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Defesa Da Licenciatura Apos Defesa
Defesa Da Licenciatura Apos Defesa
INDICE
Pag.
DEDICATÓRIA-------------------------------------------------------------------------------------5
AGRADECIMENTOS-----------------------------------------------------------------------------6
DECLARAÇÃO DE HONRA--------------------------------------------------------------------7
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa Glédice O. Machava, a minha Filha Aillen Yanni
Machava, aos meus queridos irmãos, a todos que, de uma forma directa incentivaram a
crer mesmo diante das dificuldades que é necessário perseverar. E, em especial dedico
aos meus pais Carlos Machava e Catissa Machava pelo carinho, amor, educação e
presença que tem demonstrado ao longo da minha vida e na família.
6
AGRADECIMENTOS
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro por minha honra que o presente trabalho foi resultado da minha investigação, e
que o mesmo foi concebido para ser submetido apenas para obtenção do grau de
Licenciatura em Engenharia Informática na Escola Superior de Técnica
RESUMO
O Surgimento do telefone dá-se por mero acaso, na noite de 2 de junho de 1875 por
Alexander Graham Bell, um imigrante escocês, que fazia experiências com um telégrafo
harmônico quando seu ajudante, Thomas Watson, puxou a corda do transmissor e emitiu
um som diferente que foi ouvido por Bell do outro lado da linha. A invenção foi patenteada
em 7 de março de 1876, mas a data que entrou para a história da telefonia foi a 10 de
Março de 1876. Nesse dia, foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa
pelo aparelho recém-inventado. www.museudotelefone.org.br (acedido a 12 de Outubro
de 2012)
Segundo Filipe Barreto (2008), o aparecimento do telemóvel deu-se precisamente no dia 3
de Abril de 1973, pela mão de Martin Cooper, aquele que é considerado o pai do
telemóvel, foi ele que fez a primeira chamada pública de um telemóvel.
Na década de 80, começaram a ser utilizados os primeiros sistemas móveis celulares
analógicos, equipados com um AMPS “Advanced Mobile Phone System” que permitia
unicamente fazer e receber chamadas, mas de fraca qualidade e com muitas
interferências. Com a incrível expansão do mercado, já se partiu para a segunda geração,
com a telefonia celular digital, onde o sinal de voz é digitalizado.
No final da década de 80, surge segunda geração de telemóveis (2G), equipados com o
sistema GSM (Global System for Mobile) que passou a desempenhar um papel muito
importante, permitindo a melhoria e maior qualidade das comunicações móveis.
Em Moçambique os serviços de telefonia Móvel aparecem pela primeira vez em
Novembro de 1997 a partir da empresa de telecomunicações Moçambique celular.
Com a implementação do ADM na rede Mcel usando a transmissão via fibra submarina,
espera-se trazer benefícios tais como:
Minimizar as perdas totais de tráfego em caso de avarias de um dos equipamentos
dos ADMs.
Garantir a comutação integral do tráfego nos elementos de transmissão.
Que contributo este sistema irá trazer em termos de benefícios aos serviços de telefonia
Móvel Moçambique Celular?
Até que ponto a fibra submarina irá resolver os problemas da perda de tráfego na rede de
telefonia móvel?
Todo e qualquer trabalho científico, obedece certos critérios indispensáveis para a sua
elaboração e execução, contudo para alcançar os objectivos pretendidos com a pesquisa
segue-se abaixo a seguinte metodologia:
Introdução
Neste primeiro capítulo do trabalho, faz-se uma abordagem geral dos objectivos que
pretende se atingir e, de forma resumida, apresenta-se as diferentes técnicas,
metodologias, e ferramentas usadas para a elaboração do presente trabalho.
Revisão da Literatura
O segundo capítulo trata de conceitos teóricos, nos quais se procura expor, de forma
sintética e estruturada, um conjunto de conceitos que são mencionados ao longo da
pesquisa, e julga-se necessário para o leitor, na compreensão das diferentes abordagens
que serão apresentados nos capítulos subsequentes.
Estudo do caso
Este terceiro capítulo centra-se na descrição de uma tecnologia de transmissão via fibra
óptica submarina por se implementar no sistema actual. Apresenta-se as diferentes
tecnologias que são utilizadas para a materialização da parte prática, bem como as razões
que motivaram a recorrer á tais ferramentas
Conclusões e Recomendações
REVISÃO DA LITERATURA
2. Multiplexagem Digital
Vários canais para estabelecer a comunicação entre dois pontos podem ser feita uma
economia significativa, enviando-se todas as informações através de um meio de
transmissão único que utilize uma técnica de multiplexação dos sinais.
Como factor imprescindível para que a comunicação seja possível é que os sinais sejam
enviados sem nenhum erro e uma hierarquia de multiplexagem como a telefónica possuí
alguns problemas de sincronismo nas multiplexagens que podem dificultar ou mesmo que
pode inviabilizar a transmissão das informações. Contudo usamos o processo de
multiplexagem por divisão de tempo.
O resultado da multiplexagem é uma trama com 32 slots em que o slot 0 é utilizado para
sincronização e o slot 16 é utilizado para sinalização.
Fig.3.1 - Composição da hierarquia PDH. Como se pode observar, o sistema vai subindo de hierarquia
agrupando quatro feixes do nível anterior (Fonte: Portugal Telecom, 2006)
Observação:
Basicamente o PDH não dispõe de estruturas para gestão e funções de manutenção por
não dispor de capacidade adicional no sinal de transmissão.
O desenvolvimento das redes começou a torna-lás complexas, o que exigia um elevado
número de multiplexadores e grande estrutura de distribuição. Tornou-se claro que os
standards ponto a ponto já não satisfaziam as necessidades do mercado daí o surgimento
do sistema SDH.
O sistema SDH está baseado nos princípios de multiplexação síncrona directa, que é a
chave para uma rede de telecomunicações mais eficiente e mais eficazes. Isto significa
que, sinais tributários individuais podem ser multiplexados directamente em um sinal SDH
de taxa superior, sem necessidade de estágios de multiplexação intermediários. Portanto,
os elementos desta rede podem ser inter-conectados directamente, resultando em uma
economia de custos e nos equipamentos utilizados, quando comparados com a rede
quase síncrona, actual (PDH).
Definição:
A Hierarquia Digital Síncrona (SDH) é um protocolo de comunicação baseado em níveis
hierárquicos e projectada para enlace de dados digitais de alta velocidade (até 10 Gbit/s)
surgiu da necessidade de se estabelecer um padrão internacional unificado para redes de
telecomunicações síncronas, diferentemente do sistema PDH. O conteúdo do sinal
transportado pelo sistema SDH é indiferente, podendo ser transmitido voz, dados ATM e
vídeos comprimidos, entre outras.
SDH é um standard para alta capacidade e alta velocidade; é seu objectivo tornar mais
simples, económicos e flexíveis as infra-estruturas das redes de telecomunicações.
tem o débito binário de 155.52 Mbit/s e os débitos binários das hierarquias SDH
superiores, são múltiplos deste valor, por um factor de N = 4 n (n = 1,2,3,4).
Os níveis hierárquicos SDH podem ser observados na Tabela 2.
Nível Capacidade Velocidade Taxas de bits Tipo de sinais
Hierárquico Nominal [Mbit/s] usados
STM-1 155,52 Mbit/s 155520 Eléctico ou óptico
STM-4 4 × STM-1 622 Mbit/s 622080 Óptico
STM-16 16 × STM-1 2,5 Gbit/s 2488320 Óptico
STM-64 64 × STM-1 10 Gbit/s 9953280 Óptico
Tabela 2. Níveis hierárquicos SDH (Ref.2)
C-2 6.312
C-3 34.368 e 44.736
C-4 139.264
C-11 1.544
C-12 2.048
Tabela 3 (Ref.2)
POR EXEMPLO: um feixe de 2 Mbits/s transportado dentro dos quadros SDH não passa
pelo mesmo processo de enchimento de bits como no caso de um feixe de 2 Mbit/s em um
quadro PDH.
A tecnologia SDH utiliza mecanismo de ajuste de ponteiros para indicar a posição de um
feixe de 2 Mbit/s de um quadro SDH, este mecanismo de ajuste de ponteiro faz com que o
feixe extraído apresente ‘saltos’ de fase, tornando-o inadequado para a extracção da
informação de sincronismo. Essa variação contínua de fase caracteriza pequenas
variações na frequência do sinal transportado, denominado ‘wander’.
Porém, o transporte da informação de sincronismo deixou de ser problema somente das
redes de comutação, para tornar-se um problema das redes de transmissão. É
interessante notar que, quando a rede de transmissão está sincronizada, o sincronismo da
rede de comutação pode ser obtida facilmente. O sincronismo dos equipamentos de
transmissão SDH pode ser obtido através do quadro STM-N, pois este possui um
comprimento fixo (9 x 270 x N bytes). Todavia, deve-se atender para os equipamentos de
comutação, que normalmente são sincronizados a partir dos feixes de 2 Mbit/s, que podem
apresentar um salto ‘wander’, tornando-os inadequados para o transporte de informação
de sincronismo.
Uma rede SDH realiza as mesmas funções básicas de uma rede Plesióncrona existente.
Ela suporta os dados dos clientes de uma localidade até outra localidade, mediante a
utilização de multiplexação síncrona, ela realiza esta tarefa de forma mais eficiente do que
a rede PDH.
Os sistemas de ‘cross-connect’ de SDH (que será explicado mais adiante) podem rotear
sinais de banda larga através da rede, sem ser necessário Desmultiplexador o sinal de alta
velocidade, proporcionando uma grande economia ao eliminar a necessidade de
multiplexadores junto aos equipamentos de ‘cross-connect’. Estes equipamentos são
controláveis via um conjunto de mensagens normalizadas, permitindo que novos circuitos
possam ser providenciados em alguns milisegundos a partir dos pontos de comando de
rede. Com esta habilidade para re-roteamento, a SDH pode contornar falhas de
equipamentos sem causar grandes impactos nos serviços.
3.6.3 Regeneradores
Para transmissão de SDH acima de 50 km, é necessário a utilização de regeneradores
com espaçamentos que dependem da tecnologia empregada ( ex: longitude de onda,
receptores, etc). Estes não são simples regeneradores de sinais, eles têm também
capacidade de reportar alarmes e de monitorar o desempenho da rede.
Como todos os elemenos da rede têm capacidade de reportar alarmes, as falhas podem
ser isoladas rapidamente á secção individual de transmissão com problema.
O regenerador regenera o relógio e a forma dos sinais de entrada, possui canais de
comunicação a 64 kbit/s para transmitir mensagem.
Os sistemas ponto-a-ponto SDH são sucessores naturais para os enlaces de q40 Mbps de
565 Mbps existentes hoje. Nas novas instalações, estes tributários serão substituídos em
geral pelo STM-4 (622 Mbps). O STM-16 (2.4 Gbps) será requerido em diversas
localidades, devido à necessidade de uma banda cada vez maior das redes.
Visto que os sistemas SDH começarão a aparecer nas rotas específicas da planta já
existente, coexistindo com os sistemas de 140 e 565 Mbps,um ponto de grande
importância será o gerenciamento da rede. Este deverá cobrir toda a rede de transmissão,
incluindo tanto o SDH como o PDH.
3.7.2 Topologia em Anel
O ponto diferenciador do SDH em relação aos sistemas hoje existentes é a função do Add-
Drop Multiplex (ADM). Ele provê a possibilidade de inserir e retirar canais em qualquer
ADM, sob um controle centralizador. Com a nova configuração de inserção e extracção,
novos conceitos de projecto de redes para acesso local pode ser facilmente
implementados, provando maior flexibilidade na alocação de banda para diferentes
usuários.
Se um nó ou enlace apresenta uma falha, ele poderá ser completamente contornado por
umja reconfiguração das conexões no anel STM-N que roteará o tráfego na direcção
oposta.
Com a expansão da rede SDH, a combinação de chaves “cross connects” digital (DXC) de
alta velocidade e inter-conexões ópticas ponto a ponto formarão o núcleo das futuras
redes.
Os “Cross Connets” digitais (DXCs) SDH serão conectados em uma malha para prover
diversidades de rotas. O arranjo mais simples é o de 3 DXCs conectados. Se o enlace
directo de um DXC para outra falhar, a rota alternativa através do terceiro DXC ainda
disponível, e mudanças no roteamento do circuito será possível em milisegundos.
Vantagens da SDH
O sistema SDH veio substituir o sistema PDH devido a um conjunto de vantagens e
facilidade que apresenta em relação ao PDH, como as que se seguem:
Permitem a gestão de rede centralizada;
Possui facilidade de inserção de tributários;
Possui facilidade de evolução para débitos de transmissão mais elevados;
Permite maior compatibilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes e entre
as hierarquias Europeias e Americanas, devido á padronização SDH;
Aceita várias topologia de rede: anel, malha e em cadeia;
Elevada disponibilidade permitindo uma provisão rápida dos serviços requeridos
pelos clientes. Tal deve-se ao facto da SDH fazer uso intensivo do software, em
contrapartida com o PDH cuja funcionalidade reside no hardware;
Elevada fiabilidade; a redes SDH usam mecanismos de protecção que permitem
recuperações rápidas a falhas (da ordem dos 50ms), quer nas vias de
comunicação, quer dos nós da rede;
Normalização das interfaces ópticas (definindo os códigos a usar, os níveis de
potência, as características do lasers e das fibras, etc.);
Possibilidade de monitorizar o desempenho de diferentes canais;
Plataforma apropriada para diferentes serviços.
Limitações da SDH
Com o desenvolvimento da tecnologia, a transmissão até 10 Gbit/s ou seja STM-64 não
está sendo suficiente devido o surgimento de novos serviços com VoipIP, videoconferência
e necessidade de transportar grandes quantidades de dados, o que dificulta o suporte de
tráfego com elevada capacidade.
Entretanto, apesar da forte padronização de equipamentos SDH, a padronização dos
sistemas de gestão de rede ainda não é um facto, impedindo que equipamentos de
fabricantes diferentes possam operar sob gestão de sistema único.
CAPITULO III
4. MODELAÇÃO DO PROJECTO
Cabo submarino é um cabo telefónico especial, que recebe uma protecção mecânica
adicional, própria para instalação sob a água. Normalmente dispõe de revestimento de aço
e de um isolamento e protecção mecânica especiais. (Murata, Hiroshi, 2001)
A primeira rede de fibra óptica projectada para utilização da técnica DWDM (Dense
Wavelength Division Multiplexer) foi implementada em 1988 e interligou os Estados Unidos
com a Grã Bretanha, a Alemanha e a Holanda. Este cabo era associado ao sistema TAT-8
e elevou a capacidade de tráfego entre os EUA e a Europa para 20.000 circuitos de voz.
No final do século XX e início do século XXI o mundo viu um aumento efectivo de oferta de
banda através dos novos sistemas de cabos submarinos que foram lançados neste
período no Oceano Pacífico, Oceano Atlântico, Sudeste da Ásia, e América do Sul. (Penta,
Ufrgs 2000)
Uma combinação de factores foi responsável por este aumento de banda, como a
demanda reprimida, o aumento de tráfego telefónico e de TV internacional, a Internet, a
desregulamentação do sector de telecomunicações em vários países, a competição e o
avanço tecnológico como o DWDM, técnicas de amplificação óptica (amplificador óptico
em linha, pós-amplificador, pré-amplificador, amplificação remota, etc.). Tais factores
permitiram ampliar as bandas e reduzir os custos de equipamentos, cabos e os serviços
de instalação e lançamento, tendo sido determinantes para que os preços de banda
passassem a um novo patamar.
Em paralelo implementaram-se mecanismos de protecção mecânica (dos cabos
submarinos) e de sistema (por exemplo, estrutura em anel de autocorrecção), conferindo
aos sistemas ópticos submarinos novos paradigmas de confiabilidade e disponibilidade.
Hoje se tem vários sistemas com capacidade de terabits e técnica de DWDM com 60 – 90
lambdas (comprimentos de onda). (Murata, Hiroshi, 2001)
De referir que as redes que utilizam cabos submarinos são normalmente construídas
em anel o que permite que a mesma circunde um continente, um país, uma ilha,
oferecendo conectividade em toda a sua extensão e garantindo redundância, através
do uso de sistemas SDH padrão para protecção e auto-restauração de tráfico da rede
em caso de falha. A detecção de falhas é realizada através do equipamento de
roteamento de tráfego. Ao detectar uma falha ele redirecciona o tráfico
automaticamente possibilitando uma reparação instantânea.
Fig.4.2 – Esquema de transmissão via fibra óptica submarina (Fonte: Autor 03/11/2012)