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Muscovici - Representações Sociais

Como surgiu a teoria das


Representações Sociais?

- Pegamos termos da ciência e usamos no cotidiano. Ex: bipolar, depressão


- Faz uma crítica ao positivismo e ao funcionalismo, justamente por fazer parte da
parcela de estudiosos que embasa seus estudos em uma psicologia social sociológica
- O elemento social ou histórico cultural dentro dessa teoria, entende que o ser humano é
totalmente social
- É como se estivéssemos conectados por nuvens virtuais, essa nuvem conecta um grupo
de pessoas
- Elas são teorias sobre saberes populares e do senso comum elaboradas e partilhadas
coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real
- Por serem dinâmicas, levam os indivíduos a produzir comportamentos e interações
com o meio, ações que, sem dúvidas, modificam os dois
- Por Representações Sociais entendemos um conjunto de conceitos, proposições e
explicações originado na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais. Elas
são equivalentes, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crença das sociedades
tradicionais: podem também ser vistas como a versão contemporânea do senso comum -
segundo Muscovici
- O senso comum é o berço da teoria das Representações Sociais; a sociedade toma mais
verdade sobre o senso comum do que da ciência em si
- Jodelet estuda Muscovici e diz que as RS são uma forma de conhecimento, socialmente
elaborada (senso comum), tendo uma visão prática e concorrendo a construção de uma
realidade a comum a um conjunto social.
- O objetivo das RS é buscar conhecer o modo de como um grupo humano constrói um
conjunto de saberes que expressam a identidade de um grupo social, as representações
que ele forma sobre uma diversidade de objetos, tanto próximos como remotos, e
principalmente, o conjunto de códigos culturais que definem, em cada momento
histórico, as regras de uma comunidade
- Na maioria dasa vezes, nós praticamos determinadas ações, como por exemplo
comprar e votar, não por razões lógicas, racionais ou cognitivas, mas por razões
principalmente afetivas, simbólicas, místicas, religiosas e etc. Conhecer as
representações [e uma forma de compreender ("prever") os comportamentos das
pessoas.

Porque criamos as RS?

- Questões existenciais
- Diz que tentamos pegar o não familiar e transformar em familiar. Pegamos uma ideia
que não tem um espaço dentro da gente e tentamos dar algum significado para nós. Ex:
quadradinho não entra no circulo, ou seja, é não familiar. Ex2: Piaget e a generalização;
se a criança aprende que o seu cachorro é o auau, ao ver um gato diz que é auau, um
cavalo e etc. Após entender que o cavalo é um bicho e o gato outro, ela cria caixas -
esquemas - para ir aprendendo o mundo.

Oque é o "não familiar": são os universos consensuais (senso comum) e os universos


reificados (científicos)

Universo consensual (UC):

- Nos UC, estão as teorias do senso comum, encontram-se as práticas interativas do dia
a dia e a produção de RS. No UC a sociedades é vista como um grupo de pessoas que são
iguais e livres, cada uma com possibilidade de falar em nome do grupo. Nenhum
membro possui competência exclusiva.

Universo Reificado (UR):

- Já no UR, a sociedade é percebida como um sistema de diferentes papéis e classes cujo


membros são desiguais.

Ancoragem

- É o processo pelo qual procuramos classificar, encontrar um lugar, para encaixar o


não familiar. É um movimento que indica na maioria das vezes, em juízo de valor, pois,
ao ancorarmos, classificamos uma pessoa, ideia ou objeto e com isso já situamos dentro
de alguma categoria que historicamente comporta esta dimensão valorativa; ainda
acerca da ancoragem, quando determinado objeto, ou ideia, é comparado ao paradigma
de uma categoria, ele adquire características dessa categoria e é ajustado para que se
enquadre nela. Ex: Covid-19 e Aids (falar que é só uma gripezinha ou falar que a
sociedade já passou por outras epidemias e sobrevivemos como sociedade). Navio =
conhecimento novo, âncora = onde quer que ele pare
Objetivação

- É o processo pelo qual procuramos tornar concreta, visível, uma realidade. Relacionar
imagens aos nossos conhecimentos novos. Figuras mentais para que possamos
representar esses conhecimentos; conceitos que estão enraizados, ancorados na gente.
A imagem deixa de ser signo e passa a ser uma cópia da realidade, procuramos aliar um
conceito com uma imagem, descobrir a qualidade icônica, material, de uma ideia ou de
algo duvidoso. Ex: anjo = homem branco, cabelo loiro, cacheado, asas, auréolas, roupas
brancas e etc.

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