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AMAMENTE
SINOP - MT
2023
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AMAMENTE
SINOP - MT
2023
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Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, Deni e Marcia, que nunca mediram esforços para me
ajudar a enfrentar todos os anos que estive aqui na faculdade, onde muitas vezes tiraram deles,
para suprir a mim, oraram e intercederam por minha vida, sem vocês eu nunca teria chegado
tão longe, obrigada por acreditarem em mim.
Ao meu irmão Danilo, pelo amor, carinho e sucesso desejado a mim ao longo desses anos.
Ao meu esposo Thayrik, que iniciou esta jornada junto a mim, esteve comigo todas as vezes
que quis desistir, mas sempre me manteve positiva me falando que eu era capaz de continuar e
finalizar minha graduação.
A minha Avó Anna que sempre esteve ao meu lado orando por mim pedindo que Deus me
capacitasse.
As minhas amigas, Maria, Pammela e Isabela, escutaram e me acolheram com tanto amor
todas as vezes que desabei, mas também comemoraram junto a mim todas minhas conquistas,
obrigada amigas por estarem comigo em todas as fases da minha vida.
E a minha prima Queila e sua família, por terem sido minha rede de apoio aqui em Sinop-
MT desde que chegaram, sendo uma casa para mim, sempre me ajudando e sendo prestativa
comigo.
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, que foi bondoso comigo a todo tempo, primeiro porque
me dar a oportunidade de passar em uma faculdade federal, depois me capacitou para que eu a
terminasse e peço que continue me abençoando neste novo ciclo que se inicia em minha vida,
que eu possa ser sua imagem e semelhança através dessa profissão que me proporcionou a ter.
A mim mesma que por muitas vezes me senti incapaz me levantei e mostrei que quem me
capacita é Deus, a todas as vezes que chorei e que sorri, mas me mantive em pé, e
principalmente por não ter desistido, por ter acredito em mim e saber que serei uma ótima
profissional naquilo que me propuser a fazer, pois esse é o meu chamado de vida, servir ao
próximo.
A minha orientadora Profa Dra° Kamilla Maestá que acreditou no meu potencial como aluna
e me fez apaixonar ainda mais pelo mundo da amamentação, que sempre me tratou com tanto
carinho e me ajudou a me redescobrir como acadêmica e pessoa. Obrigada por ter sido
GRANDE na minha caminhada.
A minha co-orinetadora Profa Dra° Sonia Vivian que me auxiliou na reta final com tanto
carinho e disposição.
Aos meus colegas de sala que sempre estiveram dispostos a me ajudar quando precisei ao
longo da minha estrada acadêmica.
A minha amiga Victória que participou comigo em todos os estágios, sempre me ajudando
nas dificuldades, e me ensinou a ver a vida de outra forma.
E a equipe da Unidade Básica de Saúde Primaveras, por ter aberto as portas para pudesse
desenvolver minha pesquisa, a cada profissional que se dispôs a responder e assim somar no
meu trabalho.
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SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO....................................................................................................................6
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................8
3. OBJETIVOS..........................................................................................................................9
3.1 GERAL.................................................................................................................................9
3.2 ESPECÍFICOS......................................................................................................................9
4. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................10
APENDICÊS............................................................................................................................26
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).................................26
ANEXOS..................................................................................................................................30
ANEXO A- Parecer consubstanciado do comite de etica em pesquisa....................................30
AM Aleitamento materno
AB Atenção básica
RESUMO
O leite materno é um alimento completo que proporciona uma gama vantagens para o
bebê, deve ser oferecido de forma exclusiva até os seis meses de idade e como complemento
até os dois anos. O papel do profissional da saúde, é informar a gestante e puérpera sobre essa
importância e prestar uma assistência de qualidade. Objetivos: Analisar a assistência prestada
para gestantes e puérperas na promoção proteção e apoio ao aleitamento materno, na atenção
primária à saúde do município de Sinop. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva,
transversal, de abordagem quantitativa, cujo participantes foram médico, enfermeiros,
técnicos de enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Agente Comunitário de Saúde á área de
abrangência da Unidade Básica de saúde do Primaveras, situada no município de Sinop-MT.
A coleta de dados será realizada através de um questionário, aplicado em uma sala privada em
média de 30 min para responder. O projeto foi aprovado pelo CEP com CAAE:
66720123.8.0000.8097, Nº PARECER: 5.969.327. Resultado e discussões: Ao traçar o perfil
sociodemográfico desses profissionais a maioria eram do sexo feminino 93,25% (n=15),
solteiros 43,75% (n=7) de raça/cor predominante parda 56,25% (n=9), relataram que na
unidade realizavam atividades de incentivo ao aleitamento materno. Foi possível dimensionar
o conhecimento dos profissionais em aleitamento materno e os resultados indicaram a falta de
capacitação em aleitamento materno visto que somente 43,75% (n=7) possui um
conhecimento adequado. Considerações finais: Diante dos resultados, se torna
imprescindível fomentar uma educação continuada através de capacitações e workshops, para
esses profissionais a fim de desenvolver um atendimento pautado na humanização que deve
ser reforçado principalmente por gestores, no intuito de buscar e alcançar que Sinop-MT
possa vir ser referência em amamentação.
ABSTRAT
Breast milk is a complete food that provides a range of advantages for the baby and should be
offered exclusively until six months of age and as a complement until two years of age. The
role of the healthcare professional is to inform pregnant and postpartum women about its
importance and provide quality care. Objectives: To analyze the assistance provided to
pregnant and postpartum women in the promotion, protection, and support of breastfeeding in
primary health care in the city of Sinop. Methods: This is a descriptive, cross-sectional
research with a quantitative approach, whose participants were doctors, nurses, nursing
technicians, nursing assistants and community health agents in the coverage area of the Basic
Health Unit of Primaveras, located in the city of Sinop-MT. Data collection will be performed
through a questionnaire, applied in a private room in an average of 30 min to answer. The
project was approved by the CEP with CAAE: 66720123.8.0000.8097, PARECER #:
5.969.327. Results: When tracing the sociodemographic profile of these professionals, most
were 93.25% female (n=15), single 43.75% (n=7) of predominant race/color brown 56.25%
(n=9), reported that in the unit they performed activities to encourage breastfeeding. It was
possible to measure the professionals' knowledge on breastfeeding and the results indicated a
lack of training on breastfeeding since only 43.75% (n=7) had adequate knowledge. Final
considerations: Given the results, it is essential to promote a continued education through
training and workshops for these professionals to develop a service based on humanization
that should be reinforced mainly by managers, to seek and achieve that Sinop-MT can become
a reference in breastfeeding.
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4. REFERENCIAL TEÓRICO
A fim de compreendermos a importância do acolhimento quanto a amamentação, se
faz necessário entender a função da complexidade da atenção primária e função dos
profissionais cujo eles são responsáveis.
59.7
37.1
0.047
1986 2006 2019
59.70%
45.80%
23.40%
importante no qual promoveu o uso comercial de alimentos substitutos ao leite materno bem
como objetos também sendo eles, chupeta, mamadeiras e bicos. (BRASIL,2017)
Com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e aprimorar ainda mais os programas
já lançados, na década de 1990 o governo lançou o Projeto de Redução da Mortalidade
Infantil (PRMI), e criou pela Portaria N° 322/88 (sendo substituída pela RDC nº 171, de 4 de
setembro de 2006.) a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH-BR) no Centro de
Referência Nacional da Fundação Oswaldo Cruz. (BRASIL, 2017 e FIOCRUZ, s.d)
E seguiu-se anos a frente com o governo lançando vários programas para a promoção
do AM como Programa de Humanização no Pré-natal, Parto e Nascimento e o Método
Canguru para um cuidado humanizo com recém-nascido baixo peso pela portaria GM/MS nº
693/2000. (BRASIL,2017 e BRASIL 2000)
Nos anos de 2000 o Brasil passou por várias mobilizações, como a revisão da
resolução n° 31 do CNS no qual publicou 3 portarias: Portaria MS nº 2.051/2001, RDC 221
para controles de bicos, chupetas e mamadeiras e RDC 222 para controle de alimentos para
lactentes até 3 anos de idade em que ela passou a se chamar Norma Brasileira de
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos,
Chupetas e Mamadeiras – NBCAL, normatizou a Semana mundial da amamentação, além do
Dia Nacional de Doação de Leite Humano pela Portaria GM/MS nº 1.893/2003 (IBFAN,
2020 e BRASIL, 2003)
Além dessas ações ainda ocorreram o projeto “Carteiro Amigo” para divulgar a
importância do AM com a parceria com os a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT) e o projeto “Bombeiros da Vida” que tinha a participação dos bombeiros para a coleta
do leite materno a domicílio. (BRASIL,2017).
No ano de 2006 discutiu-se o pelo pacto da saúde com “várias metas assistenciais em
busca de melhoria da situação de saúde da população brasileira, a redução da mortalidade
neonatal em 5% ao ano e 50% de óbitos infantis por doenças diarreicas de 20% por
pneumonia, além da criação de comitês para vigilância dos óbitos 80% dos municípios com
população acima de 80.000 habitantes.” (JUSTINO et al, p 73, 2019).
A fim de atingir esses objetivos o governo instituiu o Comitê Nacional de Aleitamento
Materno do Ministério de saúde com o objetivo de assessorar e apoiar a implementação de
medidas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. (BRASIL, 2017).
Em 2008 atenção básica adotou políticas para promoção da amamentação sendo ela a
Rede Amamenta Brasil afim de aguçar o trabalho interdisciplinar e aumentar a educação
crítico-reflexiva. (BRASIL, 2017)
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Figura 1.3 Linha do tempo: Políticas públicas e ações para promoção do AM.
5. MATERIAIS E MÉTODO
Sujeitos do estudo
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entre 5 e 10 anos, e mais de 10 anos; a unidade de saúde em que trabalha realiza atividades
sobre Aleitamento Materno? Resposta: sim, não e não se aplica.
Para apresentar os dados foram realizadas análises estatísticas, compostas por cálculos
de percentual, valores de frequência absoluta e média, organizados em tabelas.
Através da análise estatística podemos caracterizar e resumir os achados de uma
pesquisa, além disso ela é usada como base de comparações entre as variáveis. Grande parte
dos pesquisadores tem exposto seus resultados através desse método (GIL, 2008).
5.5 Aspectos éticos e termo de consentimento livre e esclarecido
A pesquisa seguiu todos os preceitos éticos da resolução 466/12, de 12 de dezembro
de 2012, considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos
participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012). As
entrevistas foram realizadas após aprovação do CEP pelo parecer n° 5.969.327, CAAE n°
66720123.8.0000.8097.
Depois de informadas sobre os objetivos do estudo e após a concordância em
participar da pesquisa, o TCLE (APÊNDICE A) foi lido e assinado pelas participantes,
garantindo o respeito à dignidade, autonomia, sigilo de informações confidenciais e o
anonimato em qualquer forma de divulgação dos resultados. Os riscos e benefícios aos quais
estão sujeitos durante a pesquisa foram esclarecidos, bem como a forma de minimizá-los a
garantia ao anonimato. Os Profissionais foram codificados como Ensino Superior, Ensino
Técnico e Ensino Médio.
5.6 Riscos e benefícios:
A realização da pesquisa possuiu o risco de deixá-los desconfortáveis em relação as
perguntas ou questionar a capacidade dos mesmo sobre atender a demanda ao aleitamento
materno, dito isso, a forma de minimizar esses riscos foi deixá-los à vontade para responder o
questionário em outro dado momento ou desistir de participar da pesquisa, sem prejuízos de
sua relação com a pesquisadora.
Os benefícios, visam identificar o conhecimento atual dos profissionais em relação ao
aleitamento materno, visto que, esse assunto tem se tornado primordial quando falamos em
saúde mãe e bebê, deve ser trabalhado desde a descoberta da gravidez, e reforçá-lo durante o
pré-natal e puerpério. Sendo assim, se torna importante para levantar discussões entre os
profissionais quanto a melhoria do atendimento que será prestado a partir de então na atenção
primária de saúde com base nos achados identificados.
Para as gestantes e puérperas será de extrema importância, pois assim o profissional
irá prestar uma assistência de qualidade no qual, irá saber ajudar e sanar suas dúvidas seja ela
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qual for. Prestar assistência com base cientifica ajudará a população a desmistificar crendices
populares criadas por muitos anos em relação a amamentação.
E para sociedade acadêmica será uma ótima oportunidade para aumentar seu
conhecimento e melhorar sua assistência tanto aos estágios quanto formado, realizando
educações e saúde com a população e profissionais.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este estudo permitiu caracterizar os profissionais de saúde, bem como analisar seus
respectivos conhecimentos sobre o aleitamento materno e suas práticas, a fim de ofertar uma
assistência de qualidade para gestante e puérperas.
Na tabela 01, observa-se o perfil dos participantes deste estudo com a prevalência do
gênero feminino, da raça/cor parda, e na categoria profissional a maioria são agente
comunitário de saúde (ACS) 37,50% (n=6) ACS, 12,50% (n=2) Enfermeiros, 18,75% (n=2)
Médicos e (n= 3) 31,35% Tec. Enfermagem, totalizando 80% (n= 5) dos profissionais que
responderam ao questionário.
No Brasil, o trabalho dos ACS tem ganhado força cada dia mais, dito isso pode-se
considerar que o gênero predominante desta profissão são mulheres (MOROSINI et.al, 2018).
Tabela 01- Perfil sociodemográfico dos profissionais de saúde da UBS Primavera, Sinop-
MT, 2023.
Variáveis N %
Sexo
Feminino 15 93,75
Masculino 1 6,25
Estado civil
Casado 6 37,5
Solteiro 7 43,75
Divorciado 3 18,75
Raça
Parda 9 56,25
Branco 7 43,75
Tempo de trabalho
Mais de 10 anos 8 50,0
Entre 5 e 10 anos 4 25,0
Entre 3 e 5 anos 2 12,5
Menos de 3 anos 2 12,5
Profissão
Ensino Superior 5 31,25
Ensino Técnico 5 31,25
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A raça autorreferida predominante no estudo, foi parda 56,25% (n= 9), seguida de
branca 43,75% (n= 7) quando se compara povos negros e brancos, negros são mais atingidos
pela falta de oportunidade, desemprego, abandono escolar muito precoce e consequentemente
maior taxa de analfabetismo (GONÇALVES, 2021).
A partir de marcadores populacionais sociais e reflexo cultural, se nota que trabalha
muitos brancos em cargos de alto nível em comparação de negros, e está comparação explica
a desigualdade de áreas em profissões (MAGRI et.al, 2020).
De acordo com a última amostra no IBGE (2010) a população do estado do Mato
grosso parda é de 1,6 milhões, branca 1,1 milhão, preta 225 mil e indígena 43 mil. Essa
diferença de raça pode ser explicada devido à alta miscigenação no estado do Mato grosso.
A porcentagem mulheres 93,75% (n=15), homem n= 01 (6,27%), com a idade variada
de 29 a 65 anos, estado civil casado 37,5% (n=6) divorciado 18,75% (n=3) solteiro 43,75%
(n=7).
Na alta veracidade de gênero em âmbitos de saúde, mesmo em face de desestímulo da
mulher em ganhar seu espaço em sua área de atuação profissional, tem se obtido força no
trabalho e cada vez mais desenvolvido o pensamento crítico, científico e tecnológico
(PADILHA et.al 2022).
Na tabela 02 discorremos sobre as experiências pessoais com relação ao aleitamento
materno, 81,25% responderam que já conviveram com alguém que amamentava (n=13),
75,0% (n=12) não amamentaram, 18,75% não possuíam filhos (n=3).
Apesar da experiência de cada profissional influenciar no processo de orientação,
deve-se lembrar que cada mulher é única e vivenciara um processo diferente, por isso é
necessário saber interpretar seu senso comum e seu conhecimento científico sobre
amamentação (BARROS et.al, 2012).
A realização de cursos e capacitações em Aleitamento Materno 56,25% (n=9)
responderam não e 43,75% (n=7) que sim.
Sabe-se que o apoio durante o pré-natal e pós-parto está ligado com o sucesso do
AME, de acordo com um estudo de revisão bibliográfica, existem lacunas quanto ao
conhecimento e falta de capacitação e treinamentos em relação ao AM, principalmente da
equipe de enfermagem, no qual eles estão mais interligados com a gestante e puérpera, onde
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Sim 13 81,25
Não 3 18,75
Sim 12 75,0
Não 1 6,25
Sim 7 43,75
Não 9 56,25
Compreende importância do
AM?
Sim 16 100
Não 0 0
Não 0 0
porém não era trabalhado pega correta, posições para amamentar e dificuldades na
amamentação. (RIBEIRO et.al, 2022).
Em outro estudo realizado com puérperas e gestantes, destacou-se o a falta de
conhecimento delas acercas dos manejos e processos da amamentação, o que deixa explicito
que apenas abordar sobre a importância do AM não é efetivo para gestante e nutriz, é
necessário uma abordagem mais especifica para que assim facilite seu entendimento. (SILVA
et.al, 2021).
Na unidade os profissionais realizam reuniões internas para discutir sobre o AM, 43,75%
(n=7) responderam que sim, 50,0% (n=8) não e 6,25% (n=1) não se aplica.
Dito isso vale ressaltar como é importante a equipe multiprofissional sempre compartilhar
seu conhecimento e saber científico com a paciente e suas experiencias, pois isso significa a
educação e saúde (SILVA et.al, 2022)
Tabela 04: Atividades realizadas para incentivar Aleitamento Materno dos profissionais
de saúde UBS primaveras Sinop-MT 2023.
Variáveis N %
Orienta sobre AM no pré-
natal?
Sim 14 87,5
Não 1 6,25
Não se aplica 1 6,25
Estimula AM durante consulta
de puericultura?
Sim 15 93,75
Não 1 6,25
Não se aplica 0 0
Realiza visita mãe e bebê?
Sim 5 31,25
Não 6 37,5
Não se aplica 5 31,25
Avalia mamada durante as
consultas?
Sim 6 37,5
Não 8 50,0
Não se aplica 2 12,5
Orienta/ajuda sobre a pega
correta?
Sim 11 68,75
33
Não 6 37,5
Não se aplica 0 0
Encaminha dificuldades no
AM?
Sim 15 93,75
Não 0 0
Não se aplica 1 6,25
Realiza reuniões na unidade
sobre AM?
Sim 7 43,75
Não 8 50,0
Não se aplica 1 6,25
Fonte: Própria autora 2023.
Quanto ao conhecimento dos profissionais em aleitamento materno as perguntas na
tabela 05 foram respondidas como verdadeiro e falso a fim de investigar o quão preparado de
fato estão para orientar sobre AM e apesar de muitos compreenderem a importância do
colostro dizendo que não é insuficiente para o bebê 87,50%, nota-se como a uma prevalência
de conhecimentos empíricos quanto tomar banho de sol para preparar as mamas 87,50% ainda
fazem parte do cotidiano deles.
“Esfregar buchas nos seios, prepara as mamas?” 43,75% (n=7) responderam verdadeiro,
56,25 (n=9) falso. “Banho de sol prepara as mamas?” 87,50% (n=14) responderam
verdadeiro, 12,50% (n=2) falso.
A amamentação na primeira hora de vida é indispensável para o bebê, onde ele recebe o
colostro, que possui inúmeros fatores imunológicos e protetores contra microrganismos
patogênicos. (GÓES et.al, 2022).
até a descida do leite, em geral o colostro é caracterizado por ser uma “vacina natural” devido
ao seu alto de teor em anticorpos de transferência vertical. (SANTOS et.al, 2017).
Sabendo então o quão valioso é o colostro e sua importância para o bebê, é necessário
orientar a gestante e puérpera em relação a contraindicação da amamentação, que apesar de
serem poucas, existe e precisa ser rigorosamente seguido.
“Mulheres com HIV podem amamentar?” 43,75% (n=7) responderam verdadeiro, 56,25%
(n=9) falso.
O ministério da saúde recomenda interrupção total em casos de mães infectadas pelo HIV;
HTLV1 e HTLV2; uso de medicamentos incompatíveis com amamentação e galactosemia,
que é uma condição em que o bebê não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que
exista lactose. (BRASIL, 2015).
Ainda não existem comprovações cientificas de que cremes, óleos e pomada auxiliam na
cicatrização das mamas, se observou que a expressão do leite pode ser mais benéfica que
qualquer outra intervenção. (CARVALHO, 2016).
“A produção de leite está relacionada com a quantidade que o bebê suga?” 87,50%
(n=14) responderam verdadeiro, 12,50% (n=2) falso. “O aleitamento materno previne
infecções, alergias e obesidade?” 93,75% (n=15) responderam verdadeiro, 6,25% (n=1) falso.
“Amamentar auxilia na contração uterina prevenindo hemorragia pós-parto?” 93,75% (n=15)
responderam verdadeiro, 6,25% (n=1) falso. “O bebê deve ser rigorosamente alimentado de
3/3 horas?” 31,25% (n=11) responderam verdadeiro, 68,75% (n=5) falso.
O ocitocina é liberada sob o estímulo da sucção do bebê na mama, logo se não há sucção
não há ejeção de e produção de leite, sendo assim o volume de leite é produzido de acordo
com a frequência e o quanto o bebê (BRASIL, 2015).
O Ministério da saúde ainda recomenda que o bebê seja alimentado em livre demanda,
isso significa que não há restrições de horários para ofertar leite ao bebê, isso ajuda a
aumentar ainda mais a produção do leite materno. (BRASIL, 2015).
Variáveis N %
Esfregar bucha no seio prepara
as mamas?
Verdadeiro 7 43,75
Falso 9 56,25
Banho de sol prepara as
mamas?
Verdadeiro 14 87,50
Falso 2 12,50
O colostro é insuficiente para o
bebê?
Verdadeiro 2 12,50
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Falso 14 87,50
Mulheres com HIV podem
amamentar?
Verdadeiro 7 43,75
Falso 9 56,25
Pomada auxilia na cicatrização
em casos de peito rachado?
Verdadeiro 6 37,50
Falso 10 62,50
Bicos, mamadeiras e chupetas
atrapalham na amamentação?
Verdadeiro 12 75,0
Falso 4 25,0
A produção de leite está
relacionada com a quantidade
que o bebê suga?
Verdadeiro 14 87,50
Falso 2 12,50
O AM previne alergias,
infecções e obesidade?
Verdadeiro 15 93,75
Falso 1 6,25
Amamentar auxilia na
contração uterina prevenindo
hemorragia pós-parto?
Verdadeiro 15 93,75
Falso 1 6,25
O bebê deve ser rigorosamente
alimentado de 3/3 horas?
Verdadeiro 5 31,25
Falso 11 68,75
Fonte: Elaboração Própria 2023.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta pesquisa foi avaliado 16 profissionais de saúde que atuam no âmbito de saúde
da UBS primaveras, cujo objetivo era identificá-los e demonstrar seus conhecimentos sobre o
aleitamento materno e se os mesmos aplicam com a população que atende na unidade, no
geral pode-se considerar um bom conhecimento sobre a temática do aleitamento materno.
Ao traçar o perfil demográfico notou-se uma prevalência do gênero feminino 93,75%
de raça/cor parda 56,25% sendo que a maioria já amamentou alguma vez na vida 75,0%
(n=12) um percentual bom de mulheres que possui experiência com amamentação e suas
orientações pode ser significante dentro da unidade, desde que seja correta.
No que tange a capacitação dos profissionais em AM 56,25% (n=9) disseram não
ter realizado alguma, o que se torna preocupante, visto o número de profissionais que possui
dentro da unidade, onde a mesma realiza atividades para promover o aleitamento materno de
forma segura as gestantes.
Esses resultados acabam se tornando evidente o desfecho que o AM tem tomado, com
prescrições errôneas e precoce de fórmulas. O interesse precisa vir do profissional em se
capacitar para que assim possa levar uma assistência segura e resolutiva para a gestantes e
puérperas que por sua vez, a vontade é de amamentar sem tempo hábil.
Dito isso, apesar da maioria dos profissionais se sentirem capacitados em orientar,
grande parte não possuem uma capacitação atualizada sobre o aleitamento materno, o que nos
instiga a pensar se a informação passada para essas pacientes está sendo efetiva para que elas
não acabem em um desmame precoce, ou até mesmo se submetam a passar por uma
amamentação traumática.
Apesar de que a maioria dos profissionais compreendem os benefícios do aleitamento
materno (100%) se contradiz quando respondem com 50,0% que não avaliam mamadas
durante a consulta e nem mesmo realizam visitas a mãe/bebê 37,5%, pois uma orientação e
ajuda deve ser resolutiva, e muitas vezes a mulher que necessita não irá até a unidade buscar
por ajuda, nem mesmo irá reclamar ao profissional que ao dar mama, suas mamas doem, por
isso o profissional precisa ter essa sensibilidade para identificar problemas que muitas vezes
não serão visíveis.
Além de que, orientar sobre o aleitamento materno, deve ser uma função da equipe
multidisciplinar, o agente comunitário de saúde, se torna tão relevante neste papel como o
médico, por isso, todos devem falar a mesma língua e não se contradizerem, então se torna
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extremamente relevante reuniões sejam elas quinzenais ou mensais, a fim de que a equipe
possa discutir casos e se atualizarem juntos sobre AM.
Ao conhecimento dos profissionais em relação ao AM, a amostragem diz por si só a
carência de informações, misturar conhecimentos empíricos dentro da sua profissão, pode se
tornar algo perigoso, e talvez por falta de informação ou até mesmo, interesse desses
profissionais em buscar se aperfeiçoar melhor no aleitamento materno, no faz questionar se
assistência prestada a essa população tem resultado ou não em AME até os 6 meses e dois
anos ou mais.
Ao passo que um profissional da ponta diz que mulheres soropositivas podem
amamentar, é preocupante, pois mesmo que 43,75% (n=7) de 16 sejam a minoria, quantas
mulheres não passaram por eles e receberam essa informação errônea, e as consequências
disso vira contra a lactente que só almejava o melhor para seu bebê.
Sendo assim a qualificação desses profissionais da atenção primária que estão
envolvidos diretamente no incentivo do aleitamento materno independente do seu nível de
escolaridade é de suma importância para o sucesso da amamentação e da redução dos índices
de desmame precoce ou introdução de fórmula infantil.
Esperamos que através deste estudo, fomentamos a capacitação desses profissionais
através de cursos e workshops e junto com o projeto Amamente, eles possam elaborar
cartilhas e roda de conversas para assim ajudar a fixar o conhecimento nos profissionais e
colaborar para prestar uma melhor assistência durante pré-natal e puerpério.
À medida que temos profissionais capacitados, prestando uma assistência de
qualidade, realizando uma escuta sensível aos sentimentos da gestante ou puérpera, pode-se
elevar os índices de amamentação visto que é uma estratégia de saúde pública de baixo custo,
simples, e ajuda as famílias a se sentirem satisfeitas, promovendo assim saúde materno-
infantil a longo prazo.
Fomentar uma educação continuada a fim de desenvolver um atendimento pautado na
humanização deve ser reforçado principalmente por gestores, no intuito de buscar e alcançar
que Sinop-MT possa vir ser referência em amamentação.
39
REFERÊNCIAS
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2010.184 p.
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PERES, Janaine Fragnan et al. Percepções dos profissionais de saúde acerca dos fatores
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42
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256, p. 3160-3164, 2019.
APENDICÊS
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
43
DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Dados pessoais
Codificação:
1- Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
2- Idade:
3- Estado civil:
( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) Viúvo
4- Profissão:
( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Tec. Enfermagem
( ) Aux. Enfermagem ( ) Agente Comunitário de Saúde
5- Raça/cor:
( ) Branca ( ) Preta ( ) Parda
( ) Amarela ( ) Indígena
Experiências pessoais:
• Já amamentou ou conviveu com alguém que amamentava?
( ) Sim ( ) Não
( ) Falso
3- O colostro é insuficiente para saciar o bebe, sendo necessário complementar com fórmula
infantil:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
46
7- A produção de leite está relacionada com a quantidade de vezes que o bebê suga o seio:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
ANEXOS
ANEXO A- PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITE DE ETICA EM
PESQUISA
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