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01- Fale como Descartes prova a existência do Eu.

Para Descartes, a única certeza que podemos ter é que somos seres vivos pois somos
seres pensantes. Por isso, tudo em nosso entorno está sujeito à dúvida e a perguntas. O
filósofo concluiu em sua famosa obra Discurso que nossos pensamentos (englobando
nossos 5 sentidos, nossas interpretações, estímulos e entre outros) só são possíveis de
serem questionados, duvidadas e discutidas pois nós estamos vivos.
De acordo com Descartes, não existe uma verdade definitiva sobre as coisas, não
existem provas de nada senão nossa existência. Tudo, além de nossa existência, é passível
de dúvida, portanto, tudo que sentimos, tocamos, memorizamos pode ser uma mera ilusão,
fruto de uma imaginação, pois não há verdades nem provas de nada disso. A única certeza
que podemos ter é que estamos vivos, por isso que questionamos a existência de todo o
resto, e justamente por pensarmos e duvidarmos é que prova nossa existência, portanto:
penso, logo existo.

02- Como Descartes prova a existência de Deus e qual a função de tal prova?

Descartes argumenta que tudo que nos entorna, incluindo o que é metafísico (nossos
pensamentos, sentidos, dúvidas, sonhos, ideias e vontades individuais), não tem como
surgir do nada. O filósofo explica que para tudo que existe (ainda que não há verdades nem
comprovações de tais, com exceção de nós mesmos) há uma origem. Para Descartes,
alguma coisa precisa apoiar/sustentar tudo isso, portanto, ele nos apresenta duas provas.
Na primeira prova, se discute a consciência de uma perfeição por nós, seres imperfeitos,
e que a perfeição seria Deus. Mais importante do que a crença de um espírito ou figura
religiosa, prioriza-se o reconhecimento de uma substância perfeita e infinita.
Na segunda prova, argumenta-se em como se sustenta a perfeição em Deus, sendo que
a perfeição é algo insuportável? Ninguém seria capaz de aguentar a perfeição, mas Deus,
especialmente por ser perfeito, suportaria e seria a origem da existência de nós, seres
imperfeitos e finitos.

03- Fale dos aspectos centrais do conceito de Deus em Spinoza.

Para Spinoza, Deus (nomeado por ele mesmo de natureza naturante) é uma existência
divina, infinita e imutável, também é a razão para a existência de nós, seres imperfeitos.
Com nossa forma, isto é, com nosso corpo, expomos de maneira limitada e individual a
essência de Deus deixando agir nossa própria essência/potência, pois visto a infinidade de
Deus, somos partes dele, ou seja, tudo faz parte da existência de Deus (natureza naturada).
Mas, para esclarecer melhor suas ideias, Spinoza dividiu e explicou 3 conceitos essenciais
para compreender melhor sobre a existência de Deus.
A respeito de substância, Spinoza a categoriza como tudo aquilo que que existe, que
consequentemente possui sua própria essência, e por isso, se torna algo único pois sua
essência a torna diferente das outras. A substância não precisa fazer diferença por sua
existência ou mudar algum fator na natureza, ela existe apenas para si mesma, mas
simplesmente por existir e haver essência, pode se classificar como substância.
Já o atributo, originado através da substância (sendo também dependente dela) é
dividido em atributos dos pensamentos x atributos da extensão, e também em finitos e
infinitos. Para Spinoza, Deus, por exemplo, possui diversos atributos como infinitude,
eternidade, imutabilidade, imensidade e entre outros.
Em modo, o filósofo consta que se trata de uma consequência da substância e atributos
juntos. É aquilo que está dentro da substância, a “essência’’ de uma substância. O modo
compõe as divisões possuídas pelo atributo, ou seja, eles também são divididos em finitos e
infinitos, além de fazerem parte do atributo dos pensamentos ou das extensões, como
intelecto (atributo infinito dos pensamentos) e a ação (atributo infinito das extensões).

04. Fale sobre ideia adequada e ideia inadequada em Spinoza.

Por ideia adequada (ou causa adequada), Spinoza entende que é as consequências
explícitas e transparentes causadas por ela mesma. Pode-se dizer que é aquilo que
fazemos e sentimos abertamente com consciência do porque fazemos e sentimos.. Já para
ideia (ou causa) inadequada, compreende-se que é tudo aquilo resultante da ideia
adequada, contudo, também influenciada parcialmente por outros fatores, isto é, que não dá
para explicar seu significado apenas com ela mesma, e que nem sempre dá para ser
compreendida. De forma simples, a ideia inadequada é aquilo resultante da causa
adequada que ocorre dentro de nós por algum motivo, e normalmente com um motivo
incompreensível.
Para compreender melhor os dois termos, Spinoza usa muito o exemplo da paixão, que
é uma ideia adequada, por termos e sentirmos de forma consciente e com razão, e o ciúme,
medo, ódio, vingança seriam as ideias inadequadas da paixão.

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