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CADERNO Libras Jaqson 1
CADERNO Libras Jaqson 1
Língua de Sinais
Brasileira
Jaqson.santos@ufsb.edu.br
NÚMEROS
1- Números Representativos de Código
3- Números Ordinais
SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................... 07
Unidade 1: História, cultura e identidade ......................................... 09
Artigo: 1 Considerações sobre a relação dos surdos com a linguagem:
dos primórdios à contemporaneidade............................................. 10
1.1 Considerações iniciais .............................................................. 11
1.2 Primeiras abordagens: da teologia à ciência ......................... 12
1.3 Consensos teóricos e achados científicos ................................ 16
1.4 Perspectivas atuais: culturas e identidades surdas .................. 18
1.5 Considerações finais ............................................................... 22
1.6 Referências ............................................................................. 23
Unidade 2: Educação de Surdos...................................................... 26
2.1 A legislação ......................................................................... 26
2.2 Escola especial e escola inclusiva: há diferenças? ................... 28
2.3 O surdo na sala de aula ........................................................ 29
2.4 Finalizando a conversa ............................................................ 33
2.5 Referências ............................................................................. 33
Unidade 3: Estudos Linguísticos .......................................................... 35
3.1 Língua e linguagem .............................................................. 36
3.2 O alfabeto manual ............................................................... 38
3.3 Iconicidade ou arbitrariedade? ............................................. 39
3.4 Empréstimos Linguísticos ........................................................ 40
3.5 Variação linguística .................................................................. 41
3.6 Parâmetros fonológicos ........................................................... 42
3.7 O espaço de sinalização ....................................................... 46
3.8 Como os surdos adquirem a Libras? ........................................ 47
3.9 Referências ............................................................................. 48
Unidade 4: Prática Linguística ......................................................... 49
4.1 Apresentação: sinal pessoal e nome ....................................... 50
4.2 Cumprimentos ..................................................................... 51
4.3 Pronomes pessoais ................................................................. 52
4.4 Pronomes interrogativos .......................................................... 53
4.5 Expressões não-manuais ............................................................. 54
4.6 Tipos de frases ..................................................................... 56
4.7 Sistemas numéricos .................................................................... 62
SUMÁRIO
SOARES, Charley Pereira; RIBEIRO, Maria Clara Maciel de Araújo; BRITO, Rejane Cristina
de Carvalho. Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Caderno Didático do Curso de Letras
Português a Distância da Unimontes. Universidade Aberta do Brasil - UAB. Montes Claros:
Ed. Unimontes, 2010.
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Caderno Didático
8
UNIDADE 1
Caro acadêmico, nesta unidade você conhecerá um pouco da
história dos falantes nativos das línguas visuais: os surdos. Verá que a surdez
tem sido compreendida de diferentes maneiras ao longo da história da
humanidade e que, atualmente, o fortalecimento político e social do povo
surdo, unido a descobertas acadêmicas sobre as línguas de sinais, têm
proporcionado aos surdos novas e promissoras formas de ser e estar no
mundo. Você já reparou que hoje em dia os surdos têm mais visibilidade do
que no passado? Costumamos ver surdos em lugares em que não víamos
antes. Hoje, eles estão ao nosso lado nas escolas e nas universidades, como
alunos e como professores; estão nas empresas públicas e privadas; estão
produzindo artes cênicas e visuais; estão projetando, enfim, para si e para os
seus comparsas, um futuro melhor.
Poderíamos dizer, então, que com o passar do tempo, os surdos
tornaram-se mais capazes? A resposta seria: sim e não. Não quando
pensamos que eles sempre o foram, uma vez que hoje se sabe que a falta de
audição, em si mesma, não prejudica o desenvolvimento das competências
e habilidades humanas. Surdos podem ser intelectualmente brilhantes e
podem desenvolver-se no mundo tais quais os ouvintes. Sim quando
pensamos que por séculos surdos foram vistos como incapacitados e que,
por esse motivo, foram mantidos exclusos dos processos sociais, recebendo
poucas oportunidades de desenvolvimento. Atualmente, contudo, após
uma série de pesquisas, pudemos finalmente entender que, nos surdos, há
uma substituição de sentidos e de línguas, não uma falta. E que em torno
dessa língua constrói-se culturas, comunidades e processos identitários
específicos. Esse entendimento tem reconstruído a imagem social do surdo
e, com isso, vemos as suas possibilidades de desenvolvimento serem
alargadas, uma vez que a sociedade, de modo geral, começa a entender
que ser surdo não é ser deficiente, mas, sim, ser diferente linguística e
culturalmente.
Para abordar essas e outras questões, acadêmico, apresentamos a
você um artigo escrito por uma das autoras deste caderno. O artigo discutirá
questões históricas, linguísticas e culturais relacionadas aos surdos, além de
apresentar a você duas distintas formas de se conceber os surdos
atualmente. Vamos à leitura? Ao concluí-la, registre no seu diário de bordo
pelo menos três descobertas que você fez sobre os surdos, ok? Boa leitura!
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1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO DOS SURDOS COM A
LINGUAGEM: DOS PRIMÓRDIOS À CONTEMPORANEIDADE
Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro
10
Língua Brasileira de Sinais-Libras
11
Neste estudo, apresentaremos um plano panorâmico, apesar
de sucinto, sobre as formas de se conceber os surdos, sua história,
educação e relação com a linguagem, dos primórdios aos tempos
atuais. A partir daí, buscaremos entender as ressonâncias desses
desdobramentos históricos na contemporaneidade, focalizando as
diferenças de abordagem entre uma concepção clínica-terapêutica e
linguístico-antropológica de surdez.
12
Língua Brasileira de Sinais - Libras
DICAS
passíveis de ser educados. Como vimos, até a Idade Média não há
registros que abordem os surdos de maneira ampla e diversificada,
mas, sim, uma homogeneização quanto à condição de
3
subumanidade que era atribuída aos que não ouviam. Diversos eram os métodos de
ensino utilizados pelos primeiros
A possibilidade de instruir e educar pessoas surdas surgiu a professores de surdos. Tais
partir do início da Idade Moderna. Nessa época, o nascimento de métodos variavam quanto à
maior ou menor utilização de
surdos na nobreza passa a ser a força motriz dos primórdios da métodos visuais, como a
educação de surdos: contrários a preceitos médicos e religiosos das datilologia (representação
manual das letras do alfabeto) e
épocas, que diziam que surdos não tinham aptidão para linguagem,
alguns sinais da língua de sinais
alguns professores se dispuseram, mesmo assim, a educá-los, e isso nativa da região. Porém, o
pode ser considerado, na conjuntura da época (século XVI), um principal objetivo da maioria
desses professores, como Pedro
expressivo avanço. Ponce de Leon, era o
No entanto, poucos são os registros desses primórdios, pois desenvolvimento apenas da fala
(e raramente da escrita), uma
era comum, na época, manter em sigilo o modo como essa educação vez que era prevista a
era conduzida. Além disso, os professores trabalhavam isoladamente possibilidade de o surdo
adquirir direitos legais,
e não havia o hábito da troca de experiências. Lacerda (1998), citando respondendo por si próprio e
Shánces (1990), relata, por exemplo, que Heinicke, importante podendo administrar negócios e
heranças, se pudesse se
educador alemão que foi professor de surdos, costumava dizer que
comunicar pela fala e/ou pela
ninguém conhecia o seu método de educação, com exceção do seu escrita (SOUZA, 1998, p.129).
4
filho. Alegava ter passado por tantas dificuldades sozinho, que não Consta que, por volta de 1760,
um movimento de surdos contra
pretendia dividir as conquistas do seu método com ninguém. Dessa a ideologia verbal já começa a se
maneira, muito foi perdido e pouco dos primórdios da educação de delinear no Instituto Nacional
de Surdos-Mudos de Paris
surdos pôde ser reconstituído. Mas é a partir dessa época que se
(LODI, 2005, p. 413). Os
começa a admitir que os surdos podem aprender através de estudantes protestavam contra a
procedimentos pedagógicos adequados, sem que haja, para tanto, imposição das práticas
oralizadoras, que se obstinavam
interferências sobrenaturais, como a “cura” súbita da surdez. em fazê-los falar. É provável que
Muitos autores, como Shánces (1990) e Lane (1998), fixam a aglomeração de surdos nessa
escola tenha favorecido o
como marco fundador da educação de surdos o trabalho desenvolvimento e o
desenvolvido pelo monge beneditino espanhol Pedro Ponce de Leon, fortalecimento de uma língua de
3 sinais e, com isso, feito aflorar o
no século XVI . Como relata Lodi, (2005, p. 411), o trabalho desse sentimento de grupo e a
educador não apenas influenciou profundamente métodos vontade de uma maior
participação dos surdos na
posteriores, como desestabilizou os argumentos médicos e religiosos
condução de suas vidas e
da época sobre a incapacidade dos surdos para o desenvolvimento da educação.
5
linguagem e, portanto, para toda e qualquer aprendizagem. Atualmente o treino da fala é
visto com criticidade pelos
No século XVIII, escolas públicas especializadas em educar surdos – e com desaprovação
surdos começaram a ser fundadas, como, por exemplo, o Instituto pelos educadores, uma vez que
4 se constatou que: I) os surdos
Nacional de Surdos-Mudos de Paris , primeira escola pública para tem uma língua própria,
surdos na Europa, fundada pelo abade Charles Michel de L'Epée completa e rica, a Libras; II)
atividades de fala e escrita são
(SOUZA, 1998). Nesse período, sem contar ainda com o dissociáveis na educação. Mais
reconhecimento linguístico das línguas de sinais (LS), o treino da fala especificamente: o treino
daquela pode prejudicar o
era considerado como “metodologia de ponta” na educação de
5
desenvolvimento desta, no
surdos . espaço escolar.
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L'Epée reconheceu que os surdos possuíam uma forma de
comunicação eficaz e que a linguagem utilizada por eles poderia ser
útil no processo de instrução. No entanto, consoante às ideias
linguísticas e filosóficas de sua época, o abade acreditava que seria
preciso, primeiramente, organizar e dotar de lógica a língua dos
surdos de Paris, imputando-lhe regras claras e elementos faltantes,
com base na gramática da língua francesa, considerada como o
centro organizador.
Dessa forma, ele criou os “sinais metódicos”, como ficou
conhecido o (des)arranjo de L'Epée na língua dos surdos parisienses.
Grosso modo, o abade submeteu àquela língua de sinais (LS) a
gramática da língua francesa, considerada completa e melhor,
criando sinais “faltantes” (como conectivos e flexões) e inventando
elementos morfêmicos capazes de, a partir da segmentação de
determinados sinais, originar outros. O fim último seria o de conferir
aos surdos a capacidade de compreender o mundo a partir dessa
linguagem artificial, que deveria ser compreendida e traduzida em
escrita. L'Epée criou tantos sinais, no afã de dotá-los de semelhanças
com as palavras francesas, “que sua linguagem algumas vezes era tão
desfigurada que se tornava incompreensível” (BEBIAN, 1984, citado
DICAS por SOUZA, 1998, p.150).
Assim, tal método conseguiu apenas tornar os surdos bons
decodificadores, pois consistia, sobretudo, no exercício de ditar
perguntas e respostas a partir dos “sinais metódicos”, cabendo aos
7
De acordo com Souza (1998,
p. 88), esse congresso foi surdos decodificá-los em forma de registro escrito, o que não garantia
organizado, patrocinado e
conduzido principalmente por a compreensão do que estava sendo decodificado, tampouco
renomados e ardorosos possibilitava a criação individual de novas sentenças, fossem elas em
defensores do “oralismo” 6
sinais ou em linguagem escrita .
(princípio que busca
desenvolver a fala dos surdos). Com a ampliação da educação de surdos e com o passar do
Eles haviam se empenhado, já tempo, divergências teórico-metodológicas quanto aos métodos
antes do congresso, em fazer
utilizados pelos professores acabaram culminando no I Congresso
prevalecer o método oral puro
no ensino de surdos e Mundial de Professores de Surdos, congregando profissionais de
contavam, para tanto, com o 7
diferentes países em Milão, em 1880 . Ressaltamos aqui, a
prestígio político e econômico
de cientistas que apregoavam o importância histórica do congresso de Milão, como ficou registrado
controle e até a proibição da esse evento na história, para a constituição identitária dos surdos.
LS na educação de surdos. Por Ainda hoje, mais de um século depois, os desdobramentos desse
fim, decidiu-se, em uma
assembleia geral realizada no congresso são discutidos pelas comunidades surdas do mundo
congresso (da qual os surdos inteiro, pois ele pode ser caracterizado como um acontecimento que
foram proibidos de participar), fez retroceder – e estagnar – em muito, as conquistas dessa
pela adoção universal do
população.
método oral puro, que
consistia em treinar a fala e a De maneira sucinta, podemos dizer que tal retrocesso pode
audição, proibindo, para tanto, ser caracterizado pela conclusão a que chegaram os congressistas
o uso das línguas de sinais.
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Língua Brasileira de Sinais - Libras
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ouvintes, um novo olhar e um novo discurso sobre a surdez
começaram, enfim, a ser constituídos, fazendo com que o espaço de
atuação surda fosse ampliado socialmente.
Com base no que foi exposto, pode-se concluir que a história
dos surdos, sobretudo de sua educação, é marcada pelo etnocentrismo
10
e pela colonização dos surdos pelos ouvintes, com o devido apoio da
tradição oralista, como afirma Skliar (1999), inspirado em Bhabha
(2000). Isso encobriu, por muito tempo, aspectos linguísticos (e
DICAS
culturais) próprios à surdez, por serem considerados “desvios”.
Encobriu, sobretudo, a possibilidade de desenvolvimento do povo
surdo, que tinha o seu espaço de atuação determinado e limitado pelo
10
Leitores iniciantes na área da
olhar restritivo que a eles era imputado.
surdez costumam receber com
alguma estranheza o
1.3 CONSENSOS TEÓRICOS E ACHADOS CIENTÍFICOS
argumento da colonização dos
surdos. Nesse laço teórico
busca-se enfatizar que os Na contemporaneidade, entre muitas divergências teóricas,
surdos foram subjugados e
dominados pelos ouvintes, que alguns consensos puderam ser firmados. O mais importante deles
se consideravam (ou determina que, no ser surdo, inexiste qualquer tipo de deficiência
consideram) o “padrão cognitiva ou linguística. Segundo Rocha et al. (2007), a literatura tem
superior de humanidade” a ser
seguido. mostrado, até o momento, que os circuitos neurais para as línguas de
11
Tradução das autoras citadas. sinais funcionam de maneira semelhante ao processamento cerebral
das línguas orais: o processamento das línguas sinalizadas também,
ocorre do lado esquerdo do cérebro. Lacerda (1998), citando Bellugi
(1980), relata que pesquisas realizadas com surdos afásicos, no The Salk
Institute for Biological Studies, na Califórnia, demonstram que, se por
um lado, todo sinal (elemento lexical das LS) é um gesto, nem todo
gesto é um sinal, uma vez que lesões no lado esquerdo do cérebro
levam a diferentes graus de comprometimento sintático da LS, embora
não se observe prejuízo em outros tipos de gestos, como os gestos não-
linguísticos.
Nessa mesma esteira, determina-se ainda que a modalidade
de língua “oral-auditiva” (línguas faladas) não é o modelo maior e
supremo a partir do qual se pode articular um sistema de comunicação
linguística. As pesquisas sobre as línguas de modalidade visual-espacial
(línguas de sinais) têm demonstrado isso. Quadros & Karnopp (2003, p.
29) lembram que o gerativista Noam Chomsky (1995, p. 434), por
exemplo, reconhece as pesquisas sobre as línguas de sinais quando
afirma que:
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1.4 PERSPECTIVAS ATUAIS: CULTURAS E IDENTIDADES SURDAS
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lutar para se desprender das crenças que lhe ensinaram a assumir a
respeito do ser surdo, particularmente as crenças propagadas pelo
campo da medicina e da audiologia que, de maneira geral, tendem a
ver a surdez como uma anomalia. A visão “normalizadora” sobre os
surdos, segundo ela, não pode jamais fomentar discussões acerca da
problemática da diferença, do sujeito e do poder. Aliás, revelam, sim, o
“poder administrativo” do ouvinte sobre o surdo.
Segundo Skliar (1999), a forma mais presente desse poder se
dá através do ouvintismo como ideologia dominante. O ouvintismo é
um reflexo das representações estereotipadas dos ouvintes sobre os
surdos e a surdez. Pode ser visto como um dispositivo de controle
disciplinar da sociedade, como “um conjunto de representações dos
ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e a narrar-se
como se fosse ouvinte.” (SKLIAR, 1998, p. 15). As representações dos
ouvintes sobre a surdez, de forma geral, refletem um posicionamento
histórico que a enquadra no campo da doença. No caso dos surdos
ouvintizados, estes passam a aceitar a estereotipia forjada para eles no
senso comum. Essa ótica pode tornar-se, assim, avassaladora e
destituidora de identidades.
Para Perlin (1999), o ouvintismo deriva de uma proximidade
particular que se dá entre surdos e ouvintes, na qual o ouvinte está
sempre em uma situação de superioridade. A ideologia ouvintista é tão
forte, segundo ela, que muitas vezes não permite ao surdo desenvolver
uma identidade própria ou, no mínimo, uma consciência oposicional.
É como se o surdo estivesse condenado a se considerar eternamente
uma cópia imperfeita dos seres que ouvem.
Skliar (1999) chama a atenção para o fato de que o ouvintismo
– ou o oralismo, sua forma institucionalizada – não deve ser
compreendido somente como um conjunto de ideias e práticas
simplesmente destinadas a fazer com que os surdos falem e sejam
como os ouvintes. Os pressupostos que fundamentam e originam essas
ideias precisam ser compreendidos como a base epistemológica que
autoriza tais práticas. Para o autor, tais pressupostos podem ser: a)
linguístico-filosóficos, quando tomam o oral como abstração e a
gestualidade como concretude e obscuridade de pensamento; b)
religiosos, quando se prioriza a confissão através da palavra vocalizada;
c) pseudocientíficos, quando se afirma que a audição é imprescindível
para o desenvolvimento humano; d) políticos, demonstrados pela
tentativa de controlar, ter sob domínio as minorias linguísticas ou
sociais.
Voltando aos estudos sobre as identidades surdas, Perlin
(1999) identifica, entre múltiplas categorias possíveis, cinco diferentes
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Língua Brasileira de Sinais - Libras
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Temas
terapêutica antropológica
Deficiência: tratamento Minoria linguística:
Surdez identitária e cultural
e reabilitação
Fator acessório, Constitui o sujeito e é a sua
metodológico 1ª língua
Modelo terapêutico
Educação Especial
(especial)
Língua
Oral e escrita Escrita (L2)
portuguesa
Cultura e
Silenciamento
Identidade na surdez
Diminuem os efeitos
Silenciamento
terapia da surdez
DICAS
de “mudos” , só restava aceitar.
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17
sido deslocados do campo clínico para o campo linguístico e cultural,
Cabe ressaltar que surdos não
são mudos. Primeiramente, tanto no universo acadêmico, quanto nas práticas sociais. Na
porque os surdos falam, não a
língua oral-auditiva, mas a sua, à surdez cresceu horizontalmente (quantitativamente), fazendo
visual-espacial. Segundo,
porque não existe na surdez aumentar a incidência de pesquisas em diversas áreas, como a
qualquer característica educação, a linguística, a psicologia e a sociologia, demonstrando,
fisiológica que impeça a nesses espaços, crescimentos agora verticalizados (qualitativos).
expressão oral.
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Língua Brasileira de Sinais - Libras
REFERÊNCIAS
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PARA REFLETIR
QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir Becher. Língua de
sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: ArtMed, 2004.
Durante um período da história
REZENDE, Franklin Ferreira Junior; PINTO, Patrícia Luiza Ferreira. Os
dos surdos as línguas de sinais
foram proibidas por médicos e
surdos nos rastros de sua intelectualidade específica. In: QUADROS,
por educadores de surdos. R. M; PERLIN, G. T. T. (org.). Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara
Quais eram os argumentos A z u l , 2 0 0 7 . D i s p o n í v e l e m : w w w. e d i t o r a - a r a r a -
apresentados pelos azul.com.br/estudos2.pdf. Acesso em: jun. 2008.
profissionais da época para tal
proibição? Será que hoje tais ROCHA, Fábio. Theodo et al. Libras: um estudo encefalográfico de
profissionais ainda pensam sua func ionali da de cerebral. D isponível e m:
assim? O que você acha? www.enscer.com.br/pesquisas/artigos/libras/libras.html. Acesso em:
12 dez. 2007.
Você sabia que a Universidade SÁ, N. R. L. Cultura, poder e educação de surdos. Manaus: Ed.
Federal de Santa Catarina Universidade Federal do Amazonas, 2002.
oferece cursos de graduação
em Letras-Libras (licenciatura e SANTANA, A. P; BERGAMO, A. Cultura e identidade surdas:
bacharelado) na modalidade a encruzilhada de lutas sociais e teóricas. Educação & Sociedade,
distância em mais de 15 polos Campinas, SP, v. 26, n. 91, p. 565-582, 2005.
em todo o Brasil? Para
conhecer o curso acesse o site
http://www.libras.ufsc.br/. SKLIAR, Carlos. Um olhar sobre o nosso olhar acerca da surdez e das
diferenças. In: . A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto
Alegre: Mediação, 1998.
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REFERÊNCIAS
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UNIDADE 2
Rejane Cristina de Carvalho Brito
2.1 A LEGISLAÇÃO
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Unimontes
Justificativas
Econômica: Uma
Educacional: Social: Mudança de
Desenvolvimento de atitude favorecendo o escola que eduque a
metodologias que surgimento de uma todos tem custo menor
trabalhem as diferenças sociedade mais justa e que um complexo
individuais e sem preconceitos. sistema que
beneficiem a todos. privilegie as diferenças.
Figura 1: Justificativa
Fonte: Arquivo dos autores
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Caderno Didático
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Unimontes
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Caderno Didático
Acesse o site a seguir para mais Ÿ Os alunos surdos, de preferência, devem estar próximos para
informações: oferecer apoio um ao outro.
http://portal.mec.gov.br/seesp/a
Apesar de parecer algo simples, essas dicas nem sempre são
rquivos/pdf/aee_da.pdf
seguidas nas escolas e, por isso, os alunos surdos ficam prejudicados. Pensar
a organização espacial e estrutural da sala de aula e da escola já é uma forma
de fazer funcionar a metodologia e o planejamento curricular em benefício
de todos!
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Caderno Didático
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Libras, porém as leis que regem a função deste profissional em nosso país,
apenas preveem a tradução português-libras e vice-versa. O professor de ATIVIDADES
língua estrangeira deve entender a dificuldade de tradução na sua aula e
tentar elaborar recursos de acordo com o contexto que lhe é apresentado. Veja o vídeo Imagine no
Além disso, é preciso lembrar que a modalidade escrita da língua estrangeira youtube
também passará por variações na escrita do surdo e que a avaliação de seu http://www.youtube.com/watc
h?v=JNl91QXws7o&feature=r
processo escrito, assim como ocorre no ensino de português, deve privilegiar elated. Diante do que foi
as ideais e o expressar-se com coerência no texto. estudado, qual é a sua opinião
sobre o ensino de línguas
estrangeiras para alunos
2.4 FINALIZANDO A CONVERSA surdos?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-lei n. 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 2005. Seção 1, p. 30.
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Caderno Didático
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UNIDADE 3
ESTUDOS LINGUÍSTICOS
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Caderno Didático
1. Não é mímica;
PARA REFLETIR 2. Não é uma linguagem e, sim, uma língua.
3. Não é uma língua universal;
4. Não é uma língua artificial, mas natural;
Para você, dos mitos acima,
qual é o mais prejudicial aos 5. Não é uma língua ágrafa;
surdos? Que ressonâncias 6. Não é uma língua limitada, incompleta ou simplória: expressa
sociais este mito pode
conceitos abstratos, ciência, filosofia, poesia, política, enfim, tudo o que
produzir?
requer a atividade mental humana;
7. Não é a versão sinalizada do português, mas uma língua
distinta, uma vez que apresenta características e relações gramaticais
próprias;
8. É considerada a língua materna dos surdos;
9. Requer um sistema elaborado de expressões faciais, que faz
parte da sua estrutura gramatical;
10. Não é o alfabeto manual – ele é utilizado de forma limitada e
esporádica.
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Quadro 2: Linguagem
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Caderno Didático
Agora você começa a entender por que a Libras é uma língua. Mas
será que esta língua é composta principalmente pelo alfabeto manual?
Absolutamente, não! Nas palavras de Quadros e Karnopp (2004, p. 88), a
soletração manual é apenas a representação manual direta das letras do
alfabeto português. Ele não é a essência da Libras; é apenas um recurso que
permite aos seus usuários representar visualmente o português. Por esse
prisma, o alfabeto digital é o “português nas mãos”, digamos assim, não a
Libras em si.
Além disso, ele é utilizado em poucos e específicos momentos: para
expressar nomes próprios ou para veicular significados cujo sinal não existe
ou não se saiba em Libras – como é o caso, por exemplo, de termos técnicos
de áreas específicas. Soletra-se palavras isoladas, nunca frases completas.
Digitamos o nosso nome, ao conhecer alguém. Digitamos palavras cujo sinal
desconhecemos. Mas é preciso tomar cuidado: digitação em demasia
descaracteriza a língua de sinais e torna o enunciado pouco claro. A seguir o
alfabeto manual da Libras:
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Caderno Didático
Figura 8: Soletração
PARA REFLETIR Fonte: Arquivo das autores
N-U-N (NUNCA)
Será então que toda palavra
que soletramos na Libras torna-
se um empréstimo linguístico?
O que você acha? Quando um
sinal soletrado se torna um
empréstimo linguístico? Vamos
discutir no fórum?
Figura 9: Soletração
Fonte: Arquivo dos autores
A-L (AZUL)
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Caderno Didático
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ATIVIDADES
mãos.
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REFERÊNCIAS
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UNIDADE 4 LINGUÍSTICA
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4.2 CUMPRIMENTOS
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Conversando em Libras
Diálogo 1
A – OI, BO@ DIA.
B – BO@ DIA.
A – AMIG@ APRESENTAR SINAL-DEL@ NOME C-A-M-I-L-A.
B – OI TUDO BEM? M@-SINAL MEU-NOME C-H-A-R-L-E-Y. PRAZER
CONHECER.
C – TAMBÉM PRAZER CONHECER. VOCÊ SURD@?
B – SIM, SURD@. VOCÊ SURD@ OU OUVINTE?
C – SURD@ TAMBÉM.
B – VOCÊ-DOIS ESTUDAR AQUI UNIMONTES?
A – NÃO. EL@ ESTUDAR EU INTÉRPRETE.
B – BO@. IMPORTANTE SURD@ FACULDADE.
C – VOCÊ CURSO QUAL?
B – PEDAGOGIA. VOCÊ CURSO?
C – LETRAS.
B – LEGAL.
C – PRECISAR IR AULA.
B – TCHAU.
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Caderno Didático
ABORRECIMENTO ALEGRIA
Figura 26: Expressões faciais
Fonte: http://danidraws.com/2007/12/06/50-facial-expressions-and-how-to-draw-them
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Caderno Didático
DICAS
O Instituto Nacional de
Educação de Surdos (INES)
disponibiliza em seu site uma
biblioteca digital com vários
títulos sobre os surdos e a
Libras. Confira no site
http://www.ines.gov.br/Paginas/
biblioteca.asp.
56
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
CHARLEY
PROFESSOR
Figura 32: Expressão, forma afirmativa
Fonte: Arquivo dos autores.
VOCÊ APRENDER
Figura 34: Expressões, forma interrogativa
Fonte: Arquivo dos autores.
57
Caderno Didático
PROFESSOR PORTUGUÊS
Figura 37: Frase negativa.
Fonte: Arquivo dos autores.
58
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
VOCÊ CONHECE-NÃO
Figura 38: Frase negativa.
Fonte: Arquivo dos autores.
SUA CASA
Figura 40: Frase exclamativa
Fonte: Arquivo dos autores.
59
Caderno Didático
BONIT@ GRANDE
Figura 41: Frase exclamativa
Fonte: Arquivo dos autores.
Conversando em Libras
Diálogo 2
60
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
Sobrancelhas levantadas e
cabeça para trás. Surpresa
Sobrancelhas levantadas e
boca aberta
61
Caderno Didático
Sobrancelhas franzidas e
boca torta para baixo
Figura 47
Fonte: hendrix.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/videos/apostilas/apostia_libras_basico.pdf
62
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
Figura 48
Fonte: hendrix.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/videos/apostilas/apostia_libras_basico.pdf
Figura 49
Fonte: hendrix.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/videos/apostilas/apostia_libras_basico.pdf
63
Caderno Didático
Pode ser usado também para estes valores (um a nove) o sinal do numeral
DICAS correspondente seguido dos sinais soletrados R-L “real” ou um R trêmulo
(reais).
Acima desses valores, o movimento terá a sua amplitude
Quer aprender a sinalizar aumentada, tornando-se maior e mais acentuado à medida que os valores
alimentos em Libras? Então aumentarem (dezena > centena > milhar > milhão). Verifica-se, ainda,
acesse o site
http://www.youtube.com/watch
conforme Felipe (1997), uma possível gradação na expressão facial.
?v=g0zfPc2fTDI e assista a uma
divertida aula! Bons estudos!
Assista no seu DVD
QUANTO-CUSTA
CARO
BARATO
PASSADO
Figura 50: Movimento de narrativa
Fonte: Arquivo dos autores.
64
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
PRESENTE
Figura 51: Movimento de narrativa
Fonte: Arquivo dos autores.
FUTURO
Figura 52: Movimento de narrativa
Fonte: Arquivo dos autores.
65
Caderno Didático
PARA REFLETIR
Sábado
66
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
MESES DO ANO
ATIVIDADES
4.8.3 Horas
67
Caderno Didático
68
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
1 – QUE-HORAS?
Ÿ AULA COMEÇAR QUE-HORA AQUI?
Ÿ VOCÊ TRABALHO COMEÇAR QUE-HORA?
Ÿ AULA TERMINAR QUE-HORA?
Ÿ VOCÊ ACORADAR QUE-HORA?
Ÿ VOCÊ DORMIR QUE-HORA?
2 – QUANTAS-HORAS?
Ÿ VIAJAR SÃO-PAULO QUANTAS-HORAS?
Ÿ TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS?
Ÿ VOCÊ ESTUDAR LIBRAS QUANTAS-HORAS DIA?
Conversando em Libras
Diálogo 3
A – BO@ NOITE!
B – BO@ NOITE!
A – EU QUERER INSCRIÇÃO CURSO.
B – ESCOLHER JÁ?
A – JÁ, ESCOLHER CURSO LIBRAS.
B – CERTO, EU FAZER INSCRIÇÃO VOCÊ. NOME?
A – M-A-R-I-A C-L-A-R-A
B – IDADE VOCÊ?
A – IDADE? 29
B – ENDEREÇO?
A – RUA MANGUEIRA, NÚMERO 171, BAIRRO SANTA LÚCIA.
69
Caderno Didático
B – NÚMERO TELEFONE?
A – 3212-4137
B – ESCOLARIDADE?
A – 2º GRAU PRONTO.
B – CASADA OU SOLTEIRA?
A – CASADA
B – FILHO TER?
A – TER DOIS
B – IDENTIDADE?
A – MG-12.987.654
B – NOME PAI?
A – JOÃO SILVA.
DICAS B – NOME MÃE?
A – MARIA SOARES.
B – PRONTO, AGORA VOCÊ VIRAR DIREITA LÁ COMEÇAR CURSO
LIBRAS. 01 HORA CURSO.
Visite o site http://editora-arara-
azul.com.br/novoeaa/mapa-do- A – OBRIGAD@.
brasil-em-libras/. Você
B – MÊS DEPOIS VOCÊ PAGAR R$ 50,00.
encontrará um mapa do Brasil
animado, contendo o sinal de
todos os estados e capitais 4.9 VERBOS E ADJETIVOS
brasileiras. Aprenda e divirta-
se!
Na Libras os verbos são flexionados de maneira distinta do
português. Por este motivo, costuma-se pensar que, na Libras, não existe
flexão verbal. Mas ela existe sim, apesar de ser distinta do português.
Observe os verbos abaixo:
70
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
1 - ENSINAR
Figura 58: Verbo e adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
2 - ENSINAR [me]
Figura 59: Verbo e adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
71
Caderno Didático
TRABALHAR ESTUDAR
Figura 62: Verbos de ação e processo
Fonte: Arquivo dos autores.
DICAS
QUERER PROCURAR
Figura 63: Verbos de ação e processo
Fonte: Arquivo dos autores.
Assistia ao vídeo
disponibilizado no youtube
para aprender mais verbos:
http://www.youtube.com/watch
?v=9r4AKZvS1do&feature=rel
ated. Bons estudos!
PRECISAR
Figura 64: Verbos de ação e processo
Fonte: Arquivo dos autores.
72
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
Conversando em Libras
Diálogo 4
A-PROFESSO@ DESCULPAR EU FALTAR AULA.
B-PORQUE VOCÊ FALTAR DE NOV@?
A-AGORA TRABALHO ADMITIR NOV@. SEMPRE CANSAR.
B-VOCÊ QUERER FORMAR? ESTUDAR PRECISAR.
A-VOCÊ CORRET@. VOCÊ AJUDAR (ME)? ENSINAR (ME) EU PASSAR ANO
FORMAR.
B-EU AJUDAR VOCÊ. MAS PRECISAR ESFORÇAR PRECISAR. CASA
AMANHÃ EU PROCURAR LIVRO BO@ EMPRESTAR VOCÊ ESTUDAR,
OK?
A – ÓTIM@. MUITO OBRIGAD@.
2. ALEGRE
Figura 65: Intensidade de adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
1. BRAVO 2. BRAVO
Figura 66: Intensidade de adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
73
Caderno Didático
1. GORDO 2. GORDO
Figura 67: Intensidade de adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
1. MAGRO 2. MAGRO
Figura 68: Intensidade de adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
1. CANSADO 2. CANSADO
Figura 69: Intensidade de adjetivos.
Fonte: Arquivo dos autores.
74
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
4.10 CLASSIFICADORES
75
Caderno Didático
Quadro 4: Classificados
Categoria CM Exemplos de CL:
61 MESA-PLANA
Objeto plano TELHADO-RETO
62
PORTA-ARMÁRIO-RETA
COELHO-PULANDO, SAPO -
Animal pulando 53ª
PULANDO
PEIXE-NADANDO
Animal nadando 63
GOLFINHO-NADANDO
HOMEM-ALTO
Seres ou coisas HOMEM-BAIXINHO
62
altas OBJETO-NO-ALTO
OBJETO-EM-BAIXO
Fonte: quadro adaptado de Supalla (1986)
Descreva a forma e o
paladar do abacaxi.
76
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
Descreva a forma,
o andar e a força do jacaré.
Figura 71: Jacaré
Fonte: www.cecgodoy.pro.br/banco
deimagens/d/571-3/jacare-06-md-
web.jpg Acesso 07/2010
Descreva o olhar de um
homem ciumento e bravo.
77
Caderno Didático
REFERÊNCIAS
78
Língua Brasileira de Sinais - Libras
Unimontes
SUPULLA, P. The classifier system in ASL. In: GRAG, C, (org.). Nouns classes
and categorization. Typological studies in language. Philadelphia. John
Benjamin Publishing Co., 1986.
79
GLOSSÁRIO
81
Caderno Didático
REFERÊNCIAS
CRYSTAL, D. Que é linguística. Tradução de Eduardo Pacheco de Campos.
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2004.
SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2007.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. O tradutor e intérprete de língua
brasileira de sinais e língua portuguesa / Programa Nacional de Apoio à
Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004. 94 p.
82
RESUMO
UNIDADE I
83
Caderno Didático
UNIDADE II
84
Língua Brasileira de Sinais - Libras Unimontes
UNIDADE III
Nesta unidade vimos que:
• a Língua Brasileira de Sinais não é uma linguagem, mas um sistema
linguístico propriamente dito, assim como o português, o francês e o inglês o
são;
• de maneira ampla, entende-se linguagem como toda e qualquer
forma de comunicação, verbal ou não-verbal, humana ou animal, natural
ou artificial. Em uma concepção mais específica, pode-se ainda
compreendê-la como uma faculdade mental própria aos humanos, que
nos possibilita a aquisição e exercício da língua.
• o alfabeto manual pode ser considerado a representação direta
das letras do alfabeto. Dessa forma, apesar de fazer parte da Libras, ele não é
a Libras em si mesmo. Usamos o alfabeto manual em poucas ocasiões;
• os sinais da Libras não são exclusivamente icônicos. Muitos sinais
(talvez a maioria) são arbitrários, ou seja, não mantêm relação de
semelhança com a sua representação imagética.
• via soletração manual, a Libras recebe empréstimos linguísticos do
português. O empréstimo linguístico pode ser considerado a entrada (e
adequação) de palavras de uma língua em outra.
• um sinal pode ser segmentado em unidades menores. O sinal é
composto basicamente por três parâmetros: Configuração de Mão,
Movimento e Locação. Tais parâmetros são distintivos entre si, isto é,
alterando um deles, pode-se alterar o significado do sinal;
• o espaço de sinalização compreende um círculo virtual, à frente
do corpo do sinalizador, da ordem de um metro de diâmetro,
aproximadamente.
UNIDADE IV
85
Caderno Didático
86
REFERÊNCIAS
BÁSICAS
COMPLEMENTARES
87
Caderno Didático
SUPULLA, P. The classifier system in ASL. In: GRAG, C, (org.). Nouns classes
and categorization. Typological studies in language. Philadelphia. John
Benjamin Publishing Co., 1986.
SUPLEMENTARES
88
Língua Brasileira de Sinais - Libras Unimontes
89
Caderno Didático
90
- AA
1) O que foi o congresso de Milão e por que ele pode ser considerado um
retrocesso na educação de surdos?
91
Caderno Didático
6) Qual é a diferença entre linguagem e língua? Por que a Libras pode ser
considerada uma língua?
92
Língua Brasileira de Sinais - Libras Unimontes
93
ANEXO 01
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
94
ANEXO 02
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei no
10.098, de 19 de dezembro de 2000,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no 10.098,
de 19 de dezembro de 2000.
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
CAPÍTULO II
Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de
professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de
instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível
médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados
cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.
§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior
e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
CAPÍTULO III
Art. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no
ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de
licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.
Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.
95
Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais do
ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior, em que Libras e
Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas de instrução, viabilizando a formação bilíngüe.
§ 1o Admite-se como formação mínima de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos
anos iniciais do ensino fundamental, a formação ofertada em nível médio na modalidade normal, que
viabilizar a formação bilíngue, referida no caput.
Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, deve ser realizada por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretarias de
educação.
§ 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada também por organizações da sociedade civil
representativa da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por pelo menos uma das
instituições referidas nos incisos II e III.
Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja docente com título
de pós-graduação ou de graduação em Libras para o ensino dessa disciplina em cursos de educação
superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis:
I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de pós-graduação ou com formação superior
e certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Ministério da Educação;
II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado obtido por
meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da Educação;
III - professor ouvinte bilíngue: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formação superior
e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da
Educação.
§ 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas terão prioridade para ministrar a
disciplina de Libras.
Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 7o, deve avaliar a fluência no uso, o
conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.
§ 1o O exame de proficiência em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo Ministério da Educação
e instituições de educação superior por ele credenciadas para essa finalidade.
§ 3o O exame de proficiência em Libras deve ser realizado por banca examinadora de amplo
conhecimento em Libras, constituída por docentes surdos e linguistas de instituições de educação superior.
Art. 9o A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino médio que oferecem cursos de
formação para o magistério na modalidade normal e as instituições de educação superior que oferecem
cursos de Fonoaudiologia ou de formação de professores devem incluir Libras como disciplina curricular,
nos seguintes prazos e percentuais mínimos:
96
III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; e
Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos
cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se progressivamente para
as demais licenciaturas.
Art. 10. As instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de ensino, pesquisa
e extensão nos cursos de formação de professores para a educação básica, nos cursos de Fonoaudiologia
e nos cursos de Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.
Art. 11. O Ministério da Educação promoverá, a partir da publicação deste Decreto, programas
específicos para a criação de cursos de graduação:
I - para formação de professores surdos e ouvintes, para a educação infantil e anos iniciais do ensino
fundamental, que viabilize a educação bilíngue: Libras - Língua Portuguesa como segunda língua;
Art. 12. As instituições de educação superior, principalmente as que ofertam cursos de Educação
Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de pós-graduação para a formação de professores
para o ensino de Libras e sua interpretação, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas
surdas, deve ser incluído como disciplina curricular nos cursos de formação de professores para a educação
infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nível médio e superior, bem como nos cursos de
licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa.
Parágrafo único. O tema sobre a modalidade escrita da língua portuguesa para surdos deve ser
incluído como conteúdo nos cursos de Fonoaudiologia.
CAPÍTULO IV
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas
acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos
curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação
infantil até à superior.
c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e
97
d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada
pelos alunos surdos;
V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários,
direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;
VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das
provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade linguística manifestada
no aspecto formal da Língua Portuguesa;
Art. 15. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de Libras e o ensino da
modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos, devem ser ministrados
em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental, como:
II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino fundamental, no
ensino médio e na educação superior.
Art. 16. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve ser ofertada aos alunos
surdos ou com deficiência auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da escolarização, por meio de
ações integradas entre as áreas da saúde e da educação, resguardado o direito de opção da família ou do
próprio aluno por essa modalidade.
CAPÍTULO V
Art. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio
de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa.
Art. 18. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutor e
intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições
credenciadas por secretarias de educação.
Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da
sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma
das instituições referidas no inciso III.
98
Art. 19. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja pessoas com a
titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, as instituições
federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais com o seguinte perfil:
I - profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de
proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições de ensino médio e de
educação superior;
II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de
proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino fundamental;
III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais de outros
países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.
Parágrafo único. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,
municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de
assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à
educação.
Art. 20. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério da Educação ou
instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promoverão, anualmente, exame
nacional de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa.
Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensino da
educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e
modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação,
à informação e à educação de alunos surdos.
II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares,
em todas as atividades didático-pedagógicas; e
CAPÍTULO VI
Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a
inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
I - escolas e classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores
bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
II - escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e
ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes
das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, bem como
com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
99
§ 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendimento educacional
especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, com utilização de equipamentos e
tecnologias de informação.
§ 4o O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos não usuários da Libras.
Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos
alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em
outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à
comunicação, à informação e à educação.
§ 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade
linguística do aluno surdo.
Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, preferencialmente os de formação
de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação
como janela com tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e subtitulação por meio do sistema de
legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às pessoas surdas, conforme prevê o
Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.
CAPÍTULO VII
Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS e as
empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, na perspectiva
da inclusão plena das pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as esferas da vida social,
devem garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de ensino da educação básica, a
atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando:
VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para a criança com
perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua Portuguesa;
IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e das
empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, por
profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; e
X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o uso de Libras
e sua tradução e interpretação.
100
§ 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou com deficiência
auditiva não usuários da Libras.
CAPÍTULO VIII
Art. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas
concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indireta devem
garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para
essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação, conforme prevê o Decreto no 5.296, de
2004.
§ 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de servidores,
funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação da Libras.
Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das empresas que
detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os serviços prestados por servidores e
empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa estão sujeitos a padrões de controle de atendimento e a avaliação da satisfação do usuário dos
serviços públicos, sob a coordenação da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 de junho de 2000.
Parágrafo único. Caberá à administração pública no âmbito estadual, municipal e do Distrito Federal
disciplinar, em regulamento próprio, os padrões de controle do atendimento e avaliação da satisfação do
usuário dos serviços públicos, referido no caput.
CAPÍTULO IX
Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus
orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas neste Decreto,
prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e
empregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas competências, definirão os
instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e difusão de Libras e de sua tradução e
interpretação, referidos nos dispositivos deste Decreto.
Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, direta e indireta,
viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações específicas em seus orçamentos anuais e
plurianuais, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores
e empregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
101
ANEXO 3
Abecedário Da Xuxa
Xuxa
A de Amor
B de Baixinho
C de Coração
D de Docinho
E de Escola
F de Feijão
G de Gente
H de Humano
I de Igualdade
J Juventude
L Liberdade
M Molecagem
N Natureza
O Obrigado
P Proteção!
Q de Quero-Quero
R de Riacho
S de Saudade
T de Terra
U de Universo
V de Vitória!
X o que que é?
É Xuxa!
Z é zum zum zum zum zum
Vamos Cantar
Vamos Brincar
Alegria pra valer!
O abecedário da Xuxa
Vamos Aprender!
102
ANEXO 04
103
ANEXO 5
104
105
106
107
108
109
ANEXO 6
Gato
Urso
Pato
Foca
Sapo
Ema
Onça
Lobo
Cabra
Tigre
110
ANEXO 7
é o primeiro nome
é o segundo nome
é o terceiro nome (sem acentos)
111
ANEXO 8
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
112
ANEXO 9
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1o Fica instituído o dia 26 de setembro de cada ano como o Dia Nacional dos Surdos.
113