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Processos emocionais- emoções

Os processos emocionais estão relacionados com o sentir, são estados vividos


pelo individuo, caracterizados pela sua subjetividade. Correspondem às
vivências de prazer e desprazer e à interpretação das relações que temos com
as pessoas, objetos e ideias.

As emoções são respostas a estímulos externos e internos que se traduzem


em reações fisiológicas, comportamentais, cognitivas, afetivas, sentimentais e
em expressões faciais. São reações publicamente observáveis que acontecem
subitamente e cuja duração é limitada. Estas distinguem-se dos sentimentos e
dos afetos.

Os sentimentos são experiências mentais privadas que são mais duradouras e


persistentes do que as emoções. Os afetos são tendências para responder
positiva ou negativamente a situações e pessoas. São capacidades de que
somos dotados e que se exprimem mediante emoções. Assim, e utilizando os
conhecimentos do neurocientista António Damásio, as emoções são
movimentos ou ações do corpo (mais frequentemente no interior do corpo),
“públicas” no sentido em que são visíveis para terceiros a olho nú ou com
instrumentação, já os sentimentos são “privados” do organismo em cujo no
cérebro ocorrem, invisíveis para o público, escondidos de todos menos daquele
que “tem o sentimento”.

Todas as emoções são compostas por três componentes desencadeadas por


um estímulo interno ou externo:

A Componente neurofisiológica, que é a ativação dos sistemas nervoso e


endócrino, ou seja é o modo como o organismo reage e desencadeia emoções
mediante estruturas como a amígdala (pequena estrutura do sistema límbico),
o córtex orbitofrontal (região do córtex pré frontal ligada ao sistema límbico) e o
sistema nervoso simpático.

A Componente cognitiva, que é a interpretação e o significado que atribuímos


aos estímulos sensoriais ou a uma situação.

A componente comportamental, que é a dimensão observável das emoções.


Relativamente ao nível fisiológico, a amígdala é considerada um centro
fundamental do controlo das reações emocionais, ainda que não seja o único.
Processa o significado emocional dos estímulos e gera reações emocionais e
comportamentais imediatas (como as respostas do tipo ataque-ou-fuga, que
nos foram explicadas pela professora quando estudamos o sistema límbico). É
indispensável para o reconhecimento do medo nas expressões faciais de
outros, para o condicionamento em relação a esta emoção básica e para a sua
expressão. A sua importância na aprendizagem do medo e na reatividade
emocional imediata foi destacada pelo neurocientista LeDoux. O córtex
orbitofrontal é particularmente importante no planeamento e na coordenação de
comportamentos destinados a atingir objetivos, está também envolvido no
processamento de estímulos emocionais, em especial os que se relacionam
com as interações sociais.

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As emoções são omnipresentes e têm um papel fundamental nas nossas vidas.


Mesmo que não tenhamos qualquer consciência de que estão em ação, os
processos mentais têm um impacto poderoso no nosso quotidiano, como por
exemplo: alertam-nos para os perigos; captam a atenção dos outros;
contribuem para criar laços entre as pessoas; condicionam escolhas e
decisões; alteram o comportamento dos observadores. Do ponto de vista das
interações que vamos estabelecendo, as emoções cumprem também um
importante papel, na medida em que, por um lado funcionam como uma cola
social que nos liga a algumas pessoas, e por outro lado são também um
excelente “repelente” social que nos afasta de determinadas pessoas.

A recente descoberta da importância científica do estudo dos processos


emocionais, bem como o crescente interesse pelo papel das emoções no
quotidiano deram origem ao conceito de inteligência emocional.

A inteligência emocional é um conceito da Psicologia que descreve a


capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos
outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

Uma das mais importantes perspetivas sobre a inteligência emocional é o


modelo mental proposto pelos psicólogos John D. Mayer e Peter Salovey, que
aborda este conceito como um conjunto de capacidades ou habilidades
mentais. Estes investigadores defendem que a emoção pode facilitar na
resolução de problemas, oferecendo aos recursos cognitivos soluções mais
diversificadas e criativas. Defendem também que a inteligência emocional
remete-nos a um «pensador com um coração«que percebe, compreende e
transforma relações sociais.

O modelo que propuseram na década de 1990 integra quatro habilidades inter-


relacionadas:

 A perceção, valorização e expressão da emoção- que consiste em


identificar emoções em si mesmo e nos outros; expressar emoções com
precisão e discriminar sentimentos;
 A facilitação emocional das atividades cognitivas (uso inteligente das
emoções)- que consiste em dar prioridade ao pensamento baseado em
sentimentos; usar as emoções para facilitar a tomada de decisões e usar
os estados emocionais e a criatividade para facilitar a solução de
problemas;
 A compreensão da informação emocional e aplicação do conhecimento
emocional- que consiste em compreender a relação e transição entre
diferentes emoções; compreender as causas e consequências das
várias emoções e interpretar sentimentos complexos, tais como os
estados mistos e contraditórios;
 A regulação da emoção.«- que consiste em estar disponível para
emoções e sentimentos simultaneamente positivos e negativos;
comprometer-se ou distanciar-se de estados emocionais e dirigir as suas
próprias emoções e as dos outros.

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Webgrafia:

https://prezi.com/glr7pevxu6br/processos-emocionais/

https://prezi.com/asex9xmdp9dc/processos-emocionais/

https://prezi.com/p/ysytohvj28rf/psicologia-emocoes/
https://prezi.com/6notzrmtrpzc/o-papel-dos-processos-emocionais-na-vida-
quotidiana/

https://pt.slideshare.net/LRSR1/os-processos-emocionais-46866019

Manual de Psicologia B, 12 ano

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