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AVALIAÇÃO

DIAGNÓSTICO
Profa. Dra. Tatiana Uchôa Passos
Profa. Me. Germana Elias Reis

DETERMINAÇÃO DE NECESSIDADES NUTRICIONAIS


CÁLCULO DAS NECESSIDADES
NUTRICIONAIS DO PACIENTE
ENFERMO PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA

1 2

ESTIMATIVAS DAS NECESSIDADES


ENERGÉTICAS

 Há várias fórmulas de estimativas das necessidades energéticas

ESTIMATIVA DAS  RDA/FNB

NECESSIDADES DE  DRI – IOM


 FAO/OMS
ENERGIA  Harris Benedict
 Fórmulas de Bolso
 Ireton Jones

9 10

RDA/FNB DRI/IOM

• Desde 1974 (edição mais recente de 1989) • Desde 1997


• Níveis de nutrientes essenciais para suprir as • Podem ser usadas para planejar dietas, definir rotulagem
necessidades de um indivíduo sadio e planejar programas de orientação nutricional.

Não consideram as necessidades aumentadas de Na construção de seus limites foram considerados


nutrientes causadas por doenças os riscos de perdas devido DCNT

(AVESANI C., 2014; MC CLAVE S.A. et al., 2002) (AVESANI C., 2014; MC CLAVE S.A. et al., 2002)

11 12
Estimativa do gasto energético basal
DRI – IOM (2002, 2005)
Estimativa do  ADULTOS (19 anos ou mais)
gasto
energético
basal

DRI – IOM
(2002, 2005)

13 14

Estimativa do gasto energético basal Estimativa do gasto energético basal


DRI – IOM (2002, 2005) DRI – IOM (2002, 2005)
Homens Mulheres

15 16

DRI/IOM

DRI/IOM
• Vale lembrar que essas recomendações foram
estabelecidas para as populações dos Estados Unidos
e do Canadá
Não levam em consideração os
fatores injúria e temperatura
(AVESANI C., 2014; MC CLAVE S.A. et al., 2002)

17 18
FAO/OMS FAO/OMS
Taxa Metabólica Basal (TMB) estimada pelas Equações Propostas pela

Organização Mundial de Saúde (FAO/OMS) (1985)

GET = GEB x NAF

Também não levam em consideração os


fatores injúria e temperatura
(AVESANI C., 2014; MC CLAVE (OMS,
S.A. et 1985)
al., 2002)

19 20

FAO/OMS FAO/OMS

 Segundo gênero,
 Segundo gênero, idade, peso e
idade e peso estatura

21 22

FAO/OMS

Sexo Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo


Masculino 1,40 1,55 1,78 2,10
Feminino 1,40 1,56 1,64 1,82

EXISTE DIFERENÇA ENTRE OS


Nível de
atividade física
Descrição
RESULTADOS DESTAS FÓRMULAS?
Sedentário Sem trabalho
Pouco ativo costureiras, secretárias, estudantes, executivos, etc.
Ativo trabalhos domésticos, jardinagens, motoristas, etc.
Muito ativo agricultores, pedreiros, lixeiros, faxineiras, carteiros

23 24
DÚVIDAS FREQUENTES:

Comparação DRI X FAO


 Como proceder com estas diferenças? Qual fórmula escolher?

Avaliação Nutricional

Bom senso

Coerência

(CUPPARI, 2018)

25 26

CÁLCULO DAS NECESSIDADES


NUTRICIONAIS DO PACIENTE ENFERMO
Responsabilidade

Técnica Ética Financeira Cultural Humana

28 29

GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB) –


HARRIS-BENEDICT

 Homem:
66 + 13.7 Peso (Kg) + 5.0 Estatura (cm) - 6.8 Idade (anos)
GEB GET

 Mulher:
655 + 9.6 Peso (Kg) + 1.8 Estatura (cm) - 4.7 Idade (anos)

30 31
GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB) –
HARRIS-BENEDICT
(SITUAÇÕES ESPECIAIS)

 Idosos:
 Reduzir GEB 10% a cada década a partir de 60 ou 65 anos

 Não há consenso na literatura quanto


a este percentual

 Literatura:
 Alguns começam a redução já a partir
dos 50 anos;
 Alguns citam redução de:
 10% dos 51 aos 70 ou 75 anos
 + 20-25% a partir de 75 anos

32 33

GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB) – GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB) –


HARRIS-BENEDICT CRIANÇAS
(SITUAÇÕES ESPECIAIS)

 Obesos:  Seashore:
 Percentual de adequação de peso/altura > 130%, (não em GEB (kcal/kg/dia) = [55 – {2 x idade (anos)] x 1,2
tratamento de obesidade): ao invés de peso real, utilizar
peso ajustado Multiplicar o valor encontrado pelo peso da criança

Peso ajustado = PI + (PA – PI) x 0,25  Harris Benedict  lactentes e crianças:


GEB (kcal/dia) = 22,1 + 31,1 x Peso + 1,2 x Estatura
 Há autores que indicam que a correção deverá ser feita em
presença de obesidade, sem especificar o percentual de excesso de peso

34 36

GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET)

GET =
GEB x Fator atividade x Fator injúria x Fator Térmico

(CUPPARI, 2014)

37 38
FATOR ESTRESSE
GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) Paciente não complicado 1,0
PARA ADULTOS Jejum leve 0,85 – 1,00
Desnutrição grave 1,5
FATOR ATIVIDADE Neoplasia 1,1 – 1,45
FATOR Pequena cirurgia 1,1 – 1,25 (1,2)
FATOR ATIVIDADE ESTRESSE OU Cirurgia eletiva 1 – 1,1
Respirador 1,05 Média e grande cirurgia 1,3 – 1,75
Acamado 1,2 INJÚRIA PO cirurgia geral 1 – 1,5
Acamado + móvel 1,25 PO cirurgia cardíaca 1,2 – 1,5
Deambulando 1,3 Fratura óssea 1,2 – 1,35
Paciente ambulatorial Calcular fator atividade conforme os Trauma tecido mole 1,14 – 1,37
fatores propostos pela FAO/OMS Politraumatismo 1,3 – 1,55 (reabilitação 1,5)
Fraturas múltiplas 1,2 – 1,35
Poliltrauma + sepse 1,6

39 40

Peritonite 1,05 – 1,25 (1,2 – 1,5)


Infecção grave 1,3 – 1,35
Sepse 1,4 – 1,8
Pancreatite 1,3 – 1,8
IRA 1,3
Insuficiência cardíaca 1,3 – 1,5
FATOR Insuficiência hepática 1,3 – 1,55
FATOR FATOR TÉRMICO (FT)
d. cardiopulmonar + cirurgia 1,3 – 1,55 38º 1,1
ESTRESSE OU Transplante de fígado 1,2 – 1,3 TÉRMICO 39º 1,2
INJÚRIA TMO 1,2 – 1,3 40º 1,3
Queimaduras (índices 41º 1,4
variáveis): 1,0 – 1,5
Até 20% 1,7
30 – 50% 1,8
50 – 70% 2,0
≥ 70%

41 42

(WIDTH; REINHARD, 2011)


(CUPPARI, 2018)

43 44
GET PARA CRIANÇAS FÓRMULAS DE BOLSO
 Método prático, embora não preciso (?):
 Fator atividade: 1,0 – 1,25
Ex.: GET genérico de 30Kcal/Kg de peso
 Fator estresse: FATOR ESTRESSE Ideal enquanto não se tem acesso a informações mais precisas
Respirador 1,2
Respiração espotânea 1,4 (ex.: peso)
Febre/sepse 1,13 a cada grau acima de 37 oC
Trauma 1,1 – 1,4
Crescimento/anabolismo 1,5  Pacientes Desnutridos:  Fórmulas de Adição (Ganho de Peso):
Queimadura:
 40Kcal/Kg : pct D.L. GET + 500 a 1000 Kcal/dia
0 – 20% 1,1 – 1,5
20 – 40% 1,5 – 1,85  45KcalKg : pct D.M. ou D.G.  Ganho de 0.5 a 1Kg/semana.
> 40% 1,85 – 2,0

45 46

FÓRMULAS DE BOLSO IRETON-JONES


Situações Kcal/kg/dia  As equações de Ireton-Jones para estimar o consumo energético são
Perda de peso 20 – 25 particularmente úteis na população obesa e nos pacientes internados em
unidades de tratamento intensivo (UTI) por doenças ou traumatismo .
Manutenção de peso (sem estresse) 25 – 30
Ganho de peso (sem estresse) 30 – 35
Pacientes que respiram espontaneamente: GEE = gasto energético estimado (kcal/dia);
Desnutrição leve 40 I = idade (anos); P = peso corporal real (kg);
• GEE = 629 – 11(I) + 25(P) – 609(O) O = obesidade > 30% acima do PCI, ou IMC > 27
Desnutrição moderada e grave 45 (presente = 1; ausente = 0);
S = sexo (homens = 1; mulheres = 0);
Cirurgia eletiva em geral 32 Pacientes que dependem do respirador: T = traumatismo (presente = 1; ausente = 0);
Q = queimadura (presente = 1; ausente = 0).
Politrauma 40 • GEE = 1784 – 11(I) + 5(P) + 244(S) + 239(T) + 804(Q)

Sepse 25 – 30
(WIDTH; REINHARD, 2011)

47 48

AVALIAÇÃO
PERFIL DO PACIENTE ENFERMO

DIAGNÓSTICO

AMBULATORIAL
DETERMINAÇÃO DE NECESSIDADES NUTRICIONAIS HOSPITALIZADO

PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA

52 53
DIETAS HOSPITALARES DE ROTINA

GERAL Finalidade

Alimentos proibidos (por quê?)


BRANDA
Nº de refeições / Fracionamento
LEMBRE DE COMO
PASTOSA Consistência ESTRUTURAR
SEMILÍQUIDA* Densidade calórica

Limitações hospitalares
UM BOM PLANO ALIMENTAR!
LÍQUIDA COMPLETA
Custo ao paciente (alta hospitalar / “home care”)
LÍQUIDA RESTRITA ...

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COMO DISTRIBUIR AS CALORIAS AO COMO ORGANIZAR


LONGO DO DIA? REFEIÇÕES E SEUS ITENS/INGREDIENTES?

 Número de Refeições (não é padrão)  Exemplo: Desjejum / Preparação / Ingredientes / Quantidade


 Distribuição das Calorias Totais / 24 horas:

Desjejum 20%
Lanche (Colação) 10%
Almoço 30%
Lanche 10%
Jantar 20%
Ceia 10%

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COMO ORGANIZAR
REFEIÇÕES E SEUS ITENS/INGREDIENTES?

 Exemplo: Desjejum / Preparação / Ingredientes / Quantidade


PACIENTE BEM INFORMADO TEM
MENORES CHANCES DE NÃO SEGUIR O
Café com Leite Café Solúvel 2 Col Chá Ch 3g
Leite em Pó Desnatado 2 Col Sopa Ch 20 g PLANEJAMENTO DIETÉTICO
Água 1 Xíc Chá Ch 200 ml
Pão com Queijo Pão de Forma Integral 2 Ft M 50g
Queijo Minas Frescal 1 Ft M 30 g
Fruta Mamão Formosa 1 Ft P 100 g

(PINHEIRO et al., 2008

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ALGO MAIS A NÃO ESQUECER? ALGO MAIS A NÃO ESQUECER?
Hábitos Horário  Presença de todos* os  Cor – contrastantes
Poder
alimentares da disponível p/ grupos alimentares
aquisitivo  Forma – variadas
clientela alvo refeições * salvo em caso de restrições
 Sabor – básicos e evidentes

Não imponha.  Textura – variedade na consistência


Religião
Oriente.  Variedade – evitar repetições de ingredientes
 Alimentação adequada:  Tipos de preparações – variedade
 Harmoniosa, agradável  Temperatura
 As preparações e os tipos de alimentos são importantes.  Viabilidade

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