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RESENHA

RESENHA COMPLETA
DADOS GERAIS
Disciplina Administração Pública
Professor Fernando Neves
Aluno Renato Veloso
3130693371
Turma CNEN-JB Telefone e-mail velosor@cdtn.br
ANÁLISE DO TEXTO
Aula 5ª Dia 09/01/2015
Título do Texto Como surgiu a Governança Corporativa? Uma breve discussão
contextual.
Autor (es) Hélder Uzêda,
PALAVRAS-CHAVES DO TEXTO
Governança Corporativa Empresas Gestão de Negócios
DESCRIÇÃO DO ASSUNTO
O texto aborda o surgimento da governança corporativa (GC) a partir de uma
ação reflexiva em torno da ética. Demonstra que sua origem coincide com a
necessidade de profissionalização da gestão dos negócios, decorrente dos
processos de dispersão do capital e de separação entre propriedade e gestão

APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA

Na primeira metade dos anos 1990, num movimento iniciado principalmente


nos Estados Unidos (EUA), acionistas perceberam a necessidade de utilizar
novas regras que os assegurassem contra os abusos das diretorias executivas
das empresas, da inoperância dos conselhos de administração e,
principalmente, das omissões das auditorias externas. Os grandes investidores
institucionais passaram a se mobilizar contra algumas corporações que
possuíam modelos de administração controversos, em detrimento aos seus
interesses e aos dos demais acionistas. Eles compreenderam que precisavam
de diretrizes rigorosas, visando garantir os direitos dos investidores e dos
acionistas minoritários, normalmente afastados da gestão das empresas. Em
2001, a comunidade internacional foi surpreendida pela descoberta de
manipulações contábeis num dos grupos empresariais mais conceituados dos
Estados Unidos, o que deu início a uma crise de confiança, em níveis inéditos
desde a quebra da bolsa norte-americana em 1929, através da constatação de
práticas de manipulação de informações em várias outras instituições, não
somente norte-americanas, mas em todos os mercados mundiais. Nesse
momento, percebeu-se uma relação de dependência e conivência entre
grandes prestadoras de serviços da área de Auditoria, principalmente Fiscal e
Contábil, e os atos praticados pelas diretorias executivas das empresas por
elas auditadas. A reação do sistema financeiro foi imediata, as bolsas caíram
no mundo inteiro. Como consequência, houve uma forte evasão dos
investimentos estrangeiros em diversos mercados, o que aconteceu também
no Brasil. Isso ocorreu porque os investidores precisaram de recursos para
cobrir margens negativas de investimentos já realizados. Em decorrência disso,
logo em seguida, também passaram a buscar oportunidades de negócios mais
sólidas, seguras e transparentes. A governança corporativa (GC) surgiu a partir
de uma ação reflexiva em torno da ética, a qual versa sobre a discussão acerca
das relações entre o mundo corporativo e a sociedade, entre as empresas de
uma mesma cadeia de negócios e, dentro das companhias, entre os acionistas,
os conselhos e a direção executiva. Estabeleceu-se como um movimento que
objetivava proteger os acionistas, principalmente os minoritários, de possíveis
abusos praticados pelos executivos, preponderantemente nas decisões
estratégicas da organização. Sua origem coincide com a necessidade de
profissionalização da gestão dos negócios, decorrente dos processos de
dispersão do capital e de separação entre propriedade e gestão, ou seja,
quando os proprietários de uma empresa passaram a delegar poderes a um
administrador que, em nome da companhia, tomava decisões as quais, por
vezes, contrárias ao bom senso e interesses dos próprios proprietários e
demais stakeholders. Vale a pena acrescentar/reforçar que, conceitualmente, a
Governança Corporativa (GC) apareceu para resolver conflitos de interesses,
estabelecendo práticas que visavam proteger o direito dos acionistas,
principalmente os minoritários, de abusos dos executivos, preponderantemente
nas decisões estratégicas que ditavam os modelos, os métodos e os rumos dos
negócios. A implantação da GC contribui para um desenvolvimento econômico
sustentável, proporcionando melhorias no desempenho das empresas e
acelerando resultados, além de facilitar o acesso a fontes externas de recursos.
No Brasil, essa discussão e a busca pela transparência na gestão se
intensificaram a partir de 1999, com a criação do Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa (IBGC), fundado a partir do Instituto Brasileiro de
Conselheiros de Administração (IBCA), e da elaboração do primeiro Código
Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Desta forma, a GC
promove a implantação de um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de
incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento
dos executivos esteja sempre alinhado com os interesses dos acionistas,
estabelecendo, principalmente, ferramentas de acompanhamento para o
cumprimento das obrigações legais das companhias. As práticas da boa
governança são baseadas em quatro princípios básicos fundamentais, que são:
a transparência (disclosure), a equidade (fairness), a prestação de contas
(accountability) e o respeito ao cumprimento das leis (compliance). Uma das
mudanças que mais influenciaram o surgimento da GC foi a dispersão do
capital de controle das companhias. Isso ocorreu devido à constituição das
grandes empresas na forma de sociedade anônima, a abertura do capital de
empresas fechadas e o aumento do número de empresas listadas nas bolsas
de valores, o aumento do número de investidores no mercado de capitais, os
processos sucessórios e os processos de fusão e aquisição de grandes
companhias. A Teoria da Agência representa a base teórica a qual analisa as
relações entre os participantes de um sistema, em que a propriedade e o
controle são designados a pessoas distintas, o que pode resultar em
divergências de interesse entre os indivíduos.

PARALELO COM A REALIDADE DE SUA EMPRESA

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