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Tete, Maio de 2023
Tete, Maio de 2023
Disciplina: MIC I
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Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 3
2. Desenvolvimento ................................................................................................................... 4
3. Conclusão ............................................................................................................................. 10
3.1 Bibliografia……….………………………………………………………………………12
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1. Introdução
Comecemos por dizer que ao decorrer da história da humanidade, surgiram diversos tipos de
conhecimentos, podendo ser classificados e diferenciados em conhecimento filosófico,
conhecimento científico, conhecimento religioso, conhecimento popular ou senso comum entre
outros tipos. Esses conhecimentos expressam características específicas, objetivando nortear
os seres humanos a encontrarem respostas aos questionamentos da vida em diferentes contextos
históricos e podem resultar no surgimento de novas dúvidas.
A busca da humanidade em compreender a si mesmo, os seus semelhantes e os fenômenos da
realidade, foram utilizados diferentes tipos de conhecimentos resultantes do desenvolvimento
do saber humano ao longo do tempo. Portanto, o objectivo desse trabalho é apresentar
características e funções específicas e as diferenças dos conhecimentos filosóficos, científicos,
religiosos, mitológicos e do senso comum (conhecimento popular), sendo o principal objectivo,
ampliar os conhecimentos sobre os tipos de conhecimentos científicos.
Quanto a estrutura, o trabalho é composto por Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e
bibliografia como suporte da pesquisa.
1.1 Objectivos
Geral:
✓ Ampliar os conhecimentos sobre os tipos de conhecimentos científicos.
Específicos:
✓ Apresentar características e funções específicas e as diferenças dos conhecimentos
filosóficos, científicos, religiosos, mitológicos e do senso comum ;
✓ Caracterizar as citações directa e indirecta.
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2. Desenvolvimento
É a partir do conhecimento que o ser humano é capaz de ver o mundo, com reconhecimento do
que vê e com atribuição de significado aos seres e as coisas.
O conhecimento é constituído de três elementos: o sujeito – que determina o pensar, que é a
consciência; o objecto – o que o sujeito pretende conhecer e; a imagem – que é o ponto de
conscidência entre o sujeito e o objecto.
Segundo Teixeira (2007) o conhecimento pode ser introspectivo, que seria o que advém da
experiência interior.
O exemplo mais ilucidativo e a intuição, no qual o objecto de conhecimento se apresenta de
modo imediato (sem mediação ou intermediários) e, ainda, tendo com referência o raciocínio,
quando o objecto de conhecimento é nos apresentado de modo indirecto (a partir de uma
mediação).
Há que diferenciar ainda o conhecimento sensorial do intelectual. O primeiro pode ocorrer
entre todos os seres, no entanto, o segundo é específico do ser humano, pois ultrapassa a mera
captação da realidade e envolve a busca da sua essência.
A universidade participa na construção do Homem que é capaz de participar do mundo
científico “(...) a partir do momento em que ultrapassa o simples conhecer pelo empenho de
pensar e reflectir com críticas objectivas, possibilitando o nascer e o fortalecer de suas atitudes
científicas” (TEXEIRA, 2007, p.13).
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um facto ou fenómeno qualquer.
O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida
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cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e
artigos diversos.
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar
o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios,
numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de
símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para
outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos
gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos
também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.
Nessa relação entre o sujeito, o objecto e a imagem, na apropriação da realidade pode-se
distinguir quatro tipos de conhecimentos: senso comum, filosófico, teológico e científico.
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as plantas curam (apenas argumentamos que os nossos pais sempre fizeram isso); ou quando
um ancião, olha para o céu e diz, “vai chover” sem saber explicar como isso aconteceria. Vários
exemplos podem ser dados a partir das experiências de cada um.
Há que salientar que o conhecimento do senso comum está relacionado com o científico.
2. Conhecimento filosófico
Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da
indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento
científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de
questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico
prioriza seu olhar sobre a condição humana.
Teixeira (2000), considera que o conhecimento científico é aquele que “estabelece uma
concepção racional do universo e da vida” (p.14).
É a partir desse conhecimento que oser humano é capaz de elaborar os pressupostos e os
princípios norteadores da sua vida.
É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos,
gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo,
ultrapassando os limites formais da ciência.
A característica principal do conhecimento científico é o esforço da razão pura para “(...)
questionar problemas humanos e discernir o certo e o errado, sem fazer apelo as iluminações
divinas mas recorrendo apenas a luz da própria razão” (TEXEIRA, 2000, p. 14).
O conhecimento filosófico tem seu objecto, objectivo e método próprio.
3. Conhecimento teológico
Conhecimento adquirido a partir da fé religiosa, é fruto da revelação da divindade, ou seja, “o
objectivo é detectar um princípio e um fim único no que se refere a gênese essencial e
existencial do cosmos” (TEIXEIRA, 2000, p. 14).
A finalidade do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Sagrados foram escritos
mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e
coletivas que lhe dão sustentação.
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
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Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar
em reencarnação; acreditar em espírito etc.
4. Conhecimento científico
Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo
racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas;
seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo
de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do
conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Segundo Teixeira (2000), este tipo de conhecimento dá-se a “medida que se investiga o que
fazer sobre a formulação de problemas, os quais exigem estudos minusiosos para seu
equacionamento” (p. 15).
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conhecimento mitológico, pressupõem a crença religiosa através de mitos e das divindades
como aspecto transformador da realidade (TIPOS, 2020).
O conhecimento religioso é valorativo, pois é baseado em doutrinas que tem proposições
sagradas (dogmas), com emissão de juízo de valor. Esse conhecimento apresenta como
característica ser inspiracional em decorrência de manifestar-se através do sobrenatural,
também é conhecimento sistemático pois os dogmas representam formas de conhecimento
organizado do mundo que buscam responder questionamentos sobre a origem, a finalidade e o
destino do ser humano. Dessa forma, esse conhecimento não pode ser verificável através do
método científico, pois depende da existência da fé das pessoas sobre um criador divino, sendo
infalível e preciso em decorrência dos dogmas não poderem ser contrariados (FERNANDES,
2004).
O conhecimento filosófico pode ser caracterizado como um conhecimento valorativo, aspecto
proveniente das hipóteses desse tipo de conhecimento que não exigem confirmação de modo
experimental, sendo assim não podem ser confirmadas ou refutadas, não delimitando o campo
de observação e exige somente coerência e lógica. Pode-se citar ainda, que esse conhecimento
é racional por possuir um conjunto de enunciados logicamente encadeados e sistemático pelas
hipóteses serem uma representação coerente e geral da realidade estudada (SANTOS, 2020).
O conhecimento científico caracteriza-se como factual porque está associado com ocorrências
e fatos, também é contingente pois as hipótese podem ser validadas ou refutadas através de
experimentação, e não somente pela razão. Esse tipo de conhecimento é sistemático, pois
objetiva estruturar ideias que abarcam todo contexto do objeto de estudo. Portanto, o
conhecimento científico é falível pois nenhuma verdade é definitiva e absoluta, sendo o avanço
científico fator imprescindível para o surgimento de novas proposições e tecnologias que
possibilitam a transformação desse tipo de conhecimento (SANTOS, 2020).
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✓ Suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada,
numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade;
✓ Procura responder às grandes indagações do espírito humano e até busca as leis mais
universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência (LAKATOS; MARCONI,
2004).
✓ O conhecimento científico busca tornar inteligíveis certos aspectos do universo
explicando-os de maneira rigorosa, criando um corpo de conhecimentos precisos, levando à
criação de teorias;
✓ Conferir ao homem poder sobre a natureza.
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De acordo com Dick (1998), uma outra vantagem de fazer a interpretação na medida que se
avança no projeto, é economizar na quantidade de informação normalmente acumulada em
uma pesquisa qualitativa.
Ou:
Uma outra vantagem de fazer a interpretação na medida que se avança no projeto, é
economizar na quantidade de informação normalmente acumulada em uma pesquisa
qualitativa (Dick, 1998).
3. Conclusão
Tendo em conta que esta é a última parte desta pesquisa, importa apresentar de forma breve
aquilo foi tratado ao longo da mesma pesquisa. Durante o trabalho, falamos dos tipos de
conhecimentos que se complementou com as características e funções dos mesmos. Tivemos
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conhecimentos de que o conhecimento científico é aproximadamente exacto, porque novas
proposições e novas tecnologias podem reformular o conhecimento científico existente; o
filosófico, sendo o que se preocupa com a razão; o popular que é inexacto, porque a falibilidade
não permite a formulação de hipóteses verificáveis sob o ponto de vista filosófico ou científico
e por último, o religioso sendo infalível e exato, porque os dogmas (revelações divinas) não
podem ser discutidos.
Finalmente, foi da pertinência olhar uma parte em que ao longo do trabalho, foram usadas
informações que são de diferentes autores. Então, a forma de organizar e expor essas
informações basea-se nas citações e, para o presente trabalho, tratamos das citações directas e
indirectas. Conseguimos notar com base nessas citações a posição de cada autor patente na
informação citada, tanto para citação curta, longa assim como a paráfrase.
Bibliografia
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Bello, J. L. de P. (2004). Metodologia Científica. Disponível em:
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http://www.hottopos.com/notand11/ vladimir.htm >. Acesso em: 25 mar. 2009.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (2004). Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Atlas.
Matallo Júnior, H. (1989). A problemática do Conhecimento. In: CARVALHO, Maria Cecília
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Santos, C. J. G. (2020). Tipos de Conhecimento. E-disciplinas USP. Disciplina: Metodologia
Científica, 2020. Disponível em: <www.edisciplinas. usp.br>. Acesso em: 05 de
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Tipos de conhecimento (2020). Quais São os Tipos de Conhecimento?. Portal São Francisco
.Disponível em:<https://www.portalsaofrancisco.com.br/filosofia/tipos-de-
conhecimento>. Acesso em: 06 de dezembro de 2020.
Teixeira, E. (2000) As Três Metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 5 ed. Belém:
UNAMA.
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