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SEMINÁRIO TEOLÓGICO DA ASSOCIAÇÃO

BATISTA DE OSASCO E ADJACÊNCIAS

PAULO PAIXÃO EVANGELISTA DA SILVA

Resumo do livro

Breve história dos batistas

De J. Reis Pereira

Osasco - São Paulo

2022
PAULO PAIXÃO EVANGELISTA DA SILVA

Resumo do livro

Breve história dos batistas

De J. Reis Pereira

Resumo do Livro breve história dos batistas J. Reis


Pereira apresentado ao curso graduação em
teologia, do Seminário Teológico da Associação
Batista de Osasco e Adjacências como parte dos
requisitos para conclusão da matéria História dos
Batistas.

Orientador: Pr & Prof. Edison Gomes da Silva

Osasco - São Paulo

2022
I - A ORIGEM DOS BATISTAS

As três Principais teorias que visam explicar estas e outras questões. A Primeira é
chamada de JJJ (Jerusalém-Jordão-João) a segunda baseia-se na herança
Anabatista e a terceira defende a origem vinda dos separatistas Ingleses do Século
XVI.

A primeira teoria diz que os batistas seguem uma linha ininterrupta dos dias de hoje
até quando João batizada no Jordão, foi aceita por muitos escritores como Thomas
Crosby, G. H. Orchard, J. M. Cramp, John T. Christian e o mais conhecido no Brasil
J. M. Carrol, com seu livro “O Rastro de Sangue”.

A segunda alega a origem ligada ao parentesco espiritual com os anabatistas do


século XVI e foi defendida por David Benedict, Richard Cook, Thomas Armitage,
Henry Newmann e Walter Rauschenbusch.

A terceira Afirma que os batistas vieram dos separatistas ingleses, com eclesiologia
congregacional e batismo somente de regenerados, sendo aceita por Augustus
Hopkins Strong, Henry C. Vedder, Robert G. Torbet e Kenneth Scott Latourette,
sendo defendida por não violentar os princípios da exatidão histórica e por não
alegar fatores originários contraditórios.

Destas três teorias pode se aproveitar algumas coisas, devemos saber que o termo
“batista” é um rotulo que caracteriza o povo batista, rótulos como este não são
importantes para o nosso Mestre Jesus, importa que sigamos e sejamos obedientes
a ele com fidelidade oque nos ajuda a examinar melhor estes fatos históricos.

A IGREJA NEOTESTAMENTÁRIA
Muitas Igrejas afirmam ter sua origem na igreja neotestámentária, contudo devemos
analisar os parâmetros que se podem considerar para que se comprove tal
alegação, a nossa tese é de que os seguidores de cristo que a partir dos séculos
XVII e XVIII receberam o nome de batistas mantém as mesmas doutrinas e práticas
da Igreja do primeiro século. A questão denominacional não nos perturba pois
muitos cristãos fieis a Jesus ao longo dos anos tem estreito parentesco com os
batistas embora não tivessem este nome.

Levando em consideração doutrinas e práticas podemos ver alguns exemplos da


semelhança entre os costumes Cristãos dos batistas e da Igreja primitiva. Muitos
costumes do primeiro século não permaneceram até hoje e muitos costumes de hoje
não existiam no mesmo, contudo trata-se de fatores secundários que não interferem
no real sentido do culto. Como por exemplo: era de costume para os cristãos do
primeiro século que na celebração da ceia do Senhor, todos bebessem do mesmo
cálice, o que não é praticado exatamente desta maneira nos dias de hoje e não
altera o sentido real que seria a memória do sangue de Cristo. Há hoje também na
maioria das igrejas a chamada “EBD” que não foi organizada no primeiro século,
contudo o hábito de estudar as escrituras estava fortemente presente na igreja
primitiva o que faz com que o intuito e o sentido sejam os mesmos com detalhes
secundários diferentes. Os métodos podem variam contanto que derivem de
princípios rigidamente fundamentados na doutrina cristã do novo testamento. O
ponto principal é manter conhecida e clara a doutrina do evangelho de Cristo para
que não sejamos anátemas conforme Gálatas 1:8.

AS GRANDES DOUTRINAS CRISTÃS

Considerações sobre doutrinas da igreja primitiva podem estabelecer pontos coesos


as igrejas batistas como, por exemplo: Crença na trindade (Mat. 28.19; II Cor.
13.13), na natureza espiritual de Deus e adoração voltada a Ele em espírito e
verdade (João 4.24), de que pelo intermédio de cristo as orações dos fiéis chegam a
Deus (João 14.13; 16.24; I Tim. 2.15). Por isto não é condenado o uso de qualquer
tipo de imagem e o culto as mesmas ou algum outro mediador entre Deus e os
homens que não seja Jesus. É por isto que as orações dos cristãos são feitas no
nome de Jesus.

Além de seguirmos a doutrina das ESCRITURAS, que assim como as igrejas


primitivas alega que as escrituras sagradas são a fonte da Revelação divina que é
suficiente para toda orientação espiritual do homem, pois é inspirada por Deus o que
a constitui como autoridade em caráter religioso (Mateus 7.24-27; 28.18-20; Lucas
1.1-4; 16.27-31; João 5.39; 15.15 20.30,31; Atos 1.1; 20.21-27; I Coríntios 4.6;
Gálatas 1.7; II Pedro 1.20,21; II João 9,10; Apocalipse 22. 18,19). As igrejas batistas
por esses motivos a tarefa não se desviar destes princípios bíblicos, indiferentes a
críticas humanas. Uma vez que a mensagem bíblica diz que a salvação é pela fé, os
batistas não aceitam a teoria da salvação pelas obras, uma vez que conforme a
bíblia devem ser batizados os que crêem a igreja batista não aceita o batismo de
crianças incapazes de posicionamento e compreensão religiosa. A autoridade final
em matéria de religião é tão somente bíblica deste modo os batistas não aceitam a
autoridade das tradições católico-romanas, Papais, etc. Estes são meramente
humanos as escritura é divina.

Tanto a Igreja Primitiva quanto os batistas crêem que não há outro caminho senão
Jesus Cristo para o homem desejoso de salvação (Mateus 1.21; 18.11; Lucas 2.11;
19.10; João 4.42; 14.6; Atos 5.39; 15.23; I Timóteo 2.5; II Timóteo 1.10; Tito 1.4 e II
Pedro 1.1). O que tira de Maria o papel de co-redentora, uma vez que por mais que
tenha sido uma mulher admirável não tem poder para exercer tais funções. Jesus
Cristo, aquele que morreu na cruz, o Cordeiro de Deus imaculado, é o único
redentor da humanidade. Só nele pode haver esperança, por isto mesmo não é
exigido pelos batistas senão o arrependimento sincero dos pecados cometidos e
que, por ser sincero, vem sempre acompanhado de frutos dignos de arrependimento
os quais são efeitos da salvação e não a causa da mesma.

Partindo para a doutrina da igreja no primeiro século o termo não abrangia um modo
geral como hoje e sim congregações locais como a Igreja de Jerusalém, da Igreja de
Antioquia, da Igreja de Filipos, da Igreja de Filadélfia, da Igreja de Laodicéia, etc. Há
relatos de igrejas que se reuniam nas casas (Colossenses 4.15 e Filemom 2),
tinham como objetivo o louvor a Deus, cumprimento das ordenanças dadas por
Jesus, edificação mútua, comunhão e pregação do evangelho (Mateus 18.17; Atos
8.1; 13.1; 14.23; 20.17; Romanos 16.1,5; I Coríntios 1.2; 16.19,30; Apocalipse 2 a 3).

Não havia na igreja cristã primitiva a figura do “Papa” um suposto mediador entre
Deus e os homens ou uma organização humana estratégica política, e sim uma
igreja composta por todos os crentes sem qualquer chefe que não Jesus Cristo. A
Igreja primitiva tinha assim como as Igrejas batistas apenas dois cargos
eclesiásticos os diáconos e os bispos que também tinham a função de pastores e
presbíteros. Os bispos detentores de vocações especiais devem ser sustentados
pelas igrejas, estas que tem seus assuntos decididos na comunidade democrática.
Os diáconos seus auxiliares, detentores de qualidades espirituais específicas para o
cumprimento de suas missões, isto esta presente nos seguintes textos: Atos 11.30;
14.23; 15.2,4, 6, 22,23; 16.4; 20.17,28; 21.13; Efésios 4.11; Filipenses 1.1; I Timóteo
3.1,2; 5.17,19; Tito 1.5,6; Hebreus 13.20; Tiago 5.14; I Pedro 2.25; 5.1-5; II João 1;
III João 1.

As igrejas primitivas assim como as batistas respeitavam os governos constituídos


lhes vetando apenas o direito de interferir em assuntos internos tal como a doutrina
dos separatistas referente a igreja e estado (Lucas 20.25; Atos 4.19,20; 5.29;
Romanos 13.1-9; Tito 3.1; I Pedro 2.13,17). Recebiam membros por meio do
batismo, um ato de obediência e testemunho de fé em Cristo da parte dos
convertidos (Mateus 28.19; Atos 2.38,41; 8.36-38; 9.19; 10.47; 16.33).

O termo batismo que vem do grego baptismos significa imersão ou mergulho, com
base nisto a igreja primitiva e batista batizam por imerssão gesto este que simboliza
conforme Romanos 6:4, ou seja, ao ser imerso está morrendo para o mundo e ao
emergir nasce para uma vida nova em Cristo.

Afirmamos pois que as igrejas batistas tem as mesmas regras de fé conduta e


doutrina da igreja primitiva, não são encontradas doutrinas não bíblicas na igreja
batista como: purgatório, à confissão auricular, à eucaristia, outros sacramentos,
limbo, culto das imagens, aos santos ou Maria, simplesmente pois estas tradições
humanas não estão ligadas ao novo testamento, são fruto do sincretismo entre a
igreja católica romana e o paganismo, gerando desvios de conduta em relação a
padrões estipulados por Jesus.
A liturgia de culto da igreja primitiva constituía-se de leitura e explicação bíblica
louvores, orações, celebração de batismos, a ceia do Senhor e a comunhão mútua
entre os irmãos, procedimentos estes que são considerados como padrão para
igrejas batistas, a simplicidade, o respeito a escritura e a conservação moral e
espiritual. O escritor Salomão Reinach cita em um de seus livros que de todos os
grupos cristãos atuais, a igreja batista seria talvez o único grupo onde um cristão do
primeiro século, não se sentiria tão desambientado, ele poderia ter sido mais positivo
ao omitir o “talvez”.

II

COMO SE DESVIARAM AS IGREJAS PRIMITIVAS

Vimos no capítulo anterior que as igrejas batistas mantém as mesmas práticas e


princípios das igrejas cristãs primitivas, contudo não se pode dizer isto da Igreja
Católica Apostólica Romana, isto se deve ao abismo de diferenças entre o
romanismo e o cristianismo do novo testamento, esse desvio não foi derrepente é
resultado de um processo de séculos e que ainda está em curso.

Seus autores dizem que a Igreja tem autoridade para fazer modificações, colocam
este fator como atributo evolutivo e descartam a necessidade de identidade com a
igreja primitiva . A igreja romana é escorada na tradição humana (Papas, concílios e
Pais da Igreja), tradição esta que recebe autoridade ao ponto de a considerarem
análoga a bíblia e às vezes superior a mesma. Lamentavelmente não é visto
coerência da doutrina católica no que se refere aos textos: João 20.30,31
(suficiência da escritura) e Gál. 1.8,9 (evangelho insubstituível), infelizmente vemos
uma doutrina contrária ao evangelho de Cristo, um verdadeiro politeísmo, que
defende a idolatria a Maria como uma espécie de “Deusa mãe”.
Pretendemos dar respostas a perguntas sobre como a igreja católica se tornou tão
diferente da igreja primitiva, pode se datar e demonstrar tais desvios? Entretanto
por se tratarem de séculos de infidelidade, nos limitamos aos primeiros principais
erros que foram se formando e aos poucos sendo aceitos.

O TESTEMUNHO DA PATRÍSTICA

São estes os principais escritores do cristianismo dos primeiros cinco séculos, a


patrística ou as obras dos chamados “Pais da Igreja” tem muito valor para este
estudo. São úteis os chamados “Pais Apostólicos” que escreveram logo depois dos
apóstolos dos quais citamos: Barnabé, Clemente Romano, Inácio, Hermas, a
“Didache” e a Epístola a Diogneto. Antes do concílio de Nicéia, os apologistas:
Atenágoras, Aristides e Justino; os polemistas: Tertuliano, Ireneu, Hipólito e
Cipriano. Os chamados filósofos do cristianismo: Clemente de Alexandria e
Orígenes; Após o concílio de Nicéia: temos Ambrósio, Agostinho, Crisóstomo e.
Jerônimo.

Estas obras têm grande valor histórico, contudo para nós batistas não representam
autoridade de doutrina uma vez que nos é plenamente suficiente o novo testamento.
São escritos interessantes, porém não devem ser consultados em caso de dúvidas
umas vez que não foram inspirados no mesmo sentido que foram os autores bíblicos
e ainda não trazem revelação divina alguma uma vez que elas foram concretizadas
no livro de apocalipse. A própria igreja católica que canonizou alguns destes, não
aceita tudo que por eles foi escrito. Enganavam-se às vezes a cerca de suas
doutrinas, porém nunca tiveram o interesse de substituir a palavra de Deus e nem
acrescentar nada a ela. Por seguir a estes com mais notoriedade do que o novo
testamento em sua dogmática que certo cristianismo se desviou da norma apostólica
uma vez que seguiam pronunciamentos e escritos de homens falíveis.

O NOVO TESTAMENTO

O cânone do novo testamento em seus 27 livros foi fechado em fins do século IV,
contudo seus livros já eram considerados como a palavra de Deus o que facilitou a
aceitação de uma decisão tomada num sínodo local em Cartago, é muito importante
desmentir a afirmação católica de que o bispo de Roma foi o papa a suprema
autoridade de sua igreja desde o princípio uma vez que o mesmo nem foi ouvido a
respeito de uma decisão tão importante referente ao cânone. As igrejas cristãs
batistas crêem que este ato foi inspirado, e uma vez que o cânone foi fechado não
há outra autoridade escrita senão as escrituras. O novo testamento é e tem sido a
bússola para os cristãos, há muitos que mudaram totalmente seu rumo religioso ao
lê-lo, contudo há também os que o fazem e persistem no erro desviando se
completamente das normas neotestamentárias. Podemos citar algumas anomalias
humanas que corromperam igrejas cristãs a partir do segundo século, são elas:
Episcopado católico, sacramentalismo, sacerdotismo e a salvação pelas obras.

Episcopado. Como foi dito nas igrejas neotestamentárias só existiam os cargos de


pastor e diácono, o pastor era designado em tríplice função (pastor, bispo e
presbítero) por se tratarem de termos referentes a ternura, respeito e supervisão.a
igreja romana manteve o termo presbítero como padre comum, já entre os
presbiterianos existem duas categorias de presbíteros os docentes e regentes,
alegam a base em I Timóteo 5:17.

O termo bispo no grego queria dizer superintendente administrativo (presidente da


assembléia). Como haviam muitos pastores nas igrejas primitivas surgiu a ideia de
que um deveria ser o bispo dos mesmos iniciava-se uma hierarquia, que começava
nos diáconos, presbíteros e então bispo. Não se pode afirmar quando isto se iniciou,
contudo em 325 bispos formaram o concílio de Nicéia, surgiu posteriormente o
arcebispo e então o bispo dos bispos romano o papa (Ocidental).

Sacramentalismo. É possível que no fim do século IV este costume no que se


refere ao batismo e a ceia estivessem fundamentados, a igreja católica ortodoxa e
romana deve principalmente a Pedro Lombardo o estabelecimento destes e mais 5
costumes de sacramentalismo que não estão presentes no novo testamento, tratam-
se de cerimônias que conferem segundo eles graça a seus cumpridores, se maqueia
a questão memorial trazendo a ela uma idéia mágica, foi fortalecida por escritos de
Hermas, Justino, etc. Este seria mais um motivo para que desconsiderássemos tais
autores como fonte de autoridade doutrinária, uma vez que em contraste com os
credos de Nicéia e o chamado dos apóstolos não citam estes fins.
SACERDOTALISMO. Como resultado de sérios desvios de conduta bíblica, surgem
as castas de cristãos com poderes como os da transubstanciação, sendo feita uma
equiparação aos sacerdotes judaicos pelo pai anteniceno Cipriano, é de certa forma
possível que a influência da seita dos mani-queus tenha sustentado esta visão, eles
dividiam os fies em dous grupos: Eleitos e ouvintes. Eleitos exerciam sacerdócio e
interceção concedendo-os graças desejadas. Por conta de escritos que enfatizavam
a salvação pelas obras como a Didache que após Cipriano passou a ser melhor
aceita, a pressão do paganismo e a adesão de pagãos por fins de interesses fez
com que as doutrinas soteriológistas bíblicas quase desaparecem até Lutero as
reapresentar. A busca desenfreada por poder e as influências pagãs tornaram do
cristianismo romano algo análogo ao paganismo, uma forte evidência disto além das
já citadas é o título concedido ao papa “Pontifex Maximus” título este antes ocupado
por sacerdotes pagãos.

III

A RESISTÊNCIA À CORRUPÇÃO NOS PRIMEIROS SÉCULOS

Os desvios citados nem sempre eram aceitos por toda cristandade, era uma questão
de lideranças e escritos às vezes isolados, alguns destes viriam a ser chamados
dogmas, ainda não havia unidade dos cleros. O termo católico no príncipio
significava algo como geral ou universal, no chamado credo dos apóstolos,
encontramos o mesmo, contudo não se refiria a igreja romana. Os erros cometidos
foram contagiando aos poucos as igrejas que logo foram organizadas em um
sistema de doutrinas, o episcopado foi a primeira aser largamente aceita, pode-se
observar que nos primeiros concílios não são citadas questões referentes a desvios
como, transubstanciação, culto a Maria purgatório, etc. Há também os Monaquistas
um grupo que decidiu desligar-se do “mundo corrupto” indo habitar em grutas,
florestas e desertos, contudo estes não tinham conhecimento suficiente pois esta
não era a vontade de Cristo em Mateus 5:13 e 14. Os cristãos são responsáveis pois
contrastar positivamente o mundo, em sua ausêcia, falta também a esperança. Os
monaquistas também viriam a desviarem-se das doutrinas bíblicas, chegando a
posteriormente gerar-se questões conflitantes entre os ascetas e o próprio estado.
Foram séculos de luta dos quais se destacam três nomes, são eles:

AÉREO

Éra presbítero de Sebaste, que após disentir com um bispo em defesa do


cristianismo bíblico verdadeiro, teve de renunciar suas funções e juntamente com
muitos que eram concordantes com ele se reunia em esconderijos, estes foram
ferozmente perseguidos pelos vigentes do catolicismo romano, até que se diluíram
em grupos semelhantemente posicionados.

JOVINIANO

Foi um cristão romano que rompeu com as práticas monásticas, tendo como
principal perseguidos o famoso Jerônimo que o acusava de ter abandonado a
doutrina por fraquezas carnais, foi defendido em matéria de integridade pessoal por
Agostinho. Davam-se os primeiros passos para a “Mariolatria” , é importante resaltar
que as obras de joviniano e vigilância são conhecidas por nós através de material
histórico da autoria de Jerônimo, este achava um absurdo a idéia de que todas as
mulheres são iguais perante Deus (viúvas, virgens e casadas), a Idea de que os
verdadeiros cristãos batizados em espírito não poderiam ser vencidos pelo inimigo,
de que morrer de fome em jejuns doentios não concedia graça superior a de comer
rendendo graças a Deus e de que não haviam distinções entre os salvos no céu
( Idéia que contrariava a questão de que alguns santos poderiam interceder nos
céus). Joviniano assim como Aéreo estava pregando apenas verdades bíblicas,
contudo e seus discípulos foram igualmente perseguidos, fugindo para alem do
alcance dos perseguidores.

VIGILÂNCIO

Era servo de Sulpício um dos líderes do ascetismo, por demonstrar aptidões foi
liberto e recebeu intrução, foi consagrado presbítero e enviado a Itália, passou um
tempo com Jerônimo em Belém, as impressões não foram boas, ao retornar
começou a questionar tipo de “religião cristã” que havia tido o desprazer de
conhecer no Oriente. O próprio Sulpício não o julgou mal, porém o chamado “cão de
caça dos hereges” Jerônimo descobriu o teor das pregações do mesmo e com
intrepidez formou o tratado de “Adversus Vigilantium”, infelismente as obras de
vigilâncio desapareceram da história, oque conhecemos do mesmo está contido
nessas denúncias de Jerônimo, eis algguns pontos: A falta de valor as homenagens
aos mártires, condenação da pratica pagã de acender velas, celibato, ascetismo e
as esmolas aos monges, segundo estas fontes vigilâncio defendia tão somente a
conduta bíblica Cristã.

OS CRISTÃOS BRITÂNICOS

Os cristãos das ilhas britânicas não tiveram acesso a estas terríveis más
influências, oque os manteve firmes as práticas neotestamentárias, acredita-se
que algum missionário anônimo tenha levado o cristianismo a este local,
contudo não existem indícios históricos. Constantino conhecia bem a
Inglaterra onde for consagrado imperador, um notável inglês chamado Patrício
destaca-se, o mesmo teria sido raptado por piratas e levado a Hibérnia (atual
Irlanda) ao ser libertado, para lá voltou com um desejo, pregar o evangelho de
Cristo, ele deixou duas obras: uma autobiografia e uma carta aos cristãos
governados por Coroticus. A Igreja Católica distorceu sua história inserindo
fantasias e até mesmo o canonizou. O papa Gregório I chega a enviar
Agostinho e seus companheiros para pregar o cristianismo, contudo em 596
oque acontece é a perseguição dos verdadeiros cristãos ali presentes,
movimentos como Wycliffe e a grande aceitação da reforma XVI são indícios
de que a perseguição não teve êxito em estingui-los.

ALGUNS OUTROS MOVIMENTOS

Há quem diga que o montanismo, novacionismo e donatismo foram os batistas


da idade primitiva, conclusão equivocada pois se tratavam de cisões a outras
igrejas.

Em 140 na Frigia surge o movimento montanista, posteriormente Tertuliano se


uniria a estes. Montano foi um ex-sacerdote pagão, que ao se se converteu ao
cristianismo e seu discurso enfatizava espetáculos de Zelo fanático, Êxtases e
revelações do espírito santo fora da Bíblia.(muito parecido com os
“pentecostais” atuais)
Em Roma (251) após a perseguição de Décio, surge o Novacionismo característico
por negar o perdão aos que cometiam a abjuração, consideravam-se puros e
determinavam pecados com maior e menor valor.

No norte da África em 413 surgem os Donatistas, estes não concordam com uma
consagração episcopal e apelam em juízo ao imperador este não os concede favor e
então definem a separação entre Igreja e estado, contudo por questões frustrantes.

EXCURSO I

COMO OS CRISTÃOS SE TORNARAM IDÓLATRAS

Como vimos, haviam duas principais tendências no cristianismo primitivo a primeira


era a de inserir na Igreja práticas pagãs e concupiscências humanas e a segunda de
mantes valores neotestamentários. Infelizmente a primeira busca e consegue a força
para generalizar o desvio doutrinário do padrão inicial, os cristãos que haviam
resistido firmemente contra os pagãos não tiveram este êxito frente as perseguições
dos cristãos romanizados.

Cláudio de Turim

Viveu nos séculos VIII e IX e combateu princípios antibíblicos como o culto a


imagens, a cruz, etc. Algo que contrastou importantemente após 30 anos de culto
oficial as imagens (II Concílio de Nicéia).

Berengário de Tours

Foi mestre da escola francea de Chartres, contudo começou a questionar a


presença do corpo de Cristo na transubistânciação, porém vitas as penas de ir
contra Igreja Católica ele por vezes redigiu retratações que fizeram com que seu
discurso não tivesse efeitos positivos.

PEDRO DE BRUYS E HENRIQUE DE LAUSANNE


Seus discipulos se chamavam “petrobrusianos” e “henriquianos”, a Igreja
ferrozmente os perseguiu pelo que pedro foi martirizado na fogueira e henrique
morreu na prizão, contudo não alcançou a todos, estes foram perseguidos por irem
contra o batismo infantil, imagens, transubistânciação, etc.

Pedro Valdo

Um rico comerciante que não tinha sido nenhum grande estudioso, contudo ouviu a
leitura dos evangelhos, e convertendo-se ao evangelho de Cristo deu aos pobres
metade de seus bens e se dedicou a pregação, multidões se aglomeravam para
ouvi-lo, tinham um discurso simples, porém fiel a escritura, quando a perseguição
católica se levantou, ele e seus discipulos estrategicamente fugiam de lugar em
lugar, acredita-se que ele tenha morrido tranquilamente na Suiça, seus dissípulos os
"Valdenses" formam um gruo ainda existente.

Joaõ WYCLIFFE

Este tinha como ideial defender o povo Inglês da extorção papal, oque o levou a
estudar profundamente a igreja católica não encntrando na mesma autoridade
bíblica, Fez a tradução da bíblia e dedicou-se a divulgá-la, atacou a autoridade papal
e rejeitava diversas crendices católicas, após sua morte a igreja perseguiu seus
dissípulos, contudo indícios do século VIII mostram que não puderam destruí-los
por completo.

João Huss

Este ao ler os livros de WYcliffe tornou-se seu dissípulo, estava convencido que os
desvios do cristianismo de sua época eram motivados pela falta de estudo bíblico,
pregou a bíblia com intrepidez a seus alunos, em um de seus livros ele resalta o
modelo bíbico para Igreja de Jesus Cristo, munido de um documento do imperador
garantindo que voltaria seguro, ele compareceu ao concílio de Constança, onde foi
martirizado em julho de 1415, o termo que usaram para quebrar seu salvo-conduto
foi que a palavra dada a um herege não deve ser cumprida.

Muitos Outros

Há ainda relatos de muitos outros que não puderam ser listados nesse livro, do
quais destacamos Arnaldo de Brescia, João de Wessell, Jerônimo de Praga, Marsílio
de Pádua, estes e outros homens ajudaram a manter acesa a fé, em tempos de
escuridão religiosa, e atravez do martirio selaaram sua fidelidade ao Senhor,
alistando-se aos 7 mil joelhos que não se dobraram a baal, assim como elias muitos
pensam que a igreja católica dominava competamente a idade média européia,
contudo estes e milhares de outros permaneceram fiéis a seu Senhor e as
escrituras.

A REFORMA QUE NÃO FOI COMPLETA

Toda a questão da união com o estado e o sincretismo religioso com o paganismo,


preparou o caminho para toda espécie de desvios humanos para a então futura
Igreja Católica, tirando dela a sua identidade Cristã Bíblica. Pouquísima parte do
clero tinha formação profunda, ou seja a moralidade destes sofria um déficit que
atingia até mesmo os superiores, costumes anti-bíblicos como bebedices,
superstições e a simonia estavam amplamente difundidos, extorquiam até mesmo os
mais pobres exigindo pagamentos por qualquer "serviço eclesiástico".

Até mesmo autores católicos admitem que nestes tempos a igreja católica estava
em caminhos torduosos, contudo criticam Lutero por ter provocado uma cisão,
porém analisando os fatos vemos claramente que seus líderes estavam com os
ideais corrompidos, imposibilitando uma mudança de cima para baixo (concílio e
papa), assim surge a reforma que estava realmente interessada no "bem-estar" do
mundo cristão, um impulso irresistivel ao povo.

Muitos se referem a estas épocas como "idade das trevas" de fato foi um tempo de
escuridão espiritual imposta pela igreja católica romana, contudo sempre houveram
pontos de luz, estes não puderam fazer muito pois eram ferozmente combatidos e
martirizados em tortura, prisões e fogueiras. Estes deixaram marcas de fidelidade a
verdade evangelica mantendo acesa a luz das escrituras.

martinho Lutero

Este que era um católico fiel as escrituras sempre sentiu dificuldades nas
incongruencias da própria Igreja, contudo a gota dagua foi o chamado tráfico de
indugências, ele se manifestou contra esta prática na alemanha, contudo ele não
tinha intenção de ir contra a autoridade papal e sim de abrir-lhe os olhos, contudo a
resposta é a mesma dos tempos medievais: retratação ou escomunhão, este não se
retrata e então é excomungado e rompe com a Igreja de Roma.

A este católico fiel as escrituras não foram dadas duas alternativas, como se
retrataria sem ter convencimento de erro? Nós cristãos atuais devemos muito a
Lutero que corajosamente deu os primeiros passos para uma volta as escrituras.

contudo este ainda tinha em si marcas do catolicismo, ou seja ainda não se tratava
de uma Igreja evangélica totalmente bíblica, ele até tentou ma não teve êxito
completo, sua igreja veio a se chamar Luterana. Ele tratou com maior intolerância
aqueles que buscavam uma religião pura os chamados anabatistas.

ULRICO ZUINGLIO

Ulrico Zuinglio apoiado pelo conselho de Zurique, contemporâneamente a lutero, foi


mais além ao tirar o teor sacramental da ceia, tratando-a como cerimônia memorial
que não concedia graça. Contudo este não abriu mão do batismo infantil por
considerar um absurdo o fato de ter que rebatizar a todos do cnselho da cidade,
contra a opnião inclusive de amigos negou a sugestão e assim vemos nascer os
primeiros anabatistas.

Zuinglio e Lutero manteram práticas e doutrinas do romanismo, nem mesmo calvino


foi até o fim na busca por uma Igreja que voltasse totalmente ao padrão
neotestamentário, por isto consideramos que a reforma do século XVI não foi
completamente concretizada.

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