Professional Documents
Culture Documents
Planejamento Estratégico para A Gestão Pública: Aula 1
Planejamento Estratégico para A Gestão Pública: Aula 1
2
de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas, baseando-se
nas condições externas e internas.
Assim, planejar é definir com antecedência onde se quer chegar, com
base na realidade objetiva, claro, e dentro das possibilidades permitidas, e aí,
então, elaborar o planejamento estratégico que será executado. O ato de
planejar é o processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação, de
previsão dos meios necessários – materiais e recursos –, para alcançar os
objetivos.
Então, resumidamente, “planejamento” é um instrumento que visa a ações
necessárias no presente, enxergando melhores soluções para o futuro, ou seja,
planejamento nada mais é do que pensar o futuro, uma forma de atingir os
nossos objetivos com sucesso. A Gestão acompanha os passos do
planejamento o tempo todo, numa administração que busca os objetivos
traçados, com foco nas ações em todas as áreas e no controle das variáveis que
podem influenciar nos resultados.
Temos por fundamento de planejamento público que este seja o principal
instrumento que os gestores públicos têm para mudar uma realidade para
melhor. Melhorando os bens e os serviços públicos e concorrendo para o bem-
estar da comunidade em geral, o planejamento público visa a criar metas,
objetivos e programas de ação para a sua execução, podendo-se dizer que
planejamento é uma ferramenta da gestão estratégica no benefício ao cidadão.
4
O BSC é um método que dá apoio na execução da estratégia
organizacional e facilita as tomadas de decisões. Ao implementar a estratégia
iniciam-se no nível operacional as ações que devem estar integrados com o
planejamento estratégico. Assim, o desempenho pode ser monitorado e ajustado
de acordo com a visão institucional, a retroalimentação no plano corrente e
futuros, com eficácia na comunicação estratégica dos agentes envolvidos
(stakeholders).
No caso da Gestão Pública, o BSC considera essa visão governamental
como atenção a quatro fatores: os recursos humanos (capacitação dos
servidores ao objetivo em questão); aos processos internos, que sejam
adequados e eficazes; às finanças públicas visando eficiência; e à sociedade, de
modo a satisfazer a demanda dos cidadãos.
O outro instrumento citado é o mapa estratégico onde graficamente a
estratégia fica visualmente mais inteligível ao demonstrar os objetivos da
instituição e suas relações, de acordo com a causa e a consequência, indicando
referências das ações e dos indicadores para justificar e atestar os resultados.
Como exemplo, a seguir apresenta-se o Mapa Estratégico da Secretaria de
Planejamento do Estado do Paraná, onde o professor autor atuou desde 2013.
5
Por fim, outro instrumento analítico citado, a matriz GUT (gravidade,
urgência e tendência), atribui pesos a cada nível de gravidade para cada
problema analisado.
6
2.1 Uso da metodologia SMART
7
organização, seu sentido de ser e dos que “vestem a camisa”. São conceitos que
se complementam e estabelecem em conjunto as diretrizes da organização.
Inicialmente mais comuns nas corporações, nas esferas públicas também são
cada vez mais aspectos que vem definindo a curto, médio e longo prazos
parâmetros e alinhamentos para gestores e colaboradores buscarem objetivos
claros e específicos, seja como determinam as leis, como almejam os anseios
públicos, como impõem a competitividade do mercado ora globalizado, ou
mesmo como vocação pessoal.
Transcrevendo meramente como exemplo, na Secretaria de
Planejamento do Paraná foi definida como Missão “Fortalecer as políticas
públicas, coordenando o sistema de planejamento e integrando as ações de
Governo, para o Desenvolvimento Sustentável do Paraná”. Assim, suas ações
teoricamente devem sempre estar com seu foco voltado a esse seu propósito e
ao bem público.
3.1 Missão
3.2 Valores
3.3 Visão
8
um atingimento planejado. O futuro desejado é uma condição sonhada, descrita
e tida como a realização daquilo que se pretende.
9
demandas no Nível Estratégico, ocupado por um Secretário, que por sua vez
conta com uma equipe de Nível Tático, formada por subsecretários e diretores
presidentes.
O Planejamento Estratégico busca consolidar ações gerenciais que
atestam a identidade e Missão da instituição tratando dos objetivos a longo
prazo; o Planejamento Tático, a médio prazo, visa utilizar os níveis intermediários
para buscar resultados que compõem as metas estratégicas em diferentes
áreas; e o Planejamento Operacional por sua vez atua a nível de Plano de Ação,
imediato ou a curto prazo. Segundo Jackson (citado por Ackoff, 1976), “O
planejamento institucional se completa na fase estratégica e se torna concreto
na fase operacional”, que ainda afirma que o plano estratégico é um guia, onde
a tática se encontra a ele relacionada, mas é junto ao nível operacional que se
estabelecem as bases normativas dos programas e projetos para ações
propriamente ditas no atingimento dos resultados pretendidos.
A diferenciação também se nota em programas de capacitação e
aquisição de habilidades para um ou outro nível, a exemplo de investimento em
cursos de desenvolvimento, com perspectiva estratégica, ou em cursos de
treinamento, sob perspectiva operacional, dependendo da necessidade ou
objetivo da atuação.
10
1. What: O que se deve fazer de forma descrita.
2. Where: Onde será feito, que local.
3. When: Quando, seja cronograma ou prazo.
4. Who: Quem vai fazer, quais os stakeholders.
5. Why: Por quê; como se justifica o que foi definido.
6. How: Como se fazer o que foi determinado, quais procedimentos.
7. How much: Quanto será o custo da ação, quais recursos necessários.
Para de cada uma das ações devem ser aplicadas, ou usada a relação
como checklist, de forma clara, técnica e transparente.
11
constante alteração de Governança, de Planos de Governo, que com a ideologia
e política partidária muitas vezes antagônicas interrompem planos, processos e
projetos. Dependendo das relações interfederativas ou diversas estruturas com
diferentes hierarquias e conectividade, também os órgãos públicos nem sempre
possuem autonomia ou celeridade mínima necessária para o bom andamento
de um plano principalmente estratégico – de longo prazo.
5.2 Lucro
13
resultado mais abrangente, substituindo antigas práticas de processos de rotina
onde se constata desenvolvimento estagnado.
Ao aproximar-se o público e o privado na administração de bens e
infraestruturas básicos, em favor da estabilidade e da segurança, o lucro passa
a ser fator simbiótico e determinante para ambos, desde que não haja prejuízo
do bem comum.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
14
REFERÊNCIAS
15