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CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPAC BARBACENA

CURSO DE ODONTOLOGIA – DISCIPLINA CABEÇA E PESCOÇO – PROFESSORA TAMARA SILVA

UNIDADE I – Parte 2
Ossos e acidentes ósseos, Zonas de Resistência e Topografia
Dentoalveolar.
Professora: Tamara Karina da Silva.

Curso de Odontologia – UNIPAC BARBACENA

O estudo do Crânio se faz nas vistas: superior, posterior, anterior, lateral,


inferior e interior. Os números inseridos são para facilitar o estudo, utilizados então
como ferramenta pedagógica. Serão apresentadas também características e
correlações clínicas dos ossos e acidentes ósseos.

Em vermelho, pontos craniométricos e Cefalométricos – apenas como informações


complementares.

Em verde, os ossos.

Em negrito, os acidentes ósseos.

1. VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO

Na vista superior, o Crânio é bastante liso e uniforme, pois não há inserções
musculares importantes e também não há a necessidade de ele ser perfurado para a
passagem de vasos ou nervos. Nesta vista o Crânio é ovoide, mais amplo
posteriormente e constitui a calvária ou calota craniana.

Imagem 1 – Vista Superior.

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Ossos, acidentes ósseos,


suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
1 – Osso Frontal Não se aplica. Localizado anteriormente.
O osso frontal desenvolve-se como
osso par e unido por uma sutura
frontal. Esta sutura normalmente
desaparece no segundo ano de
vida, podendo persistir com o
nome de sutura Metópica.
2 – Sutura Coronal Não se aplica. Une o osso frontal aos ossos
parietais.
3 – Ossos Parietais (2) Não se aplica. Osso parietal direito e esquerdo
(2).
4 – Sutura Sagital Não se aplica. Une os parietais entre si.
Podem estar em um ou em ambos
5 – Forames Parietais Ossos Parietais. os lados e dá passagem a uma
veia emissária que drena a díploe.
6 – Osso Occipital Não se aplica. Localizado posteriormente.
7 - Lâmbda Não se aplica. Intersecção das suturas sagital e
lambdóide.
8 - Bregma Não se aplica. Intersecção das suturas sagital e
coronal.

2. VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO


Esta vista continua sendo lisa como a vista superior, mas à medida que
caminhamos em direção inferior, ela se torna mais acidentada, devido ao início da
inserção dos músculo do pescoço que irão sustentar a cabeça.

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Imagem 2 – Vista Posterior.

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
9 – Linha Nucal Superior Osso Occipital Originam-se a partir da
protuberância occipital externa e
delimitam superiormente o
pescoço, também é a inserção dos
músculos trapézio,
esternocleidomastóideo e esplênio
da cabeça
10 – Linha Nucal Inferior Osso Occipital. Sem especificações.
11 – Protuberância Osso Occipital. É uma projeção mediana
Occipital Externa facilmente palpável in vivo, um
pouco abaixo do Lâmbda.
12 – Processo Mastóide Osso Temporal. Especificações na vista lateral.
13 – Sutura Não se aplica. Une de cada lado o osso occipital
Occiptomastóidea e o processo mastóideo do
temporal.
14 – Sutura Não se aplica. Une de cada lado o osso Parietal e
Parietomastóidea o processo mastóideo do temporal.
15 – Sutura Lambdóide Não se aplica. Une os parietais ao osso Occipital.
16 – Ossos Suturais Não se aplica. Variação anatômica.
(variação anatômica)

3. VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO


Esta vista é bem mais irregular do que as anteriores e apresenta uma série de
cavidades, já́ que é através dela que nos comunicamos com o restante dos sistemas.
Ela é formada em sua maior parte pelo Viscerocrânio (face), apresentando as
aberturas iniciais do sistema digestório (boca) e respiratório (nariz), bem como a
cavidade orbital, onde se alojam os globos oculares. Nesta vista, observam-se a
fronte, a cavidade orbital, a proeminência da face, o nariz externo, as Maxilas e a
Mandíbula.

A fronte é formada pelo osso frontal. Ele é um osso largo, laminar e que apresenta
também uma cavidade pneumática, o seio frontal.

 Cavidade do crânio – envolve as estruturas do encéfalo;


 Cavidade orbital – envolve as estruturas do bulbo do olho;
 Cavidade nasal – envolve as porções altas do sistema respiratório;
 Cavidade oral – envolve as porções iniciais do sistema digestório.

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Imagem 3 – Vista Anterior.

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Imagem 4 – Vista Anterior.

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Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
17 – Sutura Internasal Não se aplica. Une as partes direita e esquerda
do osso nasal.
18 – Sutura Não se aplica. Une o osso Frontal ao osso
Frontomaxilar Maxilar.
19 – Sutura Não se aplica. Une o osso Frontal ao osso
Frontozigomática Zigomático.
20 – Osso Lacrimal Não se aplica. Localizado na parte medial da
cavidade orbital.
21 – Conchas Nasais Osso Etmóide. Sem especificações.
Médias
22 – Septo Nasal Osso Etmóide e osso Sem especificações.
Vômer.
23- Concha Nasal Não se aplica. É um osso isolado que se articula
Inferior com os ossos maxilar, lacrimal,
etmóide e palatino.
24 – Sutura Intermaxilar Não se aplica. Une as partes direita e esquerda
da maxila.
25 – Eminências Osso Maxila. Saliências ósseas.
Alveolares da Maxila
26 – Corpo da Maxila Osso Maxila. Sem especificações.
27 – Abertura Piriforme Não se aplica. Encaixe das cartilagens alares que
formam o nariz.
28 – Forame Infraorbital Osso Maxila. Desemboca o canal orbital e dá
passagem do nervo infraorbital.
29 – Forame Osso Zigomático. Passagem do nervo e vasos de
Zigomaticofacial mesmo nome.
30 – Osso Zigomático Não se aplica. Sem especificações.
31 – Face Orbital da Asa Osso Esfenóide. Formação da cavidade orbital.
Maior do Esfenóide
32- Face Orbital do Osso Frontal. Formação da cavidade orbital.
Frontal
33 – Borda Supra- Osso Frontal. Formada pelo osso Frontal e é
Orbital marcada por duas reentrâncias.
34 – Osso Nasal Não se aplica. Sem especificações.
35 – Sutura Frontonasal Não se aplica. Une o osso frontal ao osso nasal.
36 – Glabela Osso Frontal. Ponto mediano de maior projeção
do osso frontal.
37 – Násio Não se aplica. Ponto de encontro entre a sutura
Frontonasal e Internasal.
38 – Infraorbital Osso Zigomático. Ponto mais inferior da margem
orbital.
39 – Zígio Osso Zigomático. Projeção lateral do arco do
zigomático.
40 – Zigomaxilar Não se aplica. Ponto mais inferior da sutura
zigomaticomaxilar

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41 – Nasoespinhal Osso Maxila. Ponto localizado na base da


espinha nasal anterior.
42 – Ponto A Osso Maxila. Ponto de maior concavidade da
maxila.
43 – Interdental Osso Maxila. Ponto mediano localizado no ápice
Superior do septo interalveolar entre os dois
incisivos centrais superiores.
44- Interdental Inferior Osso Mandíbula. Ponto mediano localizado no
ápice do septo interalveolar entre
os dois incisivos centrais inferiores.

ÓRBITA:
As órbitas são duas cavidades situadas de cada lado da raiz do nariz. Elas são
constituídas por sete ossos que se articulam em 4 paredes: lateral (Zigomático,
Esfenóide e Frontal); medial (Maxilar superior, Lacrimal, Etmóide e Esfenóide);
superior ou teto (Frontal e Fsfenóide) e inferior ou soalho (Zigomático, Maxilar superior
e Palatino).
O canal óptico situa-se no ápice, e dá passagem ao nervo óptico e à artéria
oftálmica. No ângulo súpero-externo acha-se a fissura orbital superior (por vezes
denominada de fenda esfenoidal) que comunica a órbita com a fossa craniana média e
dá passagem à maioria dos elementos vásculo-nervosos orbitais (nervos III, IV, V e VI,
a raiz simpática do gânglio ciliar e as veias oftálmicas). No ângulo ínfero-externo
encontra-se a fissura orbital inferior (ou fenda esfeno-palatina) que conecta a órbita
às fossas infratemporal e pterigopalatina. Por ela passam os nervos infraorbital e
zigomático (ramos do nervo Maxilar), a artéria infraorbital e a veia oftálmica inferior,
que no seu trajeto dá um ramo para o plexo Pterigóide.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/abo/v62n1/0004-2749-abo-62-01-0106.pdf.

PAULSEN, F; WASCHKE, J.(Coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana.

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4. MAXILA
Os ossos da Maxila são os mais importantes da parte superior da face. Participam
da formação de diversas regiões comuns ao crânio e à face e seu processo alveolar,
onde estão alojados os dentes superiores. A ossificação é de origem
intramembranosa. Derivam do esqueleto visceral por dois arcabouços: a maxila e o
intermaxilar, que se fundem e não são precedidos de cartilagem. Admite-se que,
aproximadamente aos 18 anos de idade, a Maxila já tenha completado a sua
morfogênese.

CRESCIMENTO:

 Anteroposterior: Sutura palatomaxilar, área que relaciona a base do crânio ao


esqueleto facial, sendo de menor expressão as suturas: zigomaticomaxilar,
frontomaxilar e zigomaticotemporal.

 Transversal: Sutura intermaxilar, que é a principal responsável pelo


crescimento.

 Vertical (altura): processos alveolares e a erupção dos dentes decíduos e


permanentes que desempenham um papel importante.

A maxila compreende as porções direita e esquerda, como um osso plano e


irregular. Participa da formação de 4 cavidades: teto da cavidade bucal, soalho
e parede lateral do nariz, soalho da órbita e seio maxilar.
Cada osso apresenta um corpo e quatro processos. O corpo da maxila, que
contém o seio maxilar, tem a forma de uma pirâmide triangular, portanto apresenta
três faces e uma base.

Face nasal (medial): Constitui a base da pirâmide e contribui para formar a


parede lateral da cavidade nasal, na qual se localiza o hiato maxilar, uma abertura
ampla e irregular que se comunica com o seio maxilar.

Face orbital (superior): Forma o soalho de órbita, tendo um sulco de trajeto


oblíquo, o sulco infraorbital, que se estende através do canal infraorbital, sendo
este ocupado por um importante feixe vasculonervoso. Pouco antes de terminar, dá
origem na espessura do osso, aos canalículos alveolares, dividindo-se em numerosas
ramificações para os alvéolos dentais anteriores superiores.

Face anterior: Na parte superior situa-se o orifício do canal infraorbital,


denominado forame infraorbital, e inferiormente, delimita-se uma depressão, a fossa
canina, na qual se origina o músculo levantador do ângulo da boca. Na sua porção
medial, a face anterior termina formando uma margem cortante, a incisura nasal, que
por sua vez delimita a abertura piriforme. No plano mediano, o osso projeta-se para a
margem inferior da abertura, sob a forma de uma espinha, unindo-se à margem
correspondente do lado oposto, formando a espinha nasal anterior.

Face infratemporal (posterolateral): limita-se com a face anterior por meio


da crista zigomaticoalveolar. A face infratemporal apresenta-se convexa em sua
porção medial, e lateralmente continua através da superfície côncava posterior do
processo zigomático. Essa convexidade posterior do corpo da maxila é
denominada túber da maxila. Nessa superfície há duas ou mais aberturas pequenas,
chamadas forames alveolares, que dão origem aos vasos e nervos alveolares

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superiores posteriores. Participam da formação das fossas pterigopalatina e


pterigomaxilar, articulando-se com o osso palatino e o processo pterigoide do osso
esfenoide.

A maxila é, depois da clavícula, o osso de ossificação mais precoce.


Essa ossificação é intramembranosa. Como consequência do seu
desenvolvimento, pode persistir uma fissura entre os processos
palatinos das duas maxilas, por meio da qual as cavidades nasais se
comunicam com a cavidade oral. A fissura pode se combinar com a
persistência da sutura incisiva e, se esta for conservada em ambos os
lados, comunicará as fossas nasais com a cavidade oral por uma fissura
em forma de V, podendo estar associada a outras malformações das
partes moles, o que, em conjunto, é denominado lábio leporino e/ou
lábio palatal.

FONTE (TÓPICO – MAXILA) - Cappellette Junior, Mario. Disjunção maxilar. Rio de Janeiro: Santos, 2014. ISBN 978-
85-412-0453-8.

Vista anterior da Maxila e relações.

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Secção Frontal.

Imagem 5 – Face anterior da Maxila – Articulada com o osso Zigomático.

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Ossos, acidentes
ósseos, suturas, Está localizado em Especificações:
ponto Craniométrico qual osso?
ou Cefalométrico:
45 – Crista Lacrimar Maxila Percorre a face lateral do processo
anterior frontal.
46 – Processo Maxila Projeta-se lateralmente, articulando-se
Zigomático da Maxila com o osso zigomático.
Uma depressão de profundidade
47 – Fossa Canina Maxila variável, a fossa canina, na qual se
origina o músculo levantador do ângulo
da boca.
48 – Processo Alveolar Contém os alvéolos dentais, que
da Maxila Maxila evidenciam neste processo as
eminências alveolares (25), das quais
a maior habitualmente é a canina.
Sob a forma de uma espinha, que se
49 – Espinha Nasal Maxila une com a correspondente do lado
Anterior oposto, formando a espinha nasal
anterior (une as maxilas).
50 – Incisura Nasal Maxila Contribui para limitar a abertura
piriforme.

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Imagem 6 – Face orbital (anterior), – Articulada com o osso Zigomático.

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
51 – Incisura Lacrimal Maxila Incisura de profundidade variável,
articula-se com o osso lacrimal.
52 – Margem Infraorbital Maxila A borda infra­orbital é formada
pelo osso Zigomático e pela
maxila.
53 – Sulco Infraorbital Maxila Sulco de trajeto oblíquo.
Contínuo pelo sulco infraorbital,
54- Canal Infraorbital Maxila ocupado por um importante feixe
vasculonervoso.

Imagem 7 – Face nasal (medial).

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Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
55 – Crista Etmoidal Maxila Se articula com o labirinto etmoidal
(onde são encontradas as células
etmoidais).
56 – Processo Frontal Maxila Projeta-se superiormente,
da Maxila articulando-se com o osso frontal.
57 – Sulco Lacrimal Maxila Sulco vertical.
Anteriormente à extremidade
58 – Crista Conchal Maxila inferior do sulco lacrimal é uma
crista rugosa e horizontal, que
permite a articulação com a
concha nasal inferior.
59 – Hiato Maxilar Maxila Uma abertura ampla e irregular
que dá acesso ao seio maxilar

Imagem 8 – Face infratemporal (posterolateral).

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
60 – Crista Maxila Condensação óssea que se
Zigomaticoalveolar estende do processo zigomático
da maxila ao alvéolo do primeiro
molar.
61 – Túber da Maxila Maxila Convexidade posterior do corpo da
maxila (referência para anestesia).

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PROCESSOS DA MAXILA
A maxila é composta por um corpo e quatro processos, 3 deles já
citados anteriormente:

 Processo frontal – projeta-se superiormente, articulando-se com o osso


frontal;
 Processo zigomático – projeta-se lateralmente, articulando-se com o
osso zigomático;
 Processo palatino – projeta-se horizontalmente no sentido medial, para
articular-se com o processo palatino do lado oposto, participando do
palato duro, a borda posterior do palato apresenta no plano mediano
uma espinha nasal posterior, e, ao longo de toda essa borda, fixa-se o
palato mole;
 Processo alveolar – contém os alvéolos dentais, que evidenciam nesse
processo as eminências alveolares.

Imagem 9 – Processo palatino da maxila.

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Observar: Septo interalveolar e inter-radicular.

O processo palatino se dirige medialmente para se articular com o do lado oposto, contribuindo
para a formação do palato duro e ao mesmo tempo o teto da cavidade oral e o soalho
(parte inferior) da cavidade nasal.

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
Posteriormente aos incisivos,
encontra-se o forame incisivo, de
62 - Forame Incisivo Maxila forma variável. Esta marca o
Canal Incisivo término dos canais incisivos, os
quais comunicam a cavidade nasal
com a oral e deixam passar os
vasos e nervos nasopalatinos.
63 – Processo Palatino Maxila Se dirige medialmente para se
da Maxila articular com o do lado oposto,
contribuindo para a formação do
palato duro.
64 e 46 – Processo Maxila Idem ao número 46.
Zigomático da Maxila
65 – Sulco Palatino Maxila Sulcos de direção anteroposterior.
Maior
66 – Forame Palatino Maxila É o término do canal de mesmo
Maior nome. Este une a fossa
pterigopalatina à cavidade oral e
dá passagem aos vasos e nervos
palatinos maiores (V/2 par).
67 – Processo Piramidal Maxila Sem especificações.
do Palatino
68 – Lâmina Horizontal Maxila Sem especificações.
do Palatino
69 – Forame Palatino Maxila O canal e forame palatinos
Menor menores são estruturas do osso
palatino. Por ele passa o nervo
palatino menor.
70 – Sutura Palatina Maxila Une os processos palatinos.
Mediana
71 – Sutura Palatina Maxila Une o osso palatino a maxila.
Transversa

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Imagem 10 – Vista superior em seção transversa.

TOPOGRAFIA DENTOALVEOLAR – MAXILA

O conhecimento da relação existente entre os dentes superiores e


inferiores com processos alveolares e regiões ósseas vizinhas é de grande
importância para muitas especialidades em odontologia. A topografia
dentoalveolar aborda a nomenclatura das estruturas alvéolo dentais e
suas relações quanto a localização e estruturas ósseas vizinhas – as
tábuas ósseas ou lâminas ósseas.
• A tábua óssea é formada por duas corticais, uma externa (vestibular,
palatina ou lingual) e outra cortical alveolar (que circunda o alvéolo –
conhecida na radiografia com lâmina dura);
• As corticais geralmente são muito próximas e divididas por tecido
esponjoso;
• As características variam em relação a Maxila e Mandíbula e a área
relacionada as estruturas dentais.

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Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina óssea


Incisivos centrais, laterais e Caninos vestibular: palatina:

- Presença de saliências - Maior presença de


(eminências alveolares) tecido ósseo esponjoso
provocadas pelas raízes entre a cortical palatina e
dentais; cortical alveolar.

- Cortical alveolar praticamente


unida com a cortical vestibular.

Outras considerações:
• Dentes anteriores relação com a
• porção anterior do soalho da cavidade nasal, essa relação
depende de dois fatores:
1. Comprimento das raízes;
2. Altura da porção óssea infranasal das maxilas.

• A inclinação das raízes e do palato varia dependendo do tipo


de face do indivíduo:
Face longa e estreita: Leptoprósopos – palato ogival (profundo e
estreito) – ângulo mais acentuado.
Face curta e larga: Euriprosopos – palato plano (profundo e
estreito) – ângulo menos acentuado.

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Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina óssea


Pré-Molares vestibular: palatina:
- Cortical vestibular - Maior presença de
praticamente unida com a tecido ósseo esponjoso
cortical alveolar, mas não entre a cortical palatina e
apresenta eminências cortical alveolar.
alveolares, pois a cortical
alveolar é mais espessa.

Outras considerações:
• Em casos anormais, uma raiz destes pode salientar-se no seio
maxilar. O seio maxilar tende a invadir os espaços deixados
pelos dentes após sua caída/remoção, de forma que se
mostra bem vasto em indivíduos desdentados.

• O canino pouco se aproxima, a não ser nos pacientes


parcialmente desdentados onde há grande pneumatização
do seio maxilar

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Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina óssea


Molares vestibular: palatina:
- Tábua óssea vestibular mais - Tábua óssea palatina
espessa – principalmente na menor quantidade de
região do primeiro molar – tecido esponjoso,
presença da crista podendo o mesmo até
Zigomaticoalveolar. estar ausente;

- Região mais delgada no


Túber da maxila
(relacionada com os
últimos molares).

Outras considerações:
• Exodontias (remoção cirúrgica de um elemento dentário)
últimos molares:
O Túber da maxila está em íntimo contato com o processo
pterigoide do esfenoide, no qual encontra-se o Hâmulo
pterigóideo (na extremidade inferior da lâmina medial), local por
onde passa o músculo tensor do véu palatino. Isso explica o que
acontece quando, em movimento intempestivo durante a cirurgia
para remoção do terceiro molar, ocorre fratura do Hâmulo
pterigóideo/ temos aí a queda do palato mole no lado em que
houve a fratura.

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Analise funcional do esqueleto Facial – Zonas de Resistência

Sabemos que as forças funcionais que incidem sobre o esqueleto craniofacial é que determinam sua arquitetura.
Indiscutivelmente, as forças mastigatórias são as que exercem maior influência sobre esse esqueleto. Quando elas incidem sobre
os dentes são transmitidas aos ossos pelas fibras do ligamento dentoalveolar e, portanto, ao esqueleto facial, que por sua vez
encontra-se fixado à base do crânio. Essas forças devem ser conduzidas até a base do crânio, onde serão anuladas, percorrendo
zonas de maior resistência encontradas no esqueleto facial. Essas zonas de maior resistência são os pilares, formados
por substância óssea compacta e encontrados nas maxilas, e as trajetórias, feixes ordenados de substância óssea esponjosa
encontrada na mandíbula.

ZONAS DE RESISTÊNCIA DA MAXILA - PILARES

PILAR: INÍCIO SEU TRAJETO FINAL

CANINO Alvéolos dos Caninos Contorna o processo frontal da Arco Supraciliar (mesmo que
Capta forças de: Incisivos Superiores. Maxila e Abertura Piriforme. Supraorbital) – Na sua parte
(Centrais e Laterais), caninos e medial.
pré-molares.
1° PARTE (VERTICAL) – Lateral
ZIGOMÁTICO Continua-se na parte zigomática da orbita.
Crista Zigomaticoalveolar. da Maxila onde no corpo do 2° PARTE (HORIZONTAL) – Ao
Pré-molares e Molares (exceto Zigomático ocorre sua longo do arco do Zigomático um
o 3°) bifurcação. pouco além do poro acústico
externo.

PTERIGÓIDEO Fossa pterigóidea. Na própria fossa (em ramos). Término da fossa.


Últimos molares e Tuber da
Maxila

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ARCOS (Unindo esses pilares entre si existem os arcos de união, verdadeiras traves ósseas horizontais dispostas entre eles):

1. Supraorbital (Parte Superior da orbita) – Junção dos pilares Canino + Zigomático (Ramo Vertical).
2. Infraorbital (Parte Inferior da orbita) - Junção dos pilares Canino + Zigomático (Ramo Vertical) e início do ramo horizontal.
3. Infranasal – Une os dois pilares caninos inferiormente na região da margem inferior da abertura piriforme.
4. Supranasal (Acima da raiz nasal) – Junção dos dois ramos verticais dos caninos.
5. Zigomáticopterigóideo (Anterior a fossa mandibular) – Junção dos pilares zigomático (ramo horizontal) e pterigoideo.
6. Arco Palatino (Região do Palato).

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5. VISTA LATERAL DO CRÂNIO


Esta vista apresenta relações importantes com estruturas relacionadas com o
processo da mastigação e por isso é irregular. Descrevem-se diversas fossas,
incluindo as fossas temporal, infratemporal e pterigopalatina, todas relacionadas
com músculos, vasos e nervos envolvidos no processo mastigatório. Na vista lateral
identificamos os ossos parietal, temporal, parte do occipital, frontal, nasal, lacrimal,
zigomático, maxila e Mandíbula, bem como parte da asa maior do Esfenóide.

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Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
72 – Linha Temporal Temporal Sem especificações.
superior
73 – Sutura Escamosa Não se aplica. Une o osso temporal ao osso
parietal.
74 – Parte escamosa do Temporal É a parte mais fina que aparece na
Temporal face lateral do Crânio. Articula-se
com o parietal através da sutura
escamosa temporoparietal.
75 – Sutura Não se aplica. Sem especificações.
Parietomastóidea
Uma estreita barra óssea
constituída pelo processo temporal
Temporal do zigomático que se une ao
76 – Arco do Zigomático processo zigomático do temporal.
Um plano que passa ao nível do
arco separa nessa vista a fossa
temporal, acima do arco, da fossa
infratemporal.
77 – Sutura Não se aplica. Sem especificações.
Occipitomastóidea
Temporal Abertura óssea do ouvido localiza-
78 – Meato Acústico se atrás da cabeça da mandíbula,
Externo sendo formado pelas partes
escamosa e timpânica do
temporal.
Robusto e posterior ao meato
acústico. Possui inúmeras células
79 e 12 – Processo Temporal aéreas em seu interior, as células
Mastóide do Temporal mastoideas. No processo
mastóideo, fixam-se os músculos
Esternocleidomastóideo, Esplênio
da cabeça e longo da cabeça.
Consiste num processo de
comprimento variável que se
80 – Processo Estilóide estende inferiormente desde a
do Temporal Temporal placa timpânica. Nele se fixam os
ligamentos Estilo-hióideo e
Estilomandibular e os músculos
Estiloglosso, Estilofaríngeo e
estilo-hióideo.
81 – Asa maior do Esfenóide *
Esfenóide
82 - Frontotemporal Temporal Raiz do processo zigomático do
osso frontal.
83 - Opistocrânio Occipital Ponto de maior projeção

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posterior, localizado
geralmente no osso occipital
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
84 - Pório Temporal Ponto mais lateral do teto do
meato acústico externo.
Considerado também um ponto
cefalométrico PÓRIO – Pr.
85 - Gônio Mandíbula Ponto de curvatura máxima do
ângulo da mandíbula. O ponto
Cefalométrico que marca o ângulo
da Mandíbula gônio (Go).
86 - Gnácio Mandíbula Mais inferior e anterior do mento,
mais usado em cefalometria.
87 – Ponto B Mandíbula Ponto de maior concavidade da
mandíbula.
88 – Próstio Maxila Ponto mediano localizado na maior
projeção anterior do processo alveolar
da maxila.

OSSO TEMPORAL

PAULSEN, F; WASCHKE, J.(Coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana.

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FOSSAS TEMPORAL e INFRATEMPORAL


A fossa infratemporal é uma das regiões da cabeça mais importantes
para o cirurgião dentista, pois nela se localizam os principais vasos e nervos
que vão nutrir a Maxila, a Mandíbula e os dentes. Ela é um espaço existente
abaixo do Arco Zigomático, posterior ao corpo da Maxila, e medial ao ramo da
Mandíbula.

Imagens 13 (A) – Vista lateral e 14 (B) Vista Póstero-inferior –– Fossa Temporal e Infratemporal

É preenchida pela porção inferior do m. temporal, pelos mm.


Pterigoideos lateral e medial, pela artéria maxilar e seus ramos, pelo plexo
venoso Pterigóideo e pelo nervo mandibular (V/3 par), parte do n. maxilar (V/2
par) e n. corda do tímpano (VII par).
Os limites da fossa infratemporal são:
A fossa infratemporal estabelece as seguintes comunicações:

 Com a fossa temporal, através da abertura entre o Arco Zigomático e o


resto do Crânio;
 Com a Órbita, através da Fissura Orbital Inferior;
 Com a Fossa Pterigopalatina, através da Fissura Pterigomaxilar;
 Com a fossa média do Crânio, através dos forames oval e espinhoso.

FOSSA PTERIGOPALATINA
É um espaço em fenda, afunilado, situado abaixo da base do crânio,
entre a maxila, o processo Pterigóideo e a Lâmina Horizontal do Palatino.

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Imagem 15 – Vista lateral – arco do zigomático removido – fossa Pterigopalatina

Imagem disponível em: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/fossa-infratemporal

Esse estreito espaço é ocupado por ramificações do nervo maxilar (V/2


par), gânglio Pterigopalatina e ramos terminais da artéria maxilar.
Os limites da fossa pterigopalatina são:
Parede anterior — é formada pela superfície posterior do corpo da maxila.
Parede posterior — Lâmina lateral do processo Pterigóideo e asa maior do
Esfenóide.
Parede medial — é mais profunda e formada pela lâmina perpendicular do
palatino.
Parede lateral — é aberta para a Fossa Infratemporal através da fissura
Pterigomaxilar (a Fissura Pterigomaxilar é facilmente delineada atrás da maxila,
e tem a forma de uma gota invertida). Na parte superior da “gota” marca-se o
ponto cefalométrico - Pterigomaxilar.
Parede superior — é formada pelo Esfenóide e pelo processo orbital do
palatino.
Parede inferior — é formada pelo encontro das paredes anterior e posterior.
Apesar de ser um pequeno espaço ósseo, os vasos e os nervos que aí
se situam emitem muitos ramos. Eles atravessam vários forames,
estabelecendo sete comunicações. As cinco mais importantes são:
(1) Com a órbita, através da fissura orbital inferior.
(2) Com a fossa média do crânio, pelo forame redondo.
(3) Com a cavidade nasal, através do forame Esfenopalatino.
(4) Com o palato, através dos canais palatinos maior e menor.
(5) Com a fossa Infratemporal, pela Fissura Pterigomaxilar, que é a fenda entre
a Fossa Infratemporal e a Fossa Pterigopalatina.

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6. VISTA INFERIOR DO CRÂNIO


É uma vista marcada por muitos processos ósseos causados pelos
músculos da cabeça, como também por muitas aberturas e forames nos quais
entram ou saem vasos e nervos que comunicam o crânio com o pescoço. É
formada pelos ossos: Occipital, Temporais, Esfenóide, Vômer, Palatinos e
Maxilas. Notam-se também partes inferiores do osso Zigomático e do Arco
Zigomático.

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Imagem 16 – Vista inferior – base externa de crânio.

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Imagem 17 – Vista superior – base interna de crânio.

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Imagem 18 – Vista inferior – base externa de crânio – Pontos craniométricos e cefalométricos.

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Imagem 19 – Secção Sagital – Pontos craniométricos e cefalométricos.

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FOSSAS DO CRÂNIO
O soalho da cavidade do crânio, ou base interna do crânio, apresenta
topografia irregular, onde distinguimos, de anterior para posterior, três porções
dispostas em níveis diferentes, sendo que a porção média se encontra
abaixo da porção anterior e acima da posterior. Essas três porções são
conhecidas como: fossa anterior, fossa média e fossa posterior do crânio.

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
89 - Cóanos Palato Aberturas posteriores da cavidade
nasal – início da nasofaringe.
90 – Tubérculo Esfenóide Origem do feixe profundo
Esfenoidal do músculo temporal.
91 – Crista Infratemporal Temporal Limite entre as faces Temporal e
Infratemporal da asa maior do
Esfenóide.
92 – Forame Lacerado Esfenóide Apresenta fechado por uma lâmina
fibrocartilagínea.
Ligeira concavidade latero-medial
e acentuada convexidade
93 – Tubérculo Articular Temporal anteroposterior, o que permite
anterior reconhecer duas vertentes, uma
anterior e outra posterior (que faz
parte da articulação
Temporomandibular).
Uma escavação de profundidade
94 – Fossa Mandibular Temporal variável, com maior eixo
transversal, dividida pela fissura
Timpanoescamosa em partes
anterior e posterior.
Encontra-se entre os processos
95 – Forame Temporal Mastóide e Estilóide encontra-se
Estilomastóideo o forame Estilomastóideo, através
do qual emerge o nervo facial.
Na face inferior da parte petrosa
do temporal encontra-se a abertura
96 – Abertura Externa Temporal externa do Canal Carótico,
do Canal Carótico estando à abertura interna do
Canal Carótico localizada no ápice
da parte petrosa do temporal.
O canal carótico, que se relaciona
com as orelhas média e interna,
contém a artéria carótida interna, e
essa relação permite que sejam
ouvidas suas pulsações contra o

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osso que a separa das orelhas em


situações de intenso esforço físico.
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
97 – Côndilo Occipital Occipital Permite a articulação do crânio
com o atlas, a primeira vértebra
cervical.
98 – Fossa Condilar Occipital Nela tem início um curto canal,
o canal condilar, que dá passagem
a uma veia emissária.
99 – Crista Occipital Occipital Posteriormente ao Forame
Externa Magno encontra-se a Escama
Occipital, dividida em duas
porções simétricas pela crista
occipital externa.
100 – Escama Occipital Occipital Sem especificações.
É o maior dos forames do Crânio
101 – Forame Magno Occipital por onde a cavidade craniana
comunica-se com o canal
vertebral.
102 – Sulco da Artéria Temporal Passagem da Artéria Occipital.
Occipital
103 – Incisura Temporal Onde se origina o músculo
Mastóidea Digástrico.
Passam por ele: Veia Jugular
104 – Forame Jugular Temporal Interna N. Glossofaríngeo (IX par)
N. Vago (X par) N. Acessório (XI
par).
105 – Parte Timpânica Temporal Anteriormente ao Processo
do Temporal Mastóide.
Medialmente à fossa mandibular,
106 – Espinha do Esfenóide na asa maior do Esfenóide. Onde
Esfenóide se origina o ligamento
Esfenomandibular.
107 – Forame Esfenóide Passagem da Artéria Meníngea
Espinhoso média.
108 – Forame Oval Esfenóide Passagem do N. Mandibular (V/3
par).
109 – Fossa Escafóidea Esfenóide Local de origem do músculo
Tensor do Véu Palatino.
A extremidade inferior da lâmina
110 – Hâmulo Esfenóide medial da Fossa Escafóidea é fina
Pterigóideo e recurvada. Dá fixação à Rafe
Pterigomandibular.
Nela é mais evidente a presença
111 – Escama Frontal Frontal de uma crista mediana acentuada,
a crista frontal.

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112 – Parte Orbital do Frontal Lateral e anteriormente à fossa


Frontal anterior é formada pela parte
orbital.
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
Caracterizada pela presença de
113 – Lâmina Etmóide várias aberturas, os forames da
Cribriforme Lâmina Cribriforme, que dão
passagem a filetes do nervo
Olfatório.
Este tem trajeto anterior, lateral e
114 – Canal Óptico Esfenóide inferior em direção à cavidade
orbital e dá passagem ao nervo
óptico e à artéria oftálmica.
115 – Processo Clinóide Esfenóide São extremidades laterais
Médio anteriores da sela turca, podem
apresentar-se elevadas.
116 – Sela Turca (Fossa Esfenóide Aloja a hipófise.
Hipofisial)
117 – Sulco Carótico Esfenóide - Temporal Aloja a artéria Carótida Interna e o
Plexo Carótico Interno.
Próximo ao ápice da parte Petrosa
118 – Impressão Esfenóide do temporal é uma depressão
Trigeminal pouco marcada, onde está alojado
o gânglio Trigeminal.
Na face posterior da parte petrosa
119 – Poro Acústico Temporal do temporal observa-se o poro
Interno acústico interno, que é o local de
abertura do Meato Acústico
Interno.
120 – Parte Petrosa do Temporal Se aproxima do esfenoide e do
Temporal occipital.
Estende-se lateralmente a partir da
protuberância occipital interna,
121 – Sulco do Seio Temporal - Occipital para então tomar direção inferior e
Sigmóide medial, constituindo o sulco do
seio sigmoide, que termina
no Forame Jugular.
122 – Sulco do Seio Occipital Aloja o seio transverso.
Transverso
123 – Escama Occipital Occipital Sem especificações.
Próximo à margem anterior do
124 – Canal do Nervo Occipital Forame Magno está o canal do
Hipoglosso Nervo Hipoglosso, que dá
passagem a um Plexo Venoso e
ao Nervo Hipoglosso.
125 – Protuberância Occipital Posteriormente ao Forame Magno,

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Occipital Externa no plano mediano, há uma linha


elevada, a Crista Occipital Interna,
que termina na protuberância.
126- Crista Occipital Occipital Linha elevada.
Interna
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
O maior forame de Crânio, por
127 – Forame Magno Occipital este forame que a cavidade
craniana comunica-se com o canal
vertebral.
128 – Parte Basilar do Occipital Formação do osso occipital.
Occipital
Posteriormente, a sela turca está
129 – Processo Clinóide Esfenóide delimitada pelo dorso da sela, que
Posterior se prolonga de cada lado e termina
em uma pequena saliência,
o processo Clinóide posterior.
130 – Dorso da Sela Esfenóide Posteriormente, a sela turca está
Turca delimitada pelo dorso da sela.
A asa menor do esfenoide, cuja
131 – Processo Clinóide Esfenóide margem posterior se sobrepõe à
Anterior fossa média do crânio, e sua
extremidade medial se projeta
como Processo Clinóide Anterior.
Anteriormente ao tubérculo da
132 – Sulco Pré- Esfenóide sela, encontra-se um sulco
Quiasmático transversal, o sulco Pré-
quiasmático, que termina em cada
extremidade no Canal Óptico.
A asa maior do esfenoide é
Forame Redondo Esfenóide perfurada pelo forame redondo,
que dá passagem ao nervo maxilar
(um dos ramos do nervo trigêmeo).
133 - Estafílio Palatino Ponto mediano localizado na base
da Espinha Nasal Posterior.
134 - Básio Occipital Margem anterior do Forame
Magno.
135 - Opístio Occipital Margem posterior do Forame
Magno.
136 – Ponto S Ponto visto em radiografia
Cefalométrico - Seia Esfenóide localizado no centro da Fossa
Hipofisial.

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7. VISTA INTERNA DO CRÂNIO


Esta é a porção do crânio que aloja o Encéfalo e suas meninges, os nervos
cranianos e os vasos sanguíneos. É formada de uma porção superior,
denominada Calota do Crânio ou Calvária, e uma porção inferior, a base do
crânio.

Imagem 20 – Calota craniana – vista interna.

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8. MANDÍBULA
A Mandíbula é um osso em forma de ferradura, sendo o mais forte e o único
osso móvel do esqueleto facial. Situa-se inferiormente na face e, juntamente
com o osso Hióideo, forma o arcabouço de fixação dos músculos do soalho da
boca.
É formada por um corpo, anterior, e por dois ramos, suas porções
ascendentes, posterior e superiormente. A região de transição entre os ramos e
o corpo da Mandíbula é conhecida como ângulo da Mandíbula.

Imagem 21 – Mandíbula – vista anterior.

Sínfise mentual, região mediana que representa a linha de fusão das duas
metades do osso fetal.

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Imagem 22 – Mandíbula – vista lateral.

Imagem 23 – Mandíbula – vista interna do corpo.

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Imagem 24 – Mandíbula – vista inferior.

A borda inferior do corpo da Mandíbula é conhecida como base da Mandíbula, pois


apresenta uma cortical óssea muito espessa.

Imagem 25 – Mandíbula – vista súpero-medial do ramo.

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Imagem 26 – Mandíbula pontos craniométricos e cefalométricos – vista ântero-superior.

Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
No processo condilar, reconhece-
se a Cabeça da Mandíbula
137 – Processo Condilar Mandíbula (côndilo da Mandíbula) e, abaixo,
uma região estreitada, o Colo da
Mandíbula.
O Processo Coronóide é achatado
138- Processo Mandíbula lateromedialmente e dá inserção
Coronóide ao tendão superficial do Músculo
Temporal.
Nesta originam-se parte do
139 – Linha Oblíqua Mandíbula músculo Bucinador e os músculos
Depressor do lábio inferior e
Depressor do ângulo da boca.
140 – Forame Mentual Mandíbula Pelo qual emergem os vasos e os
nervos mentuais (V/3 par).
141 – Protuberância Mandíbula Uma elevação triangular
Mentual inferiormente a sínfise mentual.
A base da protuberância mentual
142 – Tubérculo Mentual Mandíbula (triangulo) ao encontrar-se com a
borda inferior da Mandíbula
projeta-se numa pequena

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elevação.
O ponto Cefalométrico que marca
a região mais anterior do mento é
o pogônio (Pg), e o que marca o
ponto mais inferior deste é o
mento (Me).
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
Contém as cavidades que alojam
os dentes inferiores, os alvéolos
dentais. O processo alveolar
143 – Processo Alveolar Mandíbula apresenta uma lâmina óssea
vestibular, ou externa, e uma
lâmina óssea lingual, ou interna.
Notam-se septos interalveolares e
inter-radiculares semelhantes aos
descritos na Maxila.
A Mandíbula possui dois ramos,
direito e esquerdo, que constituem
144 - Ramo Mandíbula a sua porção posterior e
ascendente. Cada ramo apresenta
um formato retangular com duas
faces (externa e interna), duas
bordas (anterior e posterior) e dois
processos (Condilar e Coronóide).
O corpo da Mandíbula tem uma
145 – Corpo Mandíbula forma de ferradura, possuindo uma
face externa e outra interna,
limitadas pelas bordas superior e
inferior.
A cabeça faz parte da articulação
temporomandibular (ATM), sendo
uma saliência ovalada, mais
146 – Cabeça da Mandíbula alongada no sentido latero-medial.
Mandíbula A cabeça da Mandíbula apresenta
também dois polos, medial e
lateral, sendo este último palpável
por sobre a pele. Ela tem cerca de
15 a 20 mm de largura
e 8 a 10 mm de diâmetro ântero-
posterior.
147 – Fóvea Pterigóidea Mandíbula Onde se insere o músculo
Pterigóideo Lateral.
148 – Borda Posterior Mandíbula Sem especificações.
do Ramo
149 – Tuberosidades Mandíbula Saliências causadas pela inserção
Massetéricas do músculo Masseter.

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Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
150 – Ângulo da Mandíbula Sem especificações.
Mandíbula
151 – Borda Anterior do Mandíbula Sem especificações.
Ramo
A Incisura da Mandíbula comunica
152 – Incisura da Mandíbula a fossa infratemporal com a região
Mandíbula massetérica e por ela passam os
vasos e os nervos massetéricos
(V/3 par).
153 – Língula da Mandíbula Inserção ao ligamento
Mandíbula Esfenomandibular.
Representa a abertura do Canal
Mandibular, que percorre a
154 – Forme da Mandíbula Mandíbula internamente até́ a
Mandíbula região do forame mentual. O
forame e o canal mandibulares são
percorridos pelos vasos e nervos
alveolares inferiores (V/3).
A partir do forame mandibular
155 – Sulco Milo- Mandíbula inicia-se o sulco milo-hióideo, que
Hióideo se dirige obliquamente anterior e
inferiormente. Este sulco aloja o
nervo milo-hióideo (V/3 par).
Mandíbula Rugosidades próximas ao ângulo
156 – Tuberosidades da Mandíbula causadas pela
Pterigóideas inserção do músculo Pterigóideo
medial.
A fóvea submandibular aloja a
157 – Fóvea Mandíbula Glândula Submandibular,
Submandibular localizada no pescoço, visto estar
abaixo do músculo Milo-Hióideo.
Inicia-se abaixo da espinha
mentual e se estende até a região
158 – Linha Milo-Hióidea Mandíbula do terceiro molar inferior. Na linha
milo-hióidea origina-se o músculo
milo-hióideo, que forma o soalho
da cavidade oral.
Mandíbula A Fóvea Sublingual aloja a
159 – Fóvea Sublingual Glândula Sublingual, localizada na
cavidade oral, visto estar acima do
músculo Milo-Hióideo.
Uma porção estreita, localizada
160 – Colo da Mandíbula abaixo da cabeça, e a suporta. O
Mandíbula colo é arredondado posteriormente
e apresenta ântero-medialmente

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uma depressão.
Ossos, acidentes
ósseos, suturas, ponto Está localizado em Especificações:
Craniométrico ou qual osso?
Cefalométrico:
Nestes tubérculos da espinha
mentual originam-se os músculos
161 – Tubérculo Mandíbula Genioglosso (superior) e Gênio-
Superior da Espinha Hióideo (inferior). Como esses
Mentual músculos são bilaterais, é
frequente a subdivisão dos
tubérculos em direito e esquerdo.
A face interna do corpo da
Mandíbula na região da sínfise
162- Espinha Mentual Mandíbula mentual é marcada por uma
elevação irregular, a espinha
mentual.
Nestes tubérculos da espinha
mentual originam-se os músculos
163 – Tubérculo Inferior Mandíbula genioglosso (su- perior) e gênio-
da Espinha Mentual hióideo (inferior). Como esses
músculos são bilaterais, é
freqüente a subdivisão dos
tubérculos em direito e esquerdo.
164 – Fossa Digástrica Mandíbula Fixa os ventres anteriores do
músculo Digástrico.
165 – Fossa Retromolar Mandíbula Depressão variável.
166 – Crista Bucinatória Mandíbula Lábio lateral do Trígono
Retromolar.
Posteriormente ao terceiro molar, o
processo alveolar apresenta a
167 – Trígono Mandíbula formação do Trígono Retromolar,
Retromolar pequena área triangular que
representa a união das duas
corticais do alvéolo desse dente.
Insere-se a Rafe
Pterigomandibular.
168 – Condílico Medial Mandíbula Ponto localizado no extremo
medial do processo condilar da
mandíbula.
169 – Condílico Lateral Mandíbula Ponto localizado no extremo lateral
do processo condilar da
mandíbula.

9. CANAL MANDIBULAR
O canal mandibular é um canal ósseo que percorre parte do corpo e do
ramo da mandíbula, alojando os vasos e os nervos alveolares inferiores (V/3
par). Ele origina-se no forame mandibular e termina na região dos ápices dos

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pré-molares. Nesta região, o canal se bifurca num Canal Mentual e em um


Canal Incisivo.
O Canal Mentual tem um trajeto para lateral, superior e posterior,
abrindo-se no forame mentual, e é preenchido pelos vasos e nervos mentuais.
O Canal Incisivo é variável e na maioria das vezes confunde-se com os
espaços trabeculares da região anterior do corpo da Mandíbula. Portanto, ele
não se exterioriza, não apresenta paredes e é percorrido pelos ramos incisivos
do nervo alveolar inferior.
O Canal Mandibular percorre o ramo para baixo, obliquamente,
alcançando o corpo da Mandíbula sempre mais próximo da face interna, até ao
nível do terceiro molar. Após a região do segundo molar, ele passa a se
aproximar da face externa da Mandíbula. Contudo, na maior parte do seu
trajeto, localiza-se no centro, entre as faces externa e interna.
O canal possui paredes de osso compacto que servem de proteção ao seu
conteúdo. Perto do forame mandibular, suas paredes são mais regulares e, à
medida que percorrem o Corpo da Mandíbula, tornam-se crivosas.
Os dentes que mais se relacionam com o Canal Mandibular são os
molares inferiores, sobretudo o terceiro molar. Os pré-molares por sua vez
relacionam-se mais ao Canal Mentual, mas mesmo assim são mais distantes
desses canais do que os molares.

Imagem 27 – Vista superior e lateral do canal mandibular.

De acordo com Sicher e Tandler (1977), pode-se estabelecer três tipos de relações
do canal mandibular com os dentes:

Tipo 1 — O canal mandibular está em contacto intimo com o fundo do alvéolo do


terceiro molar e se distancia das raízes dos outros molares e pré-molares. É o tipo
mais frequente. Nesse tipo, a compacta óssea que envolve o canal pode apresentar
falhas, e o tecido conjuntivo periapical fica em contacto direto com o conteúdo do
canal mandibular.

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Tipo 2 — O canal mandibular localiza-se distante de todos os dentes, sobretudo


quando há um corpo mandibular alto. É o segundo tipo em frequência.

Tipo 3 — O canal mandibular localiza-se próximo aos ápices dos molares e do


segundo pré-molar, sobretudo em jovens, e quando há um corpo mandibular baixo,
associado às raízes longas. É um tipo bem menos frequente.

Figún e Garino (1988) concordam com a classificação anterior, porém afirmam que
a forma mais frequente é a segunda, com frequências de 36%, 56% e 8%,
respectivamente.
Os dentes que mais se relacionam com o canal mandibular são o terceiro molar
(80%) e o segundo molar (15%). O primeiro molar e os pré-molares apresentam
frequência bem menor.
Deve-se ressaltar ainda que, durante o crescimento da Mandíbula, forma-se
inicialmente o canal mandibular, e a altura do corpo mandibular é definida
posteriormente, com a erupção dos dentes. Assim, nesse processo, à medida que os
dentes surgem na cavidade oral, seus ápices distanciam-se do canal mandibular.

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TOPOGRAFIA DENTOALVEOLAR – MANDÍBULA

Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina óssea


Incisivos centrais, laterais e Caninos lingual: vestibular:

- As duas corticais ósseas - Igual as características


(tábuas vestibular e lingual) são da lingual.
intimamente unidas com a
alveolar;

- Tábua vestibular mais delgada


e apresenta eminências
alveolares;

- Tábuas ósseas mais


resistentes e fortes.

Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina óssea


Pré - Molares lingual: vestibular:

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- Tábua óssea vestibular e - Igual as características


lingual, corticais ósseas da lingual.
praticamente unidas, presença
de pequenas quantidades de
tecido esponjoso entre elas;

- O forame mentual pode estar


localizado inferiormente ao
primeiro ou ao segundo pré-
molar, ou mesmo entre eles.
Dele emerge o feixe
vasculonervoso mentual.

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Dentes: Tábua ou lâmina óssea Tábua ou lâmina


Molares lingual: óssea vestibular:

- Alvéolos direcionados para a - Apresenta maior


tábua óssea lingual. quantidade de tecido
cortical.

Analise funcional do esqueleto Facial – Zonas de Resistência

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As trajetórias, feixes ordenados de substância óssea esponjosa encontrada na mandíbula.

ZONAS DE RESISTÊNCIA DA MANDÍBULA - TRAJETÓRIAS

TRAJETÓRIA INÍCIO SEU TRAJETO FINAL

DENTAL Porção apical dos alvéolos. Posterior e diagonalmente para Processo Condilar e ATM.
cima (em direção ao ramo da
mandíbula)

MARGINAL Sínfise da Mandíbula. Base da Mandíbula. Processo Condilar.

TEMPORAL Processo Coronóide. Corpo e ramo da Mandíbula. TÉMINO: Junção da Marginal e


Dental.
MENTUAL
Ela acaba se confundindo com a
trajetória marginal, desse modo, as
forças que incidem nessa região
(mento) são transmitidas ao processo Sínfise da Mandíbula – Sentido Região do Mento. Direção ao Processo Coronóide e
condilar, chegando à base do crânio
posterior ao Processo Condilar trajetória Marginal.
através da ATM. Alguns autores não
da Mandíbula.
citam essa trajetória pelo fato de ela se
confundir com a trajetória marginal.
Realmente, ela foge um pouco da
definição de trajetórias, que se refere à
trabeculado de substância óssea
esponjosa e não a substância óssea
compacta.

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10. OSSO HIÓIDE

É um osso localizado anteriormente no pescoço, entre a Mandíbula, e a


laringe e preso ao crânio pelo ligamento estilo-hióideo. Trata-se, portanto, de
um osso que não se articula diretamente com outro, estando disposto entre
músculos e ligamentos no pescoço. Apresenta um corpo anterior e em forma
de arco, dois cornos maiores e dois cornos menores. No corno menor se fixa o
ligamento estilo-hióideo. O osso Hióide separa no pescoço dois grupos
musculares: os músculos Supra-hiódeos e os Infra-hiodes.

Imagem 28 – Hióide – vista anterior.

11. COLUNA CERVICAL

O esqueleto do pescoço é constituído posteriormente por sete vértebras


cervicais que se dispõem entre o crânio e o tórax, anteriormente pelo osso
Hióide, e inferiormente pelas clavículas.
As vértebras cervicais são as menores da coluna vertebral, tendo como
características o corpo pequeno, processo espinhoso bifurcado e forames no
processo transverso. Exceções à forma geral das vértebras cervicais são a 7º,
que é uma vértebra transicional, e a 1º e a 2º, que são vértebras atípicas.
Através dos forames transversos a Artéria vertebral ascende no pescoço,
penetrando no Crânio pelo Forame Magno para irrigar parte do Encéfalo.

Atlas e Áxis articulados.


Disponível em: MARTINI, Frederic H.; TIMMONS, Michael J.; TALLITSCH, Robert B. Anatomia humana. Porto Alegre: ArtMed, 2009. ISBN
9788536320298

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Imagem 29 – Vértebras atípicas.

Vértebra cervical típica – vista lateral e superior


Disponível em: MARTINI, Frederic H.; TIMMONS, Michael J.; TALLITSCH, Robert B. Anatomia humana. Porto Alegre: ArtMed, 2009. ISBN
9788536320298

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Imagem 29 – Vértebras cervicais – vista lateral.

12. SEIOS PARANASAIS

Os seios paranasais são cavidades pneumáticas ou espaços aerados


presentes em alguns ossos do Crânio e Face e que se comunicam com a
cavidade nasal por pequenas aberturas em sua porção lateral. No indivíduo
vivo, essas cavidades estão revestidas por uma membrana conjuntiva
vascularizada, chamada de membrana sinusal. Os seios paranasais são
encontrados nos ossos Frontal, Maxilar, Esfenóide e Etmóide.
Estruturalmente, eles permitem redução do peso dos ossos do crânio,
proteção contra traumas das vísceras internas e participação no crescimento
craniofacial. Funcionalmente, esses seios servem como caixa de ressonância
dos sons emitidos pela laringe, contribuindo também para o isolamento térmico
da região Encefálica, secreção de muco e equilíbrio na oscilação de pressões
barométricas na cavidade nasal, como no caso de espirros e deslocamentos de
altitudes.

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Seio(s) Paranasal(is) Especificações


- Situados posteriormente aos arcos superciliares,
imediatamente acima da cavidade nasal;

- Morfologia assimétrica, cada um deles medindo


Frontais aproximadamente 2 a 3 cm em um indivíduo adulto,
separados por um septo ósseo mediano;

- A comunicação dos seios frontais com a cavidade nasal se


faz pelo Ducto Frontonasal, um canalículo de pequena
dimensão que se abre no meato nasal médio.
- Está presente no primeiro ano de vida, situado entre a
órbita e o germe dos dentes caninos e o primeiro molar
decíduo, completando sua formação por volta dos 16 a 18
anos de idade;

- Esse seio está localizado no terço médio da face e é o


Maxilar (em cada Maxila) maior em tamanho dos seios paranasais, sendo sua
dimensão variável dependendo de aspectos morfológicos
individuais, da idade e de ausências dentais;

- Possui morfologia piramidal quadrangular, localizando-se


posteriormente aos caninos e aos pré-molares. Seu aspecto
piramidal é caracterizado por apresentar um ápice, três
paredes, um soalho e um teto, sendo inclusive identificável
radiograficamente em exames de imagem odontológicos da
região dos dentes posteriores.
- Representam estruturas cavitadas de número e tamanho
variados e que estão contidas internamente no corpo do osso
Esfenóide;

- Estas cavidades medem em torno de 1,5 a 2,5 cm e


Esfenoidais estabelecem comunicação com a cavidade do nariz por meio
de uma abertura localizada superiormente à concha nasal
superior denominada recesso Esfenoetmoidal;

- O conhecimento anatômico desse seio muitas vezes não é


levado em conta, o que pode levar a graves complicações
em função de estruturas anatômicas vitais adjacentes a essa
região.
- São compostos por pequenas estruturas cavitadas,
chamadas de células etmoidais, presentes nas superfícies
laterais do osso Etmóide;

- Entre os seios paranasais, as células etmoidais


representam provavelmente as estruturas mais complexas e
que estão associadas à maior número de variações da
normalidade, envolvendo o padrão de pneumatização dessas
Etmoidais células, classificados em intra ou extra-murais;

- As primeiras são definidas como aquelas que em seu


desenvolvimento mantêm íntima conexão com o labirinto
Etmoidal, e as extra-murais as que se desenvolvem
isoladamente;

- Anatomicamente, essas células são chamadas de


anteriores, médias e posteriores, sendo que estas últimas se
abrem no meato superior da cavidade nasal e as médias e
anteriores no meato médio.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Nilton; Cândido, Paulo L. Anatomia para o curso de odontologia geral e específica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. ISBN 9788527730389. Ebook.

NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. Tradução de Adilson Dias Salles. 6.ed. Porto Alegre:
Elsevier, 2014. 531 p. il.color. ISBN 978-85-352-7679-6.

MARTINI, Frederic H.; TIMMONS, Michael J.; TALLITSCH, Robert B. Anatomia humana. Porto Alegre:
ArtMed, 2009. ISBN 9788536320298

PAULSEN, F; WASCHKE, J.(Coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e


neuroanatomia. Tradução de Marcelo Sampaio Narciso. 23.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012,2015. v.3. 376 p. il.color. ISBN 978-85-277-1938-4.

TEIXEIRA, Lucilia Maria de Souza; REHER, Peter; REHER, Vanessa Goulart Sampaio. Anatomia
aplicada à odontologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 433 p. il.color. ISBN 978-85-
277-1434-1 Ebook.

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