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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE PSICOLOGIA

NOME DOS ALUNOS

TITULO DO TRABALHO

Cabo de Santo Agostinho


2023
NOME DOS ALUNOS

TITULO DO TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial, para
conclusão do curso de Psicologia do Centro
Universitário Mauricio de Nassau.
Orientador: XXXXXXXXX
Coorientador XXXXXXXXXXXXXXXXX

Cabo de Santo Agostinho


2023
RESUMO:
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PALAVRAS CHAVES: XXXXXXXXX; XXXXXXXXX;XXXXXXXXX
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................3

2. RESULTADOS............................................................................................4

2.1 PREVALÊNCIA E MORTALIDADE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL


SISTÊMICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC).....................7

2.2 TRATAMENTO DA HIERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA (HAS)...........7

3. METODOLOGIA..........................................................................................9

4. DISCUSSÃO...............................................................................................9

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................11

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................11
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1. INTRODUÇÃO
A hipertensão ou pressão alta é uma doença que ocorre quando a aferição da
pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg, podendo ser uma
doença hereditária em 90% dos casos, ou, pode ser causada por diversos fatores, como
consumo de bebidas alcoólicas constantes, fumo, obesidade, estresse, muito consumo
de sal, alto nível de colesterol e falta de atividades físicas. É uma doença que ataca os
vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e sua incidência é maior em pessoas negras,
de idade avançada, homens e mulheres acima de 50 anos e diabéticos (BRASIL, 2022).

Durante a pandemia de covid-19, a hipertensão foi considerada uma das


comorbidades que podem agravar os quadros infecciosos da doença, provocar uma
reação inflamatória que pode atingir as áreas vasculares, em indivíduos que apresentam
um descontrole na função arterial por causa da hipertensão arterial (HA). Portanto,
comorbidades específicas têm sido associadas com maior risco de manifestações
graves e piores prognósticos, caracterizados pelo aumento da gravidade das lesões
pulmonares e evolução para um quadro fatal. (SILVA MLB, et al., 2016).

Uma doença respiratória, identificada primeiramente na cidade de Wuhan, na China, que se


espalhou pelo mundo, gerando um grande problema de saúde pública por sua rápida propagação.
Embora possa apresentar um quadro clínico leve, a covid-19 pode desenvolver sintomas graves,
como pneumonia e insuficiência respiratória aguda, podendo levar a óbito (NIQUINI RP, et al., 2021;
OLIVEIRA WK, et al., 2020).

A Covid-19 é uma doença infecciosa que atinge mais gravemente pessoas em


idades avançadas e com condições crônicas, como hipertensão arterial no Brasil e no
mundo, constitui-se em um problema de saúde pública. Diante do exposto, a mudança
de comportamento e/ou estilo de vida e o isolamento social, medo de exposição ao
vírus, dentre outros fatores, durante a pandemia da covid-19 contribuiu para um
aumento do consumo dos medicamentos anti-hipertensivos, no período pandêmico.
(DENG, et al.,2021).

Nos hipertensos, seu estado inflamatório está relacionado à disfunção endotelial,


caracterizada por uma desproporção na produção de substâncias com ação
vasoconstritora, principalmente, e vasodilatadora que leva a um estado de disfunção
hemodinâmica de intensidade variável (DENG, et al.,2021).
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O uso de fármacos específicos prescritos pelo médico, caracteriza o controle e


tratamento medicamentoso dessa enfermidade silenciosa e progressiva. Medidas não
medicamentosa, que estão relacionadas com a modificação do estilo de vida do paciente
para comportamentos mais saudáveis, ajudam no controle da HAS. Quando não tratada
de modo correto ou, se não tratada, a hipertensão arterial pode levar a disfunção de
alguns órgãos vitais (SILVA MLB, et al., 2016).

Diante desse pressuposto, é importante entender qual a correlação entre a covid-


19 e a HAS e porque essa comorbidade gera um pior prognóstico em pacientes
infectados pelo coronavírus. Primeiro, para que sejam mais efetivos comportamentos
que previnam a contaminação nesse grupo de risco, bem como otimizar a terapêutica da
hipertensão a fim de evitar complicações na saúde dos pacientes (SILVA MLB, et al.,
2016).

2. RESULTADOS
No ano de 2019 já se tinha informações sobre uma possível pandemia, no
Brasil foi compilado as comunicações de higiene pessoal, uso de máscara e
isolamento social. Más, foi ano de 2020, que a pandemia, foi decretada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, causada pelo
coronavírus da síndrome respiratória grave (SARS-CoV-2). Este, pertence a
linhagem B dos betas coronavírus e está intimamente relacionado ao vírus SARS-
CoV-3 (VELAVAN TP e MEYER CG, 2020)

Analisou-se dados do Sistema HORUS de distribuição dos medicamentos anti-


hipertensivos de primeira escolha terapêutica disponibilizados pelo SUS no município,
durante o período de 2019 à 2021 num Município da Região Metropolitana do
Recife/PE, para assim, cruzar os dados levantados do consumo. De acordo com o
estudo o consumo médio mensal (CMM), foram plotados gráficos com os seguintes
resultados.

O CMM do LOSARTANA POTASSICA 50mg.analisado que em 2019, 23,64%


em 2020 e 50,98% em 2021. Antagonista da angiotensina II, simples. Indicado em
casos de hipertensão e insuficiência cardíaca, promovendo a dilatação dos vasos
sanguíneos, onde melhora o funcionamento do coração (OMS,1988).
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Os medicamentos, ANLODIPINO, BESILATO-10MG.suas porcentagens foram


14,48%, 2,61% e 3,94% no respectivo período em questão. Onde é indicado como
medicamento de primeira escolha no tratamento da hipertensão e angina (dor no
peito, por doença do coração). Derivados da DIIDROPIRIDINA. (SOCIEDADE
BRAS.DE CARDIOLOGIA,2009).

Os DIURÉTICOS Tiazídicos – hidroclotiazída 25mg, apresentou um CMM de


31,47% em 2019, 32,49% em 2020 e 22,55% em 2021. Promove a redução da
morbidade e mortalidade cardiovascular sendo da classe dos diuréticos a cloral dona
e a indapamia, sua ação anti-hipertensiva desta classe se relaciona incidente aos
seus efeitos natriurético, reduzindo o volume circulante e o volume extracelular.
(SOCIEDADE BRAS.DE CARDIOLOGIA,2009).

Os BETABLOQUEADORES não seletivos – como os METOPROLOL,


SUCCINATO 25MG tem CMM DE 3,26%, 3,21% E 3,52%. Os METOPROLOL,
SUCCINTNATO 50MG.apresentam 1,53%, 4,41% e 056% (CMM). Os PROPANALOL
CLORIDRATO 40 MG.1,02%, 058% E 0,12%. Os betabloqueadores, são de longa
data, parte integrante fundamental do arsenal terapêutico da hipertensão,
principalmente associada a doença coroniana. Particularmente após infarto do
miocárdio, insuficiência congestiva ou taquiarritmia. (Jan Danser AH, Epstein M, Batlle
D.2020)

Os bloqueadores seletivos os canais de cálcio que são os DERIVADOS DA


DIIDROPIRIDINA – NIFEDIPINO, 10mg. Os seus CMM são de 0,79%,058% e 0
Como 0%. O ANLODIPINO, BESILATO 10MG apresentou CMM de 14,48% em
20129, 2,61% em 2020 e 3,94% em 2021.Esses apresentam – se no grupo de
fármacos frequentemente prescritos no tratamento da hipertensão arterial, onde os
mais usados na pratica clinica estão a NIFEDINA, ANLODIPINA, (ANLOPIDINA),
NICARDINA, FELODIPINA, VESAPAMIL E DITIAZEM. (SOCIEDADE BRAS.DE
CARDIOLOGIA,2009).

Os inibidores da enzima conversora de angiotensina II (IECA)SIMPLES que


são, captopril 25mg, apresentar os seguintes percentuais de CMM, em 2019 4,41%,
em 2020 5,11 e em 2021 3,37%. O município também disponibiliza para para os
usuário ou IECA como o ENALAPRIL,MAELATO 10MMG, 31,62% em 2019, 21,41%
em 2020 e 11,77% em 2021, esta classe age bloqueando os efeitos de um hormônio
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produzido naturalmente pelos rins designados por angiotensina II. Ao bloquear


Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) provocam o relaxamento dos vasos
sanguíneos dilatando as veias auxiliando o coração a empurrar o sangue para o
corpo. (Batlouni M, Ramires.JAF (Ed).2004.)

Os inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) reduzem a


pressão arterial por vezes causando tonturas no usuário e pequenas alterações na
função renal com o aumento de potássio. Esses medicamentos conhecidos como
enzimas conversora de angiotensina (ECA) – CAPTOPRIL, LISINPRIL, QUINAPRIL,
BENAZEPRIL, FISINOPRIL, CILAZAPRIL, RANIPRIL, PERINDOPRIL,
TRANDOLAPRIL E DELAPRIL.Outros da mesma classe atuam por meio da inibição
da formação da angiotensina II, com a ação anti-hipertensiva desses medicamentos e
na inibição da degradação da bradicinina, potente do vasodilator que, tem sua ação
aumentada. (Batlouni M, Ramires.JAF (Ed).2004.)

Tivemos durante o período pandêmico um aumento considerável dos


medicamentos por classe terapêutica em se consumo médio mensal (CMM), em
DIURÉTICO TIAZÍDIOS – Hidroclotiazida – 25mg de 88736,5%, 91154,5% a
11878,3333%. Já os bloqueadores seletivos de cálcio – anlodipino, besilato de 10mg
um aumento de 7319,1549% a 34645,66667%. Os nifedipino 10mg -1663 a
2997,666667%, ressaltando que em 2021 a percentagem foi de 0(zero). (Gus M.
Brandão AA, Amodeo C, Nobre F, Fuchs FD.2006).

Os inibidores da ECA de angiotensina – LOSARTANA POTASSIO 50MG,


apresentam no seu, uso um grande volume de uso em 2021, com um crescimento
que foi de 66328.25,31,666667 à 200584,250%. Os betabloqueadores não seletivos
ATENOLOL 50MG -4000%, OS METOPROLOL SUCCINATO 50MG – 1200%,
metoprolol 25mg de 1449% e o PROPANOLOL SUCCINATO DE 4000% A 100%.
(Gus M. Brandão AA, Amodeo C, Nobre F, Fuchs FD.2006).

AS ANTAGONISTAS DA ANGIOTENSIVA IISIMPLES, teve um grande


aumento do ano 2019 a 2021, passando de 13256,65 à 119284,3333%. A
contribuição de todos é fundamental na constituição do sistema de monitorização dos
medicamentos comercializados no país, pois o acumulo de informações que norteiam
as ações regulatórias no mercado farmacêutico brasileiro. (Gus M. Brandão AA,
Amodeo C, Nobre F, Fuchs FD.2006).
7

2.1 PREVALÊNCIA E MORTALIDADE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL


SISTÊMICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC)
As doenças cardiovasculares são um importante problema de saúde pública e a
principal causa de morte da população adulta dos países desenvolvidos. Desde há
muito, já se tem o conhecimento baseado em evidências clínicas da importância da
hipertensão arterial sistêmica (HAS), como fator de risco na morbimortalidade na
doença isquêmica cardiovascular. (Matos Mde FD, Souza e Silva NA, Pimenta AJM,
et al.2004)

Assim sendo, torna-se necessária uma avaliação correta da


prevalência da HAS na população geral de nossa cidade, pois isto tem
implicações epidemiológicas, sociais e políticas, sendo que estes dados serão
úteis para a planificação das ações de saúde preventiva, assistencial e

terapêutica desta população. (Matos Mde FD, Souza e Silva NA, Pimenta AJM,
et al.2004)

Em 2019 aconteceram 1.317.610 óbitos, cerca de 290 mil, dos quais (26%)
decorrentes de doenças cardiovasculares, o principal motivo de morte no país. Ainda
em 2019, o IBGE aponta a proporção de indivíduos de 18 anos ou mais que referem
diagnóstico de hipertensão arterial no Brasil foi de 21,4%, o que corresponde a 31,3
milhões de pessoas. (IBGE –2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012).

2.2 TRATAMENTO DA HIERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA (HAS)


Os bloqueadores do canal de cálcio diminuem a excitabilidade e a frequência
cardíaca, relaxando a musculatura lisa arterial e reduzindo a resistência vascular
periférica, tudo isso, porque eles diminuem a entrada de cálcio nas células que
causam a dilatação nas artérias e arteríolas, reduzindo assim, a pressão arterial
(PAEZ, 2020).

De um modo geral os fármacos vasodilatadores atuam na manutenção da


concentração de cálcio, ou na alteração da sensibilidade a esses íons na musculatura
lisa vascular, tendo como alvo os canais de
Ca2+ da membrana plasmática celular e do retículo sarcoplasmático, bem como
algumas enzimas específicas. Estudos comprovam que a vasoconstrição simpática
envolve os receptores alfa-adrenérgicos e receptores de imidazólicas, ambos situados
no tronco encefálico, mais especificamente no bulbo, entretanto, estes medicamentos
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provocam retenção hídrica e taquicardia reflexa, sendo contraindicado em alguns


tratamentos (KUBOTANI, et al., 2019).

Os inibidores de enzima conversora da angiotensina atuam na conversão da


angiotensina I em angiotensina II, agindo como um vasoconstritor potente. Sendo um
medicamento de via oral ou sublingual específico para o tratamento de crises
hipertensivas contraindicado para gestantes e para quem apresenta estenose bilateral
de artérias renais (PAEZ, 2020).

. A Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e seu homólogo íntimo ECA2


desempenham duas funções fisiológicas opostas. A ECA cliva a angiotensina I para
gerar angiotensina II, o peptídeo que se liga e ativa o Receptor de Angiotensina I
(AT1R) para contrair os vasos sanguíneos, elevando, desse modo, a pressão
sanguínea. Já a ECA2 inativa a angiotensina II enquanto gera a angiotensina (1-7),
um heptapeptídeo com uma função vasodilatadora potente que serve como regulador
negativo do SRA. (Danser et al,2020).

2.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NO CONTEXTO DA


PANDEMIA DE COVVID-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 600 milhões de


pessoas tenham Hipertensão Arterial (HA), com crescimento global de 60% dos casos
até 2025, além de cerca de 7,1 milhões de mortes anuais. Antes da pandemia do
covid-19, os números e casos de pessoas com HA no Brasil já eram alarmantes,
sendo responsáveis por 33% dos óbitos com causas conhecidas, sendo a primeira
causa de hospitalização no setor público, entre 1996 e 1999, respondendo por 17%
das internações de pessoas com idade entre 40 e 59 anos e 29% daquelas com 60 ou
mais anos (MALTA et al, 2018).

O isolamento social impactou de forma direta na saúde da população de


maneira geral, o medo que se instalou diante a pandemia, os picos de ansiedade
fizeram com que as pessoas passassem a se alimentar de forma errada, exagerando
no açúcar, gorduras e sal (repetido). O próprio isolamento social fez com que as
pessoas se tornassem mais sedentárias, e parassem de praticar regularmente
atividades e exercícios físicos. Além disso, o medo de ir em ambientes hospitalares
fez com que as pessoas deixassem de cuidar da saúde com acompanhamento
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médico, tudo isso prejudicou ainda mais os hipertensos. Por isso, as estatísticas
apontam que houve muito retardo ou abandono de tratamento, acometendo cerca de
40 milhões de brasileiros e causando cerca de 300 mil mortes por ano (DARZÉ,
2021).

Durante a pandemia do covid-19, a hipertensão foi considerada uma das


comorbidades que podem agravar os quadros infecciosos da doença, por isso, foi
recomendado aos pacientes portadores dessa doença manter seu tratamento em dia,
com consultas regulares, mesmo em caso de positivo para o coronavírus. Pois o vírus
da covid-19 pode provocar uma reação inflamatória que pode atingir as áreas
vasculares, causando complicações mais sérias em indivíduos que apresentam um
descontrole na função arterial por causa da HA. (SILVA MLB, et al.2016.)

3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória, com análise qualitativa, nas
plataformas de SciELO Brasil e artigos, visando compreender o uso dos anti-
hipertensivos durante e pós a COVID - 19. Com interesse voltado a busca de
significações marcada pelo processo de promoção a saúde. Assim, a análise dos dados
reportará as reflexões que nos ajudarão no exercício de atendimento dos pacientes com
hipertensão arterial nos estágios da covid–19.

E por fim, para o levantamento de estudos científicos referentes ao tema central


deste trabalho, as seguintes bases de dados foram empregadas: Lilacs, Scielo e Google
Acadêmico. Quais os impactos que a HAS tem com relação direta, com o sistema
cardiovascular? Pois a pressão arterial alta sobrecarrega a função cardiovascular,
correndo o risco que as artérias do coração sejam lesadas pela elevação do atrito e fluxo
de sangue em suas paredes. (MELO LD, et al., 2020).

4. DISCUSSÃO
Este estudo identificou potenciais mecanismos moleculares subjacentes aos
achados de estudos observacionais de que pacientes com COVID-19 que também
apresentavam hipertensão ou doença cardiovascular apresentaram maiores taxas de
morbidade e mortalidade. Como a medicação anti-hipertensiva de primeira linha inclui
moduladores do SRAA (Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona) que interferem na
via empregada pelo SARS-CoV-2 para entrada celular, tem sido debatido se o
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tratamento com IECA ou BRA altera a infectividade do SARS-CoV-2 e a gravidade do


COVID-19.  Na ausência de tratamento com IECA/BRA1. (MELO LD, et al.2020)

No diagnostico a avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial


sistêmica (HAS) inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeição e a identificação de
causa secundária, além da avaliação do risco CV. As lesões de órgão-alvo (LOA) e
doenças associadas também devem ser investigadas. Fazem parte dessa avaliação a
medição da PA no consultório e/ou fora dele, utilizando-se técnica adequada e
equipamentos validados, história médica (pessoal e familiar), exame físico e
investigação clínica e laboratorial. Propõem-se avaliações gerais dirigidas a todos e,
em alguns casos, avaliações complementares apenas para grupos específicos.
(Carvalho MV, Siqueira LB, Sousa ALL, Jardim PCBV.2014).

Além dos fatores riscos clássicos como: Genética, idade, sexo, etnia,
sobrepeso/obesidade, ingestão de sódio/potássio, sedentarismo, ingestão de álcool e
fatores socioeconômicos, é importante destacar que alguns medicamentos, muitas
vezes adquiridas sem prescrição médica, e drogas ilícitas têm potencial de promover
elevação da PA ou dificultar seu controle, entre eles, estão:

- Os inibidores da monoaminaoxidase e os simpatomiméticos, como


descongestionantes nasais (fenilefrina), antidepressivos tricíclicos (imipramina e
outros), hormônios tireoidianos, contraceptivos orais, anti-inflamatórios não
esteroides, carbexonolona e liquorice, glicocorticoides, ciclosporina, eritropoietina,
drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa, anfetamina e 3,4-
metilenodioximetanfetamina (MDMA). (Rang, H.P; Dale, M.M, 2016)

Durante a pandemia do covid-19, a hipertensão foi considerada uma das


comorbidades que podem agravar os quadros infecciosos da doença, por isso, foi
recomendado aos pacientes portadores dessa doença manter seu tratamento em dia,
com consultas regulares, mesmo em caso de positivo para o coronavírus. Pois o vírus
da covid-19 pode provocar uma reação inflamatória que pode atingir as áreas
vasculares, causando complicações mais sérias em indivíduos que apresentam um
descontrole na função arterial por causa da HA. (SILVA MLB, et al.2016.)

Fang et al. 2020, sugeriu que pacientes com comorbidades tratados com IECA
Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA)ou Antagonistas do
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Receptor de Angiotensina (ARA), correm maior risco de infecção grave por COVID-
19. recomendações pragmáticas em relação ao tratamento com anti-hipertensivos.
utilizar ARA como terapêutica provisória para redução da agressividade e da
mortalidade por infecções pelo SARS-CoV-2

_______________________________________________________________

1. Os IECAS e os BRAT 1 são as medicações de eleição para a redução da Albuminuria. Pacientes com diabetes e
Albuminuria persistente devem ser tratados com um destes grupos de drogaspara retardar a progressão da DRC •

em pacientes selecionados, é possível diminuir a Albuminuria com os antagonistas do receptor da aldosterona. •


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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse artigo sistemático identificou que, apesar da totalidade dos estudos


analisados serem consensuais quanto à influência da HAS na gravidade da COVID-19,
os mesmos são controversos em relação à suspensão ou não dos anti-hipertensivos
IECA’s e BRA’s no tratamento dos pacientes infectados. Assim, nota-se a necessidade
de seguimento de pesquisas específicas na área com o intuito de elucidar este
questionamento.

Segundo as Diretrizes Brasileiras para Hipertensão (2010) o objetivo do


tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade
cardiovasculares, devendo os anti-hipertensivos ser utilizados não só para reduzir a
pressão arterial, mas também os eventos cardiovasculares fatais e não-fatais, e a taxa
de mortalidade principalmente nos pacientes com covid-19.

Em relação ao tratamento farmacológico os diuréticos, os IECA e os


betabloqueadores são os anti-hipertensivos mais utilizados devido ao fornecimento
mais comum dessas classes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo erros nas
tomadas das doses, dificuldades na compreensão da prescrição, diversas tomadas ao
dia, entre outros fatores, dificultam a adesão dos pacientes. Tal contratempo pode ser
resolvido com uma assistência correta e um olhar mais atencioso.
13

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Gus M. Farmacologia clínica dos medicamentos anti-hipertensivos. In:


Brandão AA, Amodeo C, Nobre F, Fuchs FD (ed). Hipertensão. Rio de
Janeiro: Elsevier;2006; p. 326-35.
2. Batlouni M. Interações medicamentosas em cardiologia. In: Batlouni M,
Ramires.JAF (Ed). Farmacologia e terapêutica cardiovascular. São Paulo:
Editora Atheneu; 2004. p. 567-78
3. BRASIL, Ministério de Saúde. Covid-19. Casos e óbitos. 2022, disponível
em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em março de 2022.
4. CAMPOS, Ana Cristina. IBGE: Pelo menos uma doença crônica afetou 52%
dos adultos em 2019. Agencia Brasil, 2020.

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