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Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

Trabalho de Campo de Metodologias de Investigação Científica

Projecto de Pesquisa

Turma B’

Dinito Francisco Mudumane. Cód: 71232920

Quelimane, Março de 2023.


Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

Trabalho de Campo de Metodologias de Investigação Científica

Projecto de Pesquisa

Trabalho de Metodologias de Investigação


Científica na Coordenação do Curso de
Historia da UnISCED, sob recomendação do
Tutor: Msc. André Fernando Vahala.

Dinito Francisco Mudumane. Cód: 71232920

Quelimane, Março de 2023.


Índice
Lista de Abreviaturas..............................................................................................................V
Lista de Tabelas....................................................................................................................VI
Declaração...........................................................................................................................VII
Dedicatória.........................................................................................................................VIII
Agradecimentos....................................................................................................................IX
CAPITULO I. INTRODUÇÃO............................................................................................30
1.1 Introdução...............................................................................................................30
1.2.Contextualização do multipartidarismo em Moçambique......................................30
1.3. Problematização.....................................................................................................32
1.4. Justificativa............................................................................................................32
1.5. Delimitação Temporal do Tema.............................................................................33
1.6. Objectivos..............................................................................................................33
1.6.1. Geral........................................................................................................33
1.6.2. Específicos:.............................................................................................33
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................34
2.1. Revisão Bibliográfica.............................................................................................34
2.2. Revisão da Literatura.............................................................................................34
2.2.1. Definição de conceitos............................................................................34
2.2.2. Democracia..............................................................................................34
2.2.2.1. Consolidação democrática........................................................34
2.2.3. Sistema multipartidário...........................................................................35
2.2.4. Competição Partidária.............................................................................35
2.2.5. Incerteza Eleitoral...................................................................................35
2.2.6. Governação Eleitoral...............................................................................35
2.2.7. Partido Dominante...................................................................................36
2.3. A construção da consolidação do processo democrático e a tendência a um
bipartidarismo...............................................................................................................36
2.4. Um Sistema de partido dominante.........................................................................37
2.5. Uma democracia “ de desconfianças”....................................................................38
2.6. Certeza Processual e Incerteza Eleitoral................................................................39
2.7. Os desafios que se colocam ao multipartidarismo em Moçambique.....................40
CAPITULO III. METODOLOGIA.......................................................................................42
3.1. Metodologia...........................................................................................................42
3.2. Tipo de Pesquisa....................................................................................................42
3.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa............................................................................42
3.4. Grupo – Alvo e a Amostra.....................................................................................43
3.4.1. Grupo – Alvo...........................................................................................43
3.4.2. Amostra...................................................................................................43
3.4.3. Tamanho de Amostra e Amostragem......................................................43
3.5. Técnica e instrumentos de recolha de dados..........................................................43
3.6. Limitações do estudo..............................................................................................44
3.7. Cronograma............................................................................................................44
3.8. Orçamento..............................................................................................................44
3.9. Referências Bibliográficas.....................................................................................45
V

Lista de Abreviaturas

AGP – Acordo Geral de Paz

CNE Comissão Nacional de Eleições

FRELIMO – Frente de libertação de Moçambique

MDM – Movimento Democrático de Moçambique

PDD Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento

RENAMO – Resistência Nacional Moçambicana


VI

Lista de Tabelas

Tabela 01 – Cronograma (Actividades);

Tabela 02 – Orçamento.
VII

Declaração

Declaro que este Projecto de Pesquisa é resultado da minha investigação pessoal. O seu
conteúdo é original e todas as fontes estão devidamente mencionadas no texto e na
bibliográfica final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Quelimane, Março de 2023

—————————————————————

Dinito Francisco Mudumane


VIII

Dedicatória

Dedico este projecto de pesquisa aos meus colegas que têm colaborado no meu processo de
busca de conhecimento, aos meus docentes que têm mostrado o seu todo esforço para
transmissão do saber, a minha família que dia - à - dia mostram o seu lado bom de ajudar no
meu prosseguir com os estudos.
IX

Agradecimentos

Agradecer de forma justa e inequívoca nem sempre é fácil, pois realizar um trabalho como
este, implica muita ajuda, muita paciência e sobretudo muita disponibilidade.

Sei que foi um caminho árduo, mas o “caminho, faz-se caminhando”, e precisei de muita
força para o levar adiante, não porque era longo, mas porque às vezes me sentia “cansado”,
mas ao mesmo tempo orgulhoso, pois era a realização de um sonho, e como diz o poeta: “O
sonho comanda a vida”.

E em final agradecer a Deus por me ter guiado e dado alento nos momentos mais conturbados
deste percurso.
30

CAPITULO I. INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

O multipartidarismo em Moçambique, foi introduzido no inicio dos anos 1990, com a


adopção de uma nova constituição pluralista que consagrava a liberdade de associação, o que
veio a ser fundamentado com aprovação da lei 7/91, a assinatura dos Acordos Gerais de Paz
(AGP) estabeleceram as condições para o estabelecimento da democracia multipartidária, no
país.

O presente trabalho, versa sobre a analise dos impactos do multipartidarismo para a


consolidação democrática num contexto de bipolarização em Moçambique de 1990 a 2004. O
principal objectivo deste trabalho é analisar os desafios que se colocam ao multipartidarismo
para que este possa contribuir para a consolidação da democracia em Moçambique.

1.2. Contextualização do multipartidarismo em Moçambique.

Com a independência de Moçambique em 1975 proclamada pela


FRELIMO, movimento que esteve na luta contra o colonialismo português,
tendo esta adoptada uma constituição na qual definia o seu papel como força
da liderança do Estado, bem como assegurava a legitimação do regime de
partido único, eliminando deste modo qualquer forma de pluralismo social,
(Lala & Ostheimer, 2003).
Ainda a este respeito Brito (2009), ressalva que “ beneficiando de um prestigio e apoio
quase unânime no seio da população moçambicana por altura da independência, a FRELIMO,
levou até as últimas consequências a lógica do partido único, preocupando – se em eliminar
todas as formas de organização política ou social autónomas”.

Portanto, o facto de a FRELIMO ter sido a única força representante do povo


moçambicano na luta pela independência nacional e nas negociações com o governo
português, após o golpe de Estado ocorrido em Portugal no dia 25 de Abril de 1974, conferiu
credibilidade e legitimidade no acesso ao poder no país independente. Tendo esta
posteriormente desencadeada uma série de reformas políticas, sociais e económicas, que
transformaram o status quo nacional, e conduziram o país a várias crises que fertilizaram o
terreno para a eclosão de uma guerra civil, envolvendo o governo da FRELIMO e a
RENAMO.

Segundo, Lundin (1995),

com a independência, a FRELIMO escolhe para Moçambique uma via


de desenvolvimento rumo ao socialismo, seguindo a política do bloco que
maioritariamente a apoiou durante a luta de libertação a escolha do modelo e
31

as práticas inerentes ao mesmo alienaram moçambicanos. Retirou – se do


processo indivíduos e grupos que defendiam outras ideias, um estilo de vida
diferente, de tudo que se propunha. Isto criou bases para que o processo de
desenvolvimento se tornasse vulneráveis as penetrações, que o inviabilizaram
levando o País à pobreza, ao conflito entre grupos e sectores sociais, e
finalmente, à guerra, Ibid
Para Brito (2009), foi nesse contexto de tentativa de construção de um poder político
monopartidário, de crise económica interna e confrontação política regional que surge a
RENAMO logo depois da independência serviu de expressão interna de clivagens e conflitos
sociais, acrescentando ao conflito uma dimensão de guerra civil, particularmente nas zonas
centro e norte do país.

É neste cenário mudanças de cariz institucionais e politicas foram implementadas


reformas, com vista a acomodar o país à nova realidade em que se encontrava, tendo se com
isso se rompido com os fundamentos do monopartidarismo.

Para Tolenare (2006), a constituição da república de Moçambique de 1990 criou a


base legal para as eleições multipartidárias, liberdade de associação e a formação de partidos
políticos.

A aprovação da lei 7/91, dos partidos políticos, que estabelece o quadro jurídico para a
formação e actividade dos partidos políticos, veio adequar a nova realidade em que o país se
encontrava, uma vez que a constituição de 1990 consagrava o pluralismo político, o estado de
direito democrático.

Na visão de Brito (2010),

este processo estava também relacionado com os esforços de


negociação com a Renamo, mas só iriam produzir frutos com o acordo geral
de paz assinado em Roma em 1992. O AGP ao estabelecer a paz e as regras de
incorporação da Renamo na sociedade moçambicana, significou a
possibilidade prática de aplicar os novos princípios constitucionais
nomeadamente a realização de eleições multipartidárias e nesse sentido foi um
avanço sem precedentes para a possibilidade de construção de uma sociedade
democrática pluralista, Ibid.
Nuvunga (2005), afirma que no contexto da constituição de 1990 ou após o AGP,
foram criados 40 partidos políticos, a chamada “oposição não armada”, onde não existiam
mais de seis efectivos.

No período compreendido entre 1994 e 2009, foram realizadas quatro eleições gerais
em Moçambique no contexto o de multipartidarismo, tendo em todas elas havido um
denominador comum, o facto da Frelimo e a Renamo dominarem a cena política nacional,
tendo estes dois partidos conquistado a maioria dos acentos no parlamento.
32

1.3. Problematização

O problema que se levanta neste estudo é que em função das tendências observadas ao
nível da competição partidária, os processos eleitorais parecem estar a caminhar para uma
arena de cartas marcadas e de vencedores antecipados, na medida em que, quanto mais as
eleições vêm se tornando um processo regular no sistema político moçambicano, menor tem
vindo a ser o nível de institucionalização da incerteza eleitoral subjacente a democracia.

Após as irregularidades verificadas nas eleições de 1999 (Carter


Center, 2000:2) que quase levaram o país para o retorno à instabilidade
política, as características da competição partidária têm sido desconfiança
mútua, instabilidade legal e contestação dos resultados eleitorais finais. As
irregularidades na governação eleitoral tornaram-se numa questão
preocupante, passando para a agenda de reflexão de políticos, cientistas
sociais e organizações da sociedade civil nacional e internacional, devido as
implicações que tem para o estabelecimento dum sistema político democrático
e competitivo em Moçambique.
No entanto, perante a esta situação, nos depara a seguinte questões

1. Até que ponto as instituições de governação eleitoral são capazes de assegurar a


certeza processual necessária para garantir a incerteza eleitoral?
2. Que impacto um sistema partido dominante tem para a institucionalização da incerteza
eleitoral?

E, em que medida a competição partidária é capaz de oferecer probabilidades de


alternância no poder?

1.4. Justificativa

Estudar o multipartidarismo em Moçambique tornou-se relevante, na medida que,


transformou-se num critério democrático indispensável. A análise da institucionalização da
incerteza, deriva da constatação segundo a qual, embora esta variável desempenhe um papel
fundamental para a configuração dos resultados políticos no processo de democratização, esta
tem recebido uma atenção relativamente escassa na literatura nacional sobre a democratização
e consolidação democrática. Os estudos têm dado maior relevância a participação eleitoral
como um dos indicadores de avaliação do processo de democratização.

Com este estudo, procura-se contribuir teoricamente para o desenvolvimento da


literatura em torno do multipartidarismo e da institucionalização da incerteza eleitoral em
Moçambique na perspectiva da governação eleitoral e, por outro lado, alertar sobre as
possíveis implicações que podem advir da edificação de um sistema partidário de partido
dominante para o campo político moçambicano.
33

1.5. Delimitação Temporal do Tema

A delimitação temporal do tema 1990 – 2004, justifica-se por ser neste período em que
foi instaurado a Constituição de 1990, a adaptação do sistema multipartidário,
consequentemente o que culmina com a assinatura dos AGP onde foram realizados as três
eleições no país, isto é, foi neste período onde foram concedidas e ampliadas as oportunidades
institucionais para os partidos políticos competirem em eleições com vista a conquistarem o
poder político através da competição partidária pelo voto popular.

1.6. Objectivos

1.6.1. Geral

 Analisar a dinâmica multipartidária e seu impacto na institucionalização da incerteza


eleitoral, como requisito fundamental para o reforço do processo de democratização
em Moçambique.

1.6.2. Específicos:

 Descrever o processo de implementação do multipartidarismo em Moçambique;


 Averiguar as probabilidades do modelo de governação eleitoral ser capaz de promover
transparência e legitimidade dos resultados eleitorais;
 Explicar as implicações do estabelecimento dum sistema de partido dominante para a
institucionalização da incerteza eleitoral;
 Analisar o impacto das determinantes institucionais da competição partidária para a
promoção de igualdades em termos competitivos aos actores políticos;
 Captar as percepções dos actores políticos sobre o papel que as eleições oferecem na
probabilidade de alternância de poder em Moçambique.
34

CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Revisão Bibliográfica

Neste capítulo consta informação resultante de pesquisa bibliográfica em manuais,


revistas científicas, artigos científicos, relatórios de instituições e organizações, disponíveis na
internet. Aqui são discutidas diversas teorias e conceitos sobre o multipartidarismo e seus
determinantes na perspectiva de outros autores em estudos similares.

2.2. Revisão da Literatura

2.2.1. Definição de conceitos

Os conceitos chaves que serão usados neste estudo são: democracia, consolidação
democrática, sistema multipartidário competição partidária, incerteza eleitoral, governação
eleitoral e sistema de partido dominante.

2.2.2. Democracia

Segundo Schumpeter citado por Huntington (1984), um sistema é definido como


democrático na medida em que a selecção dos seus mais poderosos decisores colectivos é
feita através de eleições periódicas, nas quais candidatam-se livremente pelos votos e que
virtualmente toda a população adulta é elegível para votar.

Para Joseph (1997)

Considera um sistema político democrático, como aquele estende ao


cidadão facilidades de se auto governar na determinação de políticas públicas,
e que constitucionalmente garante todas as liberdades necessárias para uma
competição política aberta. Assim definida a democracia envolve segundo
(Dahl, 2005) a contestação pública e o direito de participação.
2.2.2.1. Consolidação democrática

LINZ e STEPAN (1999) entendem a consolidação democrática, como uma situação política
onde a democracia passou a ser ” o único jogo disponível” na sociedade. Ela comporta três
dimensões:

 Em termos comportamentais, quando a democracia começa ser o único jogo


disponível para a sociedade e nenhum grupo político de peso faz tentativas serias de
derrubar o regime ou propor secessão do Estado;
 Em termos de atitudes, quando mesmo em meio a graves crises políticas e
económicas, a maioria esmagadora da população continua acreditando que qualquer
mudança deva emergir dos parâmetros das formulas democráticas;
35

 Em termos constitucionais, quando os atores da comunidade politica habituam-se ao


facto de que todos os conflitos políticos serão resolvidos de acordo com as normas
estabelecidas, e que as violações dessas normas provavelmente serão ineficazes e
sairão caras.

2.2.3. Sistema multipartidário

Duverger citado por Oliveira e Duailibe (2010) o sistema multipartidário é aquele em


que se caracteriza pela presença de três ou mais partidos políticos num contexto de disputa da
pelo poder num determinado sistema eleitoral.

Neste caso o multipartidarismo é o cenário onde as diversas percepções dos vários


grupos sociais são canalizadas, defendidas pelos partidos políticos e existem garantias
constitucionais para que a luta, manutenção do poder e exercício do poder.

2.2.4. Competição Partidária

Para Bardhan e Yang (2004) competição partidária é o conflito entre elites e partidos
para ganhar apoio popular e adquirir poder político. Isto significa que a competição partidária
é uma oportunidade para a alternância do poder e para a descentralização da autoridade
política. Portanto, a alternância no poder constitui a primeira evidência da competição.

2.2.5. Incerteza Eleitoral

Para Przeworski et al. (1996)

a incerteza eleitoral, por seu turno, significa que existe uma


probabilidade positiva de que membros do partido incumbente podem perder
eleições numa sequência eleitoral específica. Entretanto, tudo que é necessário
para o resultado ser incerto é de que o partido incumbente pode perder. Nesta
lógica, existe competição partidária somente quando todos os partidos estão
sujeitos não apenas a ganhar, mas principalmente a perder eleições.
2.2.6. Governação Eleitoral

Para Mozaffar e Schedler (2002) governação eleitoral compreende ao conjunto de


regras e instituições que organizam a competição partidária. A governação eleitoral neste caso
é um número abrangente de actividades que cria e mantém o vasto arcabouço institucional no
qual se realiza o voto e a competição eleitoral. A governação eleitoral opera em três diferentes
níveis, nomeadamente: na formulação das regras do jogo, na aplicação ou administração do
jogo eleitoral e adjudicação.
36

2.2.7. Partido Dominante

Por seu turno, Heywood (1997, 2002) define partido dominante como

um sistema competitivo em que um número considerado de partidos


políticos compete pelo poder em eleições regulares e populares, mas estas são
dominadas por um único partido que, consequentemente, permanece longos
períodos de tempo no poder, “sendo por isso, pouco provável que as eleições
possam vir a alterar o actual cenário de competição partidária de tal forma que
dificilmente se antevê alguma perspectiva de alternância no poder no futuro
próximo” (Carothes, 2002:12).
2.3. A construção da consolidação do processo democrático e a tendência a um
bipartidarismo

Os antecedentes que marcaram a introdução da democracia em Moçambique


destacaram-se como fundamentais para a configuração do campo político e para a definição
das principais forças politicas, tendo a Frelimo e a Renamo se afirmado como os principais
atores políticos na discussão da agenda nacional.

A este respeito, Forquilha e Orre (2011), refere que

o AGP, eram uma carta de transição política na medida em que não


tratava só questões militares, tais como cessar-fogo, a desmilitarização e a
formação de um novo exercito, como também as bases do processo de
democratização do país nomeadamente os critérios de formação de partidos
políticos e a garantia das liberdades fundamentais. Neste sentido o processo de
transição política dependia em grande medida, do sucesso da pacificação do
pais, facto que teve implicações significativas no campo políptico pós-a
transição, marcado por uma forte bipolarização política e por um lugar
marginal para partidos políticos cuja génese não esteve directamente ligada a
guerra civil, Ibid.
A realização das primeiras eleições multipartidárias em Moçambique, expiraram e ao
mesmo tempo consagraram a bipolarização política do país, ela reflecte a génese do sistema
partidário moçambicano, as forças e as fraquezas dos vários partidos que entraram na
competição, e sobretudo o papel estruturante da guerra na configuração política da sociedade
moçambicana, (Brito, 1995; 2010).

Um facto de salientar é que apesar dos dois ex – beligerantes terem


dominado as “eleições fundadoras” de 1994 em Moçambique, uma terceira
força politica a união democrática (UD) conseguiu 12,7% dos votos ao nível
nacional o que permitiu a conquista de 9 assentos no parlamento, (Nuvunga,
2005; Sitoe et all, 2005).
Segundo Brito (2008), a análise dos resultados eleitorais, que deram uma maioria
absoluta no parlamento à Frelimo e a vitória na primeira volta ao seu candidato presidencial,
mostrou que, não obstante a representação proporcional, o sistema político moçambicano se
37

estabelecia como um bipartidarismo de facto, assente nos dois actores principais da guerra: a
Frelimo e a Renamo em conjunto obtiveram mais de 80% dos votos (44% para a Frelimo e
38% para a Renamo).

Para Carbone (2003), as duas eleições realizadas (1994 e 1999), não constituíam uma
base sólida para realizar mais do que inferências sobre o futuro do sistema partidário
moçambicano.

No entanto a relativa estabilidade disponibilizada pelas primeiras duas eleições são


aparentemente claras: que existe uma tendência ao bipartidarismo, facto que deve ser
confirmado pelas eleições subsequentes, Ibid. Segundo (Forquilha e Orre, 2011), o cenário foi
alterado a partir das eleições de 2004, em que a Frelimo foi-se afirmando como partido
dominante e a oposição foi tendo um espaço cada vez mais reduzido e os principais factores
que contribuíram para este cenário.

Neste contexto Brito apud Forquilha e Orre (2011), aponta dentre vários factores, a

revitalização das estruturas partidárias da Frelimo no meio rural,


particularmente com a chegada de Guebuza à direcção do partido em 2002,a
construção e consolidação de alianças político-partidárias com seguimentos
outrora favoráveis à Renamo como, por exemplo, os chefes tradicionais, a
utilização da burocracia e recursos estatais para fins partidários por parte da
Frelimo, implicando um Estado cada vez mais ao serviço do partido no
governo.
Após a realização de quatro pleitos eleitorais até 2009, a Frelimo tem se revelado
como a força política que dominante na arena política, nas últimas eleições gerais, segundo
Hanlon apud Chichava (2010), a Frelimo teve 74,7% dos votos, a Renamo 17,7% e o
Movimento democrático de Moçambique obteve 3,9% dos votos á nível nacional, isto num
contexto caracterizado por um histórico dos processos democráticos marcados pela tendência
crescente de abstenção.

2.4. Um Sistema de partido dominante

Heywood apud Sitoe et all (2005)

Descreve o sistema de partido dominante como sendo o modelo “onde


um certo número de partidos competem pelo poder e, eleições regulares e
populares, mas são dominadas por um único partido que consequentemente
desfruta da permanência no poder em períodos prolongados, detêm uma
pirâmide estrutural clara e disciplina e tipicamente existem diferenças
substanciais na composição da sua elite social.
Ainda a este respeito RONNING apud Forquilha e Orre (2011), neste sistema apesar
de haver eleições mais ou menos competitivas, o partido no poder domina e os partidos da
38

oposição tendem a enfraquecer de eleições em eleições e o partido no poder comporta-se com


certo grau de auto-suficiência e arrogância, o que contribui para a apatia dos eleitores e detêm
grande influência sobre a comissão eleitoral, o que limita o campo de jogo eleitoral e favorece
fraudes eleitorais.

De facto a definição de Ronning enquadra-se no caso moçambicano, ora vejamos,


Brito (2010), salienta que a análise das eleições desde 1994 mostra um crescimento
significativo da abstenção, que atingiu níveis muito altos em 2004 (oficialmente 64%, mas na
realidade cerca de 50%). Este crescimento acelerado é revelador de um processo de
desejamento dos cidadãos em relação ao sistema político, sendo, portanto, um sintoma e crise
do processo democrático.

Neste caso a condução do Estado por parte da Frelimo desde as eleições permitiu a
condução do processo democrático e apesar de ter mudado o regime político, ela permanece
no poder e se afirma como a principal força política na arena nacional.

2.5. Uma democracia “ de desconfianças”

A história do processo democrático moçambicano foi extremamente marcada pela


desconfiança envolvendo os dois ex-contendores, com a realização das primeiras eleições em
1994 e a vitória da Frelimo, observa-se o cenário que Brito (2010) autor revela que “uma das
características da geografia eleitoral em Moçambique é uma clara polarização espacial do
voto entre a Frelimo e a Renamo”.

Segundo Lalá e Ostheimer (2003), este sentimento de desconfiança não só foi


alimentado como também confirmado pelo partido no poder, o qual veio a ditar,
consequentemente, as condições e o direccionamento do processo de democratização.

Esta desconfiança permanece até ao presente. Veja-se o caso da


Renamo que manteve e mantém a guarda armada de Dhlakama, a qual, de
acordo com o AGP deveria ter sido desarmada imediatamente após as
primeiras eleições em 1994. No caso da Frelimo, a desconfiança impediu a
integração dos combatentes da Renamo na força policial. Com um novo
exército composto por militares provenientes de ambos os beligerantes, o
partido no poder procuraram manter dentro da força policial, e particularmente
dentro da força de intervenção rápida, tropas leais ao partido, Ibid.
As eleições parlamentares e presidenciais de 1999, mostraram igualmente, que
Moçambique está longe de constituir uma democracia consolidada. Embora tenham sido
declaradas “livres e justas”, a credibilidade do processo eleitoral foi minada por problemas
técnicos durante a contagem de votos tendo a ausência generalizada de transparência e
elevando as suspeitas políticas, conduzindo finalmente à desintegração da comissão nacional
39

de eleições, Lalá e Ostheimer (2003). Ainda a este respeito estes autores revelam que a
Renamo união eleitoral (Renamo-UE), apesar da validação dos resultados pelo tribunal
supremo, ela não os reconheceu, alegando fraude, facto que despoletou a contestações e
ameaças de desestabilização que culminaram com a violência política, em Montepuez, em
Novembro de 2000.

Segundo Forquilha e Orre (2011)

o sistema de partido dominante não só sufoca a competição eleitoral,


como também, enfraquece os poderes legislativos e judiciários e por outro
lado de um controlo do parlamento e da nomeação através da maioria
parlamentar e da nomeação dos juízes. Portanto o processo democrático em
moçambicano ainda carece de desafios para a sua consolidação, as dinâmicas
empreendidas pelos autores políticos de relevo e as suas acções no contexto da
aceitação das regras se revelam de extrema importância para a consolidação
democrática.
2.6. Certeza Processual e Incerteza Eleitoral

A opinião dominante dos entrevistados em relação a capacidade dos OGE


providenciarem a certeza processual necessária para a institucionalização da incerteza
eleitoral, indicam claramente que a conduta dos OGE tem sido caracterizada por uma
governação eleitoral ineficaz.

A maioria dos entrevistados partilha da percepção de que existe incerteza processual,


isto é, os OGE tem sido incapaz de garantir a certeza processual inerente a competição
partidária, de modo que, os resultados finais das eleições sejam vistos pelos principais actores
políticos como suficientemente credíveis e legítimos. Igualmente, das percepções dos
entrevistados, pode-se notar que em Moçambique quanto menor tem vindo a ser a certeza
processual, menor são as probabilidades de institucionalização da incerteza eleitoral.
Consequentemente, quanto maior tem vindo a ser a incerteza processual maior é a certeza
eleitoral, ou seja, maiores são as probabilidades de institucionalização da certeza eleitoral ao
nível da competição partidária em Moçambique.

Para este resultado foram apontados várias razões em função da orientação política dos
entrevistados. Na perspectiva dos membros do partido FRELIMO, para a redução da incerteza
eleitoral, concorre o facto do partido FRELIMO ser a única força política que reúne condições
para ganhar eleições em Moçambique, dada a sua organização, a sua história e experiência
governativa. Implicitamente, podemos captar neste discurso que os membros do Partido
FRELIMO, afirmam que a certeza eleitoral deriva da fragilidade do partido políticos da
40

oposição ou a sua quase inexistência o que faz com que as eleições sejam menos competitivas
e produzam vencedores antecipados.

Por seu turno, do lado dos partidos políticos da oposição, os dados indicam que os
partidos políticos da oposição perderam crença na possibilidade de vencer as eleições,
reconhecendo de forma consensual que o único partido com probabilidades de ganhar eleições
no país no futuro próximo é o Partido FRELIMO. Esta opinião reforça a ideia de que os
modelos de governação eleitoral e o grau de competição partidária, não oferecem condições
para a legitimidade e transparência eleitoral como requisitos, para a substancial
institucionalização da incerteza eleitoral.

2.7. Os desafios que se colocam ao multipartidarismo em Moçambique

Como foi visto ao longo do trabalho o processo de democratização em


Moçambique se confunde com o processo de pacificação, uma vez que o país
acabara de sair duma guerra civil que durou dezasseis anos, envolvendo o
governo da Frelimo e a Renamo. A ideia de path dependent trazida pelo
institucionalismo histórico de Hall e Taylor (1996), explica a crise do
multipartidarismo, na medida em ela olha para a trajectória que o país
percorreu e as implicações da mesma nas escolhas futuras. Partindo deste
pressuposto podemos afirmar que o país e o regime da Frelimo herdaram as
práticas e as estruturas do regime colonial que era caracterizado por um
centralismo políptico e governativo, facto que foi transportado para a época
pós-colonial.
Na mesma ordem de ideias o processo de transição democrática e a construção das
instituições democráticas conduzido pela Frelimo e a Renamo, ditou a configuração actual do
campo político moçambicano, tal como Brito (2010), demonstra o facto de as negociações e o
processo de transição política até às eleições terem sido conduzidos apenas pelas duas partes
beligerantes, cada uma delas preocupada em garantir o máximo de vantagens para si própria,
significou também uma polarização do espaço político nascente à sua volta. Num certo
sentido, pode-se dizer que a democracia foi confiscada por estes dois partidos, não tendo
havido um ambiente favorável à expressão de outras forças e interesses provenientes da
sociedade civil, Ibid.

A construção do processo democrático foi moldado com vista a


acomodação da Renamo no novo contexto políptico, dai que a exclusão dos
partidos “não armados” de origem não armada e não com vista a promoção de
uma sociedade democrática pluralista. Ora vejamos o facto da realização do
quadro institucional que orientou a realização das primeiras eleições, foi
marcado pela exclusão de outros partidos políticos, como revelam Lalá e
Ostheimer (2003), “Os denominados partidos não armados, criados a partir de
1990, tiveram poucas oportunidades para influenciar e moldar o processo de
transição, conforme demonstrou a conferência multipartidária para a
preparação do projecto de lei eleitoral. A oposição, sentindo-se excluída,
41

assumiu que qualquer acção política desencadeada pela Frelimo visava


somente o seu próprio, Ibid.
Este facto acentua-se pelo facto dos partidos “não armados” enfrentarem dificuldades
inerentes ao seu próprio funcionamento, o que leva ao seu desaparecimento em períodos não
eleitorais, acentuando deste modo a bipolarização da cena política no que diz respeito á
produção e defesa de ideologias. O que se verifica é que o facto de a Frelimo ter sido o
condutor da Máquina do Estatal desde a independência o posicionou-se de uma forma
privilegiada na preparação do processo transitório para a democracia, tendo este preparado as
suas formas de acomodação no novo contexto políptico, que se aproximava não abrindo
espaço e nem deixando condições para que pudesse enfrentar forte concorrência e nem para
perda do poder.

Uma observação trazida por Weimer apud Sitoe et al (2005),


respectiva a democracia moçambicana, é que “o cenário em que os
fundamentos de uma democracia real e cultura democrática tem sido
negligenciadas permitindo assim espaço para o cenário de cooptação, que
caracteriza-se pela centralização e concentração do poder. Esta característica
da democracia moçambicana à luz do path dependent é explicado pelo facto
de o Estado após a independência ter sido orientado seguindo se a lógica do
partido único constituiu um alicerce que foi transportado para o período pós –
transição, o facto de a Frelimo controlar os recursos do Estado implicou o
transporte das formas de funcionamento das instituições democráticas. O facto
de este ter se afirmado como um partido dominante, mediante a utilização das
práticas do clientelismo, nepotismos e a aproximação aos seguimentos sociais
a nível local, tem reduzido o espaço de actuação dos outros partidos e a
Renamo, cada vez mais tem revelado a falta de capacidade de adaptação face
aos desafios colocados face ao novo contexto.
Portanto, a conclusões que podemos chegar é de que embora a incerteza seja um
elemento subjacente as eleições, o caso moçambicano indica que a governação eleitoral não
tem sido capaz de produzir a incerteza eleitoral de forma efectiva. Isto é, a conduta dos OGE
está a levar a competição partidária para um contexto de institucionalização da certeza
eleitoral. Esta situação é devida aos seguintes factores: i) a extensão da influência dominante
da FRELIMO via o princípio da proporcionalidade parlamentar; ii) a ausência de
independência, transparência e actuação dos meios de comunicação social; e as iii) as regras
de financiamento eleitoral que não promovem igualdades competitivas.
42

CAPITULO III. METODOLOGIA

3.1. Metodologia

Para a elaboração do presente estudo, recorreu – se ao método qualitativo, segundo


Richardson (1985), os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a
complexidade de determinado problema, analisar a interacção de certas variáveis,
compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no
processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade o
entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos

3.2. Tipo de Pesquisa

Como dito na antemão a pesquisa é qualitativa e também, abrange trata-se de uma


pesquisa quantitativa na medida em que busca identificar os factores associados a adesão do
sistema multipartidário através de procedimentos analíticos. Na perspectiva de Silva e
Menezes (2001, p. 20), “a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o
que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.
Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana,
desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão). Isto é, usa método estatístico
para o esclarecimento de certos factos na pesquisa”.

Atendendo aos objectivos, a presente pesquisa trata-se de um estudo


descritivo do tipo corte transversal na medida em que busca informações sobre
características ligadas as elevadas inconformidades no processo eleitoral por
parte de certos cidadãos e partidos e cidadãos em que tenham ou não assentos
na Assembleia da República. A opção por este tipo de estudo sustenta-se no
facto de permitir “descrever e analisar determinados colapsos e contraditórios
na relação entre as variáveis. (citado por Silva e Menezes, 2001, p.21).
Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de um Levantamento na medida em que
envolve a interrogação directa da população para saber quais factores estão associados ao
elevado número coeficiente das discordâncias de certos partidos que se vêm excluídos da
Constituição e julgue eleitoral. Segundo GIL (1991), o levantamento envolve a interrogação
directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.

3.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa

Os procedimentos técnicos a serem usados na colecta de dados para este estudo, para
além da pesquisa bibliográfica, foi feita pesquisa de campo através das técnicas de entrevista e
o instrumento a ser usado para a colecta de dados, o questionário administrado contendo
perguntas fechadas e abertas.
43

3.4. Grupo – Alvo e a Amostra

3.4.1. Grupo – Alvo

Para o presente estudo a população será constituída por homens e mulher munícipes da
Autarquia de Lichinga num universo de 10 (Dez) entrevistados sob uma forma aleatória tendo
em consideração o decreto em vigor do distanciamento e confinamento.

3.4.2. Amostra

O estudo estava previsto a submissão a entrevista um universo de 20 munícipes, dadas


as circunstâncias que se fazem sentir sob efeito da Calamidade Publica, o numero foi reduzido
para 10 (Dez) sendo dos quais 7 (sete) homens e 3 (três) mulheres.

A amostra foi calculada a partir do número de munícipes entrevistados, com um erro


amostral de 5% (0.05).

3.4.3. Tamanho de Amostra e Amostragem

A amostragem será probabilística, aleatória simples, calculada com base na fórmula


(Agranonik & Hirakata, 2011,p383), conforme segue:
2
p ( 1− p ) Z N
n= 2 2 p (1− p)
ε ( N −1 ) +Z
Onde:
n: tamanho da amostra;
p: proporção esperada (43%);
Z: Valor da distribuição normal para determinado nível de confiança (1.96);
N: tamanho da população (10);
ε : tamanho do intervalo de confiança (margem de erro=5%).

0.43 ( 1−0.43 ) 1.962∗10


n= 2 2 =1.61
0.05 ( 10−1 )+ 1.96 ∗0.43(1−0.43)

3.5. Técnica e instrumentos de recolha de dados

As técnicas utilizadas para a recolha de informação foram a pesquisa bibliográfica, que


consistiu essencialmente na utilização de fontes primárias e secundarias que abordam o tema
em análise, que foi complementada pela pesquisa documental. Estes elementos metodológicos
permitiram a escolha do quadro teórico e conceptual assim como ofereceram a substância do
44

debate teórico e clarifica os conceitos que alimenta o assunto em analise e o processo de


entrevista sob critério de questionários.

3.6. Limitações do estudo

Poderá constituir uma limitação para a realização do estudo: a falta de financiamento.

3.7. Cronograma

Fevereiro 2023

Dia 18 de
Março

Março
Dia 19
Dia 27

Dia 13
Dia 14
Dia 17
Dia 28

Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 1
Dia 2

Dia 8
Dia 9
Actividades

Revisão Bibliográfica

Elaboração do Projecto

Recolha de dados

Processamento dos dados

Análise e interpretação

Término do Projecto

Revisão do Projecto

Submissão do Projecto

Fonte: Autor (2023)

3.8. Orçamento

Nr ordem Designação Quantidade Valor (Mt)


Valor total (Mt)
1 Bloco de notas 2 60 120
2 Esferográficas 2 10 20
3 Resma 1 400 400
4 Recargas 3 100 300
5 Cópia de fichas 80 2 160
6 Pranchetas 1 200 200
7 Impressão e Encadernação 2 120 120
Subtotal 1320
Contingência (10%) 500
45

Total 1820
Fonte: Autor (2023)

3.9. Referências Bibliográficas

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Moçambique”, in Brazão Mazula (org.), Moçambique: eleições, democracia e
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