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Aula - Doença Renal Crônica 2022.4
Aula - Doença Renal Crônica 2022.4
Curso silencioso e os
sintomas se manifestam
Brasil: 15 milhões
somente quando há
acometidos pela DRC
redução significativa da
função renal
DOENÇA RENAL CRÔNICA
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS:
▪ O estado nutricional dos pacientes pode evoluir tanto para obesidade quanto para desnutrição
INTERVENÇÃO TRATAMENTO
NUTRICIONAL + MEDICAMENTOSO
DOENÇA RENAL CRÔNICA
• A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) pode ser estimada por meio da determinação do
clearance ou depuração de creatinina:
CC (mL/min) = [creatinina urinária (mg/dL) x volume urinário (mL)] + [Tempo de coleta (min)]
Creatinina plasmática (mg/dL)
CC = Clearance de creatinina; Cp = Creatinina plasmática; TFG = Taxa de Filtração Glomerular; MDRD = Estudo Modification of diet in renal disease
A relação inversa da creatinina
com a TFG não é uma relação
direta, o que significa que o
nível de creatinina só
aumentará de forma
significativa após a TFG ter
decaído para cerca de 50%-60%
DOENÇA RENAL CRÔNICA
CAUSAS:
• A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus são as 2 principais causas de DRC (60 a 70% dos casos)
• Outras causas: Glomerulonefrites crônicas, doenças autoimunes, pielonefrites, litíase renal, etc
Hiperparatireoidismo secundário
• Objetivo: Remoção dos solutos urêmicos e excesso de água (reduz o edema após a HD – cuidado na AN)
• Uma fístula arteriovenosa (conexão artificial entre uma artéria e uma veia) é feita cirurgicamente para
facilitar o acesso.
• No interior do dialisador, uma membrana porosa separa o sangue do líquido dialisador (dialisato).
• Processo catabólico
DIÁLISE PERITONEAL
• O peritôneo funciona como filtro dialisador
• É realizada a infusão do líquido através de um cateter inserido pela parede abdominal até o
espaço peritoneal do abdômen.
Cuidado com:
• Distensão abdominal
✓Uremia
Triagem nutricional: Malnutrition Screening Tool (MST) para triagem de desnutrição e ASG tradicional para diagnosticar DPE
Melhor grau de validade,
concordância e confiabilidade,
independente de idade,
história clínica ou local de
atendimento do paciente.
O MST foi validado, com boa
generalização, para pacientes
em cuidados agudos, em longo
prazo, em reabilitação,
ambulatorial e em oncologia
em 9 países diferentes.
Outras opções:
- Índice Geriátrico de Risco Nutricional (Geriatric Nutritional Risk Index - GNRI) (validado para pacientes em HD e DP)
- NRS-2002 (Triagem de Risco Nutricional/2002 – Nutritional Risk Screening) (validado para pacientes em HD)
- R-NST (Instrumento de Triagem Nutricional Renal – Renal Nutrition Screening Tool) (pacientes renais hospitalizados)
DOENÇA RENAL CRÔNICA
▪ Podem ser utilizados com cautela na AN:
DLN: dentro dos limites de normalidade; PNA: equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
BRASPEN, 2021
Adultos Idosos
Energia* 25-35 kcal/kg/dia Energia 25-35 kcal/kg/dia
Proteína Proteína
0,6 – 0,8
DRC 3-5 0,6-0,8 g/kg/dia** DRC G4-5
g/kg/dia
1,2 – 1,5
DRC G5D, em HD ou DP 1,2 g/kg/dia DRC G5D, em HD ou DP
g/kg/dia
Carboidratos***
DRC em DP 35%
*Pacientes metabolicamente estáveis, baseado na idade, sexo, atividade física, estado nutricional, estágio da DRC e comorbidades associadas.
**A variação mais baixa é recomendada para preservação da função renal de pacientes sem risco nutricional. A taxa mais elevada tem o mesmo objetivo, mas contempla a
necessidade daqueles com DM, desnutrição, idade avançada e/ou outras condições de risco.
***Cuppari, 2019
Cuppari, 2019 Conservador HD DP
Potássio (mEq/dia) 50 – 70 50 – 70 70 - 100
Sódio (mg/dia) 2.000 – 2.300 2.000 – 2.300 2.000 – 2.300
Fósforo (mg) ~700 800 – 1.000 800 – 1.000
Cálcio (mg/dia) 1.400 - 1.600 Máx. 200* Máx. 200*
Ferro (mg/dia) H: 8/M: 15 H: 8/M: 15 H: 8/M: 15
Zinco (mg/dia) H: 10-15 / M: 8-12 H: 10-15 / M: 8-12 H: 10-15 / M: 8-12
Selênio (mcg/dia) 55 55 55
500-1000mL/dia
Líquidos (mL/dia) Sem restrição Individualizada
+diurese 24h
FÓSFORO
Restrição deve ser indicada na POTÁSSIO
presença de hiperfosfatemia deve ser ajustada para manter seus níveis
persistente e progressiva, e após a séricos dentro da normalidade.
avaliação, também, de níveis séricos
de cálcio e PTH
SÓDIO
<2,3 g/dia, em conjunto com intervenções
Considerar não somente a quantidade de
farmacológicas aplicáveis.
fósforo, mas suas fontes dietéticas e a
presença de aditivos em alimentos
processados.
DIETA HIPOPROTEICA
▪ Protege os rins e diminui o ritmo da progressão da DRC;
Mecanismo multifatorial:
- Proteína vegetal: Possível benefício clínico para pacientes com DRC, porém as evidências
são insuficientes para recomendar a substituição de proteínas animais por vegetais.
CETOÁCIDOS
- Potássio: deve ser ajustada para manter seus níveis séricos dentro da
normalidade;
*orientações nutricionais:
HD: Restrição de sódio → controle da PA, na ingestão de líquidos e minimizar ganho de peso
interdialítico;
- A ingestão de líquidos em HD é baseada na capacidade individual de excreção pela urina e suor
BRASPEN, 2021.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
▪ BRASPEN. Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com Doença Renal. Vol.36, n. 2, Supl. 2, 2021.
▪ IKIZLER et al. KDOQI clinical practice guideline for nutrition in ckd: 2020 update. Vol. 76, issue 3, supp 1, s1-s107, 2020.
▪ MARTINS et al. Consenso sobre a terminologia padronizada do processo de cuidado em nutrição para pacientes adultos
com doença renal crônica. Braz. J. Nephrol. 43 (2); 2021
▪ CUPPARI, L. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica no adulto. 4 ed. São Paulo: Manole, 2019.
▪ CUPPARI, AVESANI, KAMIMURA. Nutrição na doença renal crônica. 1ª. Ed. São Paulo: Manole, 2013
▪ CUPPARI, L. Nutrição nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis. 1ª. Ed. São Paulo: Manole, 2009
▪ KOPPLE; MASSRY. Cuidados Nutricionais das Doenças Renais. 2ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006.
▪ RIELLA, M.C, MARTINS, C. Nutrição e o Rim. 2ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2013.