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Pedogeografia 2º
Pedogeografia 2º
Trabalho da 2ª Tutoria
Componentes líquidos e gasosos do solo
Umidade do Solo………………………………………………………...…………6
Noções Ácidos e bases e pH………………………………………..………………8
Noção de pH………………………………………………………………….…….9
Origem de acidez…………………………………………………………………..10
Tipos de Acidez (Acidez Activa e Potencial)………………….…………………..11
Correcção de acidez do solo ………………………………………………..………….13
Considerações finais ………………………………………………………….…………..15
Referências bibliográficas……………………………………………...…………………16
Introdução
O presente trabalho da cadeira de Pedogeografia tem como tema Componentes líquidos e
gasosos do solo, com objectivo de descrever sobre a umidade do solo, a noção sobre ácido,
base e pH, falar da origem, tipos e correcção da acidez do solo. Tema este, de muita
relevância perante o leitor porque oferece conteúdos variáveis do solo para melhor a sua
conservação. E para a sua realização baseou-se nos métodos de consulta científica de certos
manuais da disciplina de Pedogeografia e a internet, portanto, naquilo que é a sua estrutura,
conte capa, contracapa, folha de feedback, índice, introdução, desenvolvimento, anexo,
considerações finais e referências bibliográficas.
1.1.Umidadedo Solo
Este termo refere-se a toda a quantidade de água nos poros do terreno ou em sua superfície. A
norma teor de umidade do solo depende de fatores como o clima, tipo de terra e plantas.
Além disso, este parâmetro previne o intempere e determina a prontidão do campo para o
processamento agrícola. Tais possibilidades demonstram a importância do teor da umidade
do solo e a mediação. (RAIJ; QUAGGIO, 1997):
Reflete não só o teor de água em uma determinada zona, mas também a saúde do campo. As
raízes das plantas absorvem a água primeiro, de modo que sua condição depende diretamente
de sua quantidade e aeração. Em última análise, o efeito de umidade do solo sobre as plantas
e o rendimento é vital. (RAIJ; QUAGGIO, 1997):
A gama ideal de teor de umidade do solo para as culturas depende das espécies vegetais
específicas, mas a faixa para a maioria das culturas está entre 20% e 60%.
Com base o (RAIJ; QUAGGIO, 1997) Esse parâmetro depende de vários indicadores, como
topografia, vegetação e clima. As principais características do terreno são:
Textura: quanto mais fino for, mais poros e, portanto, melhor retenção de umidade.
Estrutura: estrutura porosa com alto nível de agregação melhora a retenção de água.
Conteúdo de matéria orgânica: Quanto mais matéria orgânica houver, mais
significativa é a capacidade de retenção de água. Então, a matéria orgânica aumenta
umidade do solo.
Densidade: Quanto maior for, menos água penetra dentro.
Temperatura: o teor de umidade é mais alto em temperaturas mais baixas.
Salinidade: quanto maior o teor de sal, menos água as plantas podem absorver, pois o
sal é um absorvente natural.
Profundidade: esse fator afeta a quantidade de água disponível, ou seja, quanto mais
profundo o terreno estiver, mais água e nutrientes as plantas podem obter.
A seguir estão descritos quatro sensores de umidade do solo que são utilizados em sistemas
de irrigação inteligente. (RAIJ; QUAGGIO, 1997):
Eles medem a umidade do solo em quilopascal (kPa), esta é a unidade padrão de pressão e
tensão no Sistema Internacional. Equivale a força de 1 N aplicada sobre uma superfície de 1
m2. A maioria das hortaliças, flores, fruteiras e em várias das culturas anuais, tem se
recomendado a irrigação em tensões de água no solo que variam, tipicamente, de 10 a 50 kPa.
(RAIJ; QUAGGIO, 1997)
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1.2.NoçõesÁcidos e bases e pH
Os ácidos são compostos iónico que quando dissolvidos em água geram um íon positivo de
hidrogénio (H +).
As bases, por outro lado, são compostas iónicas que formam um íon hidróxido de carga
negativa (OH-) em água. Essa definição, criada pelo cientista sueco Svante Arrhenius, é a
mais utilizada para classificar os ácidos e bases, porém, existem outras definições.
A definição dada por Johannes N. Bronsted e Thomas Lowry, conhecida como definição
plutónica, diz que os ácidos são substâncias que doam um próton, enquanto as bases são as
que recebem um próton.
Todos os compostos químicos têm um valor de pH, que pode variar de 0 a 14, onde os
números representam a concentração de íons de hidrogénio em uma solução.
Quanto mais inferior à 7,0 o ácido for, mais forte ele é. Nas bases, quanto mais alto o valor
do pH, mais forte ela será. QUAGGIO, 1986.
Gosto adstringente;
Ao tocar, se sente algo viscoso;
Muitas bases reagem com ácidos e geram sais;
Bases fortes podem reagir violentamente com ácidos;
Bases tornam o papel de tornassol azul;
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Indicadores de ácidos e bases
Isso é possível por causa de suas propriedades físico-químicas, que possuem a capacidade de
mudar de cor de acordo com o pH da substância testada.
O indicador universal é o mais preciso dos indicadores ácido-base, pois ele apresenta
diferentes cores de acordo com cada valor de pH.
Os ácidos são frequentemente utilizados para remover ferrugem de metais, como electrólito
em baterias, para processamento de minerais, para produzir fertilizantes e gasolina e como
aditivos em alimentos e bebidas.
As bases são usadas principalmente na limpeza, como detergentes para lavar louça e sabão
para roupa, limpadores de forno e removedores de manchas. QUAGGIO, 1986.
1.2.1.Noção de pH
Segundo a Teoria da dissociação iónica de Arrhenius, uma substância é considerada ácida se,
em meio aquoso, ela liberar como único cátion o H+ (ou H3O+). Quanto maior a quantidade
desses íons no meio, maior será a acidez da solução. Peter Lauritz Sorensen (1868-1939)
O bioquímico dinamarquês Peter Lauritz Sorensen (1868-1939) propôs o uso de uma escala
logarítmica para trabalhar com as concentrações do íon hidrônio [H3O+(aq)] nas soluções,
que ele chamou de pH. O pH é a sigla usada para potencial (ou potência) hidrogeniônico,
porque se refere à concentração de [H+] (ou de H3O+) em uma solução. Assim, o pH serve
para nos indicar se uma solução é ácida, neutra ou básica.
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A escala de pH varia entre 0 e 14 na temperatura de 25ºC. Se o valor do pH for igual a 7 (pH
da água), o meio da solução (ou do líquido) será neutro. Mas se o pH for menor que 7, será
ácido, e se for maior que 7, básico.
Observe que quanto menor o valor do pH, mais ácida a solução será. Isso acontece porque,
conforme já mencionado, essa escala é logarítmica, o que quer dizer que o pH é definido
como logaritmo negativo da concentração dos íons [H+(aq)] na base 10:
pH = - log [H+]
Isso significa que, por exemplo, se temos duas soluções a 25ºC com volumes iguais, sendo
que a primeira tem pH igual a 4 e a segunda tem pH igual a 3, então a segunda solução possui
10 vezes mais íons H+ que a primeira. Peter Lauritz Sorensen (1868-1939)
1.3.Origem de acidez
Isto porque é nesta faixa que os nutrientes ficam mais disponíveis às plantas, ou seja, na
solução do solo. A acidez do solo tem origem nas rochas que formam o solo, na interação do
solo com o clima – principalmente em áreas onde a pluviosidade é elevada-, na absorção dos
sais alcalinos pelas plantas cultivadas ou na reação de ácida de certos produtos utilizados na
fertilização do solo. A acidez do solo pode ser corrigida com a incorporação no solo de
substâncias alcalinas como conchas moídas, margas e calcário. Malavolta (1980).
As cores das hortênsias são determinadas pela acidez do solo em que são plantadas. É
importante saber que a cal e o mármore atuam também, como indicadores ácidos-base, sendo
que eles auxiliam no reconhecimento do pH de certas substâncias. Malavolta (1980).
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A acidez do solo é muito importante ao se cultivar plantas e vegetais, pois alguns se adaptam
melhor em solos mais ácidos, como a mandioca e a erva-mate; já outras necessitam de um
solo mais básico, como a soja, o algodão e o feijão.
Essa medida do grau de acidez do solo é feita por meio do potencial hidrogeniônico (pH), ou
seja, é a medida do teor de íons H3O+ livres por unidade de volume. Quanto maior esse teor,
mais ácido é considerado o solo.Um pH ácido apresenta valores entre 0 e 6,0; 7 é neutro e de
8 a 14 é básico.Para tornar um solo básico, corrigindo seu pH, para o cultivo de certas
espécies de plantas, usa-se calcário (CaCO3), cujo pH está na faixa de 6,0 a 6,2. Malavolta
(1980).
Um exemplo bem nítido de como isso ocorre é a hortênsia. Essa flor apresenta uma grande
variedade de tamanhos e tipos, sendo que pode se apresentar com cor rosa, lilás, branca, roxa,
vermelha, azul-clara e azul-escuro. A mais comum é a azul.
Porém, um fato bastante interessante é que uma hortênsia azul pode se tornar, com o tempo,
rosa e vice-versa. Isso ocorre em razão do pH do solo. Malavolta (1980).
Em solo ácido a hortênsia produz flores azuis, já em solos básicos, suas flores são cor-de-
rosa.
Essa mudança de cor, dependendo da acidez ou da basicidade, ocorre com várias substâncias
que são chamadas de indicadores ácido-base. Por exemplo, a fenolftaleína é uma solução
alcoólica que atua como indicador ácido-base, pois ela fica incolor na presença de uma
solução ácida e em meio neutro ou em meio levemente básico; já na presença de meio
fortemente básico, ela adquire coloração rosa. Malavolta (1980).
Os solos apresentam diversos componentes que possuem a propriedade de troca iônica. Essa
capacidade de troca de cátions dos solos é contrabalançada, em parte, por cátions trocáveis,
existindo também grupamentos ionogênicos (posições na estrutura sólida que apresentam ou
podem liberar cargas elétricas negativas) ocupados por hidrogênio não dissociado. (RAIJ;
QUAGGIO, 1997): Os tipos de acidez do solo são os seguintes
a) Acidez activa;
b) Acidez potencial (trocável e não trocável).
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Acidez activa (H+ na solução no solo)
A determinação mais comum em amostras de solo é a que estima a atividade do íon H+, o
pH. Determina-se a atividade dos íons H+ em suspensão com água ou solução salina.
Como ela representa íons na fase líquida, a actividade de H+ muito baixa, como por exemplo,
pHCaCℓ2 = 4,0 que corresponderia a uma actividade de íons H+ na fase líquida igual a
0,0001 mol L-1 (QUAGGIO, 1986; RAIJ et al., 2001; MEURER, 2010).
Utilizam indicadores ácido-base na forma de fitas ou soluções que mudam de cor pela
atividade do íon H+ (Tabela 7). São métodos rápidos, apresentando apenas o inconveniente
de ser pouco precisos. QUAGGIO, 1986.
Os íons de Aℓ3+ são chamados de trocáveis, e a acidez por eles gerada é denominada de
acidez trocável (RAIJ et al., 2001).
Os íons H+ estão ligados à fase sólida do solo, através de ligações covalentes, que são bem
mais estáveis do que as ligações electrostáticas. Devido a este fato, a extração dos íons H+ do
complexo coloidal requer uma reação mais enérgica do que a troca iónica.
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Emprega-se a solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0 para extrair os íons H+ e
consequentemente são extraídos também os Aℓ3+. O conjunto destes íons é denominado de
acidez potencial (RIBEIRO; GUIMARÃES; ALVAREZ, 1999).
a) Acidez trocável: refere-se aos íons Aℓ3+ e H+ retidos na superfície dos colóides do
solo. Esta quantidade de H+ trocável é pequena. Como o H+ representa menos de 5%
da acidez trocável, é admitido apenas o Aℓ3+ trocável; a acidez trocável (cmolc dm-3
ou mmolc dm-3). Acidez não trocável: é o íon H+ de ligação covalente associado aos
colóides em carga negativa e aos compostos de alumínio. É a acidez que os solos
apresentam quando em pH menor que 5,5. QUAGGIO, 1986.
Acima de pH 5,5 não existe mais Aℓ3+ trocável. Acidez não trocável (cmolc dm-3 ou mmolc
dm-3) é a quantidade de acidez titulável que ainda permanece no solo, após a remoção da
acidez trocável com uma solução de um sal neutro não-tamponado, como KCℓ 1 mol L-1.
É ela que limita o crescimento das raízes e ocupa espaços nos colóides, possibilitando que os
nutrientes livres na solução do solo sejam lixiviados (GIANELLO; BISSANI; TEDESCO,
1995; TEDESCO et al., 1995; RAIJ et al., 2001).
A correção adequada da acidez do solo é uma das práticas que trás mais benefícios ao
agricultor, sendo uma combinação favorável de vários efeitos, dentre os quais pode-se
destacar os seguintes:
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Em solos ricos em manganês (Mn), reduz as quantidades excessivas deste elemento presentes
na solução do solo;
Muitos materiais podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo. Os principais são:
cal virgem, cal apagada, calcário calcinado, conchas marinhas moídas, cinzas, e calcário
(sendo esse o mais utilizado). Tanto a eficiência como o preço é bastante variado para cada
tipo de corretivo. QUAGGIO, 1986.
Pensando nisso, na terceira temporada do Dicas Mais Soja, o Dr Tales Tiecher, professor e
pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande Do Sul – UFRGS, comentou sobre como
deve ser realizada a correção do solo de maneira correta e eficaz para o produtor rural.
QUAGGIO, 1986.
O pesquisador ressaltou que a maioria dos solos tropicais e subtropicais do nosso país são
ácidos por natureza, dessa forma, o Alumínio trivalente deve ser corrigido de alguma forma.
Para isso, temos o calcário, que ainda é o melhor insumo a ser utilizado no que se refere ao
custo-benefício. O calcário, por sua vez, irá proporcionar o aumento do pH, que acaba
reduzindo a toxidez do alumínio trivalente, aumentando também a disponibilidade de vários
nutrientes (com exceção dos micronutrientes catiônicos), aumentando a soma de bases do
solo, bem como o Cálcio e o Magnésio. QUAGGIO, 1986.
É importante que a dose de calcário a ser aplicada seja definida em uma análise confiável,
não ocorrendo uma sobdosagem, que não vá corrigir o problema de acidez ou então
problemas de superdosagem, onde há o aumento demasiado do pH do solo, prejudicando a
disponibilidade de alguns nutrientes. QUAGGIO, 1986.
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Considerações finais
Com base as diversas visões de certos autores patentes no trabalho relatando sobre os
componentes líquidos e gasosos do solo, concluímos que o umidade do solo refere-se a toda a
quantidade de água nos poros do terreno ou em sua superfície. A norma teor de umidade do
solo depende de fatores como o clima, tipo de terra e plantas.
A umidade do solo reflecte não só o teor de água em uma determinada zona, mas também a
saúde do campo. As raízes das plantas absorvem a água primeiro, de modo que sua condição
depende diretamente de sua quantidade e aeração. Em última análise, o efeito de umidade do
solo sobre as plantas e o rendimento é vital.
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Referências bibliográficas
Peter Lauritz Sorensen (1868-1939), nocao de acidez
(GIANELLO; BISSANI; TEDESCO, 1995; TEDESCO et al., 1995; RAIJ et al., 2001).