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A história de três reis: Escolhas mal feitas

2 Crônicas 18.1-19.4

Popularmente, se diz que “errar é humano”. A ideia é que errar faz parte da
natureza humana. Há algo de verdadeiro nisto. Desde que Adão e Eva caíram (Gn 3),
todos os seres humanos nascem com a tendência para o erro, que a Bíblia chama de
pecado (Rm 3.23). Porém, ao afirmar que “errar é humano”, algumas pessoas tentam
justificar os seus próprios erros ou escolhas mal feitas. O problema maior é quando
estas pessoas dizem ter um compromisso com Deus. Este foi o caso de Josafá (cf. 2 Cr
17-20).
A história deste rei de Judá [as duas tribos do sul] caminhava em paralelo com a
história de Acabe, rei de Israel [as dez tribos do norte]. Ao ler a história destes reis, é
possível encontrar diferenças significativas. A principal era o tipo de relacionamento
que eles tinham com o Senhor Yahweh. Mas, uma escolha mal feita abriu um
precedente para outras escolhas mal feitas (2 Cr 18.1-3 cf. 2 Cr 21.6,7). Não
considerando o suficiente ter casado seu filho com a filha de Acabe, Josafá decidiu
ajuda-lo na guerra contra os sírios. O resultado disto trouxe muita tristeza e dissabor
para Josafá, mas também trouxe uma experiência profunda com Deus. Precisamos
aprender algumas lições com este momento da vida de Josafá.
A principal lição que devemos aprender diz respeito às nossas alianças (2 Cr
18.1-3). Ainda que devamos nos relacionar com as pessoas que estão à nossa volta (1
Co 5.9,10 cf Jo 17.15), não devemos nos pactuar com eles (1 Co 5.9; 2 Co 6.14-16). A
ideia da aliança ou do pacto permeia toda a Escritura. Uma aliança implica num
contrato de vida e de morte. Posso sugerir alguns exemplos contemporâneos de
aliança: casamento, estabelecimento de sociedades ou parcerias em negócios,
responsabilidade religiosas (ser “padrinho” ou “madrinha” de casamento ou batismo),
etc. E, por que não devemos ter este tipo de aliança com os incrédulos?
A experiência de Josafá nos ensina que a razão principal para isto, está no
simples fato de que eles não creem como nós cremos. Josafá buscava a Deus (2 Cr
18.4,6). Acabe buscava a Baal (2 Cr 18.4,5,7-27). Yahweh disse: “Não suba” (18.16).
Baal disse: “Suba” (18.6). Quem Josafá deu ouvidos? E, como se não fosse o suficiente
que ambos não tivessem a mesma crença, eles também não tinham os mesmos valores
(2 Cr 18.28-34). Acabe convenceu Josafá usar seu uniforme-real para a guerra,
enquanto ele usaria um uniforme comum (v.29). Qual a intenção? Que Josafá fosse
alvejado, o que quase aconteceu (v.30-31). Morto Josafá, Acabe poderia reinar sobre
Judá, uma vez que seu genro era o filho de Josafá. Assim, Acabe uniria a nação israelita
debaixo do seu poder. Mas, Deus acudiu Josafá em meio ao seu sufoco, mas não sem
uma repreensão (2 Cr 19.1-4).
Em suma, aprendemos que escolhas mal feitas sempre trarão consequências
ruins. Tais consequências possuem um potencial destrutivo maior do que imaginamos.
Por isto, precisamos aprender que a nossa verdadeira alegria deve estar em buscar em
primeiro lugar a vontade de Deus (Mt 6.33). Que ele mesmo nos abençoe.

Gladston Cunha.

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