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Instituto Federal Do Maranhao Departamen
Instituto Federal Do Maranhao Departamen
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA GERAL I
MOMENTO ANGULAR
SÃO LUÍS
2019
Alunos: Adriano Nascimento Pinheiro; 20171EC0165
MOMENTO ANGULAR
SÃO LUÍS
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2
7. MOVIMENTO DO PIÃO..........................................................................................20
8. CONCLUSÃO........................................................................................................24
ATIVIDADES PROPOSTAS......................................................................................25
ANEXO I.....................................................................................................................30
ANEXO II....................................................................................................................33
REFERÊNCIAS CONSULTADAS.............................................................................35
2
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará como tópico geral o estudo do momento angular
de uma partícula. No entanto, no nosso cotidiano, lidamos com objetos rígidos que
são formados por sistemas de partículas. Portanto também abordaremos o estudo do
momento angular para corpos rígidos. Faremos um paralelo entre grandezas lineares
e angulares através da segunda lei de Newton para rotações. E tal estudo nos trará
uma compreensão física de eventos comuns como por exemplo o giro de uma
bailarina com os braços abertos e do porquê dela fechar os braços para aumentar o
ganho da chamada velocidade angular.
𝜏⃗ = 𝑟⃗ × 𝐹⃗
𝑙⃗ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗
qual envolva o vetor posição 𝑟⃗ com os dedos da mão direita apontados para o
vetor do momento angular 𝑝⃗. O dedo polegar direito esticado nos indicará que o
𝑟⃗ pelo vetor momento linear 𝑝⃗, vamos usar a definição de módulo de produto
vetorial para determinarmos o módulo de 𝑙⃗. Para tanto, observe a Figura 3.
Note na figura que o ângulo 𝜙 (𝑓𝑖) é o menor ângulo entre 𝑟⃗ e 𝑝⃗. Desde
𝑝⊥
𝑠𝑒𝑛 (𝜙) = ⇒ 𝑝⊥ = 𝑝. 𝑠𝑒𝑛(𝜙) ⇒ 𝑝⊥ = 𝑚. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛(𝜙) (𝐼𝐼𝐼)
𝑝
𝑙 = 𝑟. 𝑚. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛(𝜙) ⇒ 𝑙 = 𝑟. 𝑝⊥ ⇒ 𝑙 = 𝑟. 𝑚. 𝑣⊥ (𝐼𝑉)
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de 𝑣⃗ perpendicular a 𝑟⃗.
𝑟⊥
𝑠𝑒𝑛(𝜙) = ⇒ 𝑟⊥ = 𝑟. 𝑠𝑒𝑛(𝜙) (𝑉)
𝑟
𝑑𝑝⃗
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = (𝑉𝐼𝐼)
𝑑𝑡
Essa expressão mostra a relação entre força e momento linear para uma
partícula isolada. A grande sacada é perceber que há um paralelismo entre
grandezas lineares e angulares para podermos afirmar que também existe uma
relação entre torque e momento angular. De fato, se derivarmos a expressão
𝑑𝑙⃗
= 𝑚(𝑟⃗ × 𝑎⃗) = 𝑟⃗ + 𝑚𝑎⃗
𝑑𝑡
Mas como 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 𝑚𝑎⃗, substituímos 𝑚𝑎⃗ pela soma de todas as forças que
atuam sobre a partícula. Então temos:
𝑑𝑙⃗
= 𝑟⃗ × 𝐹⃗ = ∑ 𝑟⃗ × 𝐹⃗
𝑑𝑡
Onde o símbolo do somatório indica que devemos somar os produtos vetoriais
𝑟⃗ × 𝐹⃗ para todas as forças. E esta soma desses produtos é o torque associado
à força correspondente. Logo, temos o resultado:
𝑑𝑙⃗
𝜏⃗𝑟𝑒𝑠 = (𝑉𝐼𝐼𝐼)
𝑑𝑡
A equação (𝑉𝐼𝐼𝐼) nos diz que a soma (vetorial) dos torques que agem
sobre uma partícula é igual à taxa de variação no tempo do momento angular da
partícula. Perceba ainda que a equação (𝑉𝐼𝐼𝐼) só faz sentido quando o vetor
⃗⃗ derivando a equação
Podemos ainda determinar a variação total de 𝐿
𝑛
𝑑𝐿⃗⃗ 𝑑𝑙⃗𝑖
=∑ (𝑋)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑖=1
𝑛
𝑑𝐿⃗⃗
= ∑ 𝜏⃗𝑟𝑒𝑠,𝑖 (𝑋𝐼)
𝑑𝑡
𝑖=1
𝑑𝐿⃗⃗
𝜏⃗𝑟𝑒𝑠 = (𝑋𝐼𝐼)
𝑑𝑡
A equação (𝑋𝐼𝐼) nos diz que o torque externo resultante 𝜏⃗𝑟𝑒𝑠 que age
sobre um sistema de partículas é igual à taxa de variação (derivada) com o
⃗⃗ do sistema de partículas.
tempo do momento angular total 𝐿
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𝑆
𝜃= (â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜𝑠)
𝑟
Δ𝜃 = 𝜃2 − 𝜃1
12
𝜃2 − 𝜃1 Δ𝜃
𝜔𝑚é𝑑 = = (𝑋𝐼𝐼𝐼)
𝑡2 − 𝑡1 Δ𝑡
Velocidade angular instantânea: se dará no limite da razão da
velocidade angular média quando a variação de tempo tende à zero.
Isto é:
Δ𝜃 d𝜃
𝜔 = lim = (𝑋𝐼𝑉)
Δ𝑡→0 Δ𝑡 Δ𝑡
13
Δ𝜔 d𝜔
𝛼 = lim = (𝑋𝑉𝐼)
Δ𝑡→0 Δ𝑡 Δ𝑡
𝐼 = ∑ 𝑚𝑖 . 𝑟𝑖2 (𝑋𝑉𝐼𝐼)
𝑖=1
𝐼 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝑚 (𝑋𝑉𝐼𝐼𝐼)
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massa e 90° é o ângulo entre 𝑟⃗𝑖 e 𝑝⃗𝑖 . Por outro lado, estamos interessados em
𝑙𝑖𝑧
𝑠𝑒𝑛 𝜃 = ⇒ 𝑙𝑖𝑧 = 𝑙𝑖 . 𝑠𝑒𝑛 𝜃 (𝑋𝑋)
𝑙𝑖
𝑙𝑖𝑧 = 𝑙𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = (𝑟𝑖 )(Δ𝑚𝑖 𝑣𝑖 ) 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = (𝑟𝑖 . 𝑠𝑒𝑛 𝜃 )(Δ𝑚𝑖 𝑣𝑖 ) = (𝑟⊥𝑖 )(Δ𝑚𝑖 𝑣𝑖 )
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝐿𝑧 = ∑ 𝑙𝑖𝑧 = ∑ Δ𝑚𝑖 𝑣𝑖 𝑟⊥𝑖 = ∑ Δ𝑚𝑖 (𝜔𝑟⊥𝑖 )𝑟⊥𝑖 = ∑ Δ𝑚𝑖 𝜔(𝑟⊥𝑖 )²
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
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𝑛
𝐿𝑧 = 𝜔 (∑ Δ𝑚𝑖 (𝑟⊥𝑖 )²) (𝑋𝑋𝐼)
𝑖=1
𝐿𝑧 = 𝐼𝜔 (𝑋𝑋𝐼𝐼)
corpo rígido tornando fixo um eixo de rotação, que no nosso caso é o eixo 𝑧.
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𝑑𝐿⃗⃗
𝜏⃗𝑟𝑒𝑠 =
𝑑𝑡
𝑑𝐿⃗⃗
= 0 (𝑋𝑋𝐼𝐼𝐼)
𝑑𝑡
Mais ainda, as equações (𝑋𝑋𝐼𝐼𝐼) e (𝑋𝑋𝐼𝑉) nos diz que “se o torque externo
𝐿⃗⃗𝑖 = 𝐿⃗⃗𝑓
⇓
𝐼𝑖 𝜔𝑖 = 𝐼𝑓 𝜔𝑓 (𝑋𝑋𝑉)
a massa dos halteres fica mais próxima do eixo de rotação. Por outro lado, a
velocidade angular aumenta consideravelmente, de 𝜔𝑖 para 𝜔𝑓 . E como
nenhum torque externo age sobre o sistema formado pelo estudante, banco e
halteres, o momento angular deve permanecer constante, independentemente
de como o estudante manipula a posição dos halteres com seus braços.
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7. MOVIMENTO DO PIÃO.
que está alinhado na direção do eixo de rotação e, para mudar essa orientação,
se requer força, pois quanto mais rápida a rotação maior será a força necessária.
E, na maioria das vezes, muitas forças não geram torque significativo sobre o
pião que gira, pois ou são pequenas, ou são aplicadas próximas ao eixo ou são
alinhadas a ele (ou uma combinação desses fatores), o que não afeta a rotação.
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resistência do ar.
torque externo, que deve ser maior quanto mais rápida a rotação.
Essa força é a responsável por um pião que gira num eixo inclinado e
está a girar em torno de um outro eixo. Veja, por exemplo, na Figura 14.1 como
o pião (real) está rotacionando com relação a outro eixo, que está inclinado, com
𝑟. 𝑔
𝜔𝑃 =
𝐺 2 . 𝜔𝑅
Onde:
• 𝜔𝑅 é a velocidade de rotação do pião;
• G é raio de giro do pião;
• 𝑟 distância da ponta ao centro de massa do pião; e
• 𝑔 é a gravidade.
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8. CONCLUSÃO
Após o estudo sobre as características que envolvem o momento
angular seja de uma partícula, um sistema de partículas ou um corpo rígido,
podemos resolver e compreender que, como nos exemplos apresentados, o
estudo rotacional é composto principalmente pela lei da conservação angular
desde que não haja torques externos ao corpo. Dessa forma podemos afirmar
que o momento angular inicial é igual ao momento angular final. Vimos ainda
que caso haja movimentação da distribuição de massa durante o movimento
rotacional esse é compensado pelo aumento ou diminuição do momento de
inércia. Garantindo, assim, o ganho ou a perda da velocidade angular.
ATIVIDADES PROPOSTAS
4
a) 4 𝑘𝑔. 𝑚2 /𝑠? b) 4𝑡 2 𝑘𝑔. 𝑚2 /𝑠? c) 4√𝑡 𝑘𝑔. 𝑚2 /𝑠 ? d) 𝑘𝑔. 𝑚2 /𝑠 ?
𝑡2
a) do momento angular?
𝑙⃗ = 2. {[(−4). (0) − (0). (60)]𝑖̂ + [(0). (30) − (3). (0)]𝑗̂ + [(3). (60) − (−4). (30)]𝑘̂}
b) Nesse caso teremos: 𝑟⃗ ′ = 𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑜 . Com 𝑟⃗𝑜 = −2𝑖̂ − 2𝑗̂. Então temos:
𝑟⃗ ′ = (3𝑖̂ − 4𝑗̂) − (−2𝑖̂ − 2𝑗̂) = (3 + 2)𝑖̂ + (−4 + 2)𝑗̂ = 5𝑖̂ − 2𝑗̂
Sendo 𝑟⃗′ = 5𝑖̂ − 2𝑗̂ temos:
𝑙⃗ = 𝑚(𝑟⃗′ × 𝑣⃗) = 𝑚. [(𝑦′. 𝑣𝑧 − 𝑧′. 𝑣𝑦 )𝑖̂ + (𝑧′. 𝑣𝑥 − 𝑥′. 𝑣𝑧 )𝑗̂ + (𝑥′. 𝑣𝑦 − 𝑦′. 𝑣𝑥 )𝑘̂] =
𝑙⃗ = 2. {[(−2). (0) − (0). (60)]𝑖̂ + [(0). (30) − (5). (0)]𝑗̂ + [(5). (60) − (−2). (30)]𝑘̂}
𝑑𝑙⃗ 𝑑(𝑡 2 )
𝜏⃗ = = (−4𝑘̂). = (−4𝑘̂). 2𝑡 = (−8𝑡 𝑁. 𝑚)𝑘̂
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Note que este vetor aponta no sentido contrário ao do vetor 𝑘̂ (aumentando a
velocidade angular dos objetos que giram no sentido horário) para 𝑡 > 0 e no
sentido do vetor 𝑘̂ para 𝑡 < 0.
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𝑑𝑙⃗ 𝑑(√𝑡) 1 2
𝜏⃗ = = (−4𝑘̂). = (−4𝑘̂). = (− 𝑘̂ ) 𝑁. 𝑚
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2√𝑡 √𝑡
Note que este vetor aponta no sentido contrário ao do vetor 𝑘̂ (aumentando a
velocidade angular dos objetos que giram no sentido horário) para 𝑡 > 0 e não
é definido para 𝑡 < 0.
𝑑𝑙⃗ 𝑑(𝑡 2 ) −2 8
𝜏⃗ = = (−4𝑘̂). = (−4𝑘̂). ( 3 ) = ( 3 𝑘̂) 𝑁. 𝑚
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑡 𝑡
Note que este vetor aponta no sentido do vetor 𝑘̂ (diminuindo a velocidade
angular dos objetos que giram no sentido horário) para 𝑡 > 0 e no sentido
contrário ao do vetor 𝑘̂ para 𝑡 < 0.
𝜏
3ª. Sabendo que a aceleração angular é: 𝛼 = ; e que:
𝐼
𝜏 𝜏.𝑡
𝜔 = 𝛼. 𝑡 = . 𝑡 = ⇒ 𝐼𝜔 = 𝜏. 𝑡 ⇒ 𝑙 = 𝜏. 𝑡
𝐼 𝐼
𝜏.𝑡 𝑙
Por 𝐼𝜔 = 𝜏. 𝑡 ⇒ 𝜔 = = .
𝐼 𝐼
Então, temos:
𝑙 0,53 𝑘𝑔. 𝑚2 /𝑠
𝜔= = = 440 𝑟𝑎𝑑/𝑠 .
𝐼 1,2. 10−3 𝑘𝑔. 𝑚2
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4ª. Como o sistema formado pelas duas rodas não está submetido a nenhum
torque externo, o momento angular total do sistema é conservado.
𝐼1
𝜔𝑓 = .𝜔
𝐼1 + 𝐼2 𝑖
𝐼𝑓 = 𝐼𝑖 + 𝑚𝑅 2
𝐼𝑖 . 𝜔𝑖 𝐼𝑖 . 𝜔𝑖
𝐼𝑖 . 𝜔𝑖 = 𝐼𝑓 . 𝜔𝑓 ⇒ 𝜔𝑓 = =
𝐼𝑓 𝐼𝑖 + 𝑚𝑅 2
ANEXO I
1. A Figura (a) mostra uma vista superior de duas partículas que se movem com
velocidade constante ao longo de trajetórias horizontais. A partícula 1, com um
tem um vetor posição 𝑟⃗2 e passará a 4 metros do ponto 𝑂 . Quais são o módulo
move em linha reta com um vetor posição dado por 𝑟⃗ = (−2𝑡 2 − 𝑡)𝑖̂ + 5𝑗̂, com
relação à origem 𝑂 .
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Δ𝑡 = 5𝑠 . Qual é o módulo 𝜏𝑚é𝑑 do torque externo que age sobre a roda gigante
nesse intervalo de tempo?
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ANEXO II
distância 𝑟 = 0,8𝑅 do centro do disco, mas rasteja até a borda do disco. Trate
a barata como se fosse uma partícula. Qual é a sua velocidade angular ao chegar
à borda do disco?
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2. Um homem está em pé sobre uma plataforma que gira (sem atrito) com uma
velocidade angular de 1,2 𝑟𝑒𝑣/𝑠; seus braços estão abertos e ele segura um
tijolo em cada mão. O momento de inércia do sistema formado por homem, os
tijolos e a plataforma em relação ao eixo vertical central da plataforma é de
6 𝑘𝑔. 𝑚2. Se, ao mover os braços, o homem reduz o momento de inércia do
sistema para 2 𝑘𝑔. 𝑚2 , determine a nova velocidade angular da plataforma.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
A primeira Roda Gigante do mundo. Chato.blog. Disponível em:
<https://www.chato.blog.br/diversos/a-primeira-roda-gigante-do-mundo/>
Acesso em: 25 de Jan. de 2019.