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Bolsista:
Gabriel Miller de Oliveira
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
(35) 9915-3121
gabrielmiller_1@hotmail.com
Orientador:
Marcos Daisuke Oyama
(12) 3947-4572
marcosoyamamdo@iae.cta.br
Resumo
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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
1. Introdução
(a) (b)
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http://www.aeb.gov.br/que-vantagens-o-centro-de-lancamento-de-alcantara-ma-possui-sobre-
outros-centros-de-lancamento-no-mundo/
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Para região do CLA, a explicação usual é que o ciclo anual de precipitação seria
moldado por um fator dinâmico, a convergência atmosférica em baixos níveis
associada à atuação da Zona de Convergência Intertropical do Atlântico (ZCITA)
(Melo et al., 2009). Na Fig. 3, ilustra-se a atuação da ZCITA na costa norte do
Nordeste brasileiro. A confluência em baixos níveis na ZCITA resulta no
levantamento de parcelas de ar. No trimestre chuvoso, ao atingir a sua posição mais
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No trimestre seco, no entanto, o fator limitante passa a ser a ocorrência de ventos intensos à
superfície.
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Por outro lado, estudos atuais tem mostrado que a transição de convecção
convecção rasa
para profunda depende de fatores termodin
termodinâmicos,
âmicos, como a umidade entre os baixos
e médios níveis (por
por exemplo, Wu et al., 2010). Para a região do CLA, Oliveira e
Oyama (2009) sugerem que a umidade em 700 hPa deve ser um fator importante
para a ocorrência de convecção profunda. Neste trabalho, o objetivo é verificar o
papel dos fatores termodinâmicos no ciclo anual de precipitação na região do CLA
por meio da implementação e do uso de um modelo de parcela de ar (parcel
parcel model).
model
O modelo simula o movimento vertical de uma parcela de ar.
ar Pela sua simplicidade,
esse tipo de modelo é atualmente empregado em testes iniciais de esquemas de
microfísica
icrofísica de nuvens (p.ex., Diehl et al., 2006). Neste trabalho, o modelo não
possui nenhum esquema de microfísica, pois o interesse está somente na altura
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final atingida por uma parcela que ascende a partir dos níveis troposféricos mais
baixos sobre a região do CLA.
2. Material e métodos
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http://www.docstoc.com/docs/100875220/Chapter-1-The-cloud-parcel-model
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3. Resultados
Em relação ao ciclo diário (Fig. 5), há um padrão geral, com menores valores de
altura (em que a parcela de ar se estabiliza) durante a noite (00 e 06 UTC), e
maiores valores durante o dia (12 e 18 UTC). A altura máxima ocorre às 18 UTC,
coincidindo com o horário de maior instabilização da atmosfera em baixos níveis,
exceto na estação seca (quando a altura máxima é atingida às 12 UTC). Durante a
noite, as alturas permanecem praticamente constantes (pouca diferença entre as
altitudes em 00 e 06 UTC). Logo, considerando todos os horários do dia, as alturas
atingidas pela parcela variam de 400 a 700 m, ou seja, parcelas de ar seco
provenientes de baixos níveis não são capazes de atingir os altos níveis da
troposfera.
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No período úmido da estação chuvosa (Fig. 9), com velocidade vertical inicial maior
que 2 m s-1 pode ocorrer convecção profunda em todos os horários, exceto às 18
UTC, quando a convecção é aprofundada somente para velocidades verticais
maiores que 8 m s-1. Em relação aos períodos secos, a possibilidade de convecção
profunda ocorre na maior parte do dia durante o período úmido, o que concorda com
Oliveira e Oyama (2009).
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4. Conclusões
Para a região do CLA, no caso do ar seco, existe um padrão geral no ciclo diário
das alturas atingidas pela ascensão de uma parcela de ar que representa as
condições médias da camada de 500 m a partir da superfície. Os menores valores
de altura ocorrem durante a noite (00 e 06 UTC), enquanto os maiores valores
ocorrem durante o dia (12 e 18 UTC). As alturas, no entanto, ficam confinadas em
baixos níveis, ou seja, a convecção seca não consegue se aprofundar.
Referências
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Diehl, K.; Simmel, M.; Wurzler, S. Numerical sensitivity studies on the impact of
aerosol properties and drop freezing modes on the glaciation, microphysics, and
dynamics of clouds. J. Geophys. Res., v. 111, , D0720, 2006.
Pereira, E. I.; Miranda, I.; Fisch, G. F.; Machado, L. A. T.; Alves, M. A. S. Atlas
climatológico do Centro de Lançamento de Alcântara. São José dos
Campos: Centro Técnico Aeroespacial, 2002.
Wu, C.-M.; Stevens, B.; Arakawa, A. What Controls the Transition from Shallow to
Deep Convection?. J. Atmos. Sci., v. 66, p. 1793-1806, 2009.
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