incluir a origem e/ou
a inserção do(s) grupamento(s) muscular(es) de interesse. Ou seja, no caso das lesões
proximais é importante incluir o joelho, enquanto que nas lesões distais pode ser
necessário incluir pelo menos parte do tornozelo (como no caso das elsoes do tendão
calcâneo). Desta forma é possível identificar e mensurar adequadamente os casos das
roturas tendíneas com retração.

 Fundamental colocar marcador cutâneo quando existe nodulação palpável para garantir
que a lesão seja incluída e que a espessura/gap sejam adequados.

 Nos casos de lesões tumorais pequenas o exame deve ser dedicado à região de interesse
para possibilitar a aquisição de imagens com espessura/gap menores, o que vai fornecer
maior detalhe e melhor caracterização da lesão.
Caso haja suspeita de osteoma osteoide é fundamental realizar estudo dinâmico.

 A aquisição bilateral pode ser útil para análise comparativa, mas é importante manter
boa resolução espacial compensando o aumento do FOV.

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Marcação dos planos fundamentais:


CORONAL
COR T1 COR STIR

 Usar como referência o plano sagital para que as imagens


fiquem paralelas à tíbia (linha tracejada branca). Figura 1a.

 Na marcação bilateral usar como referência uma linha


passando pela margem posterior das tíbias (linha tracejada
amarela). Figura 1b.

 O exame da perna SEMPRE deve incluir a origem e/ou a inserção do(s)


grupamento(s) muscular(es) de interesse no caso de lesão miotendínea. Desta forma é
possível identificar e mensurar adequadamente os casos das roturas tendíneas com
retração.

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TRANSVERSAL
TRA STIR  Dependendo da indicação poderá ser feita varredura de toda
perna (caixa vermelha) com maior espessura e gap (4 a 8
mm/gap 1,0). Figura 2a.

 Se a indicação for estudo de alteração específica (como neste caso


TRA T1 de lipoma intramuscular no solear; seta amarela) a marcação do
plano transversal deverá ser na região de interesse (caixa
amarela) com espessura e gap menores, podendo ser comparativo
ou não, dependendo da capacidade do equipamento. Figura 2b.

 O estudo com FOV, espessura e gap menores permite a avaliação


de todas as características da lesão, como neste caso a presença
de septos com diferentes espessuras (setas vermelhas). Sempre
ter o cuidado de colocar marcador cutâneo e incluir o edema
perilesional quando for o caso. Figura 2c.

 Fundamental colocar marcador cutâneo quando existe nodulação palpável para garantir
que a lesão seja incluída e que a espessura/gap sejam adequados.

 Nos casos de suspeita de hérnias musculares pode ser útil, além do marcador cutâneo,
realizar aquisição dinâmica em contração.

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SAGITAL
SAG STIR
 Usar como referência o plano coronal para que as imagens
fiquem no eixo da tíbia (linha tracejada amarela). Figura
3a.

 Ajustar no plano axial para garantir a inclusão de todos os


grupos musculares. Figura 3b.

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TORNOZELO
Posicionamento adequado: decúbito dorsal, com bobina específica.

Protocolo sugerido para os exames de rotina:

- Transversal DP com supressão de gordura (SG)


- Transversal DP
- Sagital DP com supressão de gordura (SG)
- Sagital T1
- Coronal DP com supressão de gordura (SG)

Marcação dos planos fundamentais:

TRANSVERSAL
TRA DP SG

 Usar como referência o plano da articulação tibiotalar (linha


tracejada amarela). O plano axial deve incluir desde a tíbia distal
até o coxim adiposo plantar garantindo a identificação dos
músculos da região plantar (seta amarela). É importante incluir
no FOV (caixas vermelhas) o tendão calcâneo posteriormente
(seta azul) e os ossos do tarso. Figura 1a.

 Ajustar também o plano da articulação tibiotalar (linha tracejada


TRA DP amarela) na imagem coronal. Figura 1b.

 Acima e no

 A ponderação DP é superior à ponderação T1 na individualização dos ligamentos do


tornozelo, principalmente quando há líquido e/ou tecido de granulação ao redor.

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SAGITAL
SAG DP SG SAG T1

 Usar como referência uma linha paralela (linha tracejada


vermelha) aos maléolos fibular e tibial medial (setas
amarelas), perpendicular à linha bimaleolar. Figura 2a.

 Esta linha costuma coincidir também com o eixo longo do


calcâneo no plano axial (linha tracejada amarela). No caso
com angulações mais difíceis usar um plano intermediário
entre o eixo longo do calcâneo e a linha bimaleolar

 Sempre incluir os maléolos tibial medial e fibular (setas


amarelas), o retropé, os ossos do tarso e as bases dos
metatarsos.

CORONAL
C DP SG
 Usar como referência a linha bimaleolar (linha tracejada branca),
linha que passa pelo centro dos maléolos fibular e tibial medial (setas
amarelas). Figura 3a.

 Ajustar também no plano coronal pelo plano da articulação tibiotalar


(linha tracejada amarela). SEMPRE incluir pelo menos o osso
navicular (seta branca) e a origem da fáscia plantar (seta verde). Não
é necessário incluir o tendão calcâneo (seta azul). Figura 3b.

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 Nas roturas altas do tendão calcâneo (seta amarela) pode ser necessário adaptar o exame do
tornozelo a outra bobina maior (como a bobina de joelho, por exemplo) para incluir a junção
miotendínea no plano sagital (figura 4a). Dessa forma, é possível a mensuração adequada do
intervalo da lesão ou da retração. Pode ser necessário também o aumento do número de cortes ou a
realização de outro bloco para incluir a lesão no plano transversal (figura 4b). Muitas vezes a
identificação da lesão é melhor com sequências sensíveis a líquido (DP ou T2) sem supressão de
gordura. Nesta lesão em outro paciente é possível verificar que na ponderação T2 (figura 4c) a
delimitação da rotura (setas vermelhas) é bem mais fácil em comparação com a ponderação T1
(imagem 4d).

CORONAL ANGULADO PARA OS TENDÕES FIBULARES


COR OBL T2  Apesar de o objetivo principal ser a dissociação dos tendões fibular curto
(seta amarela) e fibular longo (seta azul) esta angulação também permite
boa dissociação entre os tendões e ligamentos do compartimento medial e
é o plano ideal para avaliação da articulação subtalar. Figura 5a.

 Usar como referência plano perpendicular ao da articulação subtalar


posterior (linha tracejada vermelha) e incluir da margem posterior do tálus
(seta vermelha) até o final do osso navicular (seta branca). Figura 5b.

 Esta angulação coincide aproximadamente com plano axial (linha


tracejada amarela) em relação aos tendões fibulares (seta amarela). Figura
5c.

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Posicionamento adequado: decúbito ventral, com bobina específica.

Protocolo sugerido para os exames de rotina:

- Coronal DP com supressão de gordura (SG)


- Coronal T1
- Coronal T2
- Transversal DP com supressão de gordura (SG)
- Transversal T1
- Sagital DP com supressão de gordura (SG)
- Coronal T1 com supressão de gordura (SG) pós-contraste

 Por definição, o antepé inclui as falanges e matatarsos (em rosa na figura 1a), o mediopé
os ossos cunieformes, navicular e cuboide (em azul na figura 1a) e o retropé (tornozelo) o
tálus e calcâneo. O exame do tornozelo avalia o retropé (caixa vermelha na figura 1b),
devendo incluir até as bases dos metatarsianos para estudar a articulação de Chopart,
enquanto que o exame do pé deve incluir, além do antepé, também a articulação de Lisfranc.
O estudo do retropé (tornozelo) é distinto do exame do médio e antepé, pois ambos tem
posicionamento no aparelho e marcações das sequências em planos diferentes.

 A terminologia dos planos do pé é em relação ao corpo na posição anatômica, ou seja, no


plano coronal as imagens seccionais são as do eixo curto e as imagens no plano transversal
são as do eixo longo dos metatarsianos.
Marcação dos planos fundamentais:

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CORONAL

 Perpendicular ao eixo dos metatarsos (linha tracejada amarela) no plano sagital. Figura 2a.

 Na grande maioria dos exames de rotina é suficiente incluir desde a base das falanges
proximais até a interlinha tarsometatarsiana (FOV representado pelas caixas vermelhas), o
que permite a aquisição das imagens de qualidade com espessura entre 3 e 4 mm e
intervalo de 10%. Figura 2b.

 Atenção para fazer os ajustes necessários caso a indicação ou o marcador cutâneo estejam
fora do campo de visão de rotina.

 A ponderação T2 é muito útil no diagnóstico diferencial das alterações nos espaços


interdigitais, auxiliando na diferenciação entre neuromas de Morton e outras causas de
espessamento tecidual nesta região.

 O uso de contraste aumenta muito a detecção de alterações inflamatórias, principalmente


as secundárias à lesão da placa plantar, que nem sempre tem expressão nas sequências
sensíveis a líquido. Note no exemplo abaixo imagens no plano coronal (diferentes ponderações no mesmo
plano) que as alterações inflamatórias (setas amarelas) só foram evidenciadas nas imagens após a
administração de gadolínio (Gd), não tendo expressão mesmo na sequência sensível a líquido (DP SG).

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TRANSVERSAL
 Paralelo ao plano das cabeças dos metatarsos (linha
tracejada amarela) no plano coronal. Figura 3a.

 Ajustar também no eixo dos metatarsos


(preferencialmente o 2º) no plano sagital (linha
tracejada branca). Figura 3b.

 Incluir os ossos do tarso (setas vermelhas). Figura 3c.

 É comum haver desvios nos eixos do pé dificultando a marcação. Importante a colocação


de marcador cutâneo para sinalizar a área de maior interesse e realizar a marcação
priorizando as articulações mais próximas. Caso não tenha local específico, nos exames de
rotina a prioridade deve ser a 2ª articulação metatarsofalangiana.

 Exemplo de pé com inversão do arco transverso anterior (figura 4a) e hiperextensão da


articulação metatarsofalangiana (figura 4b) prejudicando a marcação. Neste caso a área de
interesse era a falange proximal do 3º dedo (asterisco) e a marcação, assim como as
angulações, foram direcionadas para o 3º raio (linhas tracejadas amarelas – figuras 4a a
4c).

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SAGITAL

SAG DP SG
 A marcação deve ser individualizada para o eixo de cada metatarso no
plano axial (linhas tracejadas amarelas). Figura 5a.

 Deve também ser corrigido pelo eixo de cada metatarso no plano coronal
(linhas tracejadas vermelhas). Figura 5b.

 A correta marcação no plano sagital permite a identificação do intervalo


nas roturas tendíneas (seta vermelha mostrando rotura do tendão flexor
na figura 5c secundária a lesão perfurocortante), de colapsos subcondrais
(seta amarela mostrando colapso subcondral com edema na cabeça do 2º
metatarso na figura 5d) e a congruência das articulações metatarso e
interfalangianas (seta rosa mostrando subluxação da articulação
interfalangiana proximal do 4º dedo e seta branca mostrando o edema em
toda a extensão da falange proximal na figura 5e).

O polegar no estudo da mão:

 O plano sagital angulado individualmente para cada raio permite o diagnóstico de


diversas alterações que frequentemente passam despercebidas apenas com a realização dos
planos transversal e coronal, entre elas deformidade dos dedos, incongruência com
subluxação de falanges, infração de Freiberg e fraturas subcondrais, retração de roturas
tendíneas, alterações na placa plantar, etc.

 Embora o contraste não seja necessário para o diagnóstico de neuroma de Morton não é
raro a causa da dor ser secundária a alterações inflamatórias por sobrecarga mecânica/lesão
da placa plantar que só são identificadas com a administração de contraste e que podem
estar associadas a neuroma de Morton assintomático.

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Sequências adicionais para situações específicas:

Sinovite vilonodular pigmentada Lesões expansivas nas partes moles


- Gradiente-eco T2 - Transversal difusão/mapa ADC
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de gordura
Osteomielite - Pós-contraste T1 com supressão de gordura (ideal
- Sagital T1 estudo dinâmico e pós-contraste em outro plano)
- Transversal pré-contraste T1 com supressão de
gordura
- Pós-contraste T1 com supressão de gordura (ideal
nos 3 planos para avaliação de fístulas)

 A sequência mais importante no diagnóstico de osteomielite é a ponderação T1 SEM


supressão de gordura. As sequências na ponderação T1 COM supressão de gordura pós-
contraste também são importantes para detecção de trajetos fistulosos e coleções nas partes
moles.

PROTOCOLOS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DOS MEMBROS INFERIORES – Versão 01.2017


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