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ATENÇÃO

Não enviamos, fornecemos ou disponibilizamos materiais para edição. Todos os materiais


disponibilizados no nosso site estão em formato PDF.
Petições, defesas, recursos ou quaisquer outras peças para casos reais podem ser solicitadas aos
Advogados do Escritório, que, mediante análise do caso concreto e após realizado o pagamento dos
honorários, elaborarão a peça necessária.
O presente material serve apenas para fins informativos e educacionais, e não pode, em hipótese
alguma, ser usado pelo (a) usuário (a) em casos concretos ou reais;
O (A) usuário (a) declara ciência da isenção de responsabilidade do Escritório em relação ao
presente material, o qual não deve ser interpretado como aconselhamento, modelo, exemplo, tese
jurídica, opinião e/ou parecer jurídico;

PARCERIA JURÍDICA E COOPERAÇÃO TÉCNICA


Devido a nossa larga experiência como advogados altamente experientes em Direito
Ambiental, muitos colegas advogados, engenheiros ambientais, florestais, biólogos,
agrônomos e técnicos ambientais em geral, nos procuram ou nos indicam para atuarmos em defesa
de seus clientes, alvos de fiscalizações ambientais ou que demandam assessoria jurídica
especializada.
Nosso conhecimento em Direito Ambiental permite uma atuação especializada,
abrangente e distinta em matéria ambiental, e, portanto, com maior excelência nos serviços
prestados.
A parceria profissional pode ser exercida, por exemplo, mediante elaboração de peças processuais
ambientais avulsas, emissão de parecer, consultoria, ou então, colaboração técnica-jurídica durante
um processo que envolva Direito Ambiental, seja na esfera administrativa, cível ou penal.
Para saber mais, caso tenha interesse na parceria profissional ou ainda tenha dúvidas, entre
em contato conosco e teremos enorme satisfação em prestar mais detalhes.
EXPERTISE DO ESCRITÓRIO
O escritório, com sede em Florianópolis e atuação em todo território nacional, é especializado e
dedicado exclusivamente à área de Direito Ambiental, nas esferas administrativa, cível e criminal,
principalmente nos seguintes serviços:

 ADMINISTRATIVO: elaboração de defesa prévia, alegações finais, recursos administrativos


e outras medidas contra auto de infração e termo de embargo lavrados por infração ambiental por
órgãos municipais, estaduais ou federais; assessoria e acompanhamento em audiência de
conciliação ambienta, termos de ajustamento de conduta ou de compromisso e plano de
recuperação de área degrada;

 CÍVEL: ajuizamento de ação anulatória de auto de infração ambiental e revogação de termo de


embargo ou redução de multas ambientais; declaratória de nulidade de ato administrativo
ambiental; defesa em execução fiscal de cobrança de multa ambiental e defesa em ação civil
pública ambiental, além do ajuizamento de medidas de urgência e outras ações judiciais, com
destaque para recursos aos STF e STJ;

 PENAL: acompanhamento em inquérito policial, transação penal, termo circunstanciado,


suspensão condicional do processo e demais diligências necessárias decorrentes de crimes
ambientais; impetração de habeas corpus, e defesa em ações penais por crime ambiental em geral,
inclusive recursos ao STF e STJ.

PRINCIPAIS SERVIÇOS
 Ação Civil Pública  Poluição  Inquérito no Ministério
Público e inquérito policial
 Anulação de Auto de  Multas Ambientais
Infração Ambiental  Audiência de conciliação
 Devolução de bens ou ambiental
 Crime Ambiental animais apreendidos
 Medidas de urgência e
 Habeas Corpus  Redução de multa revogação de liminar
ambiental
 Demolição  Agravo de instrumento
 Embargos à execução fiscal
 Desmatamento de multa ambiental  Parceria Jurídica
 Desembargo de área,  Alegações finais  Consultas, assessoria e
obra ou atividade pareceres ambientais
 Processo administrativo
 Execução Fiscal de Multa ambiental  Cursos e Palestras
Ambiental
 Recursos ao STJ e STF  Ver todos
 Pesca Ilegal
ILUSTRÍSSIMO SENHOR SUPERINTENDENTE DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DO MEIO
AMBIENTE DE FLORIANÓPOLIS – FLORAM

Processo administrativo...

Auto de infração ambiental n...

RECORRENTE, casado, empresário, inscrito no RG sob o n... e


CPF..., residente e domiciliado na Rua..., número..., Bairro...,
Florianópolis/SC, CEP..., vem, por seu advogado, à presença de
Vossa Senhoria, com fundamento no art. 127 e seguintes do Decreto
6.514/08, interpor

RECURSO HIERÁRQUICO

com pedido de efeito suspensivo

contra decisão administrativa proferida nos autos em epígrafe que


julgou improcedente a defesa prévia apresentada pelo Recorrente,
e se não for caso de retratação no prazo de cinco dias (art. 127, § 1º,
Decreto 6.514/08), requer seja concedido o efeito suspensivo, pois,
presente o justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
(art. 128, § 1º, Decreto 6.514/08), e encaminhado à autoridade
superior para julgamento, cujas razões seguem acostas.

Pede deferimento.

Local e data.

ADVOGADO
OAB/SC
[ASSINADO DIGITALMENTE]

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E
DESELVOLVIMENTO URBANO PRESIDENTE DO COMDEMA

Recorrente... Advogado...
Processo administrativo... Auto
de infração ambiental n...

ILUSTRE RELATOR

NOTÁVEIS MEMBROS DO COMDEMA

RAZÕES DO RECURSO HIERÁRQUICO

1. BREVE SÍNTESE DO AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL E DA DECISÃO


ADMINISTRATIVA QUE JULGOU IMPROCEDENTE A DEFESA PRÉVIA

No dia 21.01.2020, fiscais da Fundação Municipal do Meio Ambiente de


Florianópolis – Floram constataram problemas de vazamento de água do Condomínio para a rede pluvial da
Prefeitura, e, posteriormente, autuaram o Recorrente com base no art. 61 do Decreto 6.514/08, assim
redigido:

Art. 61. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da biodiversidade:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de


reais).

Parágrafo único. As multas e demais penalidades de que trata o caput serão aplicadas
após laudo técnico elaborado pelo órgão ambiental competente, identificando a
dimensão do dano decorrente da infração e em conformidade com a gradação do
impacto.

Intimado por carta com aviso de recebimento da lavratura do auto, o Recorrente


apresentou defesa prévia alegando que somente tomou conhecimento do vazamento após a fiscalização
da Floram, cujo extravasor do sumidouro que causou o suposto dano ambiental foi instalado pela própria
construtora, conforme revela o próprio projeto hidro sanitário.

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Ou seja, não se trata de “lançamento irregular dos efluentes da fossa séptica e
sumidouro com a utilização de tubo extravasor da fossa ou sumidouro para rede de águas pluviais
da PMF, ocasionando danos ambientais”, conforme entenderam os fiscais da Floram, os quais nem
puderam afirmar com certeza, se o vazamento era do sumidouro ou da fossa séptica.

Ocorre que, o Recorrente, a autoridade de primeira instância julgou


improcedente a defesa prévia contra o auto de infração ambiental, aplicando multa ambiental no
valor de R$ 5.000,00.

No entanto, o auto de infração é manifestamente nulo, porquanto lavrado em face de


terceira pessoa que não deu causa ao dano, de modo que a reforma da decisão da autoridade julgadora é
medida que se impõe.

2. DA NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO POR VÍCIO INSANÁVEL –


VULNERAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DAS PENAS

Ao julgar o auto de infração, a autoridade de primeira instância desconsiderou por


completo as alegações do Recorrente de que o tubo extravasor do sumidouro havia sido instalado
pela própria construtora do Condomínio, de modo que não foi o responsável pelo alegado dano
ambiental, e como já dito, emitiu decisão administrativa genérica e padronizada.

Há muito, os Tribunais pacificaram o entendimento de que a responsabilidade civil pela


reparação dos danos ambientais adere à propriedade, como obrigação propter rem, sendo possível
cobrar também do atual proprietário, condutas derivadas de danos provocados pelos proprietários
antigos.

Contudo, a responsabilidade administrativa por dano ambiental é exclusiva


do infrator, assim como a criminal, não sendo possível a aplicação de nenhuma sanção a terceiros que não
tenham infringido diretamente a legislação ambiental.

Isso porque, pelo princípio da intranscendência das penas (art. 5º, inc. XLV, CF/88),
aplicável não só ao âmbito penal, mas também ao Direito Administrativo Sancionador, não é possível lavrar
auto de infração ambiental contra pessoa que não tenha dado causa ao dano ambiental, por força da teoria
da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado transgressor, com demonstração de
seu elemento subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano.

In casu, o Recorrente adquiriu uma unidade autônoma do Condomínio


construído pela empresa..., única e exclusiva responsável pelo alegado dano ambiental. Aliás, consta no
próprio auto de infração que o lançamento de efluentes ocorria através de um tubo extravasor da fossa
ou sumidouro para rede de águas pluviais.

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Ou seja, se o Recorrente não construiu o Condomínio, por óbvio, não implantou o tubo
extravasor, de modo que não pode sofrer nenhuma sanção administrativa, sob pena de violação do
princípio da intranscendência das penas.

Com efeito, não ficou demonstrado que o aludido lançamento irregular dos efluentes
tenha sido causado pelo Recorrente, de modo que, nem o fiscal da Floram, nem a autoridade
julgadora, caracterizaram a responsabilidade subjetiva do Recorrente, vale dizer, não houve por
parte da Administração a caracterização de que a conduta/omissão do Recorrente tenha contribuído
culposamente para a ocorrência do acidente ambiental.

Como se vê, debruçando-se sobre o entendimento atual, para a responsabilização


administrativa ambiental (ao contrário da cível), faz-se necessário caracterizar, na conduta ou omissão, o
elemento subjetivo (dolo ou culpa), não sendo suficiente para imposição de sanção a mera ocorrência do
dano.

Portanto, não restou demonstrado nos autos que a autuação administrativa tenha
identificado o elemento subjetivo imputável ao Recorrente, nem o nexo causal entre o acidente e a
suposta ação/omissão, de modo que a imposição da sanção pecuniária carece de fundamento.

Ora. Incumbia ao fiscal da Floram, para que fosse válida a autuação, apontar no auto
infracional qual a conduta imprudente ou negligente praticada pelo Recorrente a justificar o enquadramento
como infração administrativa ambiental, de maneira a justificar a multa imposta. O que não ocorreu. Aliás,
sequer indicou o inciso do art. 62 supostamente violado.

É claro que o Recorrente poderia ser demandado na esfera cível, dada a obrigação
propter rem, mas jamais pode sofrer sanção administrativa devido à natureza sancionadora desta,
porquanto o extravasor que causou o alegado dano, advém da própria construção do Condomínio em
que o Recorrente reside.

À propósito, era o próprio Condomínio que deveria ter sido autuado, não o
Recorrente. Portanto, impõe-se a reforma da decisão de primeira instância para declarar nulo o auto de
infração guerreado.

3. DO EFEITO SUSPENSIVO

O art. 128 do Decreto 6.514/08 dispõe que o recurso interposto contra decisão proferida
pela autoridade julgadora somente terá efeito suspensivo no tocante a penalidade de multa (§ 2º), mas
faz uma ressalva em seu § 1º quanto às demais sanções, autorizando a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior a conceder tal efeito na hipótese de justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação.

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No caso dos autos, faz-se necessário conceder o efeito suspensivo ao recurso porquanto,
ao lançar a decisão administrativa hostilizada, a autoridade julgadora determinou que o Recorrente
providencie a adequação do sistema de esgoto, sob pena de elevada multa diária:

Ademais, o autuado deve ser compelido à obrigação de fazer, no prazo de 90


(noventa) dias, providenciando a adequação do sistema de tratamento de esgoto ou
construção de novo, atendendo a legislação e normas técnicas NBR's 7229 e 13969 da
ABNT, caso já tenha feito apresentar documentos que comprovem, sob pena de
multa diária no valor de R$ 100,00 leem reais) até comprovação da regularização,
conforme art. 123 do Decreto 6514/2008.

No entanto, o Condomínio já sanou a irregularidade apontada pelo fiscal da


Floram no momento da fiscalização, e inclusive, construiu um novo sumidouro, retirando o aludido
extravasor, conforme consta na documentação dos autos de origem, de modo que não há de se falar em
obrigação de fazer sob pena de multa diária.

Portanto, requer seja concedido efeito suspensivo ao recurso até seu julgamento
definitivo, para obstar a aplicação de multa diária.

4. DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer:

a) Seja concedido efeito suspensivo ao presente recurso hierárquico, ante o justo receio de prejuízo de
difícil ou incerta reparação consubstanciado em multa diária.

b) Seja conhecido e provido o recurso hierárquico, para reformar a decisão da autoridade julgadora de
primeira instância, declarando nulo o auto de infração ambiental epigrafado, pela violação ao
princípio da intranscendência das penas em razão de não ter sido o Recorrente que instalou o
aludido extravasor.

c) Requer a intimação do Recorrente no seu endereço, por via postal com aviso de recebimento, de todos
os atos processuais, sob pena de nulidade.

Requer e espera provimento.

Local e data.

ADVOGADO
OAB/SC

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