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Fichamento Do Capítulo 3 Do Livro "A Documentação Patrimonial - Gênese e Fluxo Dos Processos de Tombamento Do Museu Prudente de Moraes'', de Maira Cristina Grigoleto
Fichamento Do Capítulo 3 Do Livro "A Documentação Patrimonial - Gênese e Fluxo Dos Processos de Tombamento Do Museu Prudente de Moraes'', de Maira Cristina Grigoleto
3.1. O texto se inicia com um trecho retirado do texto de ARANTES, 1987: 52 “(. . .)
no momento em que patrimoniamos bens reinventamos as coisas e o passado,
recriando sentidos, introduzindo novos pensamentos em dadas sociedades”, assim
como aponta que o texto de Le Goff (2003) - “Documento/Monumento” - é a
“referência fundamental” para a discussão que se dá no capítulo. Temos nos
parágrafos posteriores algumas definições, baseadas em LE GOFF, sobre o que
seriam documentos. Assim, vale a pena destacar um trecho da dissertação que
ilustra bastante bem essas definições:
Porém, nos parágrafos a seguir, a autora também traz alguns contrapontos a essa
visão de conceber os documentos por uma perspectiva positivista: “No entanto,
Fustel de Coulanges propôs outro ponto de vista sobre a questão dizendo que:
“Onde faltam os monumentos escritos, deve a história demandar às línguas mortas
os seus segredos [. . .]. deve escutar as fábulas, os mitos, os sonhos da imaginação
[. . .] Onde o homem passou, onde deixou qualquer marca da sua vida e da sua
inteligência, aí está a história” (apud LE GOFF, 2003: 530).”
Desta forma, a partir desses autores, Le Goff e Lefebvre, “a noção de documento foi
ampliada”. Nesse sentido, lemos o seguinte: ARANTES, 1987: 52 “(. . .) no
momento em que patrimoniamos bens reinventamos as coisas e o passado,
recriando sentidos, introduzindo novos pensamentos em dadas sociedades”, assim
como aponta que o texto de Le Goff (2003) - “Documento/Monumento” - é a
“referência fundamental” para a discussão que se dá no capítulo.
Porém, nos parágrafos a seguir, a autora também traz alguns contrapontos a essa
visão de conceber os documentos por uma perspectiva positivista: “No entanto,
Fustel de Coulanges propôs outro ponto de vista sobre a questão dizendo que:
“Onde faltam os monumentos escritos, deve a história demandar às línguas mortas
os seus segredos [. . .]. deve escrutar as fábulas, os mitos, os sonhos da
imaginação [. . .] Onde o homem passou, onde deixou qualquer marca da sua vida e
da sua inteligência, aí está a história” (apud LE GOFF, 2003: 530).” Assim, vale a
pena também trazer uma citação de Lefebvre, presente na página 85 do texto, que
elucida ainda mais esse contraponto: “Logo, com palavras. Signos. Paisagens e
telhas. Com as formas do campo e as ervas daninhas. Com os eclipses da lua e a
atrelagem dos cavalos de tiro. Com os exames de pedras feitos pelos geólogos e
com as análises de metais feitas pelos químicos. Numa palavra, com tudo o que,
pertencendo ao homem, depende do homem, serve o homem, exprime o homem,
demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem”
(apud LE GOFF, 2003: 530). Desta forma, a autora argumenta que a partir de Le
Goff e Lefebvre, “a noção de documento foi ampliada”.