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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Química Fundamental II - QUIA28


Profª Lílian Simplício

Lorena Tamiris Conceição Bispo


Mailane Dos Anjos Silva
Marcella Souza Santana da Silva

Relatório do Experimento II:


CINÉTICA QUÍMICA

Salvador- BA
2022
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

A cinética química é um ramo da química que estuda a velocidade das


reações e os fatores que a influenciam. É dada pelo consumo de reagente ou
formação de produtos em um intervalo de tempo, o experimento estudado nesta etapa
é chamado de “Relógio de Iodo”, em que mistura-se uma solução diluída de iodato de
sódio (NaIO3 ) com uma solução aquosa de ácido sulfuroso (H2SO3), nele analisa-se
um dos fatores que podem influenciar a velocidade de uma reação, que é a
concentração. De acordo com a teoria, a concentração tem sua influência diminuindo
o tempo da reação quanto maior ela for, devido ao maior número de partículas
existente na solução, dessa forma há a probabilidade do aumento das colisões
efetivas entre elas acelerando o tempo da reação.
Ademais, a temperatura, a área de contato e os catalisadores são fatores
influentes na cinética química em que foi possível analisar durante esse experimento.
Falando-se em temperatura, geralmente a velocidade das reações aumenta à
medida que a temperatura for maior, pois aumenta a energia cinética das espécies
químicas. A superfície de contato também é proporcional à sua velocidade, visto
que o aumento na área aumenta a probabilidade de choque efetivos. Além dos
catalisadores, que são especificamente produzidos para essa função, eles são
agentes que aumentam a velocidade sem serem consumidos, alterando os
mecanismos que levam à reação.

2. OBJETIVOS

O objetivo dos experimentos é verificar experimentalmente a influência da


concentração dos reagentes, da área de contato, da temperatura de reação e da
presença de um catalisador sobre o tempo necessário para que uma reação ocorra.
3. MATERIAIS E REAGENTES
Materiais Reagentes
-Termômetro -Solução de NaIO3 0,02 mol.L-1
-Pipetas volumétricas -Solução de H2SO3 0,01 mol.L-1
-Tubos de ensaio -Solução de amido
-Béquer de 50 mL -Solução de HCl 1 mol.L-1
-Conta-gotas -Zn granulado e em pó
-Aquecedor -Solução de H2C2O4 0,5 mol.L-1
-Balões volumétricos -Solução de KMnO4 0,04 mol.L-1
-Provetas de 10 mL -Solução de MnSO4 0,1 mol.L-1
-Béquer de 500 mL -Solução de H2SO4 4,0 mol.L-1
-Solução de iodo

4. PARTE EXPERIMENTAL

4.1. Influência da Concentração dos Reagentes:


Para investigar o efeito da concentração de um dos reagentes sobre o tempo de
reação, foi necessário efetuar diluições da solução de iodato de sódio, a fim de alterar
a concentração do íon IO3 - (aq). A concentração do íon HSO3 - foi mantida constante
e todas as soluções a temperatura ambiente.
Observações:
- Antes de iniciar o experimento, verificou-se a coloração que a solução do iodo
adquiriu na presença do amido;
- Fez-se os cálculos necessários para proceder as diluições das soluções de NaIO3,
que foram utilizadas no experimento (presentes na tabela a seguir);
- A equipe preparou 100 mL da solução de iodato de sódio 0,02 mol. L-1;
Procedimento:
a. Mediu-se em uma proveta 5 mL da solução de NaIO3 0,02 mol. L-1 e
adicionou-se três gotas de amido.
b. Em uma outra proveta foi medido 5 mL da solução de HSO3 - 0,01 mol. L-1.
c. Misturou as duas soluções num béquer de 50 mL e marcou o tempo, agitando
rapidamente.
d. Observou-se cuidadosamente a solução dentro do béquer olhando contra um
fundo branco e anotou o tempo que a solução leva para se tornar azul.
e. O mesmo procedimento foi repetido, variando a concentração da solução de
NaIO3 conforme a tabela abaixo.

4.2. Influência da área de contato


a. Em dois tubos de ensaio e foi adicionado em cada um, 2 mL de solução de
HCl 1 mol. L-1.
b. No primeiro tubo colocou-se um pedaço de Zinco e no outro uma quantidade
equivalente do mesmo elemento em pó. A adição foi feita simultaneamente nos dois
tubos.
c. Observou e comparou-se a velocidade aparente de reação nos dois tubos.

4.3. Influência da temperatura de reação


Repetiu-se o experimento do item 4.1. variando a temperatura da reação.
Observações:
- Cada equipe trabalhou com uma temperatura diferente, de acordo com a orientação
do professor, a equipe em questão foi escolhida para realizar o experimento à
temperatura de 25ºC.
- Apenas a solução de NaIO3 deve ser termostatizada na temperatura escolhida.
- A solução indicadora de amido foi adicionada imediatamente antes da mistura dos
reagentes.
- A temperatura foi medida na solução no momento da mistura.
- Os dados foram compartilhados com as demais equipes.

4.4. Influência do Catalisador


a. A equipe separou dois tubos de ensaio e colocou em cada um 5 mL de solução
de H2C2O4 0,5 mol. L-1 e 1 mL de solução de H2SO4 4 mol. L-1.
b. Em outros dois tubos, colocou-se em cada um, 4 mL de solução de KMnO4
0,04 mol. L-1 e em apenas um destes tubos adicionou-se 5 gotas do MnSO4 0,1 mol.
L-1.
c. Para dois béqueres de 50 mL, foi transferido simultaneamente o conteúdo
dos tubos contendo o ácido oxálico e o permanganato de potássio.
d. Comparou-se o tempo necessário para as duas soluções perderem a cor.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos experimentos realizados, obtivemos os seguintes resultados:

gráfico 01 – tempo de reação na temperatura de 25°C.

O gráfico acima refere-se a temperatura da qual nossa equipe ficou,


constatamos através do método gráfico que a ordem da reação é de segunda 2° ordem,
como também, que a constante de velocidade k= 12,241 mol.𝐿−1 𝑆 −1. Foi realizado os
gráficos para as demais temperaturas, mas de forma resumida todos os resultados
foram reunidos nas tabelas abaixo:
Velocidade da reação (s)
Temperatura X [IO3-], mol.L-1
15°C 25C° 29,2°C 10 °C 20°
0,02 15,49 6,09 6 7,61 6,43
0,01 22,71 9,18 12,34 12,99 13,39
0,008 26,73 12,15 13,97 17,16 16,35
0,006 39,28 19,38 19,85 25,91 24,46
0,004 42,91 22,1 21,9 29,4 27,48

tab 01:valores de tempo de reação x temperaturas.

Temperaturas K
15°C 7,3259
25C° 12,241
29,2°C 12,241
10 °C 6,4953
tab 01:valores de temperaturas e suas constantes de velocidade.

Como o experimento foi realizado com algumas determinadas temperaturas e


encontramos os valores K, correspondentes, podemos assim encontrar o valor da
energia de ativação Ea da reação. Dessa forma, como temos o valor de Ea/R que é o
coeficiente angular no gráfico e o valor ln A que é o coeficiente linear no gráfico,
aplicando na fórmula de Arrhenius, encontramos o valor de 2,34kl/mol.

Observando os valores de concentração dos reagentes e as temperaturas


relacionadas, percebemos quer para uma mesma concentração com temperatura
crescente, ou seja, ocorrendo o aumento da temperatura, a velocidade de reação é
mais rápida, mas quando essa concentração vai diminuído a velocidade da reação vai
se tornando mais demorada, devido ao fato de em concentrações menores a
probabilidade de choques efetivos, diminui.

No experimento, realizado para observamos a influência da superfície de contato,


foi possível perceber que o estado de agregação dos reagentes, influência diretamente
na velocidade de reação, pois foi perceptível que a reação onde o Zn estava em pó
aconteceu mais rápido em comparação com o Zn na forma de pasta. Isso significa, que
quando o Zn em pó tem a superfície de contato mais disponível, para que possa reagir
com a solução de HCl.
Como também, observamos o efeito de um catalisador em uma reação, como
esse faz com que essa aconteça mais rapidamente, pois quando percebemos que a
solução contendo o MnSO4 mudou de cor mais rapidamente, comparado com os outros
tubos que não tinha um catalisador presente.

6. CONCLUSÃO

Diante de todos os experimentos e tratamentos de dados que foram realizados


e obtidos, variando a temperatura e concentração do reagente utilizado (IO3¯),
conclui-se que a ordem de uma reação não se altera com a temperatura, uma vez
que, o resultado dos dados dos outros experimentos feitos em outras temperaturas
também foram de segunda ordem.
Contudo, é nítido que a ordem de uma reação não é um fator único que influência
na sua velocidade, já que não há estabilidade do tempo de reação como há na
ordem. Desse modo, com o estudo da cinética química foi possível o conhecimento
de fator da constante cinética (K) que explica o efeito da energia cinética (que se
relaciona com a temperatura) sob o experimento.
O gráfico possibilita a análise e conclusão de que a constante cinética (K) é
diretamente proporcional à temperatura.

7. REFERÊNCIAS

1. Theodore L. Brown, Bruce E. Bursten, H. Eugene LeMay, Catherine Murphy,


Matthew E Stoltzfus, Patrick Woodward. QUÍMICA, a ciência central. 13.ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

2. Chemistry- an experimental science, Chemical Education Material Study.


London: W. H. Freeman and Company, 1965

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