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ELE505 -

Medidas
Elétricas
Aula 02 – Padrão de grandezas elétricas; Erros
instrumentais e metodológicos. Tecnologia
convencional e numérica.
Prof. Frederico Oliveira Passos
Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI
fredericopassos@unifei.edu.br
PÁGINA 1
Os instrumentos dividem-se
Amperímetro – Medição de Corrente
de acordo com a finalidade:
Elétrica [A]
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 2
Os instrumentos dividem-se
Voltímetro – Medição de Tensão ou
de acordo com a finalidade:
diferença de potencial [V]
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 3
Os instrumentos dividem-se
Ohmímetro – Medição de Resistência
de acordo com a finalidade:
Elétrica [Ω]
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 4
Os instrumentos dividem-se
Wattímetros – Medição de Potência
de acordo com a finalidade:
Ativa [W]
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 5
Os instrumentos dividem-se
Frequencímetro – Medição de
de acordo com a finalidade:
Frequência do sinal [Hz]
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 6
Os instrumentos dividem-se
Multímetros – Instrumento que realiza
de acordo com a finalidade:
medições de diversas grandezas
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA 7
Os instrumentos dividem-se Instrumentos Indicadores
de acordo com a finalidade:
- Quanto à grandeza a ser
medida
Instrumentos Registradores
- Quanto à apresentação da
medida

- Quanto à utilização
Instrumentos Integradores
- Quanto ao tipo de sinal
medido

PÁGINA 8
Os instrumentos dividem-se Instrumentos Industriais
de acordo com a finalidade:
Desenvolvidos com a relação custo x benefício suficiente
para atender as necessidades da maioria das aplicações
- Quanto à grandeza a ser industriais.
medida

- Quanto à apresentação da
medida

Instrumentos de Laboratório
- Quanto à utilização
Desenvolvidos para as menores classes de exatidão e com
elevada precisão, com utilização para aferição e calibração
- Quanto ao tipo de sinal de outros instrumentos e aplicações especiais
medido

PÁGINA 9
Os instrumentos dividem-se Sinais DC – Sinais em corrente
de acordo com a finalidade: contínua
- Quanto à grandeza a ser
medida

- Quanto à apresentação da
medida
Sinais AC – Sinais em corrente
alternada
- Quanto à utilização

- Quanto ao tipo de sinal


medido

PÁGINA
10
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletromecânicos
medição:
Instrumentos que utilizam fenômenos eletromagnéticos
associados a sistemas mecânicos
Tecnologias Empregadas
Instrumentos Eletrônicos Analógicos /
Digitais
Instrumentos Eletromecânicos
Instrumentos que utilizam componentes eletrônicos
(transistores, amplificadores operacionais, elementos
RLC e circuitos integrados)
Instrumentos Eletrônicos
Digitais
Instrumentos Eletrônicos
Microprocessados ou Numéricos
Instrumentos que utilizam como elementos principais,
microprocessadores, conversores A/D e IHM e são
baseados em algoritmos computacionais PÁGINA
11
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletrônicos Analógicos /
medição: Digitais

Os termos analógico e digital referem-se


Tecnologias Empregadas à forma de apresentação do sinal ou da
indicação e não ao princípio de
Instrumentos Eletromecânicos funcionamento do instrumento.

Instrumentos Eletrônicos
Digitais
Analógico
Digital

PÁGINA
12
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletromecânicos
medição:
Composto por um conjunto móvel que é
deslocado, aproveitando um dos efeitos
Tecnologias Empregadas
da corrente elétrica: efeito térmico ou
efeito magnético.
Instrumentos Eletromecânicos
Preso ao conjunto móvel está um
Instrumentos Eletrônicos ponteiro que se desloca na frente de uma
Digitais escala graduada em valores da grandeza a
que se destina o instrumento a medir.

PÁGINA
13
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletromecânicos
medição:
➢ Muitos sistemas de medição utilizam
Tecnologias Empregadas
esse tipo de medidor;
➢ Ainda muito utilizados, pois são
relativamente baratos e robustos;
Instrumentos Eletromecânicos
➢ Podem ser exatos e precisos
Instrumentos Eletrônicos dependendo do seu projeto e aplicação;
Digitais
➢ Perdendo popularidade para os
instrumentos digitais, pois não
viabilizam recursos de processamento e
comunicação.
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14
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletromecânicos
medição:
O erro mais comum nestes instrumentos é
o erro de paralaxe:
Tecnologias Empregadas
quando a vista do observador, a ponta do
ponteiro e o valor indicado na escala não se
Instrumentos Eletromecânicos situam no mesmo plano.

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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15
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento de bobina móvel
medição:
Tem um ímã permanente fixo e uma ou
mais bobinas móveis. Depende da reação
Tecnologias Empregadas entre os campos magnéticos da bobina
móvel e do ímã permanente.
Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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16
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento de Imã móvel
medição:
Mesmo princípio de funcionamento do
anterior, entretanto o imã permanente fica
Tecnologias Empregadas na parte móvel.

Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

PÁGINA
17
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento de Ferro móvel
medição:
Peça móvel de material ferro-magnético,
desloca-se quando submetida a um campo
Tecnologias Empregadas magnético formado por uma corrente que
atravessa uma bobina fixa.
Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

PÁGINA
18
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento Eletrodinâmico
medição:
Bobinas fixas e móveis reagem a forças
entre os campos magnéticos criados pela
Tecnologias Empregadas ação das correntes que nelas atuam.

Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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19
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento Eletroestático
medição:
Peças metálicas fixas e outras móveis sobre
as quais agem forças do campo
Tecnologias Empregadas eletroestático. Muito utilizado para
medição de tensão muito elevada.
Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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20
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento de Indução
medição:
Tem bobinas fixas percorridas por corrente
elétrica e de elementos móveis que
Tecnologias Empregadas permitem indução. A reação entre os
campos magnéticos criados nas bobinas
fixas e induzidos na parte móvel resultam
Instrumentos Eletromecânicos na medição.

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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21
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento de Vibração
medição:
Formado por lâminas vibráveis que entram
em ressonância sob a ação de campo
Tecnologias Empregadas magnético criado por corrente em deter
minada frequência.
Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

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22
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumento Bimetálico
medição:
tem um elemento móvel formado por
bimetal que se deforma pela ação dilatação
Tecnologias Empregadas diferente ao aquecer pela passagem da
corrente elétrica.
Instrumentos Eletromecânicos

Instrumentos Eletrônicos
Digitais

PÁGINA
23
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletrônicos Digitais
medição:
Instrumentos digitais estão substituindo
gradualmente os analógicos:
Tecnologias Empregadas
➢ maior facilidade de leitura;

Instrumentos Eletromecânicos ➢ facilidade de configuração;


➢ facilidade de operação;
Instrumentos Eletrônicos
Digitais ➢ facilidade de registro.

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24
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletrônicos Digitais
medição:
Entrada do Sinal • Condicionamento do Sinal Analógico, definindo
Analógico medido limites e faixa de medição do sinal analógico

Tecnologias Empregadas • Conversão A/D que define: resolução


Conversor A/D do sinal, taxa de amostragem, código
e escala digital.

Instrumentos Eletromecânicos Codificador


Digital
• Codificação/ Decodificação
Instrumentos Eletrônicos responsável por Decodificador
Digitais transformar os valores Digital
digitais do conversor para
serem apresentados no
display conforme a Display do
grandeza e escala. Instrumento
• Apresentação de valores conforme resolução
definida no projeto (n° dígitos e casas decimais). PÁGINA
25
Os instrumentos dividem-se
de acordo com sistema de Instrumentos Eletrônicos Digitais
medição: Microprocessados
Entrada do Sinal • Condicionamento do Sinal Analógico,
definindo limites e faixa de medição do
Analógico medido sinal analógico
Tecnologias Empregadas
• Conversão A/D que define:
Conversor A/D resolução do sinal, taxa de
amostragem
Instrumentos Eletromecânicos

Processamento
Instrumentos Eletrônicos
Digitais • Processamento realizado
por hardware e softwares
capazes de processar os IHM; Comunicação;
algoritmos diversos Registro; Alarme;
Atuação;....
• Todas as possíveis interfaces com o usuário
PÁGINA
26
Bobina Móvel
Ferro Móvel
Maiores
informações Eletrônico Digital
sobre o
funcionamento
dos
instrumentos

PÁGINA
Maiores Informações
Bobina Móvel Ferro Móvel Eletrônico Digital 27
Bobina Móvel
➢ Também chamados de instrumentos
de imã permanente, imã fixo ou
magnetoelétricos;
➢ Conhecidos por instrumentos que
utilizam o sistema D’Arsonval por ter
sido o físico francês de mesmo nome
que o desenvolveu;

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 28
➢ Força de Lorentz
Bobina Móvel
𝐹Ԧ = 𝑞𝑉𝑥𝐵 (eq. Vetorial)
Sendo:
𝐹Ԧ Vetor de força resultante;
𝑞 Carga elétrica;
𝐵 Vetor de Densidade de Campo Magnético;
𝐹 = 𝑖𝑙𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃 (eq. escalar)
Sendo:
𝐹 Intensidade da força resultante;
𝑖 Corrente Elétrica;
𝑙 Comprimento do condutor no campo magnético;
𝜃 Ângulo entre vetores do campo magnético e
direção da corrente;
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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 29
Bobina Móvel
➢ O núcleo cilíndrico de ferro doce, no
centro da bobina móvel, faz com que
as linhas de campo magnético sejam
radiais e perpendiculares à corrente
elétrica pela bobina;
➢ Um imã permanente que fornece um
campo magnético constante;

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 30
Bobina Móvel ➢ Um quadro de formato retangular,
geralmente de alumínio, onde é
enrolada a bobina. Este quadro
também possui a finalidade de
produzir um amortecimento do
sistema móvel por correntes de
Foucault;
➢ Sapatas ou pernas polares com a
finalidade de concentrar as linhas
de força do imã.

PÁGINA
Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 31
Bobina Móvel
➢ Considerando os elementos do
projeto, 𝐹 = 𝑖𝑙𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃 resultam em
𝐹 = 𝑘𝑖 , pois 𝑙𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃 ficam
constantes.
➢ Portanto o conjugado é linearmente
proporcional à corrente medida para a
faixa de medição projetada.

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 32
Bobina Móvel ➢ Sabendo que existe uma mola
antagônica também com conjugado
linear ao deslocamento angular, temos
na condição estática:
➢ Ponteiro parado quando conjugado da
mola igual ao conjugado da bobina;
➢ θ = f(i) um função linear e escala
apresentará distâncias iguais
entre os pontos fixos das
divisões;

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 33
➢ Comportamento transitório:
Bobina Móvel
➢ Combinação entre as forças causam uma
aceleração angular do ponteiro na
condição transitória;
𝑑2𝜃
𝐽 2 = 𝐶𝑚 − 𝐶𝑎 − 𝐶𝑎𝑚
𝑑𝑡
Cm- Conjugado motor, linearmente proporcional a
corrente no instrumento;
Ca – Conjugado antagônico criado pela mola,
linearmente proporcional ao deslocamento
angular do ponteiro;
Cam – Conjugado de amortecimento, linearmente
proporcional à variação angular do ponteiro;

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 34
Bobina Móvel ➢ Comportamento
transitório:
𝑑2 𝜃
𝐽 2 = 𝐶𝑚 − 𝐶𝑎 − 𝐶𝑎𝑚 ➢ Resultada numa
𝑑𝑡
equação diferencial
de 2° ordem e os
𝑑2 𝜃 𝑑𝜃 valores dos
𝐽 2 = 𝐶𝑚 − 𝑘2 𝜃 − 𝑘1
𝑑𝑡 𝑑𝑡 elementos
dependem do
𝑑2 𝜃 𝑑𝜃 projeto do medidor;
𝐽 2 + 𝑘1 + 𝑘2 𝜃 = 𝐶𝑚
𝑑𝑡 𝑑𝑡

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Bobina Móvel
Maiores Informações Ferro Móvel Eletrônico Digital 35
Ferro Móvel
➢ Os instrumentos de ferro móvel,
ferromagnéticos ou eletromagnéticos
são bastante utilizados em medições
industriais, por:
➢ possuir uma construção simples;
➢ serem econômicos;
➢ serem de fácil manutenção;
➢ serem resistentes a choques
mecânicos e vibrações;
➢ medirem CA e CC (menor exatidão).

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Ferro Móvel
Maiores Informações Bobina Móvel Eletrônico Digital 36
Ferro Móvel ➢ Sendo a bobina percorrida por uma
corrente, forma-se um campo
magnético;
➢ Havendo dentro desse campo uma
peça de ferro móvel esta se deslocará
para a região de maior concentração
de linhas de força;
➢ A força de atração é proporcional ao
quadrado da corrente circulante na
bobina.

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Ferro Móvel
Maiores Informações Bobina Móvel Eletrônico Digital 37
Ferro Móvel ➢ Bobina Fixa - pode ser projetada para
suportar correntes de valor elevado.
Podem funcionar como amperímetros
ou voltímetros.

➢ Conjugado antagônico e amortecedor


formado pelo ferro móvel, mola
espiral, amortecedor de ar (ou palheta
do amortecedor) e do ponteiro.

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Ferro Móvel
Maiores Informações Bobina Móvel Eletrônico Digital 38
➢ Grandezas elétricas são analógicas,
Eletrônico Digital portanto é necessário convertê-las
(digitalizá-las), decodificá-las e
apresentá-las em um mostrador
digital.
➢ Todo instrumento desse tipo
apresenta pelo menos:
➢ Um conversor analógico-digital (A/D)
➢ Um decodificador
➢ Um mostrador digital

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Eletrônico Digital
Maiores Informações Bobina Móvel Ferro Móvel 39
Eletrônico Digital ➢ Quanto aos Dígitos, codificação
específica para definir a contagem do
Multímetro digital de 5 5/6 𝑦Τ
dígitos instrumento: 𝑋 𝑧
➢X número de dígitos menos
significativos que apresentam as
possibilidades de 0-9;
➢ y o valor do maior número que pode
Conta de 000000 -> 599999 aparecer no dígito mais significativo;
Contagem igual a 600000
➢ z quantidade de possibilidades de
valores para o dígito mais significativo;

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Eletrônico Digital
Maiores Informações Bobina Móvel Ferro Móvel 40
Eletrônico Digital
Multímetro digital de 6½ dígitos
Mult. digital de 34/5 dígitos
Conta de:
0000000
1999999
Total de:
Conta de: 2000000 valores
0000
4999
Total de: Mult. digital de 4½ dígitos
5000 valores
Conta de:
00000
19999
Total de:
20000 valores

A medida de corrente é de
1,234 mA
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Eletrônico Digital
Maiores Informações Bobina Móvel Ferro Móvel 41
Qual o
valor?

Erros e
Incertezas no
contexto de
Medidas
Elétricas

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42
Teoria de Erros
▪ Medidas tem uma incerteza intrínseca que advém das características dos
equipamentos utilizados na sua determinação e também do operador;

▪ Assim, a experiência mostra que, sendo uma medida repetida várias vezes
com o mesmo cuidado e procedimento pelo mesmo operador ou por
vários operadores, os resultados obtidos não são, em geral, idênticos;

▪ A maneira de se obter e manipular os dados experimentais, com a


finalidade de conseguir estimar com a maior precisão possível o valor da
grandeza medida e o seu erro, exige um tratamento adequado que é o
objetivo da chamada “Teoria dos Erros”

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43
Algarismo Significativo
▪ Todos os algarismos individualmente que têm significado, ou
seja, grande probabilidade de estarem corretos são chamados
de algarismos significativos; 0,000 𝑋𝑌 … . . 𝑍𝑊 𝐴𝐵𝐶𝐷
Não significativos Significativos Não significativos

0,08753 [m]
Pode ser substituído por notação de potência
Probabilidade próxima de 100% de ser “8”
Probabilidade quase idêntica entre eles,
portanto pode ser qualquer um
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44
Arredondamento
▪ Conforme NBR5891

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45
Tipos de Erros
▪ Geralmente, num processo de medição ocorrem vários erros, sendo o
erro a diferença entre o valor medido e o real da grandeza;
▪ Basicamente, esses erros podem ser agrupados em dois grupos:
▪ Erro aleatório ou estatístico: varia de maneira aleatória quando a
medida é repetida. Essas variações são devidas exclusivamente ao
processo de medição. Podem ser reduzidos eliminado os fatores
aleatórios ou através de repetição da medição.

▪ Erro sistemático: a diferença entre o valor real da grandeza e o valor


medido quando não existe o erro estatístico. Podem ser instrumentais,
ambientais, observacionais e teóricos. Possíveis de serem eliminados,
entretanto existirá o erro sistemático residual. PÁGINA
46
Tipos de Erros
▪ Caso o processo de medição reduza consideravelmente os erros
aleatórios podemos considerar que o processo de medição foi
preciso;
▪ Caso o processo de medição reduza consideravelmente os erros
sistemáticos podemos considerar que o processo de medição foi
exato;
▪ Em geral, quando o processo de medição é exato, também é
preciso;

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47
Tipos de Erros

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48
Incerteza Padrão
▪ Valor numérico associado a grandeza medida que garanta um
intervalo de valores que podem ser considerados verdadeiros
para um determinado grau de confiança;

▪ É estimada através de procedimento matemático considerando


os erros aleatórios e erros sistemáticos residuais (variâncias).

▪ Pode ser apresentada por um ou dois algarismos;

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49
Incerteza Padrão
2
▪ Cálculo da Incerteza Padrão (𝜎𝑝 ): 𝜎𝑝 = 𝜎𝑚 + 𝜎𝑟2
2
▪ Sendo (𝜎𝑚 ) variância que corresponde aos erros estatísticos e
(𝜎𝑟2 ) variância que corresponde ao erro sistêmico residual;
2
▪ Para o caso da régua da figura: (𝜎𝑚 )=0 (uma única medição) e
(𝜎𝑟 )=(𝐿𝑟 /2 ), sendo (𝐿𝑟 )=1[cm], pois é a resolução da régua.
𝐿𝐴𝐵 = 8,5 ± 0,5 [cm]
𝜎𝑝 = 0+0,52 =0,5 cm 𝐿𝐴𝐵 = 8,7 ± 0,5 [cm]
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50
Incerteza Padrão
▪ Para o caso da régua da figura, se o operador definir o limite de
2
erro em 0,2[cm]: (𝜎𝑚 )=0 (uma única medição) e (𝜎𝑟 )=(𝐿𝑟 /2 ),
sendo (𝐿𝑟 )=0,2[cm].

𝜎𝑝 = 0+0,12 =0,1 cm 𝐿𝐴𝐵 = 8,7 ± 0,1 [cm]

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51
Incerteza Padrão
▪ Ao considerar múltiplas medições são necessários os seguintes
conceitos: 𝑛
1
▪ Estimativa do Valor médio verdadeiro: 𝑦ത = ෍ 𝑦𝑖
𝑛
𝑖=1
𝑛
1
▪ Desvio Padrão 𝜎 = ෍ 𝑦𝑖 − 𝑦ത 2
𝑛−1
𝑖=1

𝜎
▪ Desvio padrão do valor médio: 𝜎𝑚 =
𝑛
PÁGINA
52
Incerteza Padrão
▪ Agora para o caso da régua da figura, se o operador definir o
limite de erro em 0,2[cm] e realizar 10 medições sucessivas
conforme tabela abaixo: M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10
8,8 8,9 8,8 8,7 8,7 8,6 8,75 8,6 8,8 8,7

𝑦ത = 8,735 [𝑐𝑚]
𝜎 = 0,094428 [𝑐𝑚] 𝜎𝑝 = 0,0298612 +0,12
𝜎𝑚 = 0,029861 [𝑐𝑚] 𝜎𝑝 = 0,000892+0,01 = 0,010892
𝜎𝑝 = 0,010892 = 0,104363 [cm]
𝐿𝐴𝐵 = 8,7 ± 0,1 [cm] PÁGINA
53
Propagação de
Incertezas
▪ Propagação de uma variável de incerteza:

PÁGINA
54
Propagação de
Incertezas
▪ Propagação de múltiplas
variáveis de incerteza:

PÁGINA
55
Classe de Exatidão de ➢Exemplo: se o valor do fim da
escala do instrumento for 100V, o
Instrumentos erro poderá ser no máximo de
▪ Classificação de instrumentos ±1V.
de medida para designar a
sua exatidão. O número que Logo, se o ponteiro indicar 98V, o
a designa chama-se índice de valor real poderá permanecer na
classe
faixa de 97V a 99V.
Erro absoluto
Erro relativo % = x 100
Valor real
1V
Se V=98V Erro relativo% = + x 100 = + 1,02 %
98 V
Se V=21V Erro relativo% = +
1V
x 100 = + 4,76 %
21 V PÁGINA
56
Classe de Exatidão de ▪ Instrumentos de laboratório:
Instrumentos classe de exatidão de 0,1% a
0,3%;
▪ “O valor da grandeza a ser
medida num instrumento ▪ Instrumentos de ensaio:
eletromecânico não deve ser classe de exatidão de 0,5% a
1,5%;
inferior ao valor da metade
da escala do instrumento” ▪ Instrumentos de serviço,
Se V=98V instrumentos industriais: de
1V 2% a 3% ou maior
Erro relativo% = + x 100 = + 1,02 %
98 V
Utilizado para definir o limite
Se V=21V de erro no cálculo da
1V incerteza
Erro relativo% = + x 100 = + 4,76 %
21 V PÁGINA
57
Classe de Exatidão de
Instrumentos Digitais
▪ No instrumento digital o erro
depende do valor medido,
pois é composto de um valor
fixo (ex: 5D) e outro relativo
ao valor medido (ex: 0,8%)

Se medir V=98V na faixa de 200V


0,8
erro= 𝑥 98 + 5 𝑥 0, 1 = 1,284 [V]
100

Se medir V=21V na faixa de 200V


0,8
erro= 𝑥 21 + 5 𝑥 0, 1 = 0,668 [V]
100 PÁGINA
58
▪ Vamos entender como medir tensão e
corrente;

▪ As características desse processo;


Próxima aula
▪ Os transdutores e os princípios de
funcionamento;

▪ Erros associados ao processo de


medição e nos transdutores.
PÁGINA
59
▪ Prof. Frederico Oliveira Passos
▪ fredericopassos@unifei.edu.br
▪ 35 99804-9377

Obrigado!

PÁGINA
Introdução
Ementa Cronograma de Aulas Bibliografia 60

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