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ROEDORES

INTRODUÇÃO

Quando falamos ratos, queremos dizer ratazana, rato de telhado e camundongo. Estes animais
provavelmente tiveram origem na China, tornaram-se pragas e distribuíram-se por todo o mundo.

São carreadores de vários micróbios que causam várias doenças tanto aos homens como aos
animais domésticos. Contaminam ambientes, embalagens e produtos diversos com fezes, urina,
secreções, pêlos, sangue, restos fetais, cadáveres etc.

Além disso, provocam muitos prejuízos através de escavações próximas a edificações prediais,
que dão origem a infiltrações e atraem aranhas, escorpiões e até mesmo cobras. Os ratos também
danificam plantações em todas suas fases, desde a semeadura, passando pelos produtos
amadurecidos ainda em campo até o armazenamento, seja em paióis, silos ou graneleiros.

Roem diversos tipos de materiais, acarretando enormes prejuízos em embalagens de papelão,


plástico, madeira, sacarias, e também atacam estruturas como cabos telefônicos, fiação elétrica,
chegando a provocar curto-circuitos e, conseqüentemente, incêndios de pequenas a grandes
proporções.

Em muitos ambientes a simples presença de um rato é motivo de pânico, horror ou até mesmo
prejuízo.

Doenças que causam: leptospirose, salmonelose, peste bubônica, hantavirose etc.

PRINCIPAIS ESPÉCIES

Rattus rattus, Rattus norvegicus, Mus musculus são as espécies de roedores que vivem em íntima
associação com o homem e os animais domésticos, compartilhando com estes água, alimento e
abrigo. Estas espécies de roedores distinguem-se entre si na cor, no tamanho, na conformação,
nos hábitos e no habitat.

RAT0 DE TELHADO (Rattus rattus)

Vivem no alto, sobre as paredes e estruturas que


suportam o telhado ou sobre as árvores.

Preferência alimentar: cereais, frutas, castanhas.

DADOS BIOLÓGICOS

Longevidade 36 a 48 meses
Longevidade
48 meses
máxima descrita
Raio de ação até 30 m
270 a 350
Frequência cardíaca
bat/min
Frequência 66 a 114
respiratória bat/min
Consumo de água até 30 ml/dia
Consumo
aproximado de 13 a 18 g/dia
comida
Produção de urina 16 ml/dia
Produção de fezes 6 a 13 g/dia
Peso 200 a 300 g
Período de sono 13 a 24 horas

RATAZANA (Rattus norvegicus)

Habitam o solo, próximo à água.

Preferência alimentar: cereais, carnes, frutas,


castanhas.

DADOS BIOLÓGICOS

Longevidade 36 a 48 meses
Longevidade máxima descrita 48 meses
Raio de ação até 30 m
Frequência cardíaca 270 a 350 bat/min
Frequência respiratória 66 a 114 bat/min
Consumo de água até 30 ml/dia
Consumo aproximado de comida 13 a 18 g/dia
Produção de urina 16 ml/dia
Produção de fezes 6 a 13 g/dia
Peso 200 a 300 g
Período de sono 13 a 24 horas

CAMUNDONGO (Mus musculus)

Habitam no mobiliário.

Preferência alimentar: cereais.

DADOS BIOLÓGICOS

Longevidade 12 a 36 meses
Longevidade máxima descrita 48 meses
Raio de ação 3a6m
Frequência cardíaca 427 a 697 bat/min
Frequência respiratória 91 a 216 bat/min
Consumo de água 5 a 8 ml/dia
Consumo aproximado de comida 3 a 5 g/dia
Produção de urina 1 a 2 ml/dia
Produção de fezes 1 a 1,5 g/dia
Peso 12 a 30 g
Período de sono 13 a 24 horas

SENTIDOS

1. VISÃO

Os ratos enxergam muito mal. Não vêm cores, mas são bastantes sensíveis a variações de
intensidade luminosa, o que os faz perceber movimentos e fugir de seus predadores.

2. AUDIÇÃO

Os ratos têm este sentido bastante desenvolvido. São sensíveis a muitos sons que os ouvidos
humanos não detectam. Assim, conseguem usar também este sentido para escapar dos seus
predadores.

3. OLFATO

Bastante apurado, conseguem identificar todas aquelas substâncias que já experimentaram e que
lhes foi agradável. Além disso, qualquer substância cujo odor  possa ser associado a sensação
desagradável, é imediatamente rejeitada.

4. PALADAR

Bem desenvolvido, distinguem e memorizam os diferentes gostos experimentados. Geralmente


refugam alimentos estragados. A preferência alimentar varia de uma colônia para outra, em
função dos hábitos gerados pela disponibilidade de alimentos no local onde a colônia vive.

5. TATO

Este é o sentido mais desenvolvido nos ratos. Seus bigodes ou vibrissas, juntamente com alguns
pêlos longos distribuídos por todo o corpo são as principais estruturas tácteis destes animais. São
estes pêlos que permitem aos ratos sentir a temperatura dos alimentos e deslocarem-se com
facilidade pelo escuro, sempre em contato com superfícies verticais. 

ALIMENTAÇÃO

Os roedores possuem atividades predominantes noturnas; iniciam a procura de alimentos ao cair


da noite, com um segundo período de incursões antes do nascer do dia. Apenas em caso de
superpopulação ou de perigo são vistos durante o dia.

Ratos e camundongos são onívoros (comem de tudo), embora prefiram alimentos frescos a
estragados, fermentados ou azedos. Sua dieta é variável mais preferem cereais, frutas, vegetais,
carne, peixe, farelos, pão, queijos, legumes, frutas, cereais, raízes e pequenos insetos, etc.

DENTES

Os ratos apresentam uma dentição especializada. Não possuem dentes caninos e nem pré-
molares. Apresentam 2 pares de dentes incisivos, um par superior e um par inferior com uma
dureza extraordinária, que lhes permite roer diversos tipos de materiais considerados duros, entre
eles madeira, tijolos, cimento, chumbo, alumínio, plástico etc. Estes dentes incisivos crescem
continuamente, o que obriga os ratos a roer constantemente para desgastar estes dentes. A
dureza dos dentes dos ratos, medida pela escala de Moh, que mede a dureza dos materiais,
equivale a 5,5, o semelhante ao índice de um bom aço.  

HABILIDADES FÍSICAS

Os ratos podem nadar uma distância de até 800m. Podem se deslocar sobre fios de luz, cabos
telefônicos, canos, cordas, arames etc. Podem subir tanto pelo lado interno como externo de
canos e calhas na vertical. Podem pular verticalmente cerca de até 1 metro de altura. Podem
cavar tocas verticais no solo com mais de 1 metro de profundidade. Podem cair de até 15 m de
altura sem sofrer maiores conseqüências. Saltam horizontalmente com mais de 1 metro de
distância, partindo da imobilidade.

CICLO BIOLÓGICO

A ratazana e o rato preto atingem a maturidade sexual aos 90 dias, e os camundongos entre 40 e
60 dias. Acasalam-se e após um período aproximado de 21 dias de gestação parem ninhadas, que
podem variar de 5 a 12 filhotes por ratazana, 6 a 10 para rato preto e 5 a 6   para os
camundongos.

O número de ninhadas por ano é de 7 para ratazana, 6 para o rato de telhado e 8 para o
camundongo.

Numa situação ideal, onde não faltem água, abrigo e alimento, e onde não haja ação de
predadores, ou outro mecanismo de controle, um só casal de ratos seria capaz de originar no
período de um ano 450.000 descendentes.

Por ocasião do desmame, os filhotes já terão passado por diversas experiências de aprendizado
especialmente com relação aos alimentos, através de sua própria experimentação, ou por imitação
de sua mãe. Se ela passa a evitar determinado alimento, a prole imediatamente adquire o mesmo
comportamento.

RAIO DE ATIVIDADE

Quando instalados, definitivamente em um ponto,  a ratazana e o rato de telhado podem se


deslocar até 50 metros em busca de água e alimento. Já o camundongo distancia-se até 7 metros
da sua toca.

HORÁRIO DE ATIVIDADE
HABITAT

As ratazanas constroem seus ninhos no subsolo, onde formam galerias com várias saídas. São
animais de hábitos semi-aquáticos, vivendo sempre próximo a locais onde não haja escassez de
água.

Os ratos de telhado constroem seus ninhos acima do solo, em forros de residências, estruturas de
sustentação de telhados ou construções, nos sótãos, nas árvores, em armazéns, sacarias, frestas
de muros, porões de navios e nas áreas portuárias.

Já o camundongo vive dentro do domicílio ou das edificações, fazendo ninhos em cantos e buracos
de paredes, guarda-roupas, despensas, armários, espaços internos em depósitos, ou onde haja
acúmulo de materiais (papelões e papéis), prateleiras de livros em geral, móveis como armários,
sofás, fogões etc.

CONTAMINAÇÃO

A contaminação acontece através de fezes, urina, pêlos, sangue, cadáveres, secreções, restos
fetais e ectoparasitas.

 CONTROLE

A inspeção é o primeiro passo para o combate aos roedores. Tem por objetivo avaliar as condições
do local que favoreceram a instalação e proliferação dos ratos, o grau da infestação, se baixa,
média ou alta e a espécie infestante e a partir daí definir as medidas de combate. Nesta etapa
procura-se por sinais de atividade dos roedores, como por exemplo: tocas ativas, ninhos, trilhas,
manchas de gordura, urina, fezes, pêlos, pegadas, roeduras, odor característico, sons e
visualização de animais vivos ou mortos.

O próximo passo é a desratização, que quer dizer a eliminação dos ratos. Deve ser feita antes da
implantação de qualquer outra medida de controle, para evitar que haja dispersão desses animais
no ambiente. O combate pode ser feito com iscas raticidas, que podem ser formuladas como
pellets, grãos integrais ou blocos parafinados, e também pó de contato (que não é isca) ou a
combinação dos dois. É muito importante escolher a formulação certa, que deve levar em conta a
preferência dos ratos, a estabilidade da formulação perante as intempéries do local e a qualidade
dos produtos, sobretudo com relação à palatabilidade, pois estas iscas estarão competindo com
toda a oferta de alimentos que os ratos já estão acostumados.

Normalmente são usados pellets em locais não sujeitos à umidade. Os grãos integrais
e blocos parafinados podem ser usados mesmo em locais úmidos. Os blocos parafinados tanto os
de 20g como os de 5g devem ter um furo no meio para facilitar a colocação em locais
estratégicos.
Atualmente são muito usadas as caixas porta-iscas, que protegem as iscas de alguns animais não
alvos, das intempéries e oferecem segurança aos roedores para comerem as iscas sem estarem
expostos.

Após aplicação dos raticidas, é recomendado outras medidas de controle como: redução da
disponibilidade de água, alimento e abrigo do local quando for possível, dificultar tanto quanto
possível o acesso dos roedores aos locais desratizados, capina química ou física quando for
necessário e finalmente o desenvolvimento de atividades educativas pertinentes, que levem as
pessoas envolvidas a desenvolverem uma cultura de higiene nos ambientes onde habitam,
armazenam ou processam alimentos, que dificulte ao máximo a invasão e proliferação de ratos e
camundongos.

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