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INDICE
Pag.

DEDICATÓRIA-------------------------------------------------------------------------------------5

AGRADECIMENTOS-----------------------------------------------------------------------------6

DECLARAÇÃO DE HONRA--------------------------------------------------------------------7

LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS---------------------------------------------8

LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS---------------------------------------------9


CAPITULO I---------------------------------------------------------------------------------------10
RESUMO-------------------------------------------------------------------------------------------10
INTRODUCAO------------------------------------------------------------------------------------11
1.2.Motivação / Justificação----------------------------------------------------------------12
1.3.Apresentação do Problema------------------------------------------------------------12
1.4.Definição dos Objectivos---------------------------------------------------------------13
1.4.1.Objectivo Geral---------------------------------------------------------------------------13
1.4.2.Objectivos Especificos----------------------------------------------------------------13
1.5. Hipóteses------------------------------------------------------------------------------------14
1.6. Questões de Pesquisa------------------------------------------------------------------14
1.7.Importancia do Tema---------------------------------------------------------------------14
1.8.Metodologia----------------------------------------------------------------------------------15
1.9.Estrutura do Trabalho--------------------------------------------------------------------15
1.10.CONTEXTUALIZAÇÃO------------------------------------------------------------------17
CAPITULO II --------------------------------------------------------------------------------------18
REVISÃO DA LITERATURA------------------------------------------------------------------18
2. Multiplexagem Digital----------------------------------------------------------------------18
2.1. Modulação por código de pulsos(PCM)-------------------------------------------19
3.HIERARQUIAS DIGITAIS DE MULTIPLEXAGEM-----------------------------------22
3.1. Sistema PDH (Hierarquia Digital Plesióncrona)---------------------------------22
3.1.1 Elementos da rede PDH---------------------------------------------------------------24
3.1.2 Desvantagens do PDH-----------------------------------------------------------------25
3.2. Sistemas SDH(Hierarquia Digital Síncrona)--------------------------------------26

3.2.1 Módulo de Transportes Síncrono(STM)------------------------------------------27


3.2.1.1. Área de Carga Útil(Payload)------------------------------------------------------28
3.2.1.2 Área de Ponteiros de Unidade Administrativa (AU Ponteiros)--------29
3.2.1.3 Área de Cabeçalho de Secção (Section Overhead- SOH)---------------29
3.3 Elementos do STM------------------------------------------------------------------------30
3.3.1 Contentor Virtual- Virtual Container (VCn)-------------------------------------30
3.3.2 Unidade Tributária (TU-n)-------------------------------------------------------------31
3.3.3 Grupo de Unidade Tributária(TUG)-----------------------------------------------32
3.3.4 Unidade Administartiva(AU)---------------------------------------------------------32
3.4 Estrtura de Multiplexagem do sistema SDH--------------------------------------32
2

3.5 Funcionamento do SDH-----------------------------------------------------------------33


3.5.1 Sincronismo de Redes Tecnologias SDH---------------------------------------34
3.6 Redes SDH-----------------------------------------------------------------------------------35
3.6.1 Multiplex de Terminal de Linha (LTM)--------------------------------------------36
3.6.2 “Cross Connect” digital síncrono (DXC)----------------------------------------36
3.6.2 Regeneradores---------------------------------------------------------------------------37
3.6.3 O multiplex de inserção/extracção(ADM-Add Drop Multplex)------------38
3.7 Arquitetura Tipica da Rede-------------------------------------------------------------39
3.7.1 Topologia ponto a ponto--------------------------------------------------------------39
3.7.2 Topologia em Anel----------------------------------------------------------------------40
3.7.3 Topologia em Malha--------------------------------------------------------------------41
3.8 Rede de Transporte utilizado cabos de pares entraçados de cobre------42
3.9 Vantagens e Limitações da Hierarquia SDH--------------------------------------43
CAPITULO III- MODELAÇÃO DO PROJECTO------------------------------------------45
4.1. História do Cabo Submarino----------------------------------------------------------45
4.1.1. Principais Cabos Submarinos-----------------------------------------------------47
4.2 Estrutura Básica do Sistema do Cabo Submarino-----------------------------48

4.2.1 Estação Base-----------------------------------------------------------------------------49


4.2.2 Multplexagem por Divisão de Onda Densa(DWDM)-------------------------49
4.2.3 Equipamentos SDH---------------------------------------------------------------------50
4.2.4 Amplificadores Ópticos---------------------------------------------------------------50
4.3 Estrutura de um Cabo Submarino---------------------------------------------------50
4.3.1 Cabo Submarino Típico para o Uso no oceano-------------------------------50
4.3.2 Cabo Submarino Típico para uso já na plataforma--------------------------51
4.4 Proposta de acoplamento de transmissão via fibra óptica submarina nos
sistemas em uso-------------------------------------------------------------------------------53
4.4.1 Vantagens do Uso da Fibra Óptica------------------------------------------------56
4.4.2 Desvantagens da Fibra Óptica------------------------------------------------------56
CAPITULO IV-------------------------------------------------------------------------------------57
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES----------------------------------------57
5.1 RECOMENDAÇÕES-----------------------------------------------------------------------57
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------58
3

Lista de Tabelas

Tabela 1- Níveis hierárquicos PDH-------------------------------------------------------23


Tabela 2- Níveis hierárquicos SDH-------------------------------------------------------28
Tabela 3- Contaneirs e Tributarios-------------------------------------------------------30
Tabela 4-Cabos Submarinos---------------------------------------------------------------47
4

Lista de Figuras

Figura.2- Sistema de multuiplexagem---------------------------------------------------18


Figura.2.1- 32 Canais multiplexados em uma ligação PCM----------------------21
Figura.2.1.1- Trama com PCM 2Mbit/s---------------------------------------------------21
Figura.3.1- Composição da hierarquia PDH-------------------------------------------23
Figura.3.2.1-Módulo de Transportes Síncrono-STM--------------------------------28
Figura 3.3- Ilustra um pacote VC-4 dentro de um STM-----------------------------31
Figura.3.4-Contentor VC-12-----------------------------------------------------------------31
Figura.3.6.1-Multiplex de Terminal de Linha------------------------------------------36
Figura.3.6.1- Multiplex de Terminal de Linha------------------------------------------37
Figura.3.6.2- Regeneradores----------------------------------------------------------------37
Figura.3.6.3-Multiplex de inserção/extracção-----------------------------------------38
Figura.3.7.1-Comutadores de Cruzamento(DXC)------------------------------------39
Figura.3.7.2-Toplogia Ponto a Ponto-----------------------------------------------------40
Figura.3.7.3-Topolgia em Anel--------------------------------------------------------------41
Figura.3.7.4-Topologia em Malha---------------------------------------------------------42
Figura.3.7.5-Elementos de Rede em Anel SDH---------------------------------------42
Figura.4.2- Esquema de Transmissão via fibra óptica submarina-------------48
Figura.4.3.1- Estrutura do cabo submarino para uso na plataforma----------51
Figura.4.3.2-Estrutura do cabo submarino para uso na plataforma-----------52
Figura4.4.1-Transmissão via fibra óptica Terrestre e por Microondas-------53
Figura4.4.2-Acoplamento da transmissão óptica submarina--------------------54
5

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Glédice O. Machava, a minha Filha Aillen Yanni
Machava, aos meus queridos irmãos, a todos que, de uma forma directa incentivaram a
crer mesmo diante das dificuldades que é necessário perseverar. E, em especial dedico
aos meus pais Carlos Machava e Catissa Machava pelo carinho, amor, educação e
presença que tem demonstrado ao longo da minha vida e na família.
6

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo Dom da vida.


Esta é a realização de uma longa caminhada do meu percurso académico. Por não ter
caminhado sozinho e por ter tido sempre alguém que me apoiasse, agradeço.
A minha família por todo apoio na formação profissional.
Aos meu supervisor Dr. Gilberto Luís pela paciência e dedicação na transferência de
conhecimentos.
Meu muito obrigado vai a todo pessoal, por me ter concedido a oportunidade de fazer
parte da excelente equipe de profissionais do Grupo de Transmissão, e muito lhes
agradeço pela maneira sábia e sobretudo profissional no concernente as dificuldades
enfrentadas durante o percurso das actividades.
Aos meus professores que sempre farão parte da minha vida.
A empresa pesquisada pela confiança a mim depositada no fornecimento de informações.
Para todos que directa ou indirectamente contribuíram para a realização e elaboração do
trabalho, vai o meu profundo obrigado.
7

DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro por minha honra que o presente trabalho foi resultado da minha investigação, e
que o mesmo foi concebido para ser submetido apenas para obtenção do grau de
Licenciatura em Engenharia Informática na Escola Superior de Técnica

Maputo aos de Janeiro de 2013


_________________________
(Nércio C. Machava)
8

LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

ADM Add/Drop Multiplex


AMPS Advanced Mobile Phone System
AGORA Auxiliar de Gestão e Operação de Acesso
AU AdministrativeUnit(Unidade Administrativa)
BB Banda Base
BISDN Broadband ISDN
BIM Banco Internacional de Moçambique
CCC Central de controle e Comutação
CTA Central Técnica Automática
DCC Data Communication Conector
DCN Data Communication Network
DDF Digital Distribution Frame
DEMUX Desmultiplexador
DXC Digital CrossConnect
DWDM Dense Wavelength Division Multiplexer
ERB Estação Rádio Base
ESTEC Escola Superior Técnica
FIFO First In First Out
FOTS Fiber Optical Transmission Systems
Gbit/s Gigabits por Segundo
GRP Departamento de Gestão e Repartidores e Circuitos Alugados
IF Intermedia Frequence (Frequência Intermédia)
IT Intervalo de Tempo
ITC International Transit Central (Central de Trânsito Internacional)
ITU-T International Telecommunication Union – Telecommunications
Mbit/s Kilobit por Segundo
KHZ Kilohertz
LAN Local Area Network
9

LTM Line Terminal Multiplex (Multiplexador Terminal de Linha)


MAN Metropolitan Area Network
NOC Network Operation Center
MCEL Moçambique Celular
Mbit/s Megabits por Segundo
MDF Main Distribution Frame
MHz Mega hertz
MSOH Multiplex Section Overhead
OH Overhead
ODF Optical Distribuition Frame
PCM Modulação por código de pulsos
PET Padrão de Enquadramento de Trama
PDH Plesiochronous Digital Hierarchy (Hierarquia Digital Plesióncrona)
POH Pointer Overhead
POP Ponto de Presença
RDIS Rede Digital Integrada de Serviços
RF Radiofrequência
RSOH Regenerator Section Overhead
SAQ Sinais de Alinhamento de Quadro
SDH Synchronous Digital Hierarchy (Hierarquia Digital Síncrona)
SNMP Simple Network Management Protocol
SMUX Secção de Sistema Multiplex
SOH Section Overhead
STM Synchronous Transport Module (Módulo de Transporte Síncrono)
TDM Time Division Multiplexing (Multiplxagem por divisão de tempo)
TMM Telecomunicações Móveis de Moçambique
TU Unidade Tributária
TUG Grupo de Unidade Tributária
VC Virtual Container
CAPITULO I

RESUMO

O Surgimento do telefone dá-se por mero acaso, na noite de 2 de junho de 1875 por
Alexander Graham Bell, um imigrante escocês, que fazia experiências com um telégrafo
harmônico quando seu ajudante, Thomas Watson, puxou a corda do transmissor e emitiu
um som diferente que foi ouvido por Bell do outro lado da linha. A invenção foi patenteada
em 7 de março de 1876, mas a data que entrou para a história da telefonia foi a 10 de
Março de 1876. Nesse dia, foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa
pelo aparelho recém-inventado. www.museudotelefone.org.br (acedido a 12 de Outubro
de 2012)
Segundo Filipe Barreto (2008), o aparecimento do telemóvel deu-se precisamente no dia 3
de Abril de 1973, pela mão de Martin Cooper, aquele que é considerado o pai do
telemóvel, foi ele que fez a primeira chamada pública de um telemóvel.
Na década de 80, começaram a ser utilizados os primeiros sistemas móveis celulares
analógicos, equipados com um AMPS “Advanced Mobile Phone System” que permitia
unicamente fazer e receber chamadas, mas de fraca qualidade e com muitas
interferências. Com a incrível expansão do mercado, já se partiu para a segunda geração,
com a telefonia celular digital, onde o sinal de voz é digitalizado.
No final da década de 80, surge segunda geração de telemóveis (2G), equipados com o
sistema GSM (Global System for Mobile) que passou a desempenhar um papel muito
importante, permitindo a melhoria e maior qualidade das comunicações móveis.
Em Moçambique os serviços de telefonia Móvel aparecem pela primeira vez em
Novembro de 1997 a partir da empresa de telecomunicações Moçambique celular.

O trabalho é acompanhado de uma demonstração prática sobre a implementação do ADM


na rede de telefonia móvel usando a fibra óptica submarina como uma interface que
garante a transmissão de dados em altas velocidades e permite maior oferta na qualidade
de serviços fornecidos pelo operador de telefonia móvel em Moçambique.
INTRODUÇÃO

O presente trabalho intitulado “Implementação do ADM nas redes de telefonia móvel


usando o meio de transmissão via Fibra óptica submarina – Caso de Estudo: Troço
Maputo_Beira” circunscreve-se no âmbito da apresentação do projecto do final do curso de
Licenciatura em Engenharia Informática pela Escola Superior Técnica (ESTEC).
A pesquisa pretende evidenciar a importância da utilização da fibra submarina como opção
de redundância no escoamento do tráfego em caso de falha de um dos meios de
transmissão acoplados na rede, bem como minimizar os impactos negativos e
consequentes perdas totais de tráfego.
O acesso aos serviços de telecomunicações constitui um factor para o desenvolvimento
socio-económico da sociedade moderna. Assim, no âmbito da necessidade da expansão
da tecnologia de informação, acções diversas têm sido levadas ao cabo pela operadora
nacional de serviço de telefonia móvel (MCEL) para o alargamento de cobertura e cada
vez mais penetração em zonas de maiores pólos de crescimento turístico, visando a oferta
com serviços universais tais como: voz, dados, fax, acesso a Internet e vídeo-conferência.
A abertura do mercado e a consequente concorrência implica uma necessidade de
fornecer serviços com qualidade. Por isso, torna-se importante a observância de normas,
de modo a garantir uma funcionalidade plena do sistema de telecomunicações.
Uma das formas de analisar a qualidade de serviço é naturalmente o acompanhamento da
disponibilidade de oferta deste serviço específico. Quanto maior for a disponibilidade do
mesmo,maior será a oferta do serviço, isto é, implica que os sistemas de telecomunicação
devem estar disponíveis para oferecer serviço ao utilizador final durante 24 horas do dia,
durante os 7 dias da semana e 365 dias do ano.
1.2. Motivação / Justificação

Com o desenvolvimento da tecnologia e a forte concorrência do mercado urge a


necessidade de minimizar os tempos de respostas no que diz respeito a qualidade e oferta
de melhores serviços.
É visível a integração de novas companhias de telefonia móvel dada a demanda dos
clientes uma vez que o consumidor final ainda se mostra pouco satisfeito com o actual
cenário a nível de serviços em Moçambique. Há toda uma necessidade de garantir que
em casos de avaria de um dos equipamentos responsável pelo escoamento do tráfego
haja garantias de rateamento imediato por parte do secundário por forma a minimizar as
perdas assim como garantir na plenitude a satisfação do cliente.

1.3. Apresentação do Problema

De acordo com o tema proposto, o projecto em estudo visa essencialmente em abordar a


utilização da fibra submarina na transmissão dos sistemas móveis.
No âmbito deste dilema surgem questões como forma de dar cobro para que os objectivos
sejam alcançados:

 Até que ponto os sistemas de transmissão em uso na rede MCEL garantem


escoamento de tráfego sem causar perdas de comunicação a nível dos
consumidores?
1.4 Definição dos Objectivos

O Presente trabalho tem como pressuposto responder as necessidades exigidas pelo


INCM no que diz respeito a qualidade e oferta de serviços de telefonia móvel ao cliente,
bem como reduzir os tempos de respostas em termos de impactos negativos na rede. Para
tal, apresenta-se o projecto implementando o uso do ADM na rede de telefonia móvel
usando o meio de transmissão via fibra óptica submarina.

1.4.1 Objectivo Geral

 Apresentar as Etapas da Implementação do ADM usando a fibra óptica submarina


na rede de Telefonia Móvel.

1.4.2 Objectivos Específicos

 Identificar e analisar os constrangimentos existentes no actual sistema de


escoamento do sinal a partir dos meios em uso no troço em estudo.

 Desenhar e implementar um bloco diagrama funcional para o uso dos ADMs em


Redes de Telefonia Móvel que garantam a comutação imediata em caso de falhas
de um dos meios de transmissão da Rede para roteamento do Tráfego.

 Explanar as assimetrias existentes entre os sistemas de transmissão via Fibra


óptica Terrestre, Submarina e sistema de Microondas.

 Propor o uso da Fibra Submarina como sendo a opção primária em termos de


escoamento do sinal no troço em estudo.
1.5. Hipóteses

Com a implementação do ADM na rede Mcel usando a transmissão via fibra submarina,
espera-se trazer benefícios tais como:
 Minimizar as perdas totais de tráfego em caso de avarias de um dos equipamentos
dos ADMs.
 Garantir a comutação integral do tráfego nos elementos de transmissão.

1.6. Questões de Pesquisa

Que contributo este sistema irá trazer em termos de benefícios aos serviços de telefonia
Móvel Moçambique Celular?

Até que ponto a fibra submarina irá resolver os problemas da perda de tráfego na rede de
telefonia móvel?

1.7 Importância do Tema

A crescente necessidade da busca de soluções de forma a dar cobro as necessidades


básicas no mundo da telefonia móvel, não só a nível serviços de voz assim como de
serviços de dados, internet, etc, coloca um desafio aos profissionais da área a trazerem
melhorias que garantam na sua plenitude a presença permanente do sinal de rede
independentemente do tipo de avaria nos equipamentos de telefonia móvel.
1.8. Metodologia

Todo e qualquer trabalho científico, obedece certos critérios indispensáveis para a sua
elaboração e execução, contudo para alcançar os objectivos pretendidos com a pesquisa
segue-se abaixo a seguinte metodologia:

 Observação Presencial que consistiu na percepção dos equipamentos, suas


características funcionais e sobretudo as topologias de rede em uso pela
Moçambique celular a nível nacional.

 Revisão Documental - que visa essencialmente em aferir a partir da literatura dos


equipamentos existentes e a importância de cada componente técnico no processo
de comunicação via telefonia móvel.

1.9. Estrutura do Trabalho.

Introdução

Neste primeiro capítulo do trabalho, faz-se uma abordagem geral dos objectivos que
pretende se atingir e, de forma resumida, apresenta-se as diferentes técnicas,
metodologias, e ferramentas usadas para a elaboração do presente trabalho.

Revisão da Literatura

O segundo capítulo trata de conceitos teóricos, nos quais se procura expor, de forma
sintética e estruturada, um conjunto de conceitos que são mencionados ao longo da
pesquisa, e julga-se necessário para o leitor, na compreensão das diferentes abordagens
que serão apresentados nos capítulos subsequentes.
Estudo do caso

Este terceiro capítulo centra-se na descrição de uma tecnologia de transmissão via fibra
óptica submarina por se implementar no sistema actual. Apresenta-se as diferentes
tecnologias que são utilizadas para a materialização da parte prática, bem como as razões
que motivaram a recorrer á tais ferramentas

Conclusões e Recomendações

O Ultimo capítulo faz menção da conclusão, recomendações assim como da bibliografia


utilizada.
1.10. CONTEXTUALIZAÇÃO

Constitui o objecto de estudo a Mcel-Moçambique Celular Empresa de Telefonia Móvel


fundada em 11 de Novembro de 1997 com designação TMM- Telecomunicações Móveis
de Moçambique que hoje denomina-se Mcel SARL foi a primeira rede no pais a fornecer a
tecnologia avançada celular - GSM com sede própria na província de Maputo cidade de
Maputo na Rua Obadias Muianga n°384 caixa postal 1483 www.mcel.co.mz (acedido a 10
de Novembro 2012).
A Mcel possui delegações regionais centro na província de Sofala cidade da Beira, norte
na província de Nampula cidade de Nampula e possui lojas de venda com acesso aos
serviços em todo o país, tem no activo cerca de 772 trabalhadores a nível nacional com
mais de 3 milhões de clientes em todo país, que representa no mercado em 70%,
assegura a cobertura da rede de Norte a Sul do país através de mais de 750 antenas
cobrindo actualmente cerca de 60% do território geográfico acima de 75% da população
do país (Manual de Governação – Mcel, 2009).
As organizações contemporâneas encontram-se a passar transformações que lhes permite
aceitar a inclusão de novas Tecnologias. Este factor deve-se á flexibilidade e segurança
que estas tecnologias garantem nos processos de negócio de cada organização.
Dependendo da complexidade organizacional e da actividade desempenhada, as
Tecnologias podem apresentar desempenhos diferentes (Amaral e Varajão, 2000).
A Implementação dos ADMs com recurso a fibra no mundo da telefonia móvel tem um
papel relevante na transmissão de sinal de dados/voz proporcionando aos utentes destes
serviços, melhor qualidade através das manutenções preventivas e correctivas.
CAPITULO II

REVISÃO DA LITERATURA

Um aproveitamento integral das possibilidades de transmissão digital, impõe que algumas


características das Redes de Telefonia sejam tomadas em contas, entre esses aspectos a
considerar merecem referência:
 O número de canais telefónicos a multiplexar;
 A disponibilidade de outros suportes físicos, como feixes hertzianos, cabos coaxiais
e cabos de fibras ópticas.
O sistema de multiplexagem de 30 vias analógicas não pode, só por si, satisfazer todas as
necessidades de multiplexagem. Por outro lado, o débito 2048 Kbit/s não permite um
aproveitamento adequado dos suportes de transmissão alternativos.
Haverá pois que definir sistemas com débitos binários mais elevados, permitindo a
multiplexagem de um maior número de vias analógicas
.

2. Multiplexagem Digital

A multiplexagem aplicada nas telecomunicações é um processo que consiste na


combinação de vários sinais, por exemplo, sinais telefónicos, obtendo um único sinal
característico e diferente.

Fig.2 Sistema de multiplexagem (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)


Resumidamente, com a multiplexagem digital pretende-se:

 Rentabilizar a utilização dos suportes físicos disponíveis (mais sinais telefónicos


transmitidos por circuitos físicos ou formação de um sinal mais adequado ás
características de transmissão dos suportes);
 Permitir a utilização de novos métodos de transmissão como é o caso da fibra
óptica, suporte físico apresentando vantagens económicas em certas
circunstâncias, para um número elevado de junção entre estações.

Vários canais para estabelecer a comunicação entre dois pontos podem ser feita uma
economia significativa, enviando-se todas as informações através de um meio de
transmissão único que utilize uma técnica de multiplexação dos sinais.
Como factor imprescindível para que a comunicação seja possível é que os sinais sejam
enviados sem nenhum erro e uma hierarquia de multiplexagem como a telefónica possuí
alguns problemas de sincronismo nas multiplexagens que podem dificultar ou mesmo que
pode inviabilizar a transmissão das informações. Contudo usamos o processo de
multiplexagem por divisão de tempo.

2.1 Modulação por código de pulsos (PCM)

A transmissão digital consiste no envio de uma série de símbolos, uns e zeros, de um


ponto para o outro. Para isso é pressuposto que a fonte de informação já seja também ela
digital. No entanto a voz é considerada um sinal analógico, ou seja, é um sinal constituído
por uma onda com uma determinada frequência ou frequências. Por isso há que efectuar
uma conversão entre um sinal analógico e informação digital, a isto é chamada conversão
Analógico/Digital (conversão A/D).
O método mais utilizado em telecomunicações para converter sinais de voz em digital é
chamado de PCM – Pulse CodeModulation. Este método envolve principalmente três
passos distintos:
 Amostragem;
 Quantificação;
 Codificação.

A amostragem deve respeitar a frequência de Nyquist, Fa = 2*fM adoptando um intervalo


fixo de tempo entre uma amostra e outra. A frequência de amostragem é de 8000Hz (8000
amostras por segundo ou ainda uma amostra a cada 125us), respeitando a frequência de
Nyquist.
Depois de quantificado o sinal, é necessário representar esta quantificação de alguma
forma. Em sistemas digitais esta representação é efectuada utilizando um código binário,
de forma a obter 256 níveis de quantificação são necessários 8 bits de dados. Depois de
completo o processo PCM, incluindo uma amostragem a 8 kHz e codificação a 8 bits, a
informação resultará num débito binário de 8000 × 8 = 64Kbit/s. A ligação digital utilizada
para transportar esta informação é chamada de ligação PCM ou PCM Link. O canal PCM
resultante desta ligação terá obviamente uma taxa de transmissão de 64kbit/s, sendo o
canal mais baixo na hierarquia PCM, em que cada canal transporta a informação de voz
ou dados de um equipamento telefónico básico.
Para se utilizar as ligações mais eficientemente, normalmente opta-se por multiplexar
vários canais PCM na mesma ligação. Para isso é utilizada a técnica TDM - Time Division
Multiplexing que se traduz pela utilização da ligação durante um certo tempo para cada
canal PCM. Obviamente que daqui resultará uma ligação com um débito binário muito
superior. A Figura 2.1 mostra um exemplo de 32 canais multiplexados em uma ligação
PCM que é chamado de sistema PCM de primeira ordem.
O bit rate resultante será de 32 × 8 × 8000 = 2048 kbit/s ou 2 Mbit/s.
Fig.2.1 - 32 canais multiplexados em uma ligação PCM (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

O resultado da multiplexagem é uma trama com 32 slots em que o slot 0 é utilizado para
sincronização e o slot 16 é utilizado para sinalização.

Fig.2.1.1 - Trama com PCM 2Mbit/s (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

O IT 16 é utilizado para transferir dados, pois o equipamento e o próprio sistema de


transmissão que trabalha como sinalização por canal comum. E por fim o IT 0, que
apresenta fundamental importância no quadro PCM, caracterizando-se por apresentar
alternadamente os chamados Sinais de Alinhamento de Quadro (SAQ). Estes sinais são
de extrema importância, pois sem eles não teriam o sincronismo do nosso feixe PCM entre
o equipamento transmissor e o receptor.
3. HIERARQUIAS DIGITAIS DE MULTIPLEXAGEM

3.1. Sistema PDH (Hierarquia Digital Plesióncrona)

A solução encontrada para solucionar o problema da falta de sincronismo dos sinais de


entrada do multiplexador, foi usar a multiplexagem Plesióncrona.
A palavra plesiócrona vem do grego: Plesíos (Quase) + Kronos (Tempo)

A multiplexagem Plesióncrona é realizada por multiplexador Plesióncrona. Como na


hierarquia do sistema telefónico existem vários níveis de multiplexação, todo o conjunto de
multiplexadores plesióncronos recebem o nome de hierarquia digital plesiócrona,
abreviado para PDH (do inglês Plesiochronous Digital Hierarchy).
O funcionamento do multiplexador plesiócrono está baseado numa memória chamada
memória elástica. Esta memória pode ser imaginada como um anel circular. O anel é uma
memória do tipo FIFO (First In, First Out), em que o primeiro elemento é o primeiro a sair.
A memória elástica é composta de várias células de curta permanência (área da memória
onde um bit gravado será substituído logo após a leitura), arrumados em uma ordem
cíclica. A gravação dos bits nesta memória pode ser feita segundo o mecanismo de
varredura do acesso sucessivamente a cada uma das células na ordem estabelecida.

Rede PDH é o conjunto de equipamentos e meios de transmissão que compõem um


sistema baseado nos princípios da Hierarquia PDH: diferentes tributários possuem uma
sincronização não perfeita, eles possuem relógios independentes e com frequências
aproximadamente igual. A partir da montagem do feixe E1, o sistema básico PDH com
taxa de 2048 Kbit/s foi surgindo os demais níveis hierárquicos, sempre padronizados,
conforme a Tabela 1.
Nível Velocidade Nº de canais Frequência de Tolerância
Hierárquico Nominal de 64 Kbit/s relógio [Khz] [ppm – partes
[Mbit/s] por milhão]
E1 2 30 2.048 +/-50
E2 8 120 8.448 +/-30
E3 34 480 34.368 +/-20
E4 140 1920 139.264 +/-15
Tabela 1. Níveis hierárquicos PDH (Fonte: Portugal Telecom, 2006)
Tributários – canais que carregam sinais dos usuários; um tributário básico corresponde a
sinal de 2Mbit/s.

Fig.3.1 - Composição da hierarquia PDH. Como se pode observar, o sistema vai subindo de hierarquia
agrupando quatro feixes do nível anterior (Fonte: Portugal Telecom, 2006)

A fig.3.1 representa esquematicamente a hierarquia digital europeia, com um equipamento


multiplex primário e os equipamentos de multiplexagem digital correspondentes aos 1 o, 2o,
3o e 4o nível, caracterizados pelo débito binário equivalente indicando em cada caso o
código de junção adoptado.
Nota-se que o número de afluentes a multiplexar é sempre de 4 e que os débitos
resultantes são sempre algo maiores que 4 vezes dos afluentes, isto porque é necessário
incluir sinais de sincronismo, reservar bits para alarme e outros serviços e ainda permitir a
justificação.
O diagrama de um sistema PDH mostra a principal dificuldade do sistema PDH que
consiste no facto de que para obtermos um tributário E1, de 2 Mbit/s a partir de um
sistema E4 de 140 Mbit/s, temos que implementar todas as etapas de multiplexaçãoe
desmultiplexação, obrigando-nos a implementar os hardwares necessários para todas as
etapas, o que torna o processo oneroso e na maioria das vezes não muito prático.

3.1.1 Elementos da rede PDH

A rede PDH é constituída pelos seguintes elementos:


 Terminal de linha;
 Adaptador de linha;
 Multiplexador;
 Equipamento adaptador de transmissão.

Terminal de linha - na estação emissora o equipamento que permite a multiplexação de


sinais em hierarquia PDH possui um terminal de linha físico que permite a conexão f’ísica
dos tributários provenientes dos equipamentos de transporte de dados a nível de débitos
da primeira hierarquia E1 (2Mbit/s).

Adaptadores de linha - os sinais são provenientes de fontes diferentes, ocorrendo


assim uma diferença de sincronismo entre eles, impedindo a multiplexação directa dos
tributários e se fazendo necessária á inclusão de bits de ajuste (enchimento) para
compensar a fase e a taxa de transmissão dos canais de voz que se encontram não
sincronizados. Esta sequência de bits de ajuste é denominada Padrão de Enquadramento
de Trama (PET) e é inserida pelo adaptador de linha no início da trama de cada nível
hierárquico.

Multiplexador - os tributários são combinados usando multiplexadores. A saída de um


multiplexador origina um sinal que funciona como tributário para o multiplexador de ordem
seguinte da hierarquia. Analisando a tabela 1, pode-se observar que o primeiro nível de
multiplexação da hierarquia PDH é E1, para obtenção do nível seguinte, são agregadas
quatro saídas de multiplexadores E1 que multiplexadas, nos proporcionarão o nível E2.
Um multiplexador de 3ª ordem resulta da multiplexação de quatro E2, um processo similar
é usado até chegar ao último nível hierárquico E4.
No caso concreto do SMUX, a multiplexação é feita directamente de 2 para 34 Mbit/s sem
passar pelo nível intermédio de 8 Mbit/s. Neste caso, o multiplexador E3 recebe 16
tributários E1 para processar.
O multiplexador amostra cada tributário a uma taxa de relógio permitida, e deve estar
interligado ao adaptador de linha para poder efectuar inclusão dos bits de ajuste em cada
nível de miltiplexação.

Equipamento adaptador para transmissão – este equipamento funciona como um


interface que converte os dados binários dos tributários em sinais de código de linha para
depois transmitir. Depois de feita toda cadeia de multiplexação, o sinal resultante deve ser
transmitido através de um meio de transmissão identificado como canal. Este canal está
directamente relacionado com o veículo que transporta a informação, no presente caso,
ondas electromagnéticas e o canal usado pode ser um cabo coaxial, fibra óptica ou rádio
microondas.

É necessário um equipamento similar na estação receptora que possa fazer a


desmultiplexação da cadeia PDH e o processo inverso, é iniciando no equipamento
adaptador de transmissão até alcançar o equipamento terminal de linha.
Apesar de ainda estar a ser usado no SMUX, o sistema PDH foi maioritariamente
substituído por equipamento pertencente a segunda geração de hierarquia de
multiplexadores, rede SDH.

3.1.2 Desvantagens do PDH

O sistema PDH apesar de ser funcional apresenta vários inconvenientes, sendo os


principais os seguintes:
 Não há normalização para débitos superiores a 140 Mbit/s;
 Falta de flexibilidade. É difícil de usar equipamento PDH para funções de
inserção/extracção de tributários (canais);
 Incompatibilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes;
 Somente aceita a topologia do tipo ponto-a-ponto;
 Capacidade muito limitada para funções de gestão centralizada (não há canais nas
tramas destinados a esta função).
 Apresenta dificuldade para integração de novos serviços (vídeo-conferência).

Observação:
Basicamente o PDH não dispõe de estruturas para gestão e funções de manutenção por
não dispor de capacidade adicional no sinal de transmissão.
O desenvolvimento das redes começou a torna-lás complexas, o que exigia um elevado
número de multiplexadores e grande estrutura de distribuição. Tornou-se claro que os
standards ponto a ponto já não satisfaziam as necessidades do mercado daí o surgimento
do sistema SDH.

3.2 Sistema SDH (Sinchronous Digital Hierarchy - Hierarquia DigitalSíncrona)

O sistema SDH está baseado nos princípios de multiplexação síncrona directa, que é a
chave para uma rede de telecomunicações mais eficiente e mais eficazes. Isto significa
que, sinais tributários individuais podem ser multiplexados directamente em um sinal SDH
de taxa superior, sem necessidade de estágios de multiplexação intermediários. Portanto,
os elementos desta rede podem ser inter-conectados directamente, resultando em uma
economia de custos e nos equipamentos utilizados, quando comparados com a rede
quase síncrona, actual (PDH).

Definição:
A Hierarquia Digital Síncrona (SDH) é um protocolo de comunicação baseado em níveis
hierárquicos e projectada para enlace de dados digitais de alta velocidade (até 10 Gbit/s)
surgiu da necessidade de se estabelecer um padrão internacional unificado para redes de
telecomunicações síncronas, diferentemente do sistema PDH. O conteúdo do sinal
transportado pelo sistema SDH é indiferente, podendo ser transmitido voz, dados ATM e
vídeos comprimidos, entre outras.

SDH é um standard para alta capacidade e alta velocidade; é seu objectivo tornar mais
simples, económicos e flexíveis as infra-estruturas das redes de telecomunicações.

3.2.1 Módulo de Transporte Síncrono (STM)

O STM é a estrutura básica de transporte de dados da SDH, constituída de quadros


(frame) na qual os dados são armazenados.
Um quadro STM consiste em 2430 bytes arranjados a uma estrutura de 270 colunas por 9
linhas, que pode ser representado por um mapa bi-direccional. Os bytes são de forma
serial, linha por linha, da esquerda para direita e o bit mais significativo de cada byte é o
primeiro a ser transmitido.

O quadro STM-1 é dividido em três secções principais:


1. Área de Carga Útil (Playload)
2. Ponteiros (Pointers)
3. Cabeçalho de Secção (SOH- SectionOverhead)
Dentro de um quadro STM-1, um byte de informação acontece a cada 270 bytes e é
considerado como uma estrutura de 9 linhas de 270 bytes. As primeiras 9 colunas desta
estrutura constituem o SOH e os ponteiros, enquanto as outras 261 colunas são a Área de
Carga Útil.
O SOH permite que a informação de controle passe entre elementos síncronos adjacentes.
Fig. 3.2.1 - Módulo de Transporte Síncrono - STM. (Ref.2)

tem o débito binário de 155.52 Mbit/s e os débitos binários das hierarquias SDH
superiores, são múltiplos deste valor, por um factor de N = 4 n (n = 1,2,3,4).
Os níveis hierárquicos SDH podem ser observados na Tabela 2.
Nível Capacidade Velocidade Taxas de bits Tipo de sinais
Hierárquico Nominal [Mbit/s] usados
STM-1 155,52 Mbit/s 155520 Eléctico ou óptico
STM-4 4 × STM-1 622 Mbit/s 622080 Óptico
STM-16 16 × STM-1 2,5 Gbit/s 2488320 Óptico
STM-64 64 × STM-1 10 Gbit/s 9953280 Óptico
Tabela 2. Níveis hierárquicos SDH (Ref.2)

3.2.1.1 Área de Carga Útil (Payload)


Sinais de todos os níveis da PDH podem ser acomodados numa rede síncrona, sendo
empacotados na área de Payload de quadro STM. Os tributários plesióncronos são
mapeados em um container síncrono padrão e um única coluna de 9 bytes, chamada POH
e é adicionada ao Payload para formar um VC (que mais adiante será desenvolvido). O
POH carrega informação para uso na gerência ponto-a-ponto de um caminho síncrono.

3.2.1.2 Área de Ponteiros de Unidade Administrativa (AU Pointers)


O ponteiro é gerado para indicar a posição desta unidade em relação ao quadro STM-1.
Este ponteiro está junto da SOH e o uso no STM-1 indica que sinais de plesióncronos
podem ser acomodados dentro da rede síncrona sem o uso de “buffers”. Isto indica que
pode ser empacotado em um VC e inserido no quadro a qualquer lugar no tempo.
Os ajustes dos ponteiros também são possíveis, onde mudanças leves de frequência e
fase ocorrem como um resultado de variações em atraso de propagação. O resultado é
que em qualquer sequência de dados, é possível identificar canais individuais de
tributários e retirar ou inserir informação, superando as desvantagens principais do PDH.

3.2.1.3 Área de Cabeçalho de Secção (SectionOverhead – SOH)


Os bytes do SOH são usados para a comunicação entre pontos adjacentes do
equipamento síncrono. Estes bytes carregam informação para alinhamento de quadro,
manutenção, cálculo de desempenho, etc. e executam uma variedade de facilidades de
gerência e administração.
O SOH é dividido em duas partes:
 RSOH – carregam informações que podem ser utilizadas em um regenerador ou
repetidor;
 MSOH – carrega informações utilizadas somente na secção de mulitiplex, onde o
STM-1 é desmontado.

3.3 Elementos do STM


Os elementos básicos do sinal STM consistem num grupo de bytes alocados para carregar
as taxas de “transmissão de dados definidas no G.702 e G.703”.
Este elemento recebe o nome de “Container” e tem por função adaptar os tributários
através do mapeamento destes no próprio container, incluindo o processo de justificação,
se necessário.
Os Container especificados são os mostrados na tabela 3

Container Tributários Mapeados (Kbits/s)

C-2 6.312
C-3 34.368 e 44.736
C-4 139.264
C-11 1.544
C-12 2.048
Tabela 3 (Ref.2)

3.3.1 Contentor Virtual - Virtual Container (VC-n)


Um VC é constituído a partir do container mais uma capacidade adicional para carregar o
cabeçalho de Caminho (POH). O POH controla e monitora a informação na transmissão
ponto-a-ponto. Os VCs podem ser de ordem superior (VC-3 ou VC-4) ou inferior (VC-12 ou
VC-11), de acordo com a ordem dos caminhos na SDH.

Fig.3.3 - Vislumbra um pacote VC-4 dentro de um STM. (Ref.2)

Depois que o POH é adicionado, um ponteiro indica o começo do VC em relação ao


quadro STM e esta estrutura é chamada de Unidade Tributária (TU) que carrega tributários
de baixa ordem, ou Unidade Administrativa (AU) para ordem mais alta. Os Tus são
agrupados em Grupos de Unidade Tributária (TUGs), que são então mapeados num VC
de ordem mais alta.
3.3.2 Unidade Tributária (TU-n)
A Unidade Tributária (TU) é uma estrutura que faz a adaptação de VCs de ordem inferior e
superior na camada de via. A TU consiste de um VC e um Ponteiro de Unidade Tributária
(AU Pointer). A posição do VC dentro do TU não é fixa , entretanto a posição do ponteiro
de TU é fixa com relação ao próximo passo da estrutura de multiplex, onde é indicada o
começa do VC.

3.3.3 Grupo de Unidade Tributária (TUG)


É uma estrutura formada por um grupo de TUs idêntico. Por exemplo: Um TUG-2 é a
multiplexação de três TU-12 que ocupam posições fixas num VC-3 ou VC-4, e um TUG-3 é
formado a partir da multiplexação de sete TU-2 uo de um único TU-3.
Assim, para um VC-3 ou VC-4 de ordem superior, a carga útil pode ser um número de Tus
ou TUGs em vez de simples VC-1 ou VC-2 básicos.

3.3.4 Unidade Administrativa (AU)


A AU é responsável pela adaptação entre as camadas de vias de ordem superior e a
camada de multiplexação. Esta estrutura consiste de um VC e um AU Pointer, este
ponteiro indica a posição de VC co relação ao quadro STM-1 e têm posição fixa dentro do
quadro.

3.4 Estrutura de Multiplexagem do sistema SDH

Nos equipamentos de padrão SDH o processo de multiplexação normalmente é executado


pela matriz de conexão cruzada (Cross-Connect Matriz). A capacidade desta matriz para
compor os frames SDH com canais de taxas de bits diversas define de facto, a
capacidade dos tributários.
(fig.3c) ilustra o esquema de multiplexação do SDH
Fig.3.4 - O contentor VC-12 é usado para transportar um E1, o VC-3 um E3 e o VC-4 um E4. Os outros
contentores são usados para sinais da hierarquia americana. (Ref.2)

3.5 Funcionamento do SDH

O SDH define um número de container e cada um corresponde a uma taxa existente de


plesióncronos. A informação de um sinal plesióncrono é mapeada no container, onde é
adicionado informações de controle no POH e os byte deste controlam as taxas de erro. O
VC é formado pelo container e POH.
Numa rede síncrona, todo equipamento é sincronizado a um relógio geral de rede, é
importante notar que, a demora associada a um elo de transmissão pode variar com o
tempo, o que faz com que a localização do VC dentro do quadro STM não seja fixa. Estas
variações são acomodadas associando um ponteiro a cada VC e o ponteiro indica a
posição do começo do VC em relação ao quadro STM.
O processo de preencher Container e associar cabeçalhos várias vezes na SDH resulta
do mapeamento de VCs menores dentro de maiores, até que o VC de maior tamanho
seja preenchido e carregado na Carga Útil do STM-1. Quando a Área de Carga Útil é
preenchida, mais bytes de informação de controle são adicionados aos quadro para
formar o SOH.
O SOH permanece com a Carga Útil entre dois multiplexadores síncronos, seu propósito
é proporcionar canais de comunicação para gerenciamento, controle,etc.
Quando uma taxa de transmissão mais alta que o 155 Mbit/s de um STM-1 é requerido
em uma rede síncrona, este pode ser alcançado por usar um esquema de
multiplexação bit a bit. Assim, taxas de 622 Mbit/s (STM-4), de 2.4 Gbit/s (STM-16) e 10
Gbit/s (STM-64) podem ser alcançadas.

3.5.1 Sincronismo de Redes de Transmissão Baseadas em Tecnologias SDH


O aumento da capacidade de transmissão e de funcionalidade proporcionado pela
tecnologia SDH implica equipamentos mais complexos e um detalhado planeamento de
redes de transmissão.
O aspecto que se deve considerar nessa transição é o sincronismo de rede. Todo o
equipamento SDH conta com uma entrada de sincronização que irá controlar toda a
multiplexagem e consequentemente os processamentos de ponteiros.

POR EXEMPLO: um feixe de 2 Mbits/s transportado dentro dos quadros SDH não passa
pelo mesmo processo de enchimento de bits como no caso de um feixe de 2 Mbit/s em um
quadro PDH.
A tecnologia SDH utiliza mecanismo de ajuste de ponteiros para indicar a posição de um
feixe de 2 Mbit/s de um quadro SDH, este mecanismo de ajuste de ponteiro faz com que o
feixe extraído apresente ‘saltos’ de fase, tornando-o inadequado para a extracção da
informação de sincronismo. Essa variação contínua de fase caracteriza pequenas
variações na frequência do sinal transportado, denominado ‘wander’.
Porém, o transporte da informação de sincronismo deixou de ser problema somente das
redes de comutação, para tornar-se um problema das redes de transmissão. É
interessante notar que, quando a rede de transmissão está sincronizada, o sincronismo da
rede de comutação pode ser obtida facilmente. O sincronismo dos equipamentos de
transmissão SDH pode ser obtido através do quadro STM-N, pois este possui um
comprimento fixo (9 x 270 x N bytes). Todavia, deve-se atender para os equipamentos de
comutação, que normalmente são sincronizados a partir dos feixes de 2 Mbit/s, que podem
apresentar um salto ‘wander’, tornando-os inadequados para o transporte de informação
de sincronismo.

3.6 Redes SDH


Nas redes plesióncronas existentes é usada a tecnologia simples de transmissão ponto-a-
ponto para ligar as centrais telefónicas ou as diferentes localidades.
Um sinal de 64 Kbit/s de uma ligação telefónica, por exemplo, pode ser multiplexado até 2
Mbit/s e depois até 140 Mbit/s utilizando o terminal multiplex.
Contudo, para chavear este sinal de 64 Kbit/s, o sinal inteiro de 140 Mbit/s deve ser
desmultiplexado, requerendo um sinal completo de desmultiplexador em cada ponta de
link de transmissão. Este é também o caso para a taxa mais alta dos sistemas de
transmissão por Fibra Óptica (FOTS – Fiber OpticalTransmissionSystems). Esta
configuração é chamada ‘Back to Back’, de muito alto custo e na prática, somente alguns
sinais de baixa ordem necessitam ser comutadas.

Uma rede SDH realiza as mesmas funções básicas de uma rede Plesióncrona existente.
Ela suporta os dados dos clientes de uma localidade até outra localidade, mediante a
utilização de multiplexação síncrona, ela realiza esta tarefa de forma mais eficiente do que
a rede PDH.
Os sistemas de ‘cross-connect’ de SDH (que será explicado mais adiante) podem rotear
sinais de banda larga através da rede, sem ser necessário Desmultiplexador o sinal de alta
velocidade, proporcionando uma grande economia ao eliminar a necessidade de
multiplexadores junto aos equipamentos de ‘cross-connect’. Estes equipamentos são
controláveis via um conjunto de mensagens normalizadas, permitindo que novos circuitos
possam ser providenciados em alguns milisegundos a partir dos pontos de comando de
rede. Com esta habilidade para re-roteamento, a SDH pode contornar falhas de
equipamentos sem causar grandes impactos nos serviços.

Rede SDH é um conjunto de equipamentos e meios físicos de transmissão que compõem


um sistema digital baseado nos princípios da hierarquia SDH: cada canal tributário opera
através de um relógio central da rede. Esta formação permite a sincronização completa
dos diferentes tributários envolvidos no processo.
Vamos agora dar uma olhada aos blocos da rede e como eles são configurados. Estes
elementos estão agora bem definidos nas normas ITU e realizam as funções de
multiplexação e chaveamento (comutação).

3.6.1 Multiplex de Terminal de Linha (LTM)


O multiplex de terminal de linha pode manejar uma variedade de tributários de entrada
(2.34 Mbps, 140 Mbps ou STM-1) e os multiplexar para uma portadora óptica, como STM-
4 ou STM-16. Os LTMs formam a porta principal da rede PDH para a SDH.
Como opção, este pode ter uma interface de transmissão secundária de protecção interna.
Requerendo do espaçamento requerido entre os equipamentos, podem ser utilizadas
interfaces ópticas com características de atenuação e comporta maior espaçamento entre
regeneradores; em outras palavras pode se dizer que o LTM agrega sinais plesióncronos
ou síncronos de modo a formar sinais STM-N de débito mais elevado, como mostra
abaixo:

Fig.3.6.1 - Multiplex de Terminal de Linha (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

3.6.2 “Cross Connect” digital síncrono (DXC)


O “Cross Connect” digital síncrono funciona como um comutador semi-permanente para
faixas variáveis de canais de transmissão de 64 Kbps a STM-1 (proporciona função de
comutação apropriadas para estabelecer ligações semi-permanentes entre os canais E1,
E3, E4 e STM-1). Controlados por software, os dispositivos de “cross connect” podem
pegar e re-rotear um ou mais canais de ordem menor, sem necessidade de
desmultiplexação. Esta capacidade é que transforma os “cross connect” digitais numa
ferramenta muito poderosa, permitindo uma rápida reconfiguração da rede de transporte,
proporcionando “LPs” (linhas privadas) digitais e outros serviços. É muito usado para
integrar redes distintas.

Fig.3.6.2 - Cross Connect Digital síncrono (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

3.6.3 Regeneradores
Para transmissão de SDH acima de 50 km, é necessário a utilização de regeneradores
com espaçamentos que dependem da tecnologia empregada ( ex: longitude de onda,
receptores, etc). Estes não são simples regeneradores de sinais, eles têm também
capacidade de reportar alarmes e de monitorar o desempenho da rede.
Como todos os elemenos da rede têm capacidade de reportar alarmes, as falhas podem
ser isoladas rapidamente á secção individual de transmissão com problema.
O regenerador regenera o relógio e a forma dos sinais de entrada, possui canais de
comunicação a 64 kbit/s para transmitir mensagem.

Fig.3.6.3 - Regeneradores (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)


3.6.4 O multiplex de inserção/extracção (ADM – Add Drop Multiplex)
É o bloco de construção básico de SDH para acesso a redes síncronas locais. Geralmente
oferece interface STM-1 e STM-4, e opera no estilo “passagem directa”. Uma grande
variedade de sinais tributários plesióncronos de 2Mbps, por exemplo, pode ser inseridos
ou extraídos deste sinal “passante”.Esta capacidade é um dos benefícios da rede
síncrona.
Os ADMs com este “Modo Passante” adicionam uma nova dimensão ao projecto de redes
e podem conformar anéis de acessos locais síncronos.
A função do multiplex de inserção/extracção é uma das maiores vantagens resultantes do
emprego do SDH, já que em uma função similar em ambiente PDH é requerida a adição
de equipamentos terminais “back to back”.
O ADM permite inserir/extrair quer sinais PDH, quer sinais SDH de débito mais baixo que o
da linha.

Fig.3.6.4 - Multiplex de inserção/extracção (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

3.7 Arquitectura Típica da Rede


Agora que os elementos foram identificados e explicados, veremos as diversas maneiras
de se construir uma rede SDH na prática.
Inicialmente a tecnologia SDH será implementada em novas instalações, e então
substituirá ou serão feitas expansões nos sistemas existentes quando eles atingirem a
capacidade máxima. No nível mais simples, os sistemas ponto-a-ponto usarão
multiplexadores terminais SDH com a possibilidade de expansão para topologias SDH
mais complexas.
Os comutadores de cruzamento são usados para interligar anéis SDH, ou nós de redes em
malha.

3.7.1 Topologia ponto a ponto

Os sistemas ponto-a-ponto SDH são sucessores naturais para os enlaces de q40 Mbps de
565 Mbps existentes hoje. Nas novas instalações, estes tributários serão substituídos em
geral pelo STM-4 (622 Mbps). O STM-16 (2.4 Gbps) será requerido em diversas
localidades, devido à necessidade de uma banda cada vez maior das redes.
Visto que os sistemas SDH começarão a aparecer nas rotas específicas da planta já
existente, coexistindo com os sistemas de 140 e 565 Mbps,um ponto de grande
importância será o gerenciamento da rede. Este deverá cobrir toda a rede de transmissão,
incluindo tanto o SDH como o PDH.
3.7.2 Topologia em Anel

O ponto diferenciador do SDH em relação aos sistemas hoje existentes é a função do Add-
Drop Multiplex (ADM). Ele provê a possibilidade de inserir e retirar canais em qualquer
ADM, sob um controle centralizador. Com a nova configuração de inserção e extracção,
novos conceitos de projecto de redes para acesso local pode ser facilmente
implementados, provando maior flexibilidade na alocação de banda para diferentes
usuários.
Se um nó ou enlace apresenta uma falha, ele poderá ser completamente contornado por
umja reconfiguração das conexões no anel STM-N que roteará o tráfego na direcção
oposta.

3.7.3 Topologia em Malha

Com a expansão da rede SDH, a combinação de chaves “cross connects” digital (DXC) de
alta velocidade e inter-conexões ópticas ponto a ponto formarão o núcleo das futuras
redes.
Os “Cross Connets” digitais (DXCs) SDH serão conectados em uma malha para prover
diversidades de rotas. O arranjo mais simples é o de 3 DXCs conectados. Se o enlace
directo de um DXC para outra falhar, a rota alternativa através do terceiro DXC ainda
disponível, e mudanças no roteamento do circuito será possível em milisegundos.

Quando são adicionados anéis ADMs na estrutura de malha da rede, teremos a


configuração mais flexível da rede SDH. A densidade de rota irá assegurar a protecção da
rede.

O controle flexível através de software dos elementos de rede irão acrescentar a


velocidade para se prover novos serviços e para o gerenciamento da banda.
Actualmente pudemos vislumbrar estruturas SDH em anel nas áreas metropolitanas, ao
redor de grandes cidades, que irão prover o acesso á rede para os usuários corporativos,
serviços celulares e usuários residenciais. As redes MAN (MetropolitanArea Network) e
BISDN (Broadband ISDN) terão nós que interfacearão com estes anéis SDH.

Fig.3.7.5 – Elementos rede em anel SDH (Fonte: Alcatel Univercity, 2001)

3.8 Rede de Transporte utilizando cabos de pares entrançados de cobre


Os cabos consistem em um ou vários pares de fios de cobre, na qual os dois fios de cada
par são entrançados, ou seja, enrolados em torno um do outro, com objectivo de criar á
sua volta um campo electromagnético que reduz a possibilidade de interferência de sinais
externos. Apesar da utilização de fibra óptica na rede, os pares de cobre são ainda muito
utilizados na transmissão de dados.
Na rede de transmissão a fibra óptica é o meio predominante, mas na rede local de
transporte de dados, devido a sua simplicidade e baixo custo e com boa característica d
etransmissão, os cabos de pares entrançados são utilizados no fornecimento das redes de
acesso e aprovisionamento de circuitos alugados.

3.9 Vantagens e limitações da hierarquia SDH

Vantagens da SDH
O sistema SDH veio substituir o sistema PDH devido a um conjunto de vantagens e
facilidade que apresenta em relação ao PDH, como as que se seguem:
 Permitem a gestão de rede centralizada;
 Possui facilidade de inserção de tributários;
 Possui facilidade de evolução para débitos de transmissão mais elevados;
 Permite maior compatibilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes e entre
as hierarquias Europeias e Americanas, devido á padronização SDH;
 Aceita várias topologia de rede: anel, malha e em cadeia;
 Elevada disponibilidade permitindo uma provisão rápida dos serviços requeridos
pelos clientes. Tal deve-se ao facto da SDH fazer uso intensivo do software, em
contrapartida com o PDH cuja funcionalidade reside no hardware;
 Elevada fiabilidade; a redes SDH usam mecanismos de protecção que permitem
recuperações rápidas a falhas (da ordem dos 50ms), quer nas vias de
comunicação, quer dos nós da rede;
 Normalização das interfaces ópticas (definindo os códigos a usar, os níveis de
potência, as características do lasers e das fibras, etc.);
 Possibilidade de monitorizar o desempenho de diferentes canais;
 Plataforma apropriada para diferentes serviços.
Limitações da SDH
Com o desenvolvimento da tecnologia, a transmissão até 10 Gbit/s ou seja STM-64 não
está sendo suficiente devido o surgimento de novos serviços com VoipIP, videoconferência
e necessidade de transportar grandes quantidades de dados, o que dificulta o suporte de
tráfego com elevada capacidade.
Entretanto, apesar da forte padronização de equipamentos SDH, a padronização dos
sistemas de gestão de rede ainda não é um facto, impedindo que equipamentos de
fabricantes diferentes possam operar sob gestão de sistema único.
CAPITULO III

4. MODELAÇÃO DO PROJECTO
Cabo submarino é um cabo telefónico especial, que recebe uma protecção mecânica
adicional, própria para instalação sob a água. Normalmente dispõe de revestimento de aço
e de um isolamento e protecção mecânica especiais. (Murata, Hiroshi, 2001)

4.1. História do Cabo Submarino


Muito embora existam divergências quanto às datas, o primeiro cabo submarino foi um
cabo telegráfico lançado em 1851 no Canal Inglês de Dover. Em 1858 foi lançado o
primeiro cabo submarino metálico transatlântico interligando a América do Norte e a
Inglaterra. O sistema era lento com uma largura de banda capaz de transportar apenas
duas palavras por minuto. O primeiro cabo submarino transatlântico lançado com sucesso
só correu em 1866.

O cabo submarino coaxial surgiu em 1956 e permitiu a comunicação de várias pessoas


ao mesmo tempo. No início dos anos 70, com o desenvolvimento do cabo óptico e a sua
aplicação na comunicação submarina, este meio de transmissão tornou-se a melhor
opção.
O primeiro sistema óptico, precursor dos sistemas de cabos submarinos actuais, foi
implantado nas Ilhas Canárias em 1982. A era do cabo óptico submarino de longa
distância teve início efectivamente em 1988 com o lançamento de um cabo óptico
submarino transatlântico entre os oceanos Pacífico e Atlântico (interligando USA, França e
Inglaterra) com capacidade de transmissão em massa.

A primeira rede de fibra óptica projectada para utilização da técnica DWDM (Dense
Wavelength Division Multiplexer) foi implementada em 1988 e interligou os Estados Unidos
com a Grã Bretanha, a Alemanha e a Holanda. Este cabo era associado ao sistema TAT-8
e elevou a capacidade de tráfego entre os EUA e a Europa para 20.000 circuitos de voz.
No final do século XX e início do século XXI o mundo viu um aumento efectivo de oferta de
banda através dos novos sistemas de cabos submarinos que foram lançados neste
período no Oceano Pacífico, Oceano Atlântico, Sudeste da Ásia, e América do Sul. (Penta,
Ufrgs 2000)

Uma combinação de factores foi responsável por este aumento de banda, como a
demanda reprimida, o aumento de tráfego telefónico e de TV internacional, a Internet, a
desregulamentação do sector de telecomunicações em vários países, a competição e o
avanço tecnológico como o DWDM, técnicas de amplificação óptica (amplificador óptico
em linha, pós-amplificador, pré-amplificador, amplificação remota, etc.). Tais factores
permitiram ampliar as bandas e reduzir os custos de equipamentos, cabos e os serviços
de instalação e lançamento, tendo sido determinantes para que os preços de banda
passassem a um novo patamar.
Em paralelo implementaram-se mecanismos de protecção mecânica (dos cabos
submarinos) e de sistema (por exemplo, estrutura em anel de autocorrecção), conferindo
aos sistemas ópticos submarinos novos paradigmas de confiabilidade e disponibilidade.
Hoje se tem vários sistemas com capacidade de terabits e técnica de DWDM com 60 – 90
lambdas (comprimentos de onda). (Murata, Hiroshi, 2001)

4.1.1 Principais Cabos Submarinos

Tipo de cabos Velocidade/Capacidade Características/ par de


fibra
AMÉRICA II 2,5 Gbps 8λ
ATLANTIS-2 20 Gbps - 40 Gbps 8λ
EMERGIA – SAM 1 10 Gbps - 1,92 Tbps 48λ
GLOBAL CROSSING - SAC 40 Gbps - 1,28 Tbps 32λ (com 4 pares de fibra)
GLOBENET/360 40 Gbps - 1,36 Tbps 34λ
NETWORK
www.teleco.com.br (acessado 28 de Novembro)
4.2 Estrutura Básica do Sistema do Cabo Submarino

A principal característica dos sistemas de comunicações de cabos ópticos


submarinos, além da sua alta capacidade de transmissão é a distância que se pode
atingir, chegando a até 9.000 km sem necessidade de regeneração do sinal.
Nos sistemas que utilizam fibras ópticas de terceira geração (1300nm) consegue-se
atingir espaçamentos de até 60km entre repetidores. Já nos sistemas que utilizam
cabos com fibras ópticas de quarta geração (1550nm), estes espaçamentos podem
atingir até 100 Km.
Além disso, o cabo óptico, amplificadores e regeneradores utilizados em sistemas
submarinos são projectados para resistirem a pressão de água de até 8.000m de
profundidade (pressão igual a 800 atmosferas). A estrutura dos componentes,
incluindo os componentes ópticos, é de altíssima confiabilidade, normalmente
assegurando 25 anos de vida útil.

De referir que as redes que utilizam cabos submarinos são normalmente construídas
em anel o que permite que a mesma circunde um continente, um país, uma ilha,
oferecendo conectividade em toda a sua extensão e garantindo redundância, através
do uso de sistemas SDH padrão para protecção e auto-restauração de tráfico da rede
em caso de falha. A detecção de falhas é realizada através do equipamento de
roteamento de tráfego. Ao detectar uma falha ele redirecciona o tráfico
automaticamente possibilitando uma reparação instantânea.

Fig.4.2 – Esquema de transmissão via fibra óptica submarina (Fonte: Autor 03/11/2012)

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