Petição Inicial - TJSP - Ação de Reparação Por Danos Morais CC - Danos Materiais - Procedimento Comum Cível

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCELAINE BRAGA LUCIANO CANDIDO MARTINS, protocolado em 17/01/2020 às 15:11 , sob o número 10011695620208260114.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA
COMARCA DO CAMPINAS/SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001169-56.2020.8.26.0114 e código 790DCAB.
MATHEUS LOURENÇO SOUZA MARTONE, brasileiro, casado, portador do RG nº
41.869.178-2, e inscrito no CPF 328.668.678-66, com endereço na Rua Engenheiro
Augusto Figueiredo,437, Bloco E, apt. 144, Vila Progresso, Campinas CEP 13045-603, por
intermédio de suas advogadas que esta subscreve, comparece à ilustre presença de
Vossa Excelência para propor a presente, por suas procuradoras infra-assinado,
mandato anexo (doc.1), com escritório profissional situado na Rua Rua Aguaçu, 171, sala
204, bloco IPÊ, Alphaville, Condomínio Alphabussines, CEP 13.098321 – Campinas/SP
Telefone (19) 2121.6761, onde recebe intimações, vem à presença de V. Exa., propor a
presente.
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS CC/DANOS MATERIAIS
Nos termos do art.932 e do 649 do Novo Código Civil combinado com o art. 14 do Código
de Defesa do Consumidor,
em face do REQUERIDO, HOTÉIS OTHON S.A, com sede em R Xavier da Silveira, nº7,
Bairro Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, CEP: 22061010, inscrito no C.N.P.J.
sob o nº CNPJ nº 33.200.049/0001-47 NIRE nº 33.300.096.302, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:
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DOS FATOS
1. Prefacialmente cumpre anotar, que o Autor, estava a trabalho na cidade do Rio de
Janeiro, faria apresentações de stand-ups e necessitaria ficar hospedado na cidade, na
data de 21/07/2019, se hospedou no Hotel Requerido, no quarto 1513.
2. O REQUERENTE após ter trabalhado a noite, chegou ao seu quarto do hotel onde
estavam seus pertences, dentre eles, roupas, sapatos, relógio, celular, notebook e de
mais objetos e dormiu.
3. Por volta das 11:45hs da manhã, acordou apavorado com um homem em seu quarto,
mexendo em seus pertences, o mesmo não estava uniformizado com trajes do hotel,
mexia ardilosamente nos bolsos da calça do Requerente que antes estava sobre a
cadeira do quarto.
. Ao se depa a o o tal ho e , o Re ue e te logo e te deu t ata-se de um

assalto, o bandido ao notar que o mesmo havia acordado, imediatamente colocou uma
das mãos atrás na cintura, dando a entender que pegaria uma arma, alegando que não
havia roubado nada.
5. Nesse momento temendo pela vida, o Autor disfarçou, comportando-se de forma que
demonstrava ue o tal ho e , fosse e p egado do hotel, ia do o age es o
em meio ao desespero, disse que não precisava arrumar seus pertences, podendo deixar
como estava.
6. O a dido o pulsiva e te dizia ue ão leva ia ada e totalmente

desconcertado e nervoso, o mesmo jogou os pertences na cadeira e saiu correndo do
quarto.
7. Imediatamente após o fato, o REQUERENTE acionou o gerente do hotel, para que

tomasse as devidas providências.
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Entrementes, não foi dada a real importância a um fato de tamanha gravidade, ocorrido
dentro do hotel, sendo inegável, outrossim, que os principais suspeitos facilitadores
eram os funcionários do estabelecimento, eis que possuíam as chaves de acesso a todos
quartos.
Ocorreu antes da tentativa do assalto, algo que chamou muito a atenção do

Requerente, por volta das 10:00hs, um funcionário do hotel entrou no quarto para
repor o frigobar, devendo ter deixado a porta do quarto apenas encostada.
8. Desde que foi comprovado a tentativa de assalto, e a exposição da vida do

Requerente, o Autor tentou pacientemente resolver a situação, porém, o gerente do
REQUERIDO, mesmo sabendo que o hotel tem responsabilidade por todos os bens que
estão dentro do estabelecimento, assim como a segurança dos hospedes, não se
mostrou disposto a ajudá-lo.
9. Além do mais, o gerente do REQUERIDO não agiu corretamente no dia da tentativa

de assalto e de possível assassinato caso o Requerente reagisse, pois não tomou o
elementar procedimento de acionar a polícia.
Ao retornar para sua cidade moradia, cito Campinas, compareceu o Requerente,

acompanhado de suas advogadas, ao plantão do 1º DP de Campinas, Boletim de
ocorrência: 8154/2019, datado em 26/07/2019.
10. Destaque-se, que o REQUERENTE teve um grande prejuízo com os futuros ganhos,
pois após o grande susto, iniciou um processo de síndrome do pânico, o mesmo não
teve mais condições psicológicas para FAZER HUMOR, sendo essa sua ferramenta de
trabalho, tendo o mesmo que cancelar diversos shows já contratados, conforme
documentos anexos.
12. O requerente iniciou imediatamente tratamento psicológico, terapias, etc, conforme

laudo de profissional terapêutica anexo.
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13. Até o momento, o Requerente enfrenta problemas em suas hospedagens, pois
demora a pegar no sono, as vezes emenda shows sem descanso, pois não consegue
dormir, vem à to a a i age do a dido de t o de seu uarto, o momento que quase
lhe foi ceifada a vida, chegando o meliante esboçar que arrancaria uma arma das costas,
e só não teve seus bens levados, por ter o Requerente acordado bem no momento em
que remexia em seus pertences.
Desta feita, é necessário concluir-se, que a tentativa de assalto, a invasão no quarto do

hotel, o trauma que o persegue até a presente data e as perdas dos shows deixados de
fazer, representou um dano moral irreparável e um dano material de grande montante.
14. Infelizmente, o REQUERENTE foi obrigado a não comparecer aos shows, e teve uma
repercussão imensa entre os contratantes, entre a imprensa que ficou sabendo do caso,
e noticiou o ocorrido em quase todos os programas de TV, jornais, rádios e redes sociais,
conforme provas anexas.
15. restam evidentes a exposição ao perigo, a falta de segurança do hotel e o

constrangimento, sofridos pelo REQUERENTE.
16. Em razão disso, o REQUERENTE teve sua imagem abalada, perdendo a credibilidade
entre os contratantes, pois como nada havia acontecido contra sua integridade física, os
mesmos não entediam o cancelamento dos shows por conta do stress psicológico e as
crises de pânico.
17. Ademais, o REQUERENTE perdeu a oportunidade de fechar uma série de outros

negócios no referido período, deixou de fazer os shows já agendados e em razão dos
acontecimentos que foram apresentados nesta petição, ficou com um trauma
psicológico enorme até a presente data.
Infelizmente, a partir desses fatos, o REQUERENTE passou a trabalhar desestruturado

psicologicamente, não consegue mais passar alegria a plateia de forma plena, não
conseguindo esconder sua síndrome do pânico e o medo de se hospedar em hotéis,
quando a cidade contratante é fora da sua cidade moradia.
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18. Além do mais, o REQUERENTE passou por um processo de depressão, surgida em
razão da turbulência e dos enormes transtornos ocasionados pelo ocorrido naquela
manhã no hotel, e da consequente impossibilidade de participar do ciclo de
apresentações de stand-ups.
Desta feita, o fracasso das negociações já feitas e das futuras, foram reputados como
causado exclusivamente pelo REQUERENTE.
19. Cumpre afirmar, que o REQUERIDO assume o dever de segurança para com todos os
objetos do hóspede que estejam no interior do hotel, pela segurança do hospede e
assim como pela vida do mesmo. Em razão disso, ele tem obrigação de resguardar os
bens do visitante e inevitável responsabilidade pelos danos porventura causados aos
seus hóspedes.
Dessa maneira, o REQUERIDO faltou com a devida segurança, resultando na invasão de

um desconhecido, não funcionário no quarto do hotel do Requerente, possivelmente
armado, e que só teve frustrado o roubo, por conta do Requerente ter acordado no
exato momento, colocando sua vida em risco.
Sabe-se que o Requerido já foi acometido de vários outros incidentes como esse
ocorrido, assim como pessoas confirmaram já terem sido roubadas e agredidas nas
dependências do hotel OTHON, conforme notícias abaixo:
Outro caso em 2015
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Outro caso em 2009, da qual a 9ª Câmara Civil manteve por unanimidade a condenação
do Requerido em questão.
FURTOS NO HOTEL RQUERIDO
1) https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Rio+Othon+Palace+furto
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1297213/furto-nas-dependencias-do-hotel
2)http://morad.com.br/responsabilidade-do-hospedeiro-em-caso-de-furto-de-objetos-pessoais-
do-hospede/
3) http://www.ced.adv.br/hotel-e-responsavel-por-furto-em-suas-dependencias/
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4)https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI36243,71043-
TJDF+Hotel+e+condenado+a+indenizar+hospede+que+teve+notebook+furtado
https://jus.com.br/artigos/12191/a-responsabilidade-das-redes-hoteleiras-hospedarias-e-casas-
de-albergue-por-atos-de-seus-hospedes-e-pelos-seus-pertences
5)https://www.google.com/travel/hotels/entity/CgsIoe2wwoOHrN7fARAB/reviews?g2lb=420899
3%2C4253230%2C4253565%2C4254308%2C4258168%2C4260007%2C4270442%2C427403
2%2C4282211%2C4282357%2C4285990%2C4287183%2C4289413%2C4291318%2C429200
3%2C4265427%2C4270859%2C4272931%2C4284970%2C4291516%2C4293023&hl=pt-
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Entre tantos outros que poderiam elencar e melhor elucidar a total falta de respeito
para com o Cliente, da qual mantem a mercê de bandidos criminosos os hospedes do
hotel, da qual pagam a estadia com valor elevado, esperançosos que estão seguros,
em um hotel renomado.
Em razão dos fatos abordados nesta petição, o REQUERENTE vem pedir a reparação
pelos prejuízos de ordem moral e material, pois foi impossibilitado de participar de
vários compromissos profissionais de suma importância para o seu desempenho
profissional, tendo sofrido desagradáveis constrangimentos em seu trabalho, pelo
transtorno psicológico que vem enfrentando, e pela exposição ao perigo que sofreu,
tudo ocasionado pela falta de segurança e descuido do hotel.
Seguem abaixo matérias vinculadas ao caso em tela:

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do comediante MATHEUS CEARÁ.
segurança, obrigação essa do Hotel em ofertar aos seus hospedes.

A própria Policia Civil averiguou o crime e apontou o criminoso que invadiu o quarto
Inegável que o caso tenha ocorrido da forma exposta, assim como indiscutível a falta de
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DO DIREITO
Do ato ilícito
A t. 6. A uele ue, po ação ou o issão volu tá ia, eglig ia ou i p ud ia,

violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilí ito.
É sabido que o REQUERIDO foi descuidado ao não selecionar devidamente os seus

e p egados, pa a ue pe itisse a e t ada do a dido ao ua to do Auto , pois
sabido que o mesmo tinha o cartão da porta do quarto ou alguém deixou a porta aberta
para o mesmo, facilitando assim o adentrar.
O REQUERIDO não soube selecionar os funcionários que iriam trabalhar no hotel.

Também, existiu a falta de vigilância para com o serviço desempenhado pelos seus
funcionários.
Além do mais, uma seleção malfeita expõe os hóspedes a qualquer tipo de perigo.
Da responsabilidade civil
A t. . São ta espo sáveis pela epa ação ivil:
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por

dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e
edu a dos;…………………….
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1. Deve-se deixar claro, conforme obrigação estatuída no artigo transcrito, que ao
admitir uma pessoa como hóspede, o REQUERIDO assume a responsabilidade não
apenas em relação à pessoa do hóspede, mas também, em relação às bagagens e
pertences que forem depositados em seu interior, eis que, consoante se verá
posteriormente, nos termos do art. 649 do Código Civil, ocorre a equiparação ao
depósito necessário.
2. Desta feita, clara está a responsabilidade do REQUERIDO a ensejar a obrigação de

responder pelos danos causados aos seus hóspedes, tanto na esfera moral quanto
patrimonial.
Da ulpa i elige do e da ulpa i vigila do
O REQUERIDO agiu com culpa in eligendo pelo fato de não ter selecionado de maneira
correta os empregados que trabalham em seu hotel. Também se vislumbra a culpa in
vigilando uma vez que o REQUERIDO não soube fiscalizar o trabalho desempenhado
pelos seus funcionários.
Consequentemente resta evidente a culpa do hotel para que a referida tentativa de

assalto e invasão no quarto ocorresse.
Do depósito necessário
1. Deve-se deixar claro, conforme obrigação estatuída no artigo transcrito, que ao

admitir uma pessoa como hóspede, a REQUERIDA assume a responsabilidade não
apenas em relação à pessoa do hóspede, mas também, em relação às bagagens e
pertences que forem depositados em seu interior, eis que nos termos do art. 649 do
Código Civil, ocorre a equiparação ao depósito necessário, consoante se pode verificar:
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A t. 6 . Aos depósitos p evistos o a tigo a te ede te e uipa ado o das bagagens
dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estive e
Parágrafo único . Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos
furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus
esta ele i e tos.
2. Deve-se destacar neste ponto, que o REQUERIDO, a partir do momento em que se

estabeleceu relação de hospedagem com o REQUERENTE, deveria ter tomado
providências no sentido de que seu hóspede estivesse EM SEGURANÇA.
De acordo com os fatos destacados o dono do hotel deverá ser chamado para reparar o
prejuízo.
Da relação consumerista
1. Importante deixar destacado o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, no qual

pode-se enquadrar a relação estabelecida entre o hospedeiro e o hóspede do hotel:
A t. . O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de

culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.
§ 1ºO serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I – o modo de seu fornecimento;

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II – o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III – a época em que foi fornecido.
§ 2ºO serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3ºO fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4ºA responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a

verificação de ulpa.
2. Verifica-se que o REQUERIDO estabeleceu uma relação de comprometimento com o

REQUERENTE, desde o momento em que este se tornou hóspede no hotel. No entanto,
o REQUERIDO falhou ao deixar seu hóspede sem segurança, vindo a contribuir para que
houvesse o ade t a e to do a dido no interior do estabelecimento e do seu quarto.
Desta feita, existe uma responsabilidade do dono de hotel quanto à reparação dos
prejuízos.
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DA INDENIZAÇÃO
1. Neste ponto, podemos anotar as disposições do Código Civil, concernentes à
mensuração da indenização:
A t. . A i de ização ede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único.
Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz

reduzir, equitativamente, a indenização.
2. Aqui, cumpre salientar que o fato de o REQUERENTE não ter conseguido cumprir com
sua agenda de shows agendados, nem poder fechar outros shows nas semanas que se
seguiram, assim como cancelamento de vários outros já contratados, tudo devido as
crises de pânicos que passou a persegui-lo, o hotel contribuiu para que sua vida mudasse
por completo, tanto no aspecto profissional, quanto pessoal, tendo sofrido inestimável
abalo psicológico, que até hoje o tem impedido de retornar plenamente para sua rotina
de trabalho.
Seguem abaixo os posts nas redes sociais, da qual o Requerente cancelou todos os
shows das semanas seguintes ao dano psíquico que sofreu no quarto daquele hotel.
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Esse show acima foi cancelado, anexo Nota fiscal que havia sido feita, comprovando o
valor que deixou de auferir.
Seguem os valores dos shows contratados e cancelados:
24 julho de 2019 - Shopping Granja Vianna, (cancelado) Cachê R$10.000,00 (dez mil
reais).
25 Julho de 2019 - São Gonçalo do Rio Abaixo – (cancelado)
2 sessões, cachê R$18.700,00 (dezoito mil, setecentos reais), mais (alimentação e

hospedagem)
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26 julho de 2019 - Ubatuba - 60% valor do show, mínimo R$5.000,00 cinco mil
reais.(cancelado)
27 de julho de 2019 - Salto 60% Valor do show, mínimo R$5.000,00 cinco mil reais.
(cancelado)
Valor aproximado de R$38.700,00 (trinta e oito mil e setecentos reais), devido aos
shows cancelados.
3. DE ACORDO COM O QUE FOI EXPOSTO, O REQUERENTE PRETENDE A REPARAÇÃO

DOS PREJUÍZOS MORAIS, ESTIMADOS NO VALOR DE R$200.000,00 (DUZENTOS MIL
REAIS).
4. DE ACORDO COM O QUE FOI EXPOSTO, O REQUERENTE PRETENDE A REPARAÇÃO

DOS PREJUÍZOS MATERIAIS, ESTIMADOS NO VALOR DE R$ 38.700,00 (trinta e oito mil
e setecentos reais)
Da Jurisprudência
Conforme se pôde verificar, mediante os fatos narrados, o REQUERIDO não agiu de

acordo com o dever de manter o hotel dentro das normas de segurança, e justamente
por isso causou prejuízos a outrem.
Desta feita, não é demasiado anotar, que a sua responsabilização encontra amparo no
entendimento emanado de nossos Tribunais, como bem o demonstra o exemplo abaixo:
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TJDF – Número do Processo: 144456 – Apelação Cível – Relator:
JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA – Data de Julgamento: 14/08/2001
Ementa: 1. DEPÓSITO. FURTO DE BAGAGEM DE HÓSPEDE. NOS
TERMOS DO ART. 1.284 DO CÓDIGO CIVIL, OS HOTÉIS
RESPONDEM PELOS DANOS CAUSADOS AOS BENS DE SEUS
HÓSPEDES POR IMPOSIÇÃO LEGAL, MESMO EM FACE DE UMA
NECESSIDADE IMPREVISTA (DEPÓSITO MISERÁVEL). NEGADO
PROVIMENTO AO APELO.
DOS PEDIDOS
Diante de todos os fatos e fundamentos anteriormente dispostos, REQUER:
I - Seja julgada procedente a presente ação, condenando-se o REQUERIDO ao

pagamento de R$200.000,00 (duzentos mil reais), a título de reparação pelos danos
morais causados ao REQUERENTE.
II - Seja julgada procedente a presente ação, condenando-se o REQUERIDO ao

pagamento de R$ 38.700,00 (trinta e oito mil e setecentos reais), a título de reparação
pelos danos materiais causados ao REQUERENTE.
III - A citação do REQUERIDO, para que querendo, e podendo, responda aos termos
da presente ação, sob pena de revelia,
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III - Seja o REQUERIDO condenado a pagar as despesas, custas e honorários advocatícios
no montante de 20% do valor da causa.
Pretende provar o alegado mediante prova documental, testemunhal e demais meios
de prova em Direito admitidas, nos termos do art. 332 do Código de Processo Civil.
Dá-se à causa o valor de R$238.700,00 (duzentos e trinta e oito mil e setecentos reais)
Termos que
Pede deferimento.
Campinas, 08 de janeiro de 2020
LUCILAINE BRAGA LUCIANO CANDIDO MARTINS
OAB/SP 384.334
ANA CAMILA BOLZANI CASELI
OAB/SP 262.969

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AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS CC/DANOS MATERIAIS

. Ao se depa a o o tal ho e , o Re ue e te logo e te deu t ata-se de um

6. O a dido o pulsiva e te dizia ue ão leva ia ada e totalmente

7. Imediatamente após o fato, o REQUERENTE acionou o gerente do hotel, para que

Ocorreu antes da tentativa do assalto, algo que chamou muito a atenção do

8. Desde que foi comprovado a tentativa de assalto, e a exposição da vida do

9. Além do mais, o gerente do REQUERIDO não agiu corretamente no dia da tentativa

Ao retornar para sua cidade moradia, cito Campinas, compareceu o Requerente,

12. O requerente iniciou imediatamente tratamento psicológico, terapias, etc, conforme

Desta feita, é necessário concluir-se, que a tentativa de assalto, a invasão no quarto do

15. restam evidentes a exposição ao perigo, a falta de segurança do hotel e o

17. Ademais, o REQUERENTE perdeu a oportunidade de fechar uma série de outros

Infelizmente, a partir desses fatos, o REQUERENTE passou a trabalhar desestruturado

Dessa maneira, o REQUERIDO faltou com a devida segurança, resultando na invasão de

FURTOS NO HOTEL RQUERIDO

Seguem abaixo matérias vinculadas ao caso em tela:

segurança, obrigação essa do Hotel em ofertar aos seus hospedes.

A t. 6. A uele ue, po ação ou o issão volu tá ia, eglig ia ou i p ud ia,

É sabido que o REQUERIDO foi descuidado ao não selecionar devidamente os seus

O REQUERIDO não soube selecionar os funcionários que iriam trabalhar no hotel.

A t. . São ta espo sáveis pela epa ação ivil:

IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por

2. Desta feita, clara está a responsabilidade do REQUERIDO a ensejar a obrigação de

Da ulpa i elige do e da ulpa i vigila do

Consequentemente resta evidente a culpa do hotel para que a referida tentativa de

1. Deve-se deixar claro, conforme obrigação estatuída no artigo transcrito, que ao

2. Deve-se destacar neste ponto, que o REQUERIDO, a partir do momento em que se

1. Importante deixar destacado o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, no qual

A t. . O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de

I – o modo de seu fornecimento;

§ 2ºO serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

§ 3ºO fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

§ 4ºA responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a

2. Verifica-se que o REQUERIDO estabeleceu uma relação de comprometimento com o

A t. . A i de ização ede-se pela extensão do dano.

Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz

Seguem os valores dos shows contratados e cancelados:

25 Julho de 2019 - São Gonçalo do Rio Abaixo – (cancelado)

2 sessões, cachê R$18.700,00 (dezoito mil, setecentos reais), mais (alimentação e

3. DE ACORDO COM O QUE FOI EXPOSTO, O REQUERENTE PRETENDE A REPARAÇÃO

4. DE ACORDO COM O QUE FOI EXPOSTO, O REQUERENTE PRETENDE A REPARAÇÃO

Conforme se pôde verificar, mediante os fatos narrados, o REQUERIDO não agiu de

Diante de todos os fatos e fundamentos anteriormente dispostos, REQUER:

I - Seja julgada procedente a presente ação, condenando-se o REQUERIDO ao

II - Seja julgada procedente a presente ação, condenando-se o REQUERIDO ao

Campinas, 08 de janeiro de 2020

LUCILAINE BRAGA LUCIANO CANDIDO MARTINS

ANA CAMILA BOLZANI CASELI

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