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Pragas Urbanas - Abelhas
Pragas Urbanas - Abelhas
Todo ser vivo necessita de três fatores: água, alimento e abrigo para sua sobrevivência.
Água não é fator limitante no nosso meio, mas podemos interferir nos outros dois fatores -
alimento e abrigo - de modo que espécies indesejáveis não se instalem ao nosso redor. As
pragas são produtos do próprio homem.
Para tanto, é necessário conhecer o que serve de alimento e abrigo para cada espécie que
se pretende controlar, e adotarmos as medidas preventivas de forma a interferir nesse
controle, mantendo os ambientes mais saudáveis, evitando o uso de produtos químicos (os
quais poderão estar eliminando não somente as espécies indesejáveis, como também
outras espécies benéficas, contaminando a água e o solo), que por si só não evitarão novas
infestações.
Assim, pretende-se oferecer alguns conhecimentos básicos sobre a vida desses animais, de
modo que o leitor compreenda a importância de se adotar medidas preventivas no seu lar,
no seu local de trabalho, ou mesmo transmitir a outras pessoas essas informações.
Alimentam-se do néctar e pólen que retiram das flores levando-os para a colméia e
armazenando-os em favos, sendo que todo trabalho da colméia (coleta de pólen, néctar e
própolis; limpeza; defesa; construção de favos e alimentação das larvas) é realizado pelas
operárias.
Ciclo de vida
Uma colméia de Apis mellifera contém em média 50 a 60 mil indivíduos, sendo a maioria
composta por operárias, alguns zangões e apenas uma rainha. O tempo de vida varia: a
rainha vive em média de 2 a 5 anos, o zangão cerca de 80 dias e as operárias de 32 a 45
dias. Todos estes indivíduos sofrem metamorfose completa, isto é, passam pelas seguintes
fases:
A rainha é a única fêmea fértil, e, depois de fecundada por vários zangões, armazena os
espermatozóides por toda a vida, podendo botar até 2 mil ovos por dia na época das
floradas. Dos ovos podem nascer operárias (fêmeas estéreis) e novas rainhas, o que vai
depender do tipo de alimentação que a larva recebe. Já os zangões (machos da colméia),
nascem de óvulos não fecundados.
Uma parte das abelhas de uma colméia, em determinadas condições (colméia muito
populosa por exemplo), pode abandonar sua morada à procura de novo abrigo e
constituem o que se denomina de enxame viajante.
O enxame é a família migrante composta, via de regra, por uma rainha-mãe acompanhada
de uma boa parte das abelhas operárias e zangões.
Os enxames em geral são mansos, porque estão com as atenções voltadas para a
sobrevivência da família e a guarda da sua rainha. A agressividade é esporádica e ocorre
em situações em que as abelhas se sentem agredidas ou em situação de risco.
As abelhas quando estão enxameando levam uma reserva de mel nos papos e não
conseguem dobrar o abdômen para aplicar o veneno.
Curiosidades
Em dias nublados a polarização dos raios luminosos e a luz ultravioleta agem como
referência indireta na ausência do sol.
Fontes: Prefeitura de São Paulo (www2.prefeitura.sp.gov.br) e Astral Saúde Ambiental (www.astral.ind.br)
Abelha
Abelha
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Superfamília: Apoidea
Espécie: Apis
MelíferaAndrenidae
Anthophoridae
Apidae
Colletidae
Ctenoplectridae
Halictidae
Heterogynaidae
Megachilidae
Melittidae
Meliponinae
Oxaeidae
Sphecidae
Stenotritidae
As espécies de abelhas nativas das Américas (Novo Mundo) não possuem ferrão. A
maioria destas pertence à tribo Meliponini.
Biologia da Apis mellifera
Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e do néctar. Ela faz, em
média, quarenta vôos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas
recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na
garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de abelha em abelha. Desse
modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel.
A abelha tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos,
maiores, na frente.
Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano, para produzir um quilo de mel, as
abelhas precisam visitar 5 milhões de flores.
Uma colmeia abriga até 80 mil abelhas. Tem uma rainha, alguns zangões e milhares de
operárias. Se nascem duas rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. A
abelha-rainha vive até 4 anos, enquanto as operárias não duram mais de um mês e meio.
Anatomia
Esquema anatómico de uma abelha.
Patas
A abelha como todo o inseto é hexápode, tem três pares de patas. Utiliza o primeiro para
limpar as antenas, protegendo-as da poeira. O segundo serve de apoio para o seu corpo e
o terceiro par é chamado de patas coletoras, serve para transportar pólen. Nas patas
coletoras fica (na tíbia) o recipiente para o pólen: corbícula, espécie de cesta. Ainda no
terceiro par fica o esporão, com o qual a abelha recolhe o pólen e, cruzando as patinhas,
deposita-o com a esquerda na corbícula direita e com a direita na corbícula esquerda.
Língua
A língua, ou lígula move-se num canal formado pelas maxilas e os palpos labiais,
terminando num tufo de pêlos que, como uma esponja, absorve o nectar da flor.
Mandíbula e maxilar
São órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do
abdômen, utilizadas depois para construir os favos. Têm também a função de abrir as
anteras das flores – para extrair o pólen; varrer a colméia; e mutilar os inimigos.
Antenas
Ferrão
O ferrão serve para injetar o veneno no corpo do inimigo. Na fuga a abelha operária,
quase sempre, deixa o ferrão na vítima, morrendo um ou dois dias depois por isso.
n° Legenda n° Lege
Abdômen e tórax
Órgãos da visão
Os olhos compostos são dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça. São
formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo número varia de acordo
com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas
(Dade, 1994). Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas
não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta,
azul, verde, amarelo e laranja (Nogueira Couto & Couto, 2002). Os olhos compostos –
um de cada lado da cabeça de superfície hexagonal, permite uma visão panorâmica dos
objetos afastados, aumentando-os 60 vezes.
Asas
As asas são formadas por duas membranas superpostas, reforçadas por nervuras
ramificadas. Os pares de trás são menores e munidos de ganchinhos, com os quais a
abelha, durante o vôo, prende as duas asas formando uma só.
Sistema de defesa
Homem vítima de ferroada no lábio superior.
Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por
perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte
posterior do abdômen onde se localiza o ferrão fica presa na pele do animal e a abelha
perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha
muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver.
Apesar disso, o veneno (baseado em Apitoxina) não causa maiores danos. Esse veneno
é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina embutidas
dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semi-
transparente, de sabor amargo e com um forte odor. Pode ser usado eventualmente com
valor terapêutico e tem alguns efeitos positivos na região em que foi injetado. O veneno
pode ser também um perigo grave ou mortal em grande quantidade para quem é alérgico
à sua composição.
Imagens
Veja também
Quadro clínico
A reação alérgica ao ataque de abelha depende se a vítima é propensa ou não ao veneno.
Se ela for sensibilizada aos antígenos de abelha ocorrerá um quadro alérgico típico que
poderá ser leve até chegar ao choque anafilático, mesmo com um número pequeno de
picadas. Cada ferroada introduz 300 microgramas de veneno, mais do que o suficiente
para desencadear a reação alérgica. Outra forma de apresentação são os ataques de
enxame. A equipe do Hospital Vital Brasil do Instituto Butantan avaliou cinco pacientes que
estavam em unidade de terapia intensiva. A quantidade de ferroadas variou entre duzentas
e mil! Acredita-se que 150 ferroadas são letais a uma criança e, acima de mil para um
adulto, porém há relato de óbito com menos de 50 ferroadas. Nesses casos, mesmo que a
pessoa não seja alérgica, a morte ocorre por envenenamento.
O veneno da abelha é constituído por várias substâncias, três quartos delas são a
fosfolipase A2 e a melitina. A fosfolipase A2 é o componente alergênico principal e atua
também no processo inflamatório, provocando espasmos musculares, insuficiência
respiratória e hipotensão. A melitina induz instabilidade da membrana dos glóbulos
vermelhos produzindo um quadro grave de hemólise que lesa os rins. As abelhas
africanizadas têm menos melitina e mais fosfolipase. Mas, há variação entre os
componentes dos venenos dentro de cada uma das subespécies de acordo com colônia
estudada.
Reação local: dor intensa, inchaço e edema na região da picada que dura poucas horas.
Se ocorre em lábio ou pálpebra há aumento de volume desproporcional por serem regiões
mais sensíveis. Quando você estiver em ambientes abertos tomando refrigerante em
copos ou latas, verifique sempre se não caiu uma abelha dentro da bebida. É uma causa
freqüente de acidentes com abelha.
Esse é o grande problema das picadas de abelhas e outros insetos: não há sinal de alerta.
Metade dos casos ocorrem em pessoas com história de alergia, mas a outra metade em
pessoas sem nenhuma história de hipersensibilidade. Em crianças há reações sistêmicas
menos graves, com urticárias que podem ser facilmente controladas no atendimento
médico.
Reação tardia: em raros casos há sintomas que aparecem uma semana depois em
decorrência de reação imunológica – a doença do soro – com aparecimento de mal-estar,
febre, aumento de gânglios seguido ou não de urticária
Tratamento e prevenção
Como tratar
Após a picada, se única, tente retirar o ferrão, passando uma lâmina de barbear rente a
pele em que aconteceu a picada. Desse modo, o ferrão é retirado sem que se introduza o
veneno no corpo da vítima. Não use pinça porque desse modo poderá ocorrer liberação do
veneno na pele.
Utilizar compressa fria com gelo reduz o efeito local.
Verifique se há algum tipo de manifestação geral como urticária e prurido. Nesse caso
procure de imediato assistência médica.
Como prevenir
Em alguns períodos do ano, por redução de néctar das flores, abelhas costumam invadir
padarias, lojas e residências a procura de um substituto para o néctar. Não há
necessidade de alarme, simplesmente cubra os alimentos e, nunca use inseticida. Se o
problema persistir, verifique se há colméia instalada em local próximo.
Se identificar uma colméia, não toque nelas, nem jogue álcool, querosene, inseticida
porque o efeito será o inverso, as abelhas sairão e a probabilidade de acidente aumenta.
Chame o centro de zoonoses do município que são os únicos habilitados a remover
colméias.
Figura 3- Distribuição dos casos de picada de abelha por sexo e faixa etária no território
nacional em 2006.
fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan do Ministério da Saúde,
2007.
O corpo de uma abelha tem muito em comum com os de outros insetos. A maior parte dele
é coberto por um exoesqueleto formado por pequenas placas removíveis de quitina. O
corpo de uma abelha também é coberto por muitos pêlos macios e ramificados, que
coletam o pólen e ajudam a regular sua temperatura. O corpo também possui três partes:
a cabeça, o tórax e o abdômen.
A cabeça acomoda o cérebro, um conjunto com cerca de
950 mil neurônios. Eles são especiais e se comunicam
com neurônios vizinhos específicos. Essa divisão de
tarefas faz parte da razão pela qual o cérebro da abelha,
que tem uma fração do tamanho de sua cabeça,
consegue realizar tarefas complexas que geralmente
poderiam exigir um cérebro maior. Um sistema de nervos
permite que o cérebro se comunique com o resto do
corpo.
Em sua cabeça, uma abelha possui duas antenas
sensoriais. Ela também tem cinco olhos: três simples ou
ocelos e dois compostos. Os olhos compostos são
formados por pequenas estruturas chamadas omatídeos.
Em cada olho composto, cerca de 150 omatídeos são
especializados em padrões visuais. Isso permite que as abelhas detectem a luz
polarizada, coisa que os seres humanos não conseguem fazer.
Como a maioria dos insetos, as abelhas possuem aparelhos bucais complexos que são
usados para comer e beber. O tamanho e o formato dessas partes podem variar de uma
espécie para a outra, mas em geral a maioria tem:
2 mandíbulas ou maxilares;
1 glossa, ou língua;
1 labro e duas maxilas.
O labro e as maxilas são como lábios. Elas apóiam um probóscide ou tubo para coletar o
néctar.
Os dois pares de asas e os três pares de pernas de uma abelha são conectados ao tórax.
As asas são partes extremamente finas do esqueleto das abelhas. Em muitas espécies, as
asas da frente são maiores do que as traseiras. Duas fileiras de ganchos chamados
hamuli conectam as asas da frente e as de trás para que elas se movam juntas quando a
abelha estiver voando.
Na próxima seção, vamos dar uma olhada nas pernas das abelhas e em uma parte que
ninguém esquece: o ferrão.
O veneno da abelha
O veneno da abelha contém várias substâncias que destroem as
células. Isso inclui peptídeos e enzimas que invadem e destroem
a camada de gordura que reveste cada célula. O veneno também
destrói os mastócitos da pele, que fazem parte do sistema
imunológico do corpo. Isso libera histamina, que estimula a
dilatação dos vasos sangüíneos e permite que as células
imunológicos cheguem ao local da picada mais rapidamente e
neutralizem o veneno.
Em pessoas com alergia à picada de abelha, no entanto, esse
processo libera muita histamina. A resposta de dilatação dos
vasos sangüíneos é extrema, e eles não conseguem mais realizar
suas funções de regular a pressão sangüínea. Como resultado, a
pressão sangüínea baixa rapidamente e as células param de
receber oxigênio. Esse tipo de choque anafilático (em
inglês) também causa inchaço e espasmos e pode levar à morte.
O tratamento típico é uma injeção de epinefrina, que contrai os
vasos sangüíneos, ajudando a restabelecer a pressão sangüínea
e a distribuição de oxigênio.
Tipos de abelhas
Em termos científicos, as abelhas pertencem à superfamília de insetos Apoidea. Essa
superfamília inclui várias famílias, subfamílias, tribos e aproximadamente 20 mil espécies
de abelhas. Em cada família as abelhas possuem características em comum, como os
métodos de construção dos ninhos. Espécies diferentes geralmente têm características
físicas distintas, como o formato da asa ou o tamanho da língua.
Muitas pessoas estão mais familiarizadas com as abelhas farejadoras e com as abelhas
grandes. As duas são abelhas sociais, ou seja, elas vivem em grupos grandes. As
abelhas sociais usam secreções de cera que saem de seus corpos para construir ninhos e
locais grandes para armazenar comida e criar as abelhas jovens. Um terceiro tipo de
abelha social é a sem ferrão. As abelhas sem ferrão são nativas de áreas tropicais, onde
algumas sociedades as usam para a produção de mel. Até recentemente, a criação de
abelhas sem ferrão era comum nas regiões dos maias da América do Sul (em inglês), mas
a prática quase desapareceu nos últimos 20 anos.
Foto cedida por MadMaven/T.S.Heisele/ Stock.xchng
Uma colônia de abelhas na floresta
Muitas abelhas solitárias são conhecidas pela maneira como constroem seus ninhos. Elas
podem usar cerume, um tipo de cera secretada por seus corpos, ou própolis, uma cola
que as abelhas produzem com a resina de árvores. Muitas abelhas adicionam outros
materiais a essas substâncias, por exemplo:
carpinteiras fazem buracos em madeira sem pintura e sem acabamento.
Algumas pessoas confundem as carpinteiras com as abelhas grandes;
rebocadoras fazem buracos e túneis com uma secreção glandular parecida
com cimento;
cortadoras-de-folhas usam seus aparelhos bucais para cortar pedaços de
folhas, usados para revestir seus ninhos;
construtoras, que estão na mesma família das cortadoras-de-folhas, usam a
saliva e as secreções das glândulas mandibulares para colar areia e
pedregulhos;
cardeadoras reúnem partes de plantas com pêlos ou lãs para revestir seus
ninhos.
Outras abelhas se aproveitam de materiais existentes quando constroem seus ninhos.
Algumas usam cupinzeiros ou ninhos de vespas. Outras espécies depositam seus ovos
em conchas vazias de caracóis, dividindo-as em duas câmaras usando secreções
glandulares ou depositando um ovo em cada concha. As conhecidas como parasitas,
depositam seus ovos nos ninhos de outras abelhas. Elas não têm estruturas para coletar
pólen, e dependem do pólen de outras abelhas para alimentar suas crias.
Outras abelhas solitárias são conhecidas pelo tipo de flores que freqüentam ou por outras
características diferenciadas. Pequenas abelhas do suor, por exemplo, são atraídas pelo
suor humano. As abelhas das orquídeas são bem coloridas e costumam ter uma
aparência metálica. Os cientistas acreditam que as orquídeas e as abelhas das orquídeas
se desenvolveram juntas de um modo tal que agora uma se tornou dependente da outra.
Essas abelhas possuem um probóscide bem longo, e as orquídeas armazenam seu néctar
no fundo de suas flores. A espécie das abelhas das orquídeas é uma das poucas em que
os machos realizam atividades produtivas que não a de acasalamento. Em algumas
espécies, os zangões das abelhas das orquídeas coletam óleos aromáticos de flores
usando partes de suas pernas que se parecem com uma pá. Como as fêmeas não
coletam esses óleos, os cientistas acreditam que os zangões podem usá-los para atrair
uma parceira.
Embora as abelhas sociais e as solitárias apresentem diferenças consideráveis na maneira
como vivem e constroem seus ninhos, elas têm muito em comum quando se trata de
reprodução. Vamos ver o ciclo de vida da abelha na próxima seção.
Abelhas africanizadas
Em 1957, as pessoas importaram abelhas africanas para o Brasil
(em inglês) e, inadvertidamente, as soltaram na floresta. Elas se
acasalaram com as abelhas européias, criando as abelhas
africanizadas. Essas abelhas são praticamente idênticas às
européias, mas tendem a ser bem mais agressivas quando estão
defendendo seus ninhos. Por essa razão, a mídia as trata como
"abelhas assassinas". As abelhas africanizadas se espalharam do
Brasil para outras partes da América do Sul e Central e para a
parte sul dos Estados Unidos, inclusive para Flórida, Califórnia e
Arizona. Essas abelhas são mais perigosas quando pessoas ou
animais ficam muito próximos de seus ninhos, mas elas produzem
mel e polinizam plantas como qualquer outra abelha doméstica.
Você pode aprender mais sobre as abelhas africanizadas e como
evitá-las no site da Universidade Texas A&M (em inglês).
As abelhas sociais, por outro lado, têm uma conduta diferente para criar as jovens. A
abelha solitária fêmea deposita apenas alguns ovos durante sua vida, ao passo que uma
abelha rainha doméstica deposita milhares. Ela deposita um ovo em cada alvéolo na área
de criação da colméia. A abelha rainha controla se ela deposita ovos de machos ou de
fêmeas, e deposita os dos machos em alvéolos um pouco maiores. Se ela usa o esperma
para fertilizar o ovo primeiro, a larva que sairá será fêmea. Se ela não fertilizar o ovo, a
larva que sairá dele será macho. Isso significa que as abelhas fêmeas herdam os genes
das mães e dos pais, ao passo que os machos herdam apenas os genes das mães.
Quando os ovos abrem, as abelhas operárias mais jovens na colméia cuidam deles.
Durante os dois primeiros dias de vida das larvas, as operárias as alimentam com geléia
real. Depois disso, elas comem pólen ou pão de abelha. A única exceção é a abelha
rainha. Quando as operárias criam uma nova rainha, elas a alimentam com geléia real até
que ela troque de casulo. As larvas das abelhas sofrem metamorfose várias vezes antes
de trocarem de casulo, e nesse ponto as operárias tapam os alvéolos com pequenas
placas de cera alveolada para proteger as crias em desenvolvimento.
O tempo de vida de uma abelha doméstica fêmea depende da época em que ela sai de
seu casulo. Se ela sai no início da primavera, deve viver apenas por algumas semanas,
enquanto prepara a colméia para várias abelhas novas. As operárias que saem mais tarde
podem sobreviver durante o inverno. Independentemente da época em que ela nasça,
porém, uma abelha doméstica fêmea começa a sua vida como uma nutriz, cuidando das
outras abelhas. Quando fica mais velha, começa a
realizar outras tarefas importantes na colméia, como
fazer a limpeza de alvéolos vazios. Ela também aprende
a produzir mel e a ir em busca de comida. Vamos ver, na
próxima seção, as ferramentas que as abelhas usam
para encontrar e armazenar comida.
A velocidade dos círculos de volta permite que as outras abelhas saibam sobre a
qualidade da fonte de comida, elas sabem para onde ir seguindo o vôo do requebrado.
Com a vibração de suas asas e o movimento de seu abdômen, a abelha dançarina
movimenta bastante ar. Fazendo com que as que estão ao seu redor sentirem esse
movimento. As abelhas que estão diretamente atrás dela, onde o movimento de ar é
maior, recebem informações claras sobre a distância e o lugar para onde devem voar.
Quando elas chegam à posição descrita, começam a voar em um padrão de busca até
encontrarem a fonte de comida. Depois disso, elas fazem até doze viagens de ida e volta
entre a colméia e a comida, lembrando-se da posição todas as vezes. Durante cada
viagem, uma abelha pode transportar metade de seu peso em pólen ou néctar. Se
necessário, elas realizam uma dança da vibração, em que voam em várias direções
enquanto vibram, para encorajar as outras abelhas a começarem a descarregar o néctar.
As abelhas na colméia descarregam o pólen e o néctar e os armazenam nos alvéolos da
colméia. Essas abelhas são mais novas do que as campeiras, e mais velhas do que as
nutrizes. Cabe a essas operárias determinar quando a colméia tem a quantidade suficiente
de um tipo de comida ou material de construção e informar as abelhas campeiras. Elas
fazem isso mudando a maneira como aceitam o material. Se elas aceitam com
entusiasmo, as campeiras sabem que a colméia precisa de mais. Se as operárias, porém,
não estiverem animadas para descarregar o material, as campeiras sabem que a colméia
já tem o suficiente .
Para conservar espaço e preservar a comida, as abelhas transformam o néctar em mel. O
processo oferece ao mel algumas propriedades únicas. Vamos ver essas propriedades na
próxima seção.
Produção de mel
O mel começa como néctar que as abelhas coletam nas flores. Basicamente, o néctar é
uma recompensa que as plantas produzem para atrair insetos e pássaros polinizadores. É
um líquido doce que possui os óleos aromáticos responsáveis pelo perfume das plantas,
além de outras substâncias características. As abelhas coletam esse néctar sugando-o
com seus probóscides e armazenando-o em seus estômagos de mel. Em seguida, as
abelhas domésticas levam o néctar de volta para a colméia, carregando 40 miligramas por
vez.
Mel e botulismo
O mel geralmente é muito bom para matar bactérias, mas existe
uma exceção notável: as bactérias em forma de esporos, como a
Clostridium botulinum, que causa o botulismo (em inglês). A C.
botulinum pode formar esporos protetores, que a isolam das
propriedades antibacterianas do mel. Como eles podem viver no
solo e se sedimentar na natureza, é relativamente fácil para
alguns esporos pegarem carona nos corpos das abelhas e
chegarem ao mel. A quantidade de esporos do botulismo no mel
geralmente não é perigosa para adultos, mas pode ser mortal
para crianças com menos de um ano de idade. Por esse motivo,
nunca é uma boa idéia dar mel para um bebê.
Apiterapia
O uso de produtos produzidos por abelhas, inclusive mel, pólen
colhido, geléia real e cera alveolada, para tratar doenças ou
machucados é conhecido como apiterapia. Os apiterapeutas
defendem desde o uso de ferrões de abelhas para combater a dor
de artrite (em inglês) até o uso de mel para tratar cortes e
arranhões. A medicina ainda não confirmou muitas das
capacidades de cura atribuídas a essas substâncias. O mel
possui, no entanto, propriedades antibacterianas evidentes e
documentadas pela medicina.
António Couto refere, a este respeito, que o medo inicial é ultrapassado nas
primeiras sessões e que o facto de haver realmente melhorias significativas no
estado de saúde das pessoas faz com que a picada seja encarada de uma forma
mais serena. É com este “espírito” que Paulo Farinha enfrenta as várias investidas
das abelhas no seu corpo. Paciente de António Couto há já alguns meses, este
agente imobiliário confessou à OLHAR que desde que descobriu esta terapia não
quer saber de mais antibióticos nem medicamentos que durante vários anos tomou
para a tensão nervosa. Neste momento está a apenas “manutenção” já que foi feito
o tratamento propriamente dito.
«Desde 1992 que vivia com dores nas costas e no pescoço devido aos nervos. Era
um sofrimento que ninguém imagina. Enchia-me de comprimidos e não havia
medicina convencional que solucionasse o meu problema. Foi aí que comecei a
pesquisar e a encontrar muita informação acerca do veneno da abelha e dos seus
poderes curativos. Reparei que os Estados Unidos e alguns países de leste
apostavam muito nesta terapia e já há dezenas de anos», explicou este paciente.
Um “stress” muscular que Paulo Farinha garante ter deixado de sentir logo após o
primeiro mês de tratamento. «Passado um mês senti, sem dúvida, os efeitos
benéficos. Agora só levo as picadas das abelhas preventivamente», revela.
Na Europa, esta terapia natural é usada há 200 anos enquanto que no resto do
mundo há vários séculos. Os resultados, na maior parte das doenças, é, segundo
muitos testemunhos «extraordinário».
Como é uma “terapia holística” (que significa que trata o paciente como um todo -
mente, corpo e alma), utiliza produtos cem por cento naturais os quais não
provocam efeitos secundários nem de habituação.
Nos antigos escritos, já Hipócrates mencionava nos seus textos essa terapia, bem
como, nos seus escritos, os chineses. No antigo Egipto, o veneno das abelhas já era
recomendado no tratamento de reumatismo e na artrite. Além disso, a apiterapia
pode tratar diversas doenças de pele, reumatológicas, virais, infecciosas,
pulmonares, ortopédicas, psicológicas e endócrinas.
O Pólen - é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das plantas
angiospérmicas. Contém uma grande proporção de proteínas (16 a 40 %) contendo
todos os aminoácidos conhecidos, assim como numerosas vitaminas,
principalmente as vitaminas C e PP, sendo a principal fonte de alimentação das
abelhas. Pesquisas recentes indicam que o pólen é o alimento mais completo e
valioso da natureza, pois além de conter todos os aminoácidos essenciais ao
organismo humano, também é rico em oligoelementos minerais, fibras, hormonas
vegetais e vitaminas. O pólen também estimula o funcionamento de todos os
órgãos internos, melhorando, inclusive, o desempenho sexual. Tem valor nutritivo
muito superior à carne ou à proteína de soja. Possui propriedade antioxidante,
antianémica e auxiliar no tratamento preventivo do cancro da próstata. Pode ser
utilizado no tratamento de anemias profundas visto que eleva rapidamente a taxa
de hemoglobina no sangue.
O veneno das abelhas - também conhecido por apitoxina, o veneno das abelhas é
produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina incluídas
no interior do abdómen da abelha obreira. Tem uma cor transparente, de sabor
agudo e amargo, e com odor aromático forte. É solúvel em água e ácidos e à
semelhança do veneno de cobra também não faz efeito se tomado via oral. Com o
ferrão, a abelha, pica e injecta o veneno no "inimigo". Uma forma que a abelha tem
de defender-se. Aliás, ela só pica se for directamente atacada, porque quando a
abelha pica, o seu ferrão (que tem uma configuração igual a uma farpa) fica preso
na vítima. Passada uma hora a abelha morre. A abelha não sobrevive, depois de
picar porque para além do ferrão perde uma parte do intestino. O seu valor
terapêutico deve-se principalmente às suas propriedades hemorrágicas e
neurológicas. É por isso que, durante o tratamento de doenças não se formam anti-
corpos contra o veneno de abelha e por isso o nosso organismo não cria habituação
ao mesmo, sendo assim as picadas de abelha cada vez mais eficazes.
Criação de abelhas
Por centenas de anos, as pessoas desenvolveram muitos tipos de colméias artificiais que
oferecem abrigo e espaço para as abelhas e ao mesmo tempo facilitam a colheita de mel.
O modelo mais usado hoje em dia é a colméia Langstroth, desenvolvida por Lorenzo
Lorraine Langstroth na década de 1850. Antes das invenções de Langstroth, as pessoas
basicamente mantinham as abelhas em colméias feitas de cestas, caixas ou pedaços de
lenha. Algumas delas tinham suportes inclinados e removíveis, em que as abelhas
penduravam os favos de mel. Outras não tinham uma maneira conveniente de conseguir
acesso ou remover o mel. Colméias com suportes inclinados ainda são usadas em
algumas partes do mundo, e os apicultores maias que criam abelhas sem ferrão ainda
usam lenhas como colméias.
Foto cedida por Herman Hooyschuur/ Stock.xchng
Estruturas de argila ou alcovas de pedra feitas para
armazenar as colméias tradicionais são chamadas de cortiço,
no País de Gales
A colméia de Langstroth usa uma estrutura com várias camadas e quadros removíveis
para incentivar as abelhas a construírem suas colméias de forma organizada e para
facilitar a colheita do mel pelos apicultores. A partir da base, as camadas são:
o fundo, onde fica a base da colméia;
o ninho, que é feito com uma caixa chamada melgueira e é onde a rainha
deposita seus ovos e as operárias criam as larvas;
a tela excluidora, uma chapa perfurada pela qual a rainha não pode passar,
impedindo que ela deposite ovos nos alvéolos;
melgueiras rasas, que possuem em torno da metade da profundidade do
ninho, onde as abelhas armazenam o mel.
tampa.
Os apicultores geralmente usam melgueiras rasas em vez das normais para armazenar o
mel porque ele é relativamente pesado. Uma melgueira rasa pesa cerca de 15,9 Kg
quando está cheia, ao passo que uma funda pesa quase 36,3 Kg. Isso facilita a remoção e
a substituição das melgueiras pelos apicultores. As abelhas irão continuar a produzir e
armazenar mel enquanto tiverem espaço suficiente; então, remover os favos de mel
completos e substituí-los por melgueiras vazias é importante para a criação de abelhas.
Também é importante se certificar de que as abelhas tenham comida suficiente para o
inverno. Por isso, muitos apicultores fazem a última colheita de mel no fim do verão, para
que elas possam coletar néctar e transformá-lo em mel durante o outono.
Para fazer a colheita de mel, os apicultores podem remover os favos de mel prontos das
melgueiras rasas e colocá-los para girar em um aparelho chamado centrífuga, ou extrator
de mel. Ele remove o mel do favo ao mesmo tempo que deixa a estrutura intacta. Como
são necessários 9 Kg de mel para formar 45 Kg de cera alveolada para a colméia, a
reutilização dos favos geralmente permite que os apicultores colham mais mel.
Essa estrutura faz com que seja relativamente fácil para o apicultor realizar a colheita do
mel sem danificar a colméia ou machucar alguma abelha. O apicultor, no entanto, tem que
ser cuidadoso. Muitos apicultores usam uma máscara e luvas para proteger seus rostos e
mãos das picadas (em inglês) enquanto estão trabalhando com as colméias. Eles também
se movem bem devagar quando estão abrindo a colméia, retirando e substituindo os
quadros. Isso é importante porque as abelhas liberam um feromônio de alarme quando
são esmagadas ou usam seus ferrões. Esse feromônio incentiva suas irmãs na colméia a
picarem qualquer coisa que esteja por perto. Os apicultores podem mascarar esse
feromônio com a fumaça de um fumegador, que essencialmente é um conjunto de foles
preso a uma lata à prova de fogo com um bocal na ponta. A fumaça também incentiva as
abelhas a pararem de trabalhar e começarem a comer mel no caso de precisarem
abandonar a colméia por causa do fogo. Isso diminui a chance de as abelhas se tornarem
agitadas ou defensivas enquanto o apicultor trabalha na colméia.
Ocupando a colméia
Uma colônia de abelhas pode ter milhares de operárias. Os apicultores podem conseguir
Para produzir bastante mel, essas abelhas precisam de suas abelhas de várias fontes.
grandes fontes de alimento, como pomares, extensas Algumas vezes, o apicultor irá
plantações de vegetais ou outras áreas com uma densa capturar um enxame que se
vegetação. Os apicultores, porém, principalmente formou na propriedade de
aqueles que realizam atividades de grande escala, nem alguém. Os apicultores também
sempre vivem perto o suficiente das fontes de alimento ocupam suas colméias com
certas para alimentar todas as abelhas. Alguns rainhas e abelhas compradas de
suplementam os alimentos naturais das abelhas com um fornecedor.
néctares artificiais e pólen comprado. Outros alugam
suas abelhas para fazendeiros, que as usam para polinizar as plantações. Sem as abelhas
alugadas, as plantações não produziriam os alimentos necessários.
Essa necessidade de abelhas domésticas para a polinização de plantações é a razão pela
qual muitas pessoas estão preocupadas com um fenômeno conhecido como Distúrbio do
Colapso das Colônias (DCC). A seguir, vamos ver os mitos e as verdades por trás do
DCC.
É bastante improvável que Einstein tenha feito essa afirmação sobre abelhas, que agora é
famosa, mas o Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC) é um fenômeno real. Ele tem o
potencial de afetar drasticamente a produção de comida e de mel, mas é mais complexo
do que algumas notícias o fazem parecer. Primeiro, o DCC afetou abelhas domésticas e
comerciais, aquelas que são criadas exclusivamente para produzirem mel e polinizar
plantações. Ele parece afetar abelhas de colméias que são movidas de um lugar para o
outro com o intuito de polinizar plantações. As abelhas comerciais compõem uma pequena
porção da população geral de abelhas. Outros tipos delas, inclusive as abelhas
africanizadas, não parecem ser afetadas.
Essa também não foi a primeira vez que a população de abelhas domésticas diminuiu de
maneira repentina e inesperada. As populações de colônias individuais podem diminuir
bastante durante o inverno, época em que as abelhas morrem naturalmente. Além disso,
os apicultores relataram grandes diminuições nas populações de suas colméias várias
vezes nos últimos 100 anos. Em 1915, apicultores de vários estados informaram grandes
perdas de abelhas. Esse distúrbio ficou conhecido como Doença do Desaparecimento, não
porque as abelhas desapareciam, mas porque o distúrbio era temporário e não voltou a
ocorrer.
Os pesquisadores nunca determinaram a causa da Doença do Desaparecimento ou das
diminuições subseqüentes na população de abelhas. As causas da DCC ainda são
incertas e várias possibilidades foram descartadas porque não estão presentes em todas
as colônias afetadas. Por exemplo, os apicultores que tiveram as colônias afetadas têm
métodos diferentes para alimentar suas abelhas e para controlar os ácaros e outras
pestes. As abelhas nas colônias afetadas não parecem ter vindo do mesmo fornecedor. O
Grupo de Trabalho do Distúrbio do Colapso das Colônias, que está investigando o
fenômeno, também não suspeita que as plantações geneticamente modificadas sejam
culpadas.
Existem, no entanto, algumas teorias predominantes sobre as causas do DCC:
o processo de transportar abelhas por longas distâncias para polinizar
plantações pode causar estresse, debilitar o sistema imunológico das abelhas,
deixá-las expostas a outros patógenos ou afetar suas habilidades de vôo;
ácaros que geralmente se alimentam de abelhas, como o varroa e o traqueal,
podem estar expondo as abelhas a um vírus desconhecido. Esses ácaros
podem ter causado colapsos de colônias no passado, mas também deixaram
evidências para os apicultores, o que não é o caso da DCC;
algum patógeno desconhecido ou outro fator pode estar afetando a habilidade
de vôo das abelhas;
as abelhas domésticas podem ter pouca diversidade genética, fazendo que a
espécie inteira seja suscetível a um surto de doença.
Uma teoria conhecida, de que os celulares podem estar causando a DCC, foi
completamente descartada. Essa teoria virou notícia em abril de 2007, depois que o jornal
britânico "The Independent" apresentou um artigo com uma conexão entre os celulares e o
desaparecimento das abelhas. O estudo que o "The Independent" citou não era, no
entanto, relacionado com os celulares. Em vez disso, os pesquisadores estavam
estudando a energia eletromagnética emitida pelas bases dos telefones sem fio, por meio
da implantação delas diretamente nas colméias. Um telefone sem fio usa um comprimento
de onda de energia eletromagnética diferente da que o celular usa.
Aproximadamente 15% da comida que os norte-americanos consomem vem diretamente
da polinização das abelhas domésticas. Outros 15% vêm de animais que consomem
alimentos que as abelhas polinizam. Em outras palavras, quase um terço da comida que
os norte-americanos consomem atualmente precisa da polinização. Alguns artigos afirmam
que os norte-americanos também irão perder todo o fornecimento de carne sem as
abelhas domésticas para polinizar os alimentos. Isso não é necessariamente verdade.
Algumas plantas, como o trevo vermelho e a alfafa, são uma grande fonte de alimento
para vacas e outros animais de pasto. As abelhas grandes geralmente polinizam os trevos
vermelhos e as solitárias abelhas cortadoras-de-folhas costumam polinizar a alfafa. Em
outras palavras, a diminuição das abelhas domésticas não significa necessariamente que
essas plantas irão perder seus polinizadores.
Não é incomum as abelhas selvagens serem grandes polinizadoras de plantas selvagens
e de plantações. Na verdade, até o século XVI não havia abelhas domésticas nas
Américas. As abelhas solitárias, selvagens e outros animais faziam toda a polinização
necessária para o desenvolvimento das plantas. Os colonizadores espanhóis trouxeram as
abelhas domésticas para as Américas com o intuito de aumentar a produção de mel.
Embora muitas pessoas achem que as abelhas domésticas são benéficas, elas
tecnicamente são uma espécie invasora.
Infelizmente, se as abelhas domésticas entrarem em extinção, seria difícil para as abelhas
selvagens assumirem as funções delas na polinização de plantações de alimentos.
Existem algumas razões para isso:
as fazendas de hoje geralmente são de monocultura -- elas usam bastante
terra para cultivar um único tipo de plantação. Grandes colônias de abelhas
domésticas são boas para polinizar esses tipos de plantações. As abelhas
solitárias são melhores para polinizar plantas mais variadas e em áreas
menores;
o uso de pesticidas e a perda do hábitat causou um grande declínio na
população e na diversidade de abelhas solitárias e selvagens.
Neste momento, não se sabe exatamente para onde foram as espécies de abelhas
domésticas e como essa queda da população irá afetar o fornecimento de comida mundial.
Embora essa diminuição possa não resultar na extinção repentina da raça humana, é
provável que tenha, se continuar, um grande efeito sobre o que comemos.
http://www.youtube.com/watch?v=CW4dpMHGe50