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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVÍNCIAL DE LUANDA

GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO E SAÚDE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

DIABETES MELLITUS

Conhecimento, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica


sobre as Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

Disciplina: Projeto Tecnológico

Orientador: Hélio Pereira

Luanda, 2023
Conhecimento, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica
sobre as Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

Trabalho de conclusão de curso apresentado


à como um dos requisitos para a obtenção do
título de Técnico Médio de Enfermagem.

Integrantes do grupo nº 1

Curso: Enfermagem

 Anabela Pinto
 Cecilía Pedro
 Francisca André
 Isabel Muanda
 Lalique Quitumba
 Miguel Tomás
 Nilsa Sebastão
 Pedro Manuel

O Orientador

__________________________

Hélio Pereira, Enf.

Luanda, 2023
Conhecimento, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica
sobre as Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

Integrantes do grupo nº 8

Curso: Enfermagem

 Anabela Pinto
 Cecilía Pedro
 Francisca André
 Isabel Muanda
 Lalique Quitumba
 Miguel Tomás
 Nilsa Sebastão
 Pedro Manuel

A BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Presidente do Corpo de Jurados

_______________________________________

1º Vogal

_______________________________________

2º Vogal

Data de Aprovação: ______/_______/2023


DEDICATÓRIA

Neste pequeno, mas sincero texto, aos nossos pais autores das nossas vidas, que
sempre nos auxiliam nas nossas escolhas, abrindo caminhos e nos segurando pela mão, nos
dando confiança frente aos desafios e adversidades, nos acompanhando rumo á realizações
dos nossos sonhos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pela vida e proteção que nos tem dado diariamente,
permitindo-nos chegar até aqui. Aos pro
EPÍGRAFE
RESUMO
INTRODUÇÃO OBJECTIVO: Avaliar os Conhecimento, Atitudes e Práticas dos
Estudantes do Colégio Santa Mônica sobre as Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a
Março de 2023. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo observacional, descritivo
transversal onde, 54 Estudantes do Colégio Santa Mônica fizeram parte do nosso universo e
50 Estudantes constituíram a nossa amostra. O presente estudo realizou-se através de
pesquisas bibliográficas, levantamento de dados e por meio de um inquérito elaborado pelo
grupo, foi também apresentado um termo de consentimento aos inquiridos antes do início da
recolha de dados e tivemos 3 variáveis de estudo. RESULTADOS: Foram estudados 50
Estudantes de ambos os sexos e observou-se que, quanto as variáveis demográficas, a maioria
era do sexo feminino com (58%), da faixa etária dos 18-23 anos de idade (54%) e que, (50%)
estava frequentando a décima e a outra metade (50%) estava frequentando a décima primeira,
décima segunda e décima terceira respetivamente. Sobre as variáveis de conhecimento,
atitudes e prática, observou-se que a maioria dos Estudantes inquiridos têm conhecimento,
corretos sobre a Diabetes Mellitus, mas que a maioria têm atitudes e práticas incorretas sobre
as formas de prevenção da Diabetes Mellitus.

Palavras – chave: Conhecimentos, atitudes e práticas, Diabetes Mellitus.


ABSTRACT

LISTA DE TABELAS
Tabela nº 1: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao Pag.2
sexo no período de Fevereiro a Março de 2023. 8

Tabela nº 2: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto a Pag.2


idade no período de Fevereiro a Março de 2023. 6

Tabela nº 3: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao Pag.2


nível de escolaridade no período de Fevereiro a Março de 2023. 7

Tabela nº 4: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao


Pag.2
conhecimento sobre o conceito da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a
7
Março de 2023.

Tabela nº 5: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto a Pag.3


causa da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a Março de 2023. 8

Tabela nº 6: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto aos


Pag.2
sinais e sintomas da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a Março de
9
2023

Tabela nº 7 Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao Pag.3


diagnóstico da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a Março de 2023. 0

Tabela nº 8: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao Pag.3


tratamento da Diabetes Mellitus, no período de Fevereiro a Março de 2023. 1

Tabela nº 9: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto as Pag.3


atitudes no período de Fevereiro a Março de 2023. 1

Tabela nº 10: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto as Pag.3
práticas no período de Fevereiro a Março de 2023. 2

SUMÁRI
O

DEDICATÓRIA...................................................................................................................................3

AGRADECIMENTOS.........................................................................................................................4

EPÍGRAFE...........................................................................................................................................5

RESUMO..............................................................................................................................................6

ABSTRACT..........................................................................................................................................7

...............................................................................................................................................................7

LISTA DE TABELAS..........................................................................................................................8

1.1Formulação do problema..........................................................................................................13

1.2. Justificativa..............................................................................................................................14

2.OBJETIVOS DO ESTUDO............................................................................................................15

2.1.Objectivo geral:........................................................................................................................15

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................................16

3.1. CLASSIFICAÇÃO..................................................................................................................16

3.1.1. Diabetes mellitus tipo 1....................................................................................................16

3.1.2 Diabetes mellitus tipo 2.....................................................................................................17

3.1.3. Diabetes gestacional..........................................................................................................17

3.2. FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MILITUS..................................................................18

3.3. FACTORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DA DIABETES MILITUS......19

3.4. CAUSAS...................................................................................................................................20

3.5. Manifestações clínicas.............................................................................................................20

3.6. COMPLICAÇÕES..................................................................................................................20

3.7.DIAGNÓSTICO.......................................................................................................................21

3.8.TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS......................................................................22

4.METODOLOGIA...........................................................................................................................24

4.1.Tipo de estudo:..........................................................................................................................24

4.2.Campo de estudo:.....................................................................................................................24
4.3.Carecteristicas gerais do campo de estudo:............................................................................24

4.4.Período de estudo:....................................................................................................................24

4.5.Universo de estudo:..................................................................................................................24

4.7.Critério de inclusão:.................................................................................................................24

4.8.Critério de exclusão:.................................................................................................................24

4.9.Variáveis:..................................................................................................................................24

4.10. Aspetos éticos:........................................................................................................................25

4.11.Recolha, análise e processamento de dados:.........................................................................25

5.TABELA DE SAÍDA DOS RESULTADOS ESPERADOS.........................................................26

6.CONCLUSÃO.................................................................................................................................33

7.CONSIDERACÕES FINAIS..........................................................................................................34

8. REFERÊNCIA...............................................................................................................................35

Apêndices............................................................................................................................................37

Apêndice C- Termo de consentimento................................................................................................40

Apêndice D – Inquérito de pesquisa....................................................................................................41

9.ANEXOS..........................................................................................................................................45
1.INTRODUÇÃO
Diabetes Mellitus (DM) é uma patologia que vem preocupando o cenário da
saúde pública, pela prevalência dos casos que vem aumentando a cada década e por suas
complicações (BRASIL, 2013). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde
(OMS), mais de 180 milhões de pessoas têm diabetes sendo que aproximadamente 11,3
milhões são brasileiros. Estima-se que esse número dobre em 2030, sendo que esse aumento
ocorrerá, principalmente, nas faixas etárias mais altas.

O DM manifesta-se por um conjunto de distúrbios metabólicos caracterizados por


aumento da glicemia no sangue podendo se apresentar em quatro formas clínicas: DM tipo 1,
DM tipo 2, o Diabetes Gestacional (DMG) e outros tipos específicos de diabetes, sendo o
mais comum DM tipo 2, seguido do tipo 1 da doença (DIAS; CRUZ, 2014). Ela faz parte de
um grupo de doenças conhecidas como Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e está
entre as dez que apresentam maior mortalidade no país (MARINHO, 2011; DUARTE;
BARRETO, 2012).

Sua patogênese está ligada à produção, secreção ou utilização deficiente da insulina,


esta que é a responsável por controlar o nível de glicose no sangue ao regular sua produção e
armazenamento, ou seja, existe uma quantidade normal de glicose circulante no sangue, onde
sua principal fonte é dos alimentos ingeridos. Quando as células do corpo param de responder
à insulina, ou quando o pâncreas para totalmente de produzi-la, o sangue fica com uma
quantidade anormal de glicose, causando hiperglicemia e acarretando assim no diabetes
(SMELTZER; BARE, 2011).

A importância do seu diagnóstico precoce e do tratamento adequado está relacionada à


progressão do DM, isto é, por poder ocorrer várias outras complicações agudas e crônicas
como, hipoglicemia, retinopatia, nefropatia, neuropatia e angiopatia, alterações nos grandes e
pequenos vasos e alterações nos pés, conhecidos também como “pé diabético”. Este último
acontece devido às alterações na sensibilidade das extremidades desencadeadas pela
neuropatia, que acaba provocando redução da dor e da sensibilidade nos pés, levando o
paciente a ignorar dores e até mesmo as feridas, que não tratadas acabam infecionando e
levando à destruição dos tecidos, em questão de horas ou dias. Por isso a importância da
pessoa diabética controlar sua glicemia adequadamente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DIABETES, 2016).

11
O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindose em
grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a
urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta
inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência
do diabetes em todo o mundo (SMELTZER; BARE, 2011).

As consequências humanas, sociais e econômicas são devastadoras: são 4 milhões de


mortes por ano relativas ao diabetes e suas complicações ( com muitas ocorrências
prematuras), o que representa 9% da mortalidade mundial total. O grande impacto econômico
ocorre notadamente nos serviços de saúde, como consequência dos crescentes custos do
tratamento da doença e, sobretudo das complicações, como a doença cardiovascular, a diálise
por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações de membros inferiores
(SMELTZER; BARE, 2011).

O maior custo, entretanto recai sobre os portadores, suas famílias, seus amigos e
comunidade: o impacto na redução de expectativa e qualidade de vida é considerável. A
expectativa de vida é reduzida em média em 15 anos para o diabetes tipo 1 e em 5 a 7 anos na
do tipo 2; os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doença cardiovascular e
acidente vascular cerebral; é a causa mais comum de amputações de membros inferiores não
traumática, cegueira irreversível e doença renal crônica terminal. Em mulheres, é responsável
por maior número de partos prematuros e mortalidade materna (SMELTZER; BARE, 2011).

O papel da família é o fator mais importante para predizer a adesão ao tratamento nos
primeiros anos da doença. Quando há coesão, organização e apoio dos familiares há melhor
adesão ao tratamento e um melhor controle metabólico em crianças, adolescentes e adultos
com diabetes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

12
1.1Formulação do problema
A Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo em
grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a
urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta
inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência
do diabetes em todo o mundo.

Em detrimento da situação epidemiológica alarmante sobre a Diabetes Mellitus


especialmente do tipo 2, surgiu a pergunta como ponte de partida:

Quais são os Conhecimentos, atitudes e práticas dos estudantes de saúde do


instituto Santa Mônica sobre a Diabetes Mellitus?

13
1.2. Justificativa
Para que se alcance a estabilidade e o controlo nos cuidados de pacientes com Diabetes
Mellitus é necessário Conhecimento para orientar corretamente as terapêuticas. Esse estudo
Abordará especificamente sobre o conhecimento que vai influenciar positivamente nas
atitudes e praticas diante a pacientes com Diabete Mellitus reduzindo os riscos de
desenvolverem a doença.

Razão pela qual desenvolvemos a ideia de elaborar um trabalho com o intuito de aferir
os conhecimentos, atitudes e práticas que os Estudantes de saúde do Colégio Santa Mônica
sobre Diabetes Mellitus, de maneiras a reunir informações que ajudarão certamente na
planificação e no tratamento dos pacientes com a patologia acima referida.

14
2.OBJETIVOS DO ESTUDO
2.1.Objectivo geral:
Avaliar os Conhecimentos, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica sobre
as Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

2.2.Objectivos específicos:

 Caracterizar a amostra segundo o perfil sócio e demográfico: sexo, idade, nível de


escolaridade;
 Caracterizar o conhecimento quanto ao conceito, sinais e sintomas, transmissão,
causas, prevenção e os cuidados;
 Identificar as atitudes dos estudantes diante do aparecimento de algum sinal ou
sintoma da doença;
 Identificar as práticas dos Estudantes;

15
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O DM é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum à
hiperglicemia (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016). Acontece devido à falta
ou insuficiente produção de insulina secretada pelas células beta das ilhotas de Langerhans no
pâncreas (SMELTZER; BARE, 2011).

Atualmente a classificação do DM baseia-se na etiologia e não no tipo de tratamento,


portanto, os termos "DM insulinodependente" para DM tipo 1 e "DM insulinoindependente"
para DM tipo 2 devem ser eliminados dessa categoria classificatória (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES, 2015). Segundo a OMS e Associação Americana de Diabetes
(ADA), a classificação do DM inclui quatro classes clínicas: DM tipo 1 (DM1), DM tipo 2
(DM2), outros tipos específicos de DM e DMG. Existem ainda outras duas categorias que não
são entidades clínicas, mas servem como alerta, pois são fatores de risco para o DM e doenças
cardiovasculares referidas como pré-diabetes (glicemia de jejum alterada) e a tolerância à
glicose diminuída (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

3.1. CLASSIFICAÇÃO
A diabetes mellitus é a síndrome defeituosa de carboidratos, lipídeos e proteínas,
causado tanto pela ausência de secreção de insulina como pela diminuição da sensibilidade
dos tecidos à insulina (SBD, 2016).
Existem dois tipos gerais de diabetes mellitus (SBD,2016).

 A diabetes tipo 1, também chamado de diabetes mellitus dependente de insulina (DMID), é


causado pela ausência de secreção da insulina;

 A diabetes tipo 2, também chamado de diabetes mellitus não dependente de insulina


(DMNID), é inicialmente causado pela diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvo ao
efeito metabólico da insulina. Essa sensibilidade reduzida à insulina é frequentemente
chamada de resistência insulínica;

 Outros tipos específicos de diabetes mellitus;

 Diabetes mellitus gestacional.

3.1.1. Diabetes mellitus tipo 1

Acomete cerca de 5 a 10% dos portadores de DM, e geralmente tem início em indivíduos
com menos de 30 anos de idade, entretanto pode acometer pessoas em qualquer faixa etária.

16
Ocorre devido à destruição das células beta do pâncreas, geralmente por processo autoimune,
determinada forma autoimune tipo 1A, ou, de forma menos frequente, por causa
desconhecida, determinada forma idiopática tipo 1B (GROSS, 2016).

3.1.2 Diabetes mellitus tipo 2


É a forma mais comum de DM, acometendo cerca de 90% dos pacientes diabéticos, e resulta
da deficiência da secreção de insulina ou de sua ação, podendo culminar em um aumento da
produção hepática de glicose, decorrentes dessas alterações em torno da insulina. A
predisposição para ocorrência de DM tipo 2 está interligada entre fatores genéticos e
ambientais, onde o estilo de vida é um dos fatores principais para o seu desencadeamento
(CHAVES; ROMALDINI, 2002).

A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral,
mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina
manifesta-se pela incapacidade de compensar essa resistência. Em alguns indivíduos, no
entanto, a ação da insulina é normal, e o defeito secretor mais intenso (SBD, 2016).

Geralmente seu desenvolvimento é lento, principalmente nas fases iniciais da doença, o que
faz com que essa forma de diabetes permaneça por muitos anos sem diagnóstico, devido ao
desenvolvimento gradativo da hiperglicemia e a ausência de sintomas característicos. Isso
potencializa as chances de agravamento da doença, uma vez que o diagnóstico geralmente é
tardio (GROSS, 2016).

3.1.3. Diabetes gestacional


É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente se resolvendo
no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande parte dos casos. Representa
riscos DIABETES MELLITUS Marques, I. C. TCC 2018 - 25 tanto para a mãe quanto para o
bebê, e a probabilidade de que as mulheres que desenvolveram DG se tornem diabéticas
futuramente são consideráveis (SBD, 2016). Os fatores de risco associados ao diabetes
gestacional são semelhantes aos descritos para o diabetes tipo 2, incluindo, ainda, idade
superior a 25 anos, ganho excessivo de peso na gravidez atual, deposição central excessiva de
gordura corporal, baixa estatura, crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou
pré-eclâmpsia na gravidez atual, antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal (SBD,
2016).

17
3.2. FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MILITUS
Além das funções digestivas, o pâncreas secreta dois hormônios importantes, a
insulina e o glucagon. O pâncreas é composto por dois tipos principais de estruturas: os
ácinos, que secretam sucos digestivos para o duodeno e as ilhotas de Langherans, que
secretam insulina e glucagon diretamente para o sangue. A ilhota de Langherans do ser
humano contém três tipos principais de células, alfa, beta e delta. As células betas secretam
insulina, as células alfas secretam glucagon e as células delta secretam somatostatina, cujas
funções mais importantes não foram totalmente esclarecidas. A função básica da insulina é a
ativação dos receptores das células - alvo e os consequentes efeitos celulares. O principal
efeito celular da insulina é o de tornar as membranas celulares altamente permeáveis à glicose
(GUYTON; HALL, 2006).

Imediatamente após uma refeição rica em carboidratos, a glicose que é absorvida pelo
sangue causa uma rápida secreção de insulina. Esta, por sua vez, promove a captação, o
armazenamento e a rápida utilização da glicose por quase todos os tecidos corporais, mas
especialmente pelos músculos, pelo tecido adiposo e pelo fígado (GUYTON; HALL, 2006).

Quando os músculos não estão sendo exercitados durante o período subsequente a uma
refeição e ainda assim a glicose está sendo transportada em abundância para as células
musculares, a maior parte da glicose é armazenada sob a forma de glicogênio muscular que
pode ser utilizado posteriormente para fins energéticos. De todos os efeitos da insulina, um
dos mais importantes é fazer com que a maior parte da glicose absorvida após uma refeição
seja quase imediatamente armazenada no fígado, sob a forma de glicogênio (GUYTON;
HALL, 2006).

Por esta razão, é essencial que o nível sanguíneo de glicose seja sempre mantido acima
de um nível crítico. Quando a glicemia efetivamente cai em demasia, ocorrem sintomas de
choque hipoglicêmico, caracterizado por irritabilidade nervosa progressiva que leva a
desfalecimento, convulsões e mesmo coma. Todos os aspetos da degradação e utilização da
gordura para fornecimento de energia experimentam grande incremento na ausência de
insulina. SBD,2016)

18
A concentração sanguínea de glicose e a secreção de insulina possuem uma relação de
feedback. Quando a glicemia aumenta, a secreção de insulina aumenta rapidamente. O
glucagon exerce várias funções opostas às da insulina. A mais importante delas é seu efeito de
aumentar a concentração sanguínea de glicose.

A injeção de glucagon purificado num animal produz intenso efeito hiperglicêmico.


Os dois principais efeitos do glucagon sobre o metabolismo da glicose são a decomposição do
glicogênio hepático (glicogenólise) e o aumento da gliconeogênese. O aumento da glicose
sanguínea inibe a secreção de glucagon. Em pessoas normais, a concentração sanguínea de
glicose é mantida dentro de limites muito estreitos, em geral na faixa de 80 a 90 mg/dl de
sangue quando em jejum podendo chegar a 140 mg/dl após uma refeição. O fígado funciona
como um importante sistema tampão para a glicose sanguínea (GUYTON; HALL, 2006)

A diabetes mellitus decorre da diminuição da secreção de insulina pelas células beta


das ilhotas de Langerhans. A hereditariedade da geralmente uma contribuição importante para
o diabetes. Ela faz aumentar a suscetibilidade das células beta aos vírus ou favorecendo o
desenvolvimento de anticorpos auto - imunes c ontra as células beta e, em outros casos,
parece haver uma simples tendência hereditária para a degeneração das células beta
(SBD,2016).

A obesidade também contribui para o desenvolvimento do diabetes. A teoria do tratamento do


diabetes se baseia na administração de insulina suficiente para possibilitar que o metabolismo
de carboidratos, lipídios e proteínas fique tão próximo do normal quanto possível. Os
pacientes diabéticos têm tendência extremamente forte ao desenvolvimento de aterosclerose,
cardiopatia coronária grave e múltiplas lesões micro circulatórias (GROSS, 2016).

3.3. FACTORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DA DIABETES MILITUS


O diabetes mellitus desenvolve-se através da interação entre fatores genéticos e fatores
ambientais, ou seja, indivíduos que são geneticamente propensos a ter diabetes podem
apresentar a doença quando expostos a determinados eventos (fatores ambientais) durante a
vida. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os fatores de risco para a DM
são relacionados aos fatores genéticos, principalmente no caso de DM tipo 1, e o diagnóstico
de pré - diabetes, pressão alta, colesterol alto ou triglicérides alteradas, sobrepeso com
acúmulo de gordura focalizada em especial na região abdominal, Síndrome do Ovário

19
Policístico, depressão ou medicamentos glicocorticoides, que estão mais ligados a DM tipo 2
(SBD,2016).

3.4. CAUSAS
A DM é causada por um problema na secreção da insulina ou na ação desse hormônio.
A diabetes do tipo 1 é desencadeada destruição das células do pâncreas responsáveis pela
produção de insulina. Nesse caso, percebemos a ocorrência de um problema autoimune, ou
seja, as células do pâncreas são atacadas pelo sistema imune do próprio paciente.

Já a diabetes do tipo 2, o que se verifica é um problema na secreção ou ação da


insulina. A diabetes do tipo 2 geralmente acontece em pessoas com sobrepeso ou obesidade.
A diabetes gestacional por sua vez, não possui causa bem esclarecida. (MARINHO, 2011;
DUARTE; BARRETO, 2012).

3.5. Manifestações clínicas


As diabetes mellitus desencadeia a chamada hiperglicemia, que causa o aumento dos níveis de
glicose no sangue. A hiperglicemia manifesta como sintomas:

 Poliúria;
 Nictúria;
 Perda de peso;
 Polifagia;
 Polidipsia;
 Boca seca;
 Fraqueza;
 Visão turva.

Vale destacar que a hiperglicemia crônica pode desencadear complicações, levando a disfunção e
falência de vários órgãos, tais como olhos, rins, coração e nervos.

3.6. COMPLICAÇÕES
O estilo de vida do paciente diabético, incluindo fatores como sedentarismo,
alimentação e até mesmo a maneira que ele controla os seus níveis glicêmicos através do
tratamento, influenciam nas complicações advindas do DM. Visto isso, é de extrema
importância o controle dos níveis glicêmicos, uma vez que a persistência dessa hiperglicemia

20
pode culminar em complicações agudas, como, cetoacidose diabética, coma hiperosmolar não
- cetótico e hipoglicemia, quanto complicações crônicas, como as microvasculares
(neuropatia periférica, retinopatia e nefropatia) e macrovasculares (doença arterial
coronariana, doença cerebrovascular e vascular periférica). Ambas as complicações estão
relacionadas ao tempo da doença, onde a aguda tem a manifestação de seus sintomas de
forma mais imediata, e a crônica provém de uma manifestação dos seus sintomas após anos
de evolução da doença, e que se relacionam diretamente a um controle glicêmico inadequado
(CHAVES; ROMALDINI, 2012).
A Síndrome Hiperglicêmica Hiperosmolar Não-cetótica (SHHNC) afeta pacientes
com DM2, causando desidratação grave, hiperglicemia, hiperosmolaridade e torpor
(sentimento de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade e do movimento;
entorpecimento) (SMELTZER; BARE, 2011).

Já as complicações crônicas da DM do tipo 1 e do tipo 2, que constituem a principal


causa de morbidade e mortalidade, são as complicações macrovasculares, em particular a
doença cardiovascular. Quando se trata no DM1, as complicações crônicas surgem dentro de
aproximadamente 10 anos após o diagnóstico inicial, a prevalência das complicações
microvasculares (retinopatia, nefropatia) e de neuropatia é maior no DM1. Ao se falar de DM,
é necessário que o paciente esteja ciente das complicações crônicas que podem aparecer
durante sua vida, quando se trata do DM2 as complicações crônicas podem surgir a qualquer
momento, devido o seu início insidioso (SMELTZER; BARE, 2011; CORTEZ, 2015).

3.7.DIAGNÓSTICO
Considerando ser o DM uma doença crônica que requer tanto uma assistência médica
contínua como a educação do paciente visando o auto - controle da doença, e as sérias
complicações agudas e crônicas, estabelecer o diagnóstico precoce é fundamental para reduzir
e prevenir os agravos vasculares. Por algumas décadas, o diagnóstico de diabetes baseia-se na
detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos de exames que podem ser utilizados no
diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose com
sobrecarga de 75 g em duas horas (TOTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c).
Para se considerar o diagnóstico de DM, devem ser obtidos valores de glicemia de jejum
(mínimo de 8 horas) acima de 126 mg/dL. A presença de valores na faixa de 100 mg/dL e 126
mg/dL recomendam a realização do Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), que consiste
na ingestão de 75 g de glicose anidra, seguida de uma coleta de sangue após 2 horas de
ingestão dessa glicose anidra. Caso sejam obtidos valores acima de 140 mg/dL, é identificada

21
a presença de intolerância à glicose (SBD, 2016). Já valores acima de 200 mg/dL
diagnosticam a presença de DM.

Indivíduos que apresentam os valores de glicemia de jejum normal, mas que possuam
fatores de risco para DM, como obesidade, sedentarismo, história familiar de DM e idade
superior a 45 anos, devem realizar o TOTG para fins diagnósticos, sendo os exames
considerados padrão ouro para diagnóstico (GROSS, et al. 2004). A Hemoglobina Glicada
(HbA1c) foi proposta como um critério para diagnóstico, já que avalia a exposição à glicemia
com o tempo e seus valores permanecem estáveis após a coleta. Além disso, é considerada o
padrão ouro para acompanhamento laboratorial da DM (SBD, 2016).

3.8.TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS


O DM por ser uma doença crônica, seu tratamento exige cuidado e comprometimento
da pessoa diabética. Esta centrada na educação ou reeducação alimentar e prática de
exercícios físicos. O tratamento do DM tem como função regular a glicemia no organismo e
evitar as complicações crônicas (CORREIA, 2015). O autocuidado é a parte mais importante
do tratamento do DM. Sem o comprometimento do paciente o tratamento se torna ineficiente
e para que se possa promover o autocuidado, o paciente deve ter apoio de pessoas próximas e
estar bem informado. Essas informações são transmitidas através dos profissionais de saúde,
que também servem como uma rede de apoio (BRASIL, 2012).

A pessoa que recebe o diagnóstico de diabetes deve ser informada que irá necessitar de
uma mudança no seu estilo de vida, ou seja, terá que buscar uma vida saudável onde inclua
atividades físicas, mudança nos hábitos alimentares e momentos de lazer. O paciente deve
estar ciente que essa mudança tem que partir dele, ele que escolhe qual a melhor forma de agir
para cuidar da sua saúde. A família e a comunidade têm um papel importante na vida de um
diabético, pois participam desse processo de mudança de hábito seja motivando, auxiliando e
informando (BRASIL, 2012).

O tratamento mais importante e de maior impacto tanto na saúde quanto no estilo de


vida de uma pessoa diabética é sem dúvida o cuidado com a alimentação. Independente do
tempo de diagnóstico ou do tipo de DM. Quando o paciente tem acompanhamento nutricional
e se compromete com o tratamento, os riscos de complicações microvasculares e de doenças
cardiovasculares diminuem além de surtir efeitos sobre o peso corporal (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

22
O tratamento do DM2 não é realizado apenas com antidiabéticos orais, com o tempo e
evolução da doença, se torna necessária além da utilização de fármacos orais, o uso de
insulinas para controle metabólico com o intuito de prevenir o aparecimento das complicações
crônicas. Importante salientar que apenas o tratamento farmacológico não é eficaz para o
controle do diabetes, a alimentação e exercícios físicos são fatores que irão auxiliar na eficácia
do tratamento (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

3.8. MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Quando fala-se de medidas de prevenção da diabetes mellitus refere-se mais


especificamente ao tipo 2 da doença, considerada a mais comum que são:

 Alimentação saudável;
 Práticas de exercícios físicos;
 Controle do estresse e pressão arterial;
 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros;
 Realização de exames de rotina.

3.9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM

A diabetes mellitus não tem cura. Mas o paciente pode ter uma boa qualidade de vida,
sem grandes riscos. Para isso, basta manter os costumes saudáveis combinados com a
medicação.

Todavia, mais do que informar, os profissionais de enfermagem orientam o paciente


diabético para que ele possa se manter no controle da doença. As ações que são mais comuns
no atendimento são:

 Educar sobre a medição das taxas de açúcar no sangue por meio do


glicosímetro;
 Explicar o jeito certo de dar injeção de insulina;
 Orientar como manipular e guardar as medicações;
 Ensinar o descarte correto das agulhas;
 Mostrar como cuidar das feridas e como fazer curativos;
 Acompanhar a glicemia do paciente hospitalizado, dando as medicações e
verificando os sinais vitais;

23
 Questionar sobre hábitos e costumes que tornam o tratamento mias eficaz.

4.METODOLOGIA
4.1.Tipo de estudo:
Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal onde foram avaliados os
Conhecimento, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica sobre as Causas
da Diabetes Mellitus.

4.2.Campo de estudo:
O estudo foi realizado no Colégio Santa Mônica, situado no município do Belas/Luanda.

4.3.Carecteristicas gerais do campo de estudo:


O Colégio Santa Mônica situa-se em Luanda/Angola, no município do Belas.

4.4.Período de estudo:
O estudo foi realizado em Fevereiro de 2023.

4.5.Universo de estudo:
O universo foi constituído por 54 Estudantes do Colégio Santa Mônica, em Fevereiro de
2023.

4.6.Amostra:

A amostra foi não probabilística por conveniência, constituída por 50 Estudantes do Colégio
Santa Mônica que voluntariamente se disponibilizaram a participar do estudo.

4.7.Critério de inclusão:
Foram incluídos os Estudantes do Colégio Santa Mônica que voluntariamente se
disponibilizaram a participar d o estudo.

24
4.8.Critério de exclusão:
Foram excluídos os Estudantes do Colégio Santa Mônica que não preencherem
corretamente a ficha de inquérito.

4.9.Variáveis:
a) Sócio e Demográfico: sexo, idade, nível de escolaridade.

b) De Estudo:

 Quanto ao conhecimento: Sobre o conceito, causa, transmissão, fatores de


risco, sinais e sintomas, prevenção.
 Quanto as atitudes: Diante do aparecimento de algum sinal e/ou sintoma da
Diabetes Mellitus, atitudes após ao diagnóstico.
 Quanto as práticas: Diante a Hiper-glicémia.

4.10. Aspetos éticos:

Foi solicitado por escrito a autorização da direção do Colégio Santa Mônica, para o
devido levantamento de dados. Foi apresentado um termo de consentimento aos inquéritos
antes do início da recolha de dados.

4.11.Recolha, análise e processamento de dados:


Após a recolha de dados os conceitos foram processados no programa informático Windows
10, utilizando o Microsoft word para a estrutura do texto, o Microsoft excel para elaboração
de tabelas, e o Microsoft power point na formação da apresentação gráfica. Os desfechos
serão apresentados em forma de tabelas.

25
5.TABELA DE SAÍDA DOS RESULTADOS ESPERADOS
A apresentação dos dados serão efetuados por meio de tabelas distribuídas segundo as
variáveis selecionadas para serem estudadas.

Tabela nᵒ 1: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao sexo no


período de Fevereiro a Março de 2023.

Sexo Fr %

Masculino 21 42%

Feminino 29 58%

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 1 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, predomina o sexo
feminino com 29 (58%).

26
Tabela nº 2: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto a idade
no período de Fevereiro a Março de 2023.
Idade Fr %

15-20 27 54%

20-25 16 32%

25-30 1 2%

30-35 1 2%

≥35 5 10%

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 2 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 27 (54%) estavam na faixa etária dos 15 aos 20 anos.

Tabela nᵒ 3: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao nível de


escolaridade no período de Fevereiro a Março de 2023.

Nível de Fr %
escolaridade

11ª 25 50%

12ª 25 50%

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito

27
A tabela nº 3 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 20 (40%) estaria frequentando a 10ª classe, e 5 (10%) estaria frequentando a 13ª
classe.

Tabela nᵒ 4: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao


conhecimento sobre o conceito da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a Março de
2023.

Conceito da Diabetes Mellitus Fr


%

Doença caracterizada pelo aumento da glicemia no sangue 44


88%

Doença caracterizada por açúcar no sangue 4


8%

Doença caracterizada por falta de sal no sangue 2


4%

Total 50
100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 4 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 44 (88%) tinham conhecimento sobre o conceito da diabetes mellitus, e 2 (4%) não
tinham conhecimento.

Tabela nᵒ 5: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto a causa


da Diabetes Mellitus no período de Fevereiro a Março de 2023.
Quanto a causa da Diabetes Fr %
Mellitus

De mãe para filho durante a gestação 7 14%

Consumo excessivo de açúcar 2 4%

28
Falta de insulina 41 82%

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 5 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 41 (82%) tinham conhecimento sobre a causa da diabetes mellitus, e 2 (4%) não
tinham conhecimento.

Tabela nᵒ 7: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto aos sinais e
sintomas da Diabetes Mellitus, no período de Fevereiro a Março de 2023.

Sinais e Sintomas Fr %

Perda de peso 33 66%

Vômito 1 2%

Anorexia 2 4%

Hemorragia 1 2%

Febre 10 20%

Infeções 3 6%

Total 50
100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 7 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 33 (66%) tinham conhecimento sobre os sinais e sintomas da diabetes mellitus e 1
(2%) não tinham conhecimento.

29
Tabela nᵒ 8: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao diagnóstico
da Diabetes Mellitus, no período de Fevereiro a Março de 2023.

Quanto ao diagnóstico Fr
%

Exame oncológico 2
4%

Exame de glicemia em jejum 47


94%

Pesquisa de radiografia 1
2%

Total 50
100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 8 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 47 (94%) tinham conhecimento sobre o exame de diagnóstico da diabetes mellitus e
1 (2%) não tinham conhecimento.

30
Tabela nᵒ 9: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto ao tratamento
no período de Fevereiro a Março de 2023.

Quanto ao tratamento Fr %

3 6%
Consumo de sal
24 48%
Reeducação alimentar e prática de exercícios
fisicos 23 46%

Administração de insulina

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito


A tabela nº 9 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 24 (48%) tinham conhecimento sobre o tratamento da diabetes mellitus, e 3 (6%) não
tinham conhecimento.

Tabela nᵒ 10: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto as atitudes no
período de Fevereiro a Março de 2023.

Quanto as atitudes Fr %

0 0%
Aconselhar a ajuda tradicional
23 46%
Atenuar os sinais e sintomas e
diagnosticar 27 54%

Avisar os familiares

Total 50 100%

Fonte: Ficha de inquérito

31
A tabela nº 12 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa
Mônica, 27 (54%) teriam atitude incorreta diante os sinais e sintomas da diabetes mellitus, e
23 (46%) teria prática correta.

Tabela nᵒ 13: Distribuição dos Estudantes do Colégio Santa Mônica, quanto as práticas no
período de Fevereiro a Março de 2023.

Quanto as práticas F %
r

32
2 40
Orientar o autocuidado, reedicução alimentar e práticas de
0 %
exercícios físicos

2 58
Aconselhar a medicação até sentir-se melhor 9 %

Praticar exercícios físicos 2%


1

Total 5 100
0 %

Fonte: Ficha de inquérito

A tabela nº 13 revela que dos 50 (100%) dos Estudantes inquiridos, no Colégio


Santa Mônica, 29 (58%) não teria prática correta diante ao paciente diagnosticado com
diabetes mellitus e 1 (2%) teria prática incorreta.

33
6.CONCLUSÃO

Concernentes as variáveis demográficas observou-se que dos 50 Estudantes inquiridos,


no Colégio Santa Mônica, a maioria era do sexo feminino com (58%), da faixa etária dos 15-
20 anos de idade (54%) e que, (40%) estaria frequentando a 10ª classe.

Relativamente ao conhecimento sobre a Diabetes Mellitus, observou-se que dos 50


Estudantes inquiridos, no Colégio Santa Mônica, a maioria tinha conhecimentos sobre o
conceito da Diabetes Mellitus (88%), causa (82%), sinais e sintoma (66%), diagnóstico
(94%), e tratamento (48%).

Concernente as atitudes diante do aparecimento de algum sinal e/ou sintomaDiabetes


Mellitus, identificou-se que dos Estudantes inquiridos, no Colégio Santa Mônica a maioria
(54%) não teria atitude correta diante o aparecimento de algum sinal e ou sintoma da Diabetes
Mellitus.

Quanto as práticas verificou-se que a maioria não têm boas práticas, por aconselharem
a medicação até quando o paciente sentir-se melhor (58%).

34
7.CONSIDERACÕES FINAIS
Tendo em conta os resultados obtidos, deixamos a seguinte sugestão aos profissionais
de saúde:

Melhorar a assistência de enfermagem às pessoas com Diabetes Mellitus, oferecendo


principalmente informações sobre a doença ao paciente, e aos familiares, por meio de ações
educativas e preventivas, podendo oferecer mudanças comportamentais.

35
8. REFERÊNCIA
Atenção Básica. Cadernos da atenção básica: Rastreamento. 1º edição. Brasília: Ministério da
Saúde, 2010.
ADA - American Diabetes Association: Standards of Medical Care in Diabetes - 2017.

BRASIL. Portal Brasil. Ministério da Saúde. Saúde: Número de pessoas com Diabetes
aumenta 40% em seis anos. Brasília, 2014.

Doenças Crônicas: Prevenção e Controle. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

Diabetes - 2015-2016. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2016. 352 p.

Diabetes Care 2017; 40 (Suppl. 1): S1-S135.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de


Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Politica Nacional de Atenção Básica. 1º
edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) - São Paulo: A.C. Farmacêutica,


2016.

LOTTEMBERG, A.M.P. Características da Dieta nas Diferentes Fases da Evolução do


Diabetes Melito Tipo 2. SP, v. 52, n. 2, p. 250-259, 2008.

MEDPORTAL. Complicações Crônicas Microvasculares do Diabetes Mellitus. Rio de


Janeiro, 2017.

MARINHO, Niciane Bandeira Pessoa et al. Risco para diabetes mellitus tipo 2 e fatores
associados. Acta Paulista de Enfermagem, [s.l.], v. 26, n. 6, p.569-574, dez. 2013.
MACHADO, Ana; OHLSON, Melissa; DANDONA, Paresh: Comer bem para combater o
diabetes. Tradução de Thais Miremis Sanfelippo da Silva Amadio. 1 ed. São Paulo: Riddel,
2006.

NANDA INTERNACIONAL. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e


classificação 2015-2017/ NANDA Internacional; tradução Regina Machado Garcez. Porto
Alegre: Artmed, 2015.
PEDROSA, L.F.C. Minerais e Diabetes Mellitus. In: COZZOLINO, S.M.F.
Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri, SP: Manole, 2005. p. 704-719.

36
SCAIN, Suzana Fioreet al. Acurácia das intervenções de enfermagem para pacientes com
diabetes mellitus tipo 2 em consulta ambulatorial. Revista Gaúcha de Enfermagem, [s.l.], v.
34, n. 2, p.14-20, jun. 2013.
Tratamento e acompanhamento do Diabetes mellitus - Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Diabetes, 2015-2016.

37
Apêndices

38
Apêndice A - Cronograma das atividades

Meses

Actividade Dezembro Janeiro Fevereiro Março

Escolha do tema e do
título

Pesquisa bibliográfica

Elaboração dos
objectivos e
metodologia

Entrega do protocolo

Recolha de dados de
campo

Análise e
processamento de dados

Revisão do TCC

Encadernação do TCC

Montagem do TCC em
Power Point

Entrega do TCC em
Word

Ensaio e apresentação

39
Apêndice B- Tabela de recurso

Nº Materiais Quantidade Custo


1 Computador 1 239.000
2 Telefone 9 680.000
3 Impressora 1 30.000
4 Folha A4 1 3.000
5 Livros 4 80.000
6 Encadernação 6 6.000
7 Internet 9 40.000
8 Lápis 10 5.000
9 Tinteiro 1 5.000
8 Esferográfica 10 2.000
3 Pendrive 3 9.000
Total 52 1.000.000

40
Apêndice C- Termo de consentimento
Nós abaixo assinado, finalistas do curso técnico de Enfermagem do centro, do referente
ano 2023 estamos a realizar uma pesquisa sobre as causas da Diabetes Mellitus dos
Estudantes do Colégio Santa Mônica, de Fevereiro a Março de 2023.

Por isso solicitamos a sua colaboração para participar no estudo, respondendo um


instrumento contendo várias questões relacionadas ao nosso tema.

A participação e interesse no estudo vulnerável e não será nenhum risco ou custo para a
sua pessoa. A sua identidade será mantida no anonimato.

Declaro que após ter recebido e entendido os esclarecimentos, aceito participar no estudo.

Luanda, aos………………….de…………………2023

Assinatura do entrevistado

_______________________________

Assinatura dos pesquisadores


________________________
________________________
________________________
________________________
________________________
________________________
________________________
________________________

Apêndice D – Inquérito de pesquisa

41
REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVÍNCIAL DE LUANDA

GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO E SAÚDE

Protocolo de Pesquisa Para o Trabalho de Conclusão do Curso

CURSO: ENFERMAGEM

FICHA DE INQUÉRITO

Título: Conhecimento, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica sobre as
Causas da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

Inquérito:

Este inquérito é anónimo e confidencial, visa recolher informações sobre os Avaliar os


Conhecimentos, Atitudes e Práticas dos Estudantes do Colégio Santa Mônica sobre as Causas
da Diabetes Mellitus, de Fevereiro a Março de 2023.

Agradecemos que responda as questões com muita sinceridade e marque com (X) dentro dos
quadros a sua resposta.

42
Variáveis Sócio- Demográficas

1. Sexo:

a) Masculino
b) Feminino

2. Idade_____

3. Nível de escolaridade:

a) 10º
b) 11ª
c) 12ª
d) 13ª

Variáveis sobre conhecimento

1. O que é a Diabetes Mellitus?

a) Doença caracterizada pelo aumento da glicemia no sangue


b) Doença caracterizada por açúcar no sangue
c) Doença caracterizada por falta de sal no sangue

2. A Diabetes Mellitus é causada por:

a) De mãe para filho durante a gestação


b) Consumo excessivo de açúcar
c) Falta de insulina

43
4. Quais são os sinais e sintomas?

a) Perda de peso
b) Vômitos
c) Anorexia
d) Hemorragia
e) Febre
f) Infeções

5. Qual é o exame de diagnóstico?

a) Exame oncológico
b) Exame de glicose em jejum
c) Exame de radiografia

6. Qual é o tratamento?

a) Consumo de sal
b) Reeducação alimentar
c) Administração de insulina

Variáveis sobre a atitude

9. Perante os sinais e sintomas da anemia falciforme, qual tem sido a sua atitude?

a) Aconselhar a ajuda tradicional


b) Atenuar os sinais e sintomas e diagnosticar
c) Avisar aos familiares

44
Variáveis sobre as práticas

10. Perante as atitudes citadas acima, qual seria a sua prática perante um paciente
diagnosticado com anemia falciforme, sabendo que a doença não tem cura?

a) Orientar o autocuidado, reeducação alimentar e práticas de exercícios físicos


b) Aconselhar a medicação até sentir-se melhor
c) Praticar exercícios físicos

45
9.ANEXOS

46
47

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