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ECONOMIA

PROF. EUDÉSIO EDUIM DA SILVA


OBJETIVOS DA AULA
1. TEORIASDO COMÉRCIO INTERNACIONAL
2. TAXASDE CÂMBIO
1. Câmbio Fixo e Flutuante
2. Câmbio Real e Nominal
3. Paridade do Poder deCompra
4. Balanço de Pagamentos
Teorias do Comércio
Internacional

◦ A Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo sugere que CADA PAÍS DEVA
ESPECIALIZAR-SE NAPRODUÇÃODAQUELA MERCADORIAQUE É RELATIVAMENTE MAIS
EFICIENTE(ou quetenha umcusto relativamente menor);
◦ Essa seráa mercadoria a ser EXPORTADA
◦ Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aquelas cuja produção implicar um
custo relativamente maior.
◦ Assim explica- se a especialização dos países na produção de bens diferentes e,
portanto, a troca entre eles
Teorias do Comércio
Internacional

◦ ATeoria do Comércio Internacional é relacionada aos aspectos da TEORIA DA PRODUÇÃO E DA


INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, o que, diga-se de passagem, a identifica com alguns fundamentos
teóricosdemicroeconomia(CPP) eorganização industrial;
◦ Objetiva explicarosmotivos pelosquaisospaíses têm relaçõescomerciaiscomoresto do mundo;
◦ A moderna Teoria do Comércio Internacional argumenta que a DIREÇÃO DAS RELAÇÕES
COMERCIAIS DOS PAÍSES NÃO É DETERMINADA SOMENTE PELO PRINCÍPIO DA VATANGEM
COMPARATIVA,MASTAMBÉM,PELOSURGIMENTODE ECONOMIASDE ESCALA
◦ Emoutras palavras, sãoosretornos crescentes de produçãoquefornecem aospaíses os incentivos
para que ocorra especialização e, por conseguinte, comercialização da produção além de suas
fronteiras
TAXAS DE CÂMBIO

◦ O mercado de câmbio registra as transações, seja de indivíduos, seja


de empresas, de compra e venda de divisasestrangeiras
◦ Omercado de câmbio tem as seguintesfunções:
◦Transferir poder aquisitivo de um país e moeda paraoutros;
◦Prover créditos de curto prazo para financiar o
comércio externo;
◦Criar facilidades para evitar coberturas de risco de câmbio
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Ataxa de câmbio é determinada pelos comportamentos de demanda e oferta


por divisas estrangeiras, bem como pela intervenção das autoridades
monetárias
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Pelo exposto, verifica-se que:


1. Ataxa cambial tende a permanecer estável quando ocorrer qualquer das
seguintes situações:
a) Aoferta e a procura permanecem invariáveis;
b) Aoferta e a procura aumentam em iguaisproporções;
c) Aoferta e a procura diminuem em iguaisproporções.
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Pelo exposto, verifica-se que:


2. Ataxa cambial tende a aumentar em qualquer doscasos abaixo:
a) Aprocura aumenta e a oferta permanece estável ou diminui;
b) A procura aumenta e a oferta também aumenta, porém em
proporção menor;
c) Aoferta diminui e a procura permanece estável;
d) Aoferta diminui e a procura tambémdiminui, porém em proporçãomenor
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Pelo exposto, verifica-se que:


3. Ataxa cambial tende a diminuir em qualquer dos casos abaixo:
a) Aoferta aumenta e a procura permanece estável ou diminui;
b) A oferta aumenta e a procura também aumenta, porém em
proporção menor;
c) Aprocura diminui e a oferta permaneceestável;
d) Aprocura diminui e a oferta também diminui, porém em proporçãomenor
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Conclusão:
◦ O nível da Taxa de Câmbio é determinado pelos objetivos da política
econômica do país
◦ A taxa de câmbio deve ser relativamente alta para estimular as
exportações e relativamente baixa para não encarecer demasiado as
importações, e pressionar ainflação
TAXAS DE CÂMBIO
VANTAGENS/DESVANTAGENS
DO REGIME CAMBIAL

◦ REGIMECAMBIAL FIXO
◦ Vantagens – SEGURANÇA
◦ Desvantagens - 𝑵 > 𝑹 𝑴 (necessidade de desvalorização em intervalos cada vez
menores)
◦ Nãopodeutilizar aoferta demoedacomoinstrumento depolítica econômica
◦ REGIMECAMBIAL FLEXÍVEL/FLUTUANTE
◦ Vantagens – assegura o equilíbrio automático do Balanço de Pagamentos e desonera o
BACEN datarefa deasseguraraestabilidade cambial
◦ OBACEN podeutilizar aoferta demoedacomoinstrumento dePolítica Econômica
◦ Desvantagens – especulação decapitais internacionais
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Taxade Câmbio (reais por dólar) -


◦ Índice de preçosinternos (inflação interna) -
◦ Índice de preços externos(inflação externa) -
◦ Taxa de Juros Interna -
◦ Taxade Juros Externa -
◦ Renda Mundial -
◦ = ( , , , , , )
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Taxa de Câmbio (reais por dólar) -


◦ Índice de Preços internos (inflação interna) -
◦ Índice de preços externos(inflação externa) -
◦ Taxa de Juros Interna -
◦ Taxa de JurosExterna -
◦ Renda Nacional -
◦ = ( , , , , , )
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO

◦ Câmbio Real e Nominal


◦ Ataxa de câmbio NOMINAL é a taxa a qual uma pessoa podeTROCAR A
MOEDADE UM PAÍSPELA DE OUTRO
◦ US$1,00 = R$ 5,42
◦ CONVENÇÃO DO INCERTO: consiste em cotar o preço da moeda estrangeira na moeda
nacional – adotado no Brasil
◦ R$ 1,00 = US$ 0,1845
◦ Cotação do certo – proporção de 1 real paradólar
TAXAS DE CÂMBIO

◦ CâmbioReale Nominal
◦ Quando a taxa de câmbio muda de modo que UM DÓLAR COMPRA MAIS
MOEDAESTRANGEIRA,essamudançaé chamadadeAPRECIAÇÃODODÓLAR
◦ Se a taxa de câmbio muda de modo que UM DÓLAR COMPRA MENOS MOEDA
ESTRANEGEIRA,essa mudançaé chamadadeDEPRECIAÇÃO DODÓLAR
◦ Quando uma moeda se aprecia, diz-se que ela está fortalecida e quando uma
moeda se deprecia, diz-se que ela está enfraquecida
TAXAS DE CÂMBIO

◦ CâmbioReale Nominal
◦ Ataxa decâmbioreal é aTAXA A QUAL UMA PESSOA PODENEGOCIAR OS BENS E
SERVIÇOS DE UM PAÍS PELOSBENSESERVIÇOS DE OUTRO PAÍS
◦ Astaxas de câmbio nominal e real estão estreitamente relacionadas. Consideremos
um exemplo:
◦ “Suponha que uma saca de arroz americano custe US$ 100,00 e que uma saca de
arroz japonês custe 16 mil ienes. Qual a taxa de câmbio real entre o arroz
americano e oarroz japonês?Considereataxa nominalde80 ienespordólar”
TAXAS DE CÂMBIO
TAXAS DE CÂMBIO
PARIDADE DO
PODER DE COMPRA

◦ Astaxasdecâmbiovariamsubstancialmente com o passar do tempo


◦ ATEORIADAPARIDADEDO PODERDECOMPRAdeclara que uma unidade de
qualquer moeda deveria ser capaz de comprar a mesma quantidade de bens
em todos os países, ou seja, um bem deve ser vendido pelo mesmo preço em
todasaslocalidades
◦ Paraentender a relação com a taxa de câmbio nominal usaremosuma relação
matemática básica
PARIDADE DO
PODER DE COMPRA
BALANÇO DE
PAGAMENTOS

◦ O Balanço de Pagamentos de um país é o REGISTRO SISTEMÁTICO DE TODAS AS SUAS


TRANSAÇÕES ECONÔMICAS, seja de bens e serviços, seja de fluxos de capitais, com o resto do
mundo
◦ Ouseja, éoregistrocontábil dastransações entre residentes internos eresidentes não internos
◦ Portanto, registra:
◦ Ocomérciodemercadorias(exportações, importações);
◦ Os serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de lucros, turismo, pagamento de fretes,
etc);
◦ Omovimento decapitais (investimentos diretos estrangeiros,empréstimos e financiamentos,
capitais especulativos)
BALANÇO DE
PAGAMENTOS

◦ A– Balançacomercial
◦ Exportações
◦ Importações
◦ B– Balança deServiços
◦ Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos
◦ C– TransferênciasUnilaterais
◦ D – Saldo em Conta corrente (A+B+C)
◦ E– Movimento de Capitais
◦ Investimentos, reinvestimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações,outros
◦ F– Erros eOmissões
◦ G– Saldo doBalanço de Pagamentos(D+E+F)
◦ H – Balanço de Capitais Compensatórios (-G)
BALANÇO DE
PAGAMENTOS

◦ O saldo do balanço de pagamentos consiste no somatório das contas transações


correntes, de movimento de capitais e da rubrica erros e omissões. Podemos ter
déficit, quandoosaldoé negativo, ousuperávit, quandoosaldoé positivo
◦ Situaçõespermanentesdesuperávitsãoindesejadas,umavezqueissose verifica às
expensas de déficits dos parceiros comerciais, comprometendo as relações
comerciaise aprópria política cambial
◦ Situações permanentes de déficit também são indesejáveis, uma vez que será
necessária a tomada de empréstimos externos, o que endividará o país e o colocará
numcírculo vicioso
BALANÇO DE
PAGAMENTOS

◦ Desde janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a divulgar o Balanço de Pagamentos de acordo com a metodologia contida na 5 ª edição
do Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional:
◦ I – Conta Corrente
◦ A) BalançoComercial;
◦ B) Serviços;
◦ C) Rendas(serviços de fatores)
◦ D) Transferências unilaterais correntes
◦ II – Conta Capital
◦ III – Conta Financeira
◦ A) Investimento Direto
◦ B) Investimentos em Carteira
◦ C) Derivativos
◦ D) Outros Investimentos
◦ IV – Variação das Reservas Internacionais
PASSIVO EXTERNO LÍQUIDO
EXTENSÃO
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING

◦ Em que é a demanda agregada, C é o consumo, I é investimento, G é
gastos do governo, E são as exportações e M são aas importações, ambas em
CIF (ou seja, incluem fretes e seguros).
◦ Nesse caso, X-M representa o saldo em conta corrente
◦ Assim, um aumento na taxa câmbio real incentiva as exportações e reduz as
importações, melhorando o saldo das transações correntes e vice-versa.
◦ Em relação a renda, um aumento desta variável produz uma elevação na
despesa com os produtos importados, deteriorando o saldo das transações
correntes.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Ao igualarmos a oferta (y) com a demanda agregada (DA), teremos a seguinte
equação de equilíbrio do mercado de bens e serviços:

◦ O que implica que o nível de equilíbrio da renda dependerá, como antes, do
nível de gasto autônomo (incluindo o gasto fiscal) e do nível de oferta
monetária. Contudo, devido à presença do saldo da conta corrente, a taxa de
câmbio real também passa a ser um dos determinantes da renda.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Um aumento dos gastos autônomos, via gasto fiscal, por exemplo, elevará a
demanda agregada e, dados os preços, a produção agregada e o emprego, e
vice-versa. Também vimos que o mesmo ocorreria se a autoridade monetária
realiza uma política monetária expansionista, aumentando a quantidade de
moeda (via redução da taxa Selic, por exemplo). Por sua vez, um aumento na
taxa de câmbio real tenderia a produzir os mesmos efeitos anteriores, pois
melhora o saldo da balança comercial.
◦ Portanto, poderíamos dizer que a curva IS continua apresentando uma relação
inversa entre juros e renda, com sua inclinação dependendo do efeito marginal
da renda sobre as importações, a chamada propensão marginal a importar.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ A curva LM não sofre nenhuma alteração, exceto pelo fato de que a taxa de
juros de equilíbrio já não depende, somente, da interação entre o setor real e
monetário domésticos, pois, como veremos, o equilíbrio do balanço de
pagamentos também concorrerá para determiná-la.
◦ Nesse sentido, também teremos uma equação de equilíbrio (saldo zero) para o
balanço de pagamentos:

◦ em que SBP é o saldo do balanço de pagamentos, SCC é o saldo em conta
corrente e CCF é o saldo da conta capital e financeira.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ O saldo em conta corrente, evidentemente, dependerá da diferença entre as
exportações e importações e, portanto, será função direta (inversa) das
variáveis que aumentam (diminuem) as exportações e função inversa (direta)
das variáveis que aumentam (diminuem) as importações.
◦ O saldo da conta Capital e Financeira depende positivamente do spread entre
as taxas nominais de juros interna e externa:


◦ O Modelo Mundell-Fleming assume perfeita mobilidade de capitais, ou seja, não
existe nenhuma barreira para a entrada ou saída de capitais financeiros no país.
Assim, passa a prevalecer a paridade da taxa de juros.
◦ ∗
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Além disso, como o modelo assume preços rígidos, a taxa de inflação é nula,
fazendo com que a taxa nominal de juros interna seja igual à externa, o que, no
caso de um país “pequeno” no mercado financeiro internacional (como o Brasil,
por exemplo), significa que a taxa nominal de juros estará dada pela taxa de
juros externa.
◦ Qualquer desequilíbrio no saldo da conta corrente será totalmente equilibrado
por importantes entradas e saídas de capitais financeiros.
◦ Portanto, o equilíbrio do saldo do balanço de pagamentos estará determinado
totalmente pela taxa de juros internacional, independentemente do nível de
renda.
EXTENSÃO- MODELO MUNDELL-FLEMING
EXTENSÃO - MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Taxa de câmbio fixa
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Taxa de câmbio fixa – principais implicações
1. Se a taxa de câmbio nominal é fixa (com preços dados, a real também será
fixa), o Banco Central não controla a oferta monetária, pois deve intervir a
cada momento no mercado de divisas para manter a cotação da divisa.
2. Uma política fiscal expansionista expande a produção e, portanto, a renda, o
que eleva a taxa de juros doméstica. Com perfeita mobilidade de capitais, o
aumento da taxa de juros doméstica provoca uma entrada importante de
capitais financeiros, pressionando a taxa de câmbio para baixo.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
3. Se o Banco Central quer evitar a valorização da moeda nacional, deverá
intervir no mercado cambial comprando divisas. Ao fazer isso, troca moeda
estrangeira por moeda local, o que aumenta a oferta monetária. A maior
disponibilidade de moeda aumenta a oferta de crédito, fazendo com que a
taxa de juros (o preço do crédito) volte ao nível inicial.
4. Esse aumento involuntário da oferta monetária, com a consequente queda na
taxa de juros, também aumenta a produção, a renda e o emprego da
economia.
5. Portanto, no caso de câmbio fixo, pode-se dizer que, embora a política
monetária seja totalmente ineficaz nesse contexto, a política fiscal é
totalmente eficaz.
EXTENSÃO - MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Taxa de câmbio flutuante
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
◦ Taxa de câmbio flutuante – principais implicações
1. Um aumento da oferta monetária reduz a taxa de juros doméstica, que passa
a ser menor que a taxa de juros internacional. Dado que é menos rentável
investir dentro do país e existe perfeita mobilidade de capitais, haverá
importante saída (menor entrada de capitais financeiros, o que pressionará a
taxa de câmbio para cima.
2. Nesse caso, o Banco Central não realiza nenhuma intervenção para afetar a
taxa de câmbio, que é determinada pela demanda e oferta de divisas, a
moeda nacional desvaloriza-se em relação à moeda estrangeira.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
3. Consequentemente, a taxa de câmbio real se elevará, aumentando as
exportações e reduzindo as importações, provocando um superávit na
balança comercial. A redução da taxa de juros e o aumento das exportações
líquidas provocam aumento na renda (e no emprego).
4. Com relação à política fiscal, um aumento do gasto público produz
inicialmente um aumento na renda, como vimos anteriormente. Contudo, esse
aumento também provoca uma elevação da taxa de juros doméstica, o que
aumenta fortemente a entrada de capitais.
EXTENSÃO -MODELO MUNDELL-FLEMING
5. Essa entrada de capitais faz com que a taxa de câmbio real caia, reduzindo a
competitividade das exportações e dos produtos que substituem importações.
No final, a valorização real da moeda nacional termina compensando o
aumento inicial da renda, fazendo com que a IS volte ao ponto de partida.
6. Num contexto de taxa de câmbio flutuante, os resultados são inversos ao que
vimos quando a taxa de câmbio estava fixa. Agora, a política monetária é
totalmente eficaz e a política fiscal é totalmente ineficaz.
EXTENSÃO
EXTENSÃO
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EXTENSÃO
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