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(Os Irmaos McCabe 02) Seduzida Por Um Highlander - Maya Banks
(Os Irmaos McCabe 02) Seduzida Por Um Highlander - Maya Banks
Highlander
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MAYA BANKS
Seduzida por um
Highlander
São Paulo
2017
Seduction of a Highland Lass
Copyright © 2011 by Maya Banks
All rights reserved.
Published in the United States by Ballantine Books.
Preparação
Clarisse Cintra | BR75
– Keeley! Keeley!
Keeley virou a cabeça e viu Crispen correndo pelo grande salão
em sua direção. Ela se preparou, sabendo muito bem a forma como
Crispen a “cumprimentava”.
Ele se jogou em volta dela, quase derrubando ambos no chão,
mas a preparação de Keeley os manteve de pé.
Ela riu e o afastou.
– O que foi, Crispen?
– Vai sair e brincar com a gente na neve? Vai, Keeley? A mamãe
não pode ir. Papai a proibiu de sair. Ela não está feliz, mas Maddie
disse que é bom porque mamãe está desajeitada e redonda como
uma abóbora e pode cair no gelo.
Keeley hesitou, quase rindo com a inundação de palavras que
saía da boca do garoto.
– A tempestade acabou e o sol saiu. Está um dia lindo. Papai está
lá fora treinando desde o amanhecer. Podemos brincar na colina e
Gannon e Cormac irão junto.
– Acalme-se – ela disse, rindo. – É verdade que seria bom tomar
um ar fresco.
O rosto de Crispen se iluminou.
– Então você virá? Mesmo? – Ele saiu de seu abraço dançando
pelo salão.
– Me dê um tempo para vestir roupas mais quentes, ficarei feliz
em sair com você contanto que tenha a permissão do laird.
Crispen assentiu ansioso.
– Vou pedir a ele agora.
– Muito bem. Encontrarei você na escada em alguns minutos.
Ela observou Crispen sair do salão em velocidade máxima, depois
balançou a cabeça e seguiu para as escadas a fim de vestir roupas
apropriadas para o frio pesado.
Quando ela voltou, Cormac e Gannon estavam no salão rodeados
por Crispen e muitas outras crianças. Eles olharam cansados em
sua direção enquanto ela se aproximava.
Sorrindo, ela fez questão de cumprimentar entusiasmadamente
cada criança e, depois, perguntou se elas estavam prontas para
sair. Rodeada pela conversa animada, ela saiu no frio e estremeceu
quando o gelo subiu por sua espinha.
– Está frio hoje! – ela exclamou.
– Está, sim – Cormac resmungou. – Frio demais para ficar parado
vigiando crianças.
Keeley lançou um sorriso malicioso na direção de Cormac.
– É provável que Christina se junte a nós.
A expressão dele se iluminou, depois ele olhou rapidamente na
direção de Gannon e adotou um olhar mais ameno.
– Vamos! – Crispen pediu. Puxou a mão de Keeley até ela se
render e subir a colina correndo em direção à área em que as
crianças brincavam.
Rapidamente foram formados times e Keeley resmungou quando
percebeu que a brincadeira era jogar bolas de neve no outro com
toda a força que conseguiam.
Felizmente para ela, Gretchen estava no seu time e ela era muito
boa em acertar o alvo. Os meninos gritavam ofendidos toda vez que
Gretchen acertava a cara de um deles.
Sem fôlego depois de uma hora de guerra contínua, eles pediram
trégua e pararam, com as mãos nos quadris, ofegantes.
Crispen e Gretchen estavam cochichando e olhando para Cormac
e Gannon.
– Você pede – Crispen murmurou.
– Não, você pede – Gretchen exigiu. – São os homens do seu pai.
É mais provável que façam para você.
Crispen ergueu o queixo.
– Você é menina. Meninas sempre conseguem o que querem.
Gretchen revirou os olhos, depois lhe deu um soco forte no braço.
– Ai!
Crispen olhou para ela e esfregou o braço.
– Nós dois pedimos.
Gretchen sorriu serenamente e os dois correram na direção de
Gannon. Keeley viu com interesse quando os dois guerreiros
recuaram visivelmente. Então começaram a balançar a cabeça e
fazer gestos de negação. Franziram o cenho, depois fizeram careta,
e as crianças continuaram a argumentar.
Quando a expressão de Gretchen se transformou de
determinação feroz para lamentavelmente triste, os homens
começaram a ficar inquietos. Os olhos grandes dela brilhavam com
lágrimas e o queixo tremia.
– Ah, não. Eles não têm escolha agora.
Keeley se virou e viu Christina se aproximando, com os olhos
cintilando de diversão.
– Gretchen não é contra usar artimanhas femininas para
conseguir o que quer. A moça mais esperta que já conheci –
Christina disse, lamentando. – Se ela não consegue a rendição de
alguém, faz os olhos de pena.
– Estou morrendo de curiosidade para saber o que eles querem –
Keeley disse.
– Seja o que for, parece que foram bem-sucedidos.
Cormac olhou para cima e seus olhos se iluminaram quando viu
Christina. Gannon se virou na direção do castelo enquanto Crispen
e Gretchen seguiram Cormac durante o tempo em que ele ia até
onde as duas mulheres estavam.
– Gannon vai pegar seu escudo! – Crispen se vangloriou.
– O escudo dele? – Keeley perguntou.
– É – Gretchen disse. – Para escorregar na colina.
– É um pecado abusar do escudo assim – Cormac murmurou.
– É divertido descer em cima deles – Crispen comentou.
Gannon apareceu ao longe, o sol refletia no escudo grande que
ele carregava colina acima. Quando ele chegou ao grupo de
crianças, elas comemoraram.
Intrigada pela ideia de escorregar no escudo de um guerreiro,
Keeley se aproximou para analisar o objeto. Certamente era grande
o bastante para carregar uma criança ou até um adulto pequeno.
– Como funciona?
– Coloca no chão assim – Gannon disse, ajeitando a face do
escudo para a neve. – Então alguém sobe nele e outra pessoa a
empurra colina abaixo.
Os olhos de Keeley se arregalaram.
– É seguro?
Gannon suspirou.
– Não se deixarmos que escorreguem até o lago ou o pátio, onde
os homens estão treinando. O laird ficaria furioso.
– Então temos que ir para o sentido contrário – Keeley disse,
apontando para longe do castelo e para a muralha de pedra.
Cormac olhou a outra montanha, erguendo-se do leve monte
onde eles estavam.
– É, a moça está certa. Vamos precisar ir para o topo da outra
montanha para ficarmos longe do perigo.
– Eba! É uma colina bem mais íngrime para descer – Crispen
comemorou enquanto eles subiam pela neve.
– Eu, primeiro! – Robbie gritou assim que olharam para baixo em
direção ao vale abaixo deles.
– Não, foi minha ideia e eu pedi – Gretchen protestou. – Só é
justo se eu for primeiro.
– Deixe-a ir primeiro – Crispen murmurou. – Ela que morrerá se
não for seguro.
Robbie sorriu.
– É um bom plano. Tudo bem, Gretchen. Está aprovado. Você vai
primeiro.
Gretchen olhou para os dois meninos desconfiada, mas feliz,
assumindo a posição no escudo que Gannon colocou na neve.
– Agora segure firme sua saia e não solte as laterais – Christina
disse ansiosa.
– Tudo pronto? – Cormac perguntou.
– Sim, me empurre – Gretchen disse, com os olhos arregalados
de animação.
Gannon empurrou devagar, mas o aço polido do escudo foi
escorregando na superfície e ela rapidamente pegou velocidade.
Logo, estava voando pelo chão, mal tocando a superfície.
Em certo momento, ela se virou de lado, deu um grito de alegria e
conseguiu controlar usando o peso de seu corpo.
– É uma moça esperta – Gannon disse resignado. – Não tenho
dúvida de que, um dia, ela liderará seu próprio exército.
Christina e Keeley trocaram olhares convencidos.
Gretchen parou na base da colina, parando a centímetros de uma
das maiores árvores que protegiam a entrada da floresta. Ela
acenou animada para informá-los de que estava tudo bem – não
que eles não pudessem ver pelo sorriso amplo estampado em seu
rosto.
Arrastando o escudo atrás de si, ela se esforçou para subir a
colina até Gannon descer para ajudá-la.
Crispen foi o próximo a ir e gritou o caminho todo, sua risada
ressoando pela neve. Ele girou em círculo várias vezes na base
antes de parar em uma curva particularmente fechada.
Robbie foi depois e ele gritou, desaprovando ao cair na metade da
descida e rolar como uma bola de neve o restante do caminho.
Achando divertido, Crispen e Gretchen se jogaram na neve e
começaram a rolar colina abaixo atrás de Robbie.
– Gostaria de tentar, Keeley? – Gannon ofereceu educadamente
ao apontar para o escudo vazio.
Seu primeiro instinto foi recusar veementemente, mas ela jurava
que tinha visto desafio nos olhos do guerreiro. O olhar dela se
estreitou e ela o encarou.
– Você acha que sou muito covarde para tentar.
Gannon deu de ombros.
– Parece amedrontador para uma moça pequena como você.
Christina riu e disfarçou o som com uma tosse rápida.
– Isso soa como um desafio, guerreiro, mas tenho o meu próprio
para fazer. Se eu descer a colina sem sair do escudo, você e
Cormac também precisam se aventurar.
Cormac fez uma careta.
– Não é adequado que guerreiros se envolvam em brincadeira de
criança.
– Bom, se está com medo – ela disse inocente.
– Você duvida de nossa coragem? – Gannon perguntou
abismado.
– Duvido, sim. O que pensa em fazer em relação a isso?
Gannon jogou o escudo e apontou.
– Suba aqui e se prepare para perder feio.
Keeley revirou os olhos e se instalou no metal frio.
– É tão típico de homem deixar que seu orgulho assuma o
comando.
Antes de ela dizer sim ou não, ou qualquer coisa, na verdade,
Gannon a empurrou forte colina abaixo. Ela se deitou, agarrou
desesperadamente na lateral do escudo e se segurou como nunca
no metal escorregadio que voava pela paisagem coberta pelo gelo.
Oh, Deus, isso era realmente bem mais difícil do que parecia, e
ela precisaria de toda sua sagacidade para completar a descida sem
sofrer uma queda enorme.
Lá embaixo, as crianças gritavam seu nome e torciam
freneticamente à medida que ela chegava perto. O problema era
que ela passou correndo por eles e entrou nas árvores.
Keeley apertou os olhos e dobrou os braços acima da cabeça
quando saiu voando. Ela caiu, fazendo um barulho em um monte de
neve, e ficou com a boca cheia de neve.
Ainda bem que não trombou em uma árvore.
– Keeley! Keeley!
Era difícil discernir quem gritava seu nome. Era uma mistura de
crianças e os gritos de Gannon e Cormac. Ela olhou para cima a
tempo de ver as crianças chegando correndo enquanto Gannon e
Cormac – depois de instruir Christina a ficar onde estava –
desceram correndo.
Um incômodo pinicou a nuca de Keeley. Suas narinas inflaram e
ela sentiu… Sua cabeça se virou exatamente quando muitos
guerreiros atacaram de entre as árvores, rolando contra ela e as
crianças.
– Ataque! – ela gritou. – Estamos sendo atacados!
Alaric ergueu Keeley nos braços e foi para a cama. A toalha com
a qual envolvera o corpo dela se soltou e caiu no chão, deixando-a
nua. Ele a colocou no colchão e deu um passo para trás, sem tirar
os olhos dela.
Ela se sentiu intensamente vulnerável e engoliu com uma
excitação nervosa à medida que ele começava a se despir devagar.
Os braços e ombros dele estavam tensos e latejantes, com o
abdome duro esticado por seus músculos unidos firmemente. Os
dedos dela ansiavam para trilhar linhas retas e explorar cada lugar
rígido do corpo dele.
– Abra as pernas para mim, Keeley. Deixe-me olhar sua maciez
feminina.
Ruborizando, ela relaxou as pernas e, lentamente, as separou.
Alaric se abaixou e circulou seus tornozelos com os dedos, depois
subiu até seus calcanhares estarem cravados no colchão e seus
joelhos, dobrados.
A posição a deixava completamente exposta para ele. Deixava-a
aberta e ansiosa por seu toque.
Ele se ajoelhou ao lado da cama e correu um dedo por suas
pétalas úmidas, parando na entrada antes de enfiar delicadamente.
Ela arfou e arqueou os quadris, querendo mais. Ele saiu e
abaixou a boca.
Ela prendeu a respiração até sua mente ficar enevoada. Cada
parte de seu corpo se enrijecia com a ansiedade do toque dos lábios
dele.
Mas não foram os lábios dele que a tocaram. Ele lambeu de sua
entrada até a protuberância contraída e tensa abrigada pela camada
de pele no topo.
Ela deu um gritinho e seu corpo se contorceu. Ele agarrou suas
coxas e as segurou no lugar enquanto continuava a lambê-la. A
aspereza da língua dele enviava ondas indescritíveis de prazer pela
barriga dela e subia pelos seios, onde os mamilos se endureciam
dolorosamente.
De forma gentil, ele sugou o pequeno monte e, então, passou a
língua por ele, deixando-o mais enrijecido.
Era simplesmente demais. O corpo dela se estilhaçou. Era como
se ela fosse folhas se espalhando em uma ventania. Depois de
tanta pressão e tensão insuportável, de repente, ela estava tão leve
que flutuava, descendo em um espiral delicado.
Desorientada pela intensidade de seu alívio, ela ergueu a cabeça.
– Alaric? – ela sussurrou.
Mas ele não respondeu. Em vez disso, virou-a delicadamente de
barriga para baixo e passou uma mão em suas costas. Para sua
surpresa, ele amarrou uma faixa de tecido no punho dela e, então,
puxou seu outro braço para amarrar os dois punhos juntos.
Ela sentiu um frio na barriga e seus joelhos tremiam
descontroladamente.
Quando ele terminou, testou o nó, e estava firme. Quando a
colocou de joelhos com a bochecha descansando contra o colchão
e a bunda alta no ar, suas mãos estavam amarradas seguramente
às costas.
Ao se levantar, a mão dele acariciou a curva da bunda dela. Então
ele espalmou as mãos nas duas nádegas e as ergueu para que ela
ficasse aberta para ele.
– Eu te machuquei assim quando você era quase virgem. Hoje só
vou te dar prazer.
Uma mão a deixou e ela sentiu os nós dos dedos dele enquanto
posicionava o membro na abertura dela. Ele empurrou e sua
grossura a preencheu, esticando-a ao redor de seu mastro.
Ela gemeu baixinho. Era uma sensação maravilhosa à medida
que ele se forçava a ir mais fundo. Seu corpo se uniu firmemente ao
dele e estremeceu ao seu redor. Quando ele tirou, sua pele inchada
protestou contra o movimento e, molhada, apertou o pau dele.
– Doeu? – ele perguntou.
– Não – ela sussurrou.
Ele estocou nela, mais forte agora. Ela nunca tinha se sentido tão
esticada, tão preenchida. Depois de ele se certificar de que podia
continuar, começou a cavalgá-la mais vigorosamente.
Ele se esticou e segurou os punhos amarrados dela. Segurando-a
firme, puxou-a para trás enquanto a penetrava.
O som das coxas dele batendo contra a bunda dela preencheu o
ar. Por mais gentil que ele tivesse sido antes, agora ele a tomava
grosseiramente, ajustando o ritmo para agradar a si mesmo.
Mais rápido e mais forte e, depois, ele parou, se enterrando
profundamente nela. Ela estava arreganhada e sem defesa contra o
que quer que ele quisesse fazer. Só aumentava a excitação dela.
Ela rebolou impaciente, porém ele a segurou parada enquanto
permanecia alojado nela.
Então, ele saiu e investiu de novo. Mais devagar e metódico desta
vez. Estava no controle, suas estocadas eram medidas. Fortes.
Profundas. Repetidamente, ele recuava e, então, enfiava até ela
implorar para ele lhe dar alívio. Ela precisava de mais. Precisava
que ele se movesse rápido e forte para providenciar a fricção.
– Eu não te disse que você me obedecerá hoje? – ele perguntou
malicioso. – Sou eu que dito os comandos, Keeley. Você não dirá
nada além de “sim” para o que eu pedir.
Ela apertou os olhos fechados e cerrou os dentes com agonia
conforme ele estocou com investidas particularmente poderosas,
como se reforçasse suas palavras. Sim, ele estava no controle. Ela
não tinha nenhum.
Keeley teve que morder o lábio para não protestar quando ele
saiu do aperto de seu corpo. Ele a colocou de pé e a segurou até
equilibrá-la. Então, segurou os ombros dela e a colocou de joelhos
no chão.
O membro dele estava enormemente ereto, duro e distendido a
apenas centímetros do rosto dela. Brilhava com umidade e a pele
estava esticada pela cabeça grande.
– Abra a boca, Keeley.
Ele enfiou uma mão no cabelo dela e agarrou sua nuca, ao
mesmo tempo, segurou a base do pau com a outra mão e o guiou
para os lábios abertos dela.
A boca de Keeley se esticou ao redor do perímetro inchado dele e
ele se aprofundou. Primeiro, ela teve dificuldade para acomodá-lo,
mas ele foi paciente, dando-lhe tempo para se adaptar e respirar
pelo nariz.
Querendo agradá-lo, ela chupou mais, porém ele puxou o cabelo
dela a fim de impedir a ação.
– Não, só fique parada – ele murmurou.
Segurando a cabeça dela com as mãos, ele começou a estocar
em sua boca. Devagar, primeiro. Deslizava pela língua dela e pelo
fundo de sua garganta. Quando ela relaxou mais, ele ficou mais
exigente, aprofundando-se e se mantendo ali antes de recuar para
que ela pudesse respirar.
Os únicos sons que ela podia ouvir eram de chupadas molhadas,
conforme ele entrava e saía de sua boca, e a respiração irregular
dele.
Ele gemeu quando uma pequena quantidade de líquido derramou
na língua dela. Salgado e picante. Ela se preparou para mais, mas
Alaric se retirou bruscamente da boca de Keeley e massageou com
rapidez seu membro com a mão.
Espirrou sêmen quente no peito dela. Ele segurou seu pescoço e
inclinou sua cabeça para trás conforme direcionava mais sobre seus
seios. Os dedos dele agarraram sua nuca e ele gemeu enquanto
trabalhava no resquício de gozo na pele dela.
Ele ficou ali, com a respiração arfante enquanto ela estava
ajoelhada diante dele, tentando respirar também. Ela nunca
imaginou algo assim entre um homem e uma mulher. Invocava uma
resposta profunda e primitiva em seu ser. Ela se sentia possuída
pelo guerreiro. A possessão de ele fazer o que desejasse. Ela nunca
desejou tanto que algo fosse verdadeiro.
Ele se inclinou e beijou o topo da cabeça dela, depois a ajudou a
se levantar. Ele a levou para a tigela de água e, com delicadeza,
limpou o sêmen do corpo dela.
Ele se lavou e ela pôde ver que ele ainda estava rigidamente
ereto. Ela não tinha muito conhecimento sobre essas coisas, mas
tinha certeza de que não poderia ser normal.
Deixando as mãos dela amarradas às costas, ele a deitou na
cama, onde empilhou travesseiros ao lado. Então simplesmente a
ajeitou até ela estar deitada nos travesseiros, de barriga para baixo,
com as pernas abertas e os pés apoiados no chão.
Desta vez, quando escorregou por trás dela, não tinha a mesma
urgência de antes. Era quase como se estivesse saciado e pudesse
ser mais paciente agora.
Ele empurrava para a frente e recuava, adotando um ritmo lento e
regular, quase como se a explorasse. Apertava a bunda dela com as
duas mãos e massageava à medida que seu pau desaparecia no
corpo dela.
Agiu até o corpo dela começar a responder. Logo, ela arqueou
para cima a fim de tomá-lo e se arrepiou com ansiedade, seu ventre
contraído com uma necessidade desesperada. Ela ofegou e curvou
os dedos, cerrando os punhos nas amarras.
Então ele alcançou entre os travesseiros e seu corpo e os dedos
encontraram o ponto sensível entre as pernas dela. Ele acariciou e
massageou até ela ficar selvagem com necessidade de alívio.
Mesmo assim, ele continuava sua investida incansável, nunca
desviando do ritmo regular com que começara.
Ela estava quase choramingando com a necessidade. Seu corpo
estava muito apertado. A pressão era dolorosa.
Ainda assim, ele enfiava e tirava, infinitamente paciente.
Seus dedos acariciavam gentilmente a pele dela até ela
finalmente estar tensa como uma corda de arco totalmente esticada.
E, então, toda a tensão se esvaiu em uma onda enorme de prazer
dormente e primoroso.
A visão dela embaçou. Ela gritou o nome dele repetidamente até
poder ouvir seus próprios soluços. Onda após onda, parecendo
eterno até ela se derreter nos travesseiros que a seguravam.
Ela perdeu a consciência ao flutuar em alguma nuvem distante.
Por muitos minutos, não compreendia a sua volta ou que ele
continuava a estocar nela.
Gradativamente, ela percebeu a batida da pele uma contra a outra
e viu que ele ainda estava dentro dela, cavalgando-a bruscamente.
Ela não tinha força para fazer mais do que ficar deitada enquanto
ele dirigia seu corpo. Inacreditavelmente, ela sentiu as agitações
mais profundas em seu cerne conforme ele continuava a estocar.
Ele estava menos paciente agora. Agarrou seus quadris,
cravando os dedos na pele dela. Ele socava, agora parecendo
determinado a criar o fogo dentro dela mais uma vez.
Era mais direto, mais rápido e mais intenso desta vez. Sussurrou
o nome dela. Então se inclinou para a frente, com os quadris
batendo na bunda dela com uma força dolorosa.
– Você é minha – ele anunciou. – Minha. Você pertence a mim.
Nenhum homem vai te comer como eu fiz esta noite.
O calor correu pelo sangue dela, acumulando-se em sua pélvis.
Não, nenhum homem a reivindicaria da maneira como Alaric
McCabe fez.
Ela cedeu à maré que crescia. Keeley se rendeu. Não queria mais
nada a não ser pertencer àquele homem. Estremeceu com a agonia
de seu alívio e abriu seu corpo completamente para recebê-lo.
Ele saiu dela, a recuada foi quase dolorosa em sua pele inchada e
sensível. Então ela sentiu a semente dele contra suas costas
enquanto ele se deitava nela, o peito arfando com o empenho.
Alaric beijou a nuca de Keeley e sussurrou palavras que ela mal
conseguia ouvir.
Por um bom tempo, ele ficou deitado nela, com o membro
pulsando contra sua pele. Então, devagar, ele se levantou e
desamarrou seus braços. Segurou cada um e massageou as mãos
dela até todos os arrepios desaparecerem.
– Fique aqui – ele disse ao sair da cama.
Ele retornou um instante depois com um pano quente e,
gentilmente, limpou os resquícios de sua paixão das costas e da
bunda dela. Quando terminou, virou-a e a pegou nos braços.
– Nunca agi assim com uma mulher – ele admitiu ao acariciar o
cabelo dela. – É algo primitivo dentro de mim que rosna para
reivindicá-la, para fazê-la minha e para marcá-la para sempre de
algum jeito.
Ela sorriu e se aninhou nele. Estava deliciosamente dolorida e
satisfeita.
– Eu gosto que me marque. Nunca sonhei que existisse algo
assim entre um homem e uma mulher.
– Nem eu – Alaric disse, lamentando. – Você me inspira, moça.
Ela riu e bocejou. Alaric beijou sua testa e a puxou para ainda
mais perto dele.
– O que faremos, Alaric? – ela sussurrou. – Era para ter sido
apenas uma noite.
Ele correu os dedos pelo cabelo dela e apoiou a face em sua
testa.
– Vivemos um dia de cada vez e saboreamos cada momento
juntos. Quando a hora de dizer adeus chegar, teremos essas noites
para nos lembrar da paixão feroz que houve entre nós.
Capítulo 27