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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Programa de Pós-Graduação em Geotecnia

SEMINÁRIO EM GEOTECNIA I

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DE AREIAS CARBONÁTICAS PARA


UTILIZAÇÃO EM PROJETOS DE FUNDAÇÕES DE ESTRUTURAS OFFSHORE
NO LITORAL NORDESTINO.

Discente: Diana Rodrigues de Lima Gonçalves

Orientador: Renato Pinto da Cunha, PhD.

Coorientador: Dr. Alfran Sampaio Moura

Brasília, abril /2021


Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 3

2.1 Comportamento de solos carbonáticos ............................................................................... 3

2.2 Projeto de fundações de estruturas offshore........................................................................ 6

2.3 Parâmetros de projeto ......................................................................................................... 9

2.4 Obtenção de parâmetros .................................................................................................... 11

2.5 Estado da arte .................................................................................................................... 13

3. DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA............................................................................... 14

3.1 Revisão bibliográfica e coleta de amostras ....................................................................... 15

3.2 Ensaios de laboratório: cíclicos e com Bender Elements ................................................. 16

3.3 Ensaios de campo .............................................................................................................. 16

3.4 Análise de resultados ........................................................................................................ 16

4. CRONOGRAMA .............................................................................................................. 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 17


1. INTRODUÇÃO

O investimento em projetos para a instalação de aerogeradores no litoral nordestino é cada vez


mais recorrente devido ao grande potencial da região para produção de energia eólica, que pode
ser convertida em energia elétrica. Observa-se um crescente número de instalações de parques
eólicos, e existe uma forte tendência para avanço de construções de estruturas offshore em
localidades com subsolo de características semelhantes àquelas encontradas em terra.

Em fevereiro do ano corrente, a mídia nacional divulgou uma matéria, destacando que a nova
fronteira dos parques eólicos é no mar, após regulamentação nacional da geração de energia a
partir de estruturas offshore. A Figura 1 apresenta a notícia veiculada virtualmente.

Figura 1 – Notícia sobreo avanço de parques eólicos offshore no Brasil (Ventura, 2022)

Dentro desse contexto, chama-se atenção para a faixa litorânea compreendida entre as cidades
de Fortaleza (CE) e Natal (RN), que está situada sobre a Formação Jandaíra, onde há grande
ocorrência de solos arenosos carbonáticos. Há um campo vasto a ser explorado, no sentido de

1
avaliar os parâmetros estáticos e dinâmicos dos solos carbonáticos, bem como entender seu
comportamento quando utilizados como suporte de fundação para torres eólicas.

Para distintas formações, existem diferenças importantes de propriedades físico-mecânicas


relacionadas à composição químico-mineralógica e variações faciológicas presentes nas
camadas calcárias. Isso implica que resultados de estudos realizados em solos de determinada
formação geológica podem não se aplicar satisfatoriamente para solos oriundos de um processo
de formação que não apresentem as mesmas características.

Diante do exposto, torna-se necessária e urgente a realização estudos mais específicos para
avaliação do comportamento dos subsolos da região supracitada, para fins de otimização na
concepção de projetos de fundações para novas estruturas que deverão ser executados na região.

A concepção de um projeto de fundações para aerogeradores carrega consigo tomadas de


decisão com base em análises de modelos desenvolvidos a partir de uma série de parâmetros
que são estimados e/ou medidos em condições específicas.

Carter et al., (2000) destaca a ocorrência de problemas relacionados à incapacidade de


reconhecer que o comportamento de um solo calcário do solo não é necessariamente o mesmo
que o de um solo não calcário, embora seja de classificação semelhante.

Nesse sentido, são pertinentes estudos relacionados ao comportamento físico-mecânico como


testes de índices físicos (porosidade, absorção e permeabilidade), ensaios de resistência
(desgaste, flexão, compressão, dilatação), com intuito de estabelecer relações entre os
parâmetros físico-mecânicos e a formação/composição do solo.

Rodrigues (2020) destaca que a necessidade de considerar a resposta não linear do solo levou
ao desenvolvimento de métodos de análises de fundações que consideram a não linearidade da
rigidez do material, com grande destaque para as análises sísmicas.

O que se propõe aqui é estudar solos arenosos carbonáticos do litoral nordestino, com
características semelhantes àquelas de solos identificados como potenciais suporte de estruturas
offshore, e ao final apresentar uma avaliação do comportamento desse material em a respeito
da reação desses solos a diferentes estímulos. Este estudo poderá direcionar a escolha dos
parâmetros que melhor se aplicam em condições e locais específicos, de maneira a contribuir
para a concepção de novos projetos de fundações para estruturas offshore na região.

2
2. REVISÃO DE LITERATURA

Os subtópicos seguintes possuem como objetivo discorrer sobre areias carbonáticas e a


utilização dos parâmetros dos solos em projetos de fundação de estruturas offshore, abordando
as principais características já observadas em estudos anteriores, bem como apresentar o estado
da arte referente ao tema.

2.1 Comportamento de solos carbonáticos

Os solos carbonáticos são formados por material geotécnico especial, rico em carbonato de
cálcio ou outros carbonatos insolúveis. As areias carbonáticas são conhecidas como solos
problemáticos. API (2000) destaca que estes solos têm levado a problemas em projetos civis,
especialmente durante a cravação de estacas.

Le Tirant e Nauroy (1994) observaram que nas areias carbonáticas, os grãos individuais são
extremamente angulares e fracos. Essas características associadas à porosidade, tornam esses
solos altamente compressíveis.

Ressalta-se que as propriedades físicas e mecânicas podem ser bastante variáveis de região para
região, mesmo para curtas distâncias. A exemplo disso, Salém et al. (2013) estudaram a
variação de alguns índices físicos obtidos em amostras de areias carbonáticas oriundas de
diferentes localidades. Os resultados estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Índices físicos de algumas areias carbonáticas (Salém et al.,2013)


Densidade Diâmetro Coeficiente Índice de Índice de
Origem da real dos efetivo do de vazios vazios
areia grãos solo uniformidade mínimo máximo
carbonática
Gs D10 (mm) Cu emin emax
Norht Coast 2,79 0,15 2,40 0,75 1,04
Cabo Rojo 2,86 0,20 1,05 1,34 1,71
Playa Santa 2,75 0,16 2,75 0,80 1,22
Dogs Bay 2,75 0,24 2,06 0,98 1,83
Ewa Plains 2,72 0,20 5,05 0,66 1,30

Infelizmente, dados relativos aos índices físicos do solo, como estes apresentados na Tabela 1,
são escassos na literatura, quando se trata dos solos carbonáticos do litoral nordestino brasileiro,
assim como dados relacionados ao comportamento mecânico desse tipo de material. Isso indica
que os estudos da estrutura e do comportamento dos solos carbonáticos ainda estão
concentrados em poucos locais ao redor do globo terrestre.

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As areias carbonáticas brasileiras encontram-se em regiões tropicais e a porosidade
interagregado é um aspecto relevante que deve ser considerado na análise do comportamento
mecânico de solos tropicais. É essencial o conhecimento da macro e micro estrutura das areias
carbornáticas no momento da escolha dos parâmetros que serão utilizados como dados de
entrada para as análises realizadas durante a concepção das fundações assentes nesse tipo de
solo.

O carregamento dinâmico de uma fundação resulta na quebra de partículas dos materiais


granulares constituintes, quando as tensões impostas excedem a resistência de suas partículas.

Donohue et. al (2009) apresentaram resultados de testes triaxiais cíclicos drenados em amostras
soltas e uniformemente graduadas de areia carbonática de Dogs Bay, na Irlanda. O autor
observou que a quebra de partículas é dependente do nível de tensão, da razão de tensão cíclica
e da fluência; e está diretamente relacionada com a deformação volumétrica.

A literatura apresenta outros estudos sobre o efeito da quebra de grãos, como as pesquisas feitas
por Coop et al. (2004), Cheng et al. (2003) e Hardin (1985), dada a importância desse efeito
para comportamento mecânico dos solos granulares.

Nesse contexto, é essencial a compreensão dos fatores que influenciam a deformabilidade do


material no momento da análise do modo de ruptura, uma vez que os modelos constitutivos se
diferem pela definição das superfícies de escoamento e de ruptura do solo, bem como pelos
parâmetros do solo utilizados nas análises. Um exemplo desses fatores é o nível de tensões,
que tem efeito em grande parte dos parâmetros, principalmente quando se aplica a teoria da
elasticidade.

Outro aspecto relevante com respeito às areias calcárias é a suscetibilidade à liquefação. La


Vielle (2008) realizou testes laboratoriais para investigar tal suscetibilidade em areias calcárias
de Playa Santa – Porto Rico, e verificou que tal material foi menos suscetível liquefação do que
areias quartzosas de mesma densidade relativa remoldadas e testadas sob condições
semelhantes. Será esse um comportamento padrão em areias carbonáticas?

Liu et. al (2020) investigaram parâmetros dinâmicos de deformabilidade de uma areia


carbonática do Mar da China Meridional em amplitudes de tensão de cisalhamento pequenas e
moderadas e compararam os resultados com os de areias silicosas. O estudo mostrou que a areia
carbonática tem maior módulo de cisalhamento, maior taxa de amortecimento e degradação
mais rápida da rigidez ao cisalhamento.

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O Quadro 1 apresenta-se uma síntese das pesquisas encontradas na literatura sobre do
comportamento das areias carbonáticas a nível internacional.

Quadro 1 – Pesquisas em solos carbonáticos (Modificado de La Vielle, 2008)

Ensaios
Ano Autor (es) Título Tipo / origem de solo Descobertas significantes
realizados

Strength and
Poulos, H. G.
deformation properties O aumento da tensão confinante reduziu o ângulo de
1982 Uesugi, M. Areia siltosa; areia CID
of Bass Strait atrito e o comportamento dilativo.
Young, G. S
carbonate sands.

The strength and


Ângulos de atrito relativamente altos;
Airey, D. W. stiffness of two
Areia bem graduada; Areia Solos apenas dilatam em baixas tensões confinantes;
Randolph, M. F. calcareous sands CID
média a grossa Proposta de uma relação empírica entre a tensão efetiva
Hyden, A. M. Offshore Platforms in
média e Módulo de Young (rigidez inicial).
Bass Strait

Areia quartszosa (CID) Areia calcária é muito menos rígida que a areia
Areia carbonatada de quartzítica;
Some fundamental moluscos (Irlanda) As areias se contraem quando cisalhadas em pressões
Golightly, C. R. Hyde, CID
properties of carbonate Areia de carbonato de algas confinantes efetivas relativamente baixas;
A. F. L. CIU
sands coralinas (Irlanda) O ângulo de atrito das areias calcárias é maior;
1988 Areia marinha de carbonato Geração precoce significativa excesso de poropressão
silicioso (Índia) positiva em testes não drenados.

Os ângulos de atrito são maiores em solos calcários;


Aumento do atrito mineral com a redução da dilatância
devido ao esmagamento;
Sugere que o índice de vazios e a angularidade das
The mechanical Vários solos calcários partículas é que governam o comportamento e não os
Semple, R. M. properties of carbonate bioclásticos do Estreito de Nenhum minerais carbonáticos, ou seja, se uma areia quartzítica
soils Bass. fosse testada com o mesmo índice de vazios das areias
calcárias o comportamento seria comparável.

Maior ângulo de atrito em solos calcários. Deformações


maiores são necessárias para mobilizar a força de atrito;
The mechanics of CID Alta compressibilidade reduz negativamente as cargas
1990 Coop, M. R. uncemented carbonate Areia calcária de Dogs Bay CIU horizontais afetando o atrito lateral em estacas;
sands CK0U O significado da compressibilidade para a resistência
do solo depende da localização do volume de tensão in
situ em relação à linha de compressão normal

A pressão de confinamento afetou a força cíclica de


Hyodo, M. Cyclic strength and
CIU amostras consolidadas isotropicamente;
Aramaki, N. deformation of
1996 Areia calcária de Dogs Bay CAU A força cíclica da areia carbonatada cresce com o
Itoh, M. crushable carbonate
CU Cíclico aumento da tensão de cisalhamento estático inicial;
Hyde, A. F. L. sand
As areias estudadas exibiram alta rigidez elástica.

Ocorrência de ângulo de atrito bem maior da areia


calcária em várias densidades relativas em comparação
Evaluation of the static com a areia de Monterey;
and cyclic properties of Ewa Plains Calcareous SP, Tensão dobrada para mobilizar o pico de resistência na
Morioka, B. T. CU comp.
1999 calcareous sand in a Oahu, Havaí; areia calcária, devido às tendências contrativas
Nicholson, P. G. CU cíclico
calibration chamber Monterey Sand (Scalped) significativas das areias calcárias;
study Ocorrência de flutuações significativas nos dados de
desvio e alteração de volume, sugerindo almogamento e
rearranjo de partículas.

5
Considerando o foco na teoria do estado crítico,
afirmou que o CS normalmente não é alcançado em
Várias areias referenciadas
Coop, M.R. testes triaxiais porque os testes geralmente são
2003 Carbonate sands (principalmente areia calcária Nenhum
Airey, D.W. encerrados em 20%;
Dogs Bay)
O verdadeiro CSL é de fato reto e não é curvo como
frequentemente se supõe.
Testou dois solos calcários e mostrou que o solo com
Goodwyn (GW) Solo
Monotonic and cyclic partículas de solo mais fracas, também com maior
calcário offshore de grão
Sharma, S. S. behavior of two CIU índice de vazios, teve significativamente mais geração
fino;
Ismail, M. A. calcareous soils of CU cíclico de excesso de poropressão;
Ledge Point (LP) Areia
different origins Deformações maiores são necessárias para atingir o PT
calcária eólica costeira
em areias calcárias.

2006 A areia calcária é mais dúctil (sendo necessárias


Cabo Rojo, fine to medium maiores deformações para atingir o pico de resistência),
Stress strain behavior
calcareous poorly graded Cisalhamento mais fraca (têm uma tensão desviadora menor na
and dynamic properties
Cataño Arango, J. sand; direto ruptura), e mais compressível (maior desenvolvimento
of Cabo Rojo
South Bend, fine to medium Triaxial CU de excesso de poropressão positiva durante o
calcareous sands
silica poorly grades sand cisalhamento), apresentando maior volume de vazios
em relação ao volume de sólidos do que areias típicas.

Estes comportamentos se aplicariam às areias carbonáticas do litoral nordestino? A busca pelo


conhecimento sobre o comportamento estático e dinâmico destes solos no Brasil ainda é tímida.
O desenvolvimento de pesquisas nesse sentido deve andar junto com o avanço dos parques
eólicos offshore, se o objetivo de otimização dos projetos de fundação for um senso comum.

2.2 Projeto de fundações de estruturas offshore

Os carregamentos atuantes na estrutura das turbinas eólicas, desde as hélices até à fundação,
têm comportamento cíclico e alternado. Algumas vezes o fabricante é quem fornece as cargas
para que o projetista desenvolva o projeto de fundações; e outras vezes é o calculista quem
determina as cargas estáticas e dinâmica.

Quanto a projetos de fundação para torres eólicas offshore, Moura (2019) afirma que as estacas
são as soluções mais adotadas, principalmente quando o parque não é em local de águas muito
profundas. Faz-se um destaque para as monoestacas, que são compostas por um tubo cilíndrico
de aço. Segundo o autor, o comprimento de penetração do tubo no solo é calculado a partir das
condições de solicitação da torre e das características do solo.

De maneira geral, os requisitos de projeto de fundações são a segurança (quanto à ruptura do


elemento estrutural e quanto à ruptura do solo de fundação) e a utilização (os recalques
apresentados pelas fundações devem ser compatíveis com os movimentos permitidos pela
estrutura). Isso configura dois tipos de abordagem de análise: estado limite de utilização (ELU)
e estado limite de serviço (ELS). Quando se trata de turbinas eólicas, duas verificações relativas
à análise dinâmica das fundações devem ser adicionadas: a amplitude de oscilação, que não
deve ultrapassar os limites de projeto; e a frequência de oscilação do conjunto máquina-

6
fundação-solo, cujo valor não deve permitir ressonância. A Figura 2 ilustra as etapas básicas
de um projeto geotécnico de fundações profundas para uma torre eólica offshore e a Figura 3
apresenta os esforços atuantes em fundações profundas de turbinas eólicas.

Figura 2 – Etapas básicas de um projeto geotécnico de fundações profundas para turbinas


eólicas offshore

Figura 3 – Esforços nas fundações profundas de turbinas eólicas (Moura, 2019)

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A Norma de Fundações de Máquinas da Petrobras (PETROBRAS, 2011) sugere a utilização de
métodos analíticos para determinação de frequência natural e amplitude de vibração. Naqueles
métodos que se baseiam na teoria do semiespaço elástico, as relações entre a tensão e a
deformação são determinadas diretamente a partir dos parâmetros dinâmicos do solo.

Nas análises dinâmicas, comumente utiliza-se coeficientes do sistema solo e fundação (em
estacas), que são chamados coeficientes de rigidez e de amortecimento, obtidos em tabelas e
ábacos (PETROBRAS, 2011), a partir de parâmetros da estaca e dos parâmetros do solo. Outra
maneira para obtenção desses coeficientes é a partir de ensaios de campo e laboratório.

Vale ressaltar que para cada tipo de deformação, seja horizontal, vertical, rotação (flexão) ou
cruzada (flexão e horizontal), há metodologias específicas para calcular os coeficientes de
rigidez e amortecimento de uma estaca individual. No caso de grupos de estacas, por
simplificação, admite-se que todas as estacas sejam iguais e despreza-se a interação entre elas.

Dentre as diferentes metodologias comumente utilizada na verificação da ressonância, destaca-


se aqui aquela em que se determina as frequências naturais (ωn) desacopladas (sem considerar
o amortecimento) em função da massa do sistema máquina-fundação, dos momentos de massa
do conjunto máquina-fundação e das constantes de rigidez determinadas para o grupo de
estacas, enquanto as frequências amortecidas ωd são calculadas em função da natureza da força
excitante, podendo assumir valor constante ou variável em função da frequência natural.

A N-1848 (PETROBRAS, 2011) estabelece que a frequência operacional deve ser mantida a
uma distância de pelo menos 20% da frequência natural. Já a DIN 4024-1 (DIN, 1988)
estabelece que a frequência natural seja inferior a 0,8 ou maior que 1,25 vezes a frequência de
operação da máquina.

Analiticamente, a amplitude vertical pode ser obtida usando a teoria do espaço semielástico
numa abordagem analítica, em função da amplitude dos seguintes parâmetros: (1) força
excitante segundo o eixo z, (2) constante da mola para modo de vibração vertical, (3) frequência
circular de operação e (4) frequência vertical natural do sistema.

Mendonça (2020) afirma que a modelagem do solo é representada no modelo computacional


por meio de molas independentes e não lineares, conectadas às estacas, que por sua vez são
verificadas quanto à sua resistência lateral e de ponta. A rigidez dessas molas é variável ao
longo da profundidade do solo e são representadas pelas curvas p-y (que representam a
resistência ao deslocamento lateral do solo); curvas t-z (que caracterizam a transferência de
carga entre o fuste e o solo na direção axial da estaca) e pela curva q-z (que caracteriza a

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resistência de ponta da estaca). Segundo a autora, as estacas para fixação de estruturas offshore
são, em sua maioria, perfis tubulares de aço, e seus comportamentos estão associados aos
parâmetros do solo, sendo necessário, portanto, o estudo do comportamento do sistema estaca-
solo para cargas axiais (curvas t-z e q-z) e cargas laterais (curvas p-y).

2.3 Parâmetros de projeto

Normalmente, na concepção de um projeto de fundações, independe do tipo de obra, faz-se uma


investigação geotécnica para identificar e caracterizar o solo, bem como avaliar seu
comportamento mecânico. Esse processo geralmente se inicia com uma análise estática do solo,
a partir de parâmetros de resistência e deformabilidade, para condições de grandes deformações.

Dentre os principais parâmetros estáticos dos solos granulares utilizados em projetos de


fundação, destacam-se:

 Parâmetros relacionados às propriedades físicas: densidade dos grãos, peso específico e


índice de vazios e densidade relativa;
 Parâmetros de resistência: coesão, ângulo de atrito, e dilatância;
 Parâmetros de compressibilidade: índice de compressão e de recompressão, coeficiente
de adensamento, pressão de pré-adensamento e módulo de deformação oedométrica;
 Parâmetros de deformabilidade: módulo de deformação cisalhante, módulo de
elasticidade ou módulo de Young, coeficiente de empuxo no repouso;

Quando se passa para uma análise dinâmica, deve-se fazer um estudo do movimento utilizando
parâmetros compatíveis com o nível de deformações no campo.

Problemas que envolvem vibrações e/ou solicitações dinâmicas geralmente necessitam de uma
análise a nível de pequenas deformações (com módulos de rigidez muito altos) ou deformações
intermediárias.

A Figura 4 apresenta a relação entre a rigidez observada e o nível de deformações cisalhantes


para diferentes situações, enquanto a Figura 5 mostra a escala de amplitudes da deformação
cisalhante de uma série de problemas de engenharia.

9
Figura 4 – Rigidez versus nível de deformação cisalhante para diferentes situações

Figura 5 – Deformação cisalhante em solos para problemas dinâmicos (Barros, 1997)

De acordo com Moura (2019), para as análises dinâmicas é necessário estimar a frequência de
oscilação do sistema fundação-solo e a amplitude desse mesmo movimento. Essas
determinações, em geral, são feitas a partir da obtenção dos parâmetros dinâmicos dos solos,
que são o módulo de deformação cisalhante G e o coeficiente de Poisson ν, sendo uma prática
comum a adoção de valores para este último em função do tipo de solo. Já o módulo de
deformação cisalhante pode ser determinado a partir de gráficos de tensão cisalhante (τ) versus
deformação cisalhante (γ).

Ponte e Moura (2017) observaram que para valores muito baixos de deformação, o módulo
secante, G, torna-se igual ao módulo máximo, Gmax, e à medida que a amplitude de
deformação aumenta, o módulo de deformação diminui.

10
2.4 Obtenção de parâmetros

Os parâmetros do solo podem ser obtidos a partir da realização das diferentes técnicas de
investigação geotécnica, entre elas, ensaios de campo e ensaios de laboratório.

A Figura 6 apresenta um esquema típico de investigação geotécnica para obtenção dos


parâmetros utilizados na concepção de um projeto de fundações profundas. Na referida imagem,
os métodos destacados na cor cinza farão parte da campanha de investigação geotécnica dessa
pesquisa.

Figura 6 – Esquema típico de investigação geotécnica

Em síntese, dentre os métodos de campo empregados para a determinação dos parâmetros


dinâmicos dos solos, estão: “cross-hole”, “down-hole”, “up-hole”, sondagem à percussão,
ensaio de cone e cone sísmico, ensaio pressiométrico, refração sísmica, vibração em regime
estacionário e ensaios dilatométricos. Já em laboratório, utiliza-se ensaio de coluna ressonante,
Bender Elements, ensaio de cisalhamento cíclico, ensaio triaxial cíclico e ensaio torcional
cíclico.

De acordo com Prakash e Puri (1981), devido à elevada dispersão dos dados obtidos de formas
distintas, a escolha dos parâmetros mais apropriados num projeto de fundações com solicitação
dinâmica é uma questão central.

11
Conforme Moura (2019), os ensaios de campo induzem no terreno deformações cisalhantes
cujos módulos podem não ser compatíveis com o nível de deformação do problema dinâmico
em estudo.

Para grandes deformações são utilizados os ensaios de sondagens à percussão (SPT), ensaios
de cone (CPT) e ensaio pressiométrico (PMT). Para pequeníssimas deformações aplica-se os
ensaios sísmicos (crosshole, uphole, downhole e CPT sísmico), e na falta destes, a literatura
apresenta diversas correlações para a estimativa do módulo de cisalhamento. Essas correlações
relacionam o módulo de cisalhamento máximo (Gmax), ou a velocidade de propagação da onda
cisalhante, com o índice de resistência à penetração da sondagem à percussão (SPT).

Lunne et al (1997) fez um levantamento parcial dos principais testes in situ e sua aplicabilidade
percebida para uso em diferentes terrenos condições. Na ocasião, atribuiu-se notas que
representavam avaliações qualitativas dos níveis de confiança avaliados para cada método e a
informação foi sugerida apenas como um guia. O resultado da avaliação de aplicabilidade está
apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 – Aplicabilidade dos métodos in situ para investigação geotécnica (Lunne at al., 1997)

No referido trabalho, os autores destacaram que detalhes do tipo de solo e tipo de equipamento
podem influenciar a aplicabilidade percebida.

O estudo concluiu ainda que a maioria dos principais testes in situ são aplicáveis a solos com
tamanho médio de grão mais fino que o tamanho do cascalho. Apenas um pequeno número de
testes pode ser realizado em condições de solo duro, como cascalho, lavra glacial, rocha mole
e dura. Esses métodos geralmente requerem um pré-furo ou técnicas sísmicas não destrutivas.

12
Considerando a avaliação de Lunne et al., (1997), destaca-se aqui um importante aspecto
metodológico desta pesquisa: todos os métodos de ensaio têm aplicabilidade satisfatória para o
material carbonático a ser estudado, por se tratar de um tipo de areia.

2.5 Estado da arte

No Brasil algumas pesquisas recentes sobre projetos de fundação de turbinas eólicas offshore
foram publicadas, no entanto nenhuma referência foi encontrada sobre as características
estáticas e dinâmicas em solos carbonáticos do litoral nordestino.

Na busca pela literatura existente referente ao tema, a percepção é de que os estudos ainda são
polarizados, ocultados ou inexistentes.

Em termos de projeto de fundações offshore, encontrou-se algumas avaliações para modelos de


diferentes tipos de fundações de torres eólicas, sendo uma das pesquisas realizadas com foco
na interação solo-estrutura e outra relativa a projetos executados no litoral nordestino. No
segundo caso, os parâmetros do solo foram estimados com base em correlações com NSPT e /ou
valores padronizados na literatura, por falta de dados relativos aos solos da região.

Correlações para o módulo de deformação cisalhante e para o amortecimento foram propostas


para solos carbonáticos, entretanto os dados experimentais são relativos a solos de outras
regiões do globo terrestre.

Tais circunstâncias revelam o caráter pioneiro da presente pesquisa, no sentido de apresentar


compor uma base de dados sobre as características das areias carbonáticas do litoral nordestino,
bem como discutir e indicar comportamento de tais solos, de maneira contribuir para a
otimização dos projetos de fundação das futuras estruturas offshore.

O Quadro 2 apresenta uma síntese das referências nacionais encontradas, publicadas


recentemente.

13
Quadro 2 – Pesquisas relativas a projetos de fundações de torres eólicas offshore no Brasil

Autor Título Teor da pesquisa Contribuições


Avaliação do Comportamento de Comprovou a importância da parcela
Estudar a sensibilidade do dano devido à
Nogueira, G. Turbinas Eólicas Offshore Fixas do dinâmica do vento na vida útil da
fadiga
Tipo Monopile estrutura;

Questiona a aplicabilidade do método


das curvas p-y para projetos de
monopiles de turbinas eólicas offshore,
cujo comportamento tende a ser de
Modelo em elementos finitos de Comportamento da fundação de uma
corpo rígido e não de uma fundação
interação solo-estaca para amonopile turbina eólica offshore do tipo monopile
Cabral, F.E.S. flexível.
de uma turbina eólica offshore de 5 sob carregamento horizontal induzido
Em comparação com a API RP 2A, o
mw por vento e ondas.
MEF resulta em deslocamentos
menores da fundação, frequências
naturais maiores e menor dano
acumulado.

A Hipótese de Winkler pode gerar


deslocamentos 20% menores do que a
modelagem considerando a relação
Interação solo-estrutura de um
constitutiva de endurecimento do solo
Interação solo-estrutura de turbinas aerogerador com o meio geotécnico
com rigidez a pequenas deformações;
Dorscheidt, E. eólicas offshore sobre fundação de avaliando diferentes possibilidades de
Indícios de que amortecimento
gravidade relações constitutivas para o solo,
geotécnico representa uma parcela
utilizando o MEF.
pequena no amortecimento total e que
o modelo de Mohr-Coulomb pode
obter deformações superestimadas.

A estrutura pode, do ponto de vista do


ELU, ser otimizada em sua geometria
inicial adotada para efeitos de
economia de material;
Análises estruturais de jaquetas para Destaque da grande relevância no
Análise de Fadiga da Estrutura de avaliação das frequências naturais e projeto é o tipo de solo do local da
Mendonça, E. M. de Suporte de Turbina Eólica Offshore tensões originadas da atuação das instalação, indicando a necessidade da
Fixa do tipo Jaqueta cargas ambientais locais de vento, onda utilização de dados de uma
e corrente. investigação geotécnica detalhada, a
fim de se obter, de maneira mais
precisa, a resistência do solo e o tipo
de fundação ideal para fixação no leito
marinho.
Os modelos propostos para as curvas
rigidez x deformação cisalhante e
amortecimento x deformação
cisalhante de areias carbonáticas,
foram concordantes com valores
Proposta de Correlações para o Contribuir para a previsão do experimentais encontrados na
Barroso, F. O. P. Módulo Cisalhante e de comportamento dinâmico de areias literatura;
Amortecimento de Solos Arenosos carbonáticas. A proposta apresentada mostrou-se
aplicável na obtenção do
módulo de deformação cisalhante
máximo para a previsão do
comportamento das fundações
superficiais de um aerogerador.

3. DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA

A presente pesquisa será realizada nas etapas seguintes:

14
 Revisão bibliográfica;
 Escolha dos locais para sondagens e coleta de amostras;
 Caracterização de solos com base em resultados de ensaios de laboratório;
 Realização de ensaios cíclicos, de laboratório, e ensaios estáticos e sísmicos, no solo em
campo para avaliar o comportamento estático e dinâmico;
 Análise dos resultados e sua aplicação aos métodos avaliação do comportamento
mecânico do solo na concepção de projetos de fundação;
 Apresentação dos resultados (tese).

3.1 Revisão bibliográfica e coleta de amostras

A revisão bibliográfica deverá se estender ao longo da pesquisa, uma vez que o tema está em
ascensão e novas pesquisas poderão ser divulgadas nos próximos meses ou anos. A revisão
inicial permitirá identificar os locais onde há predominância da ocorrência de areias
carbonáticas. Os locais serão escolhidos estrategicamente, e após visitados, serão avaliadas as
condições de acesso para coleta de amostras de maneira a se obter amostras bem
representativas.

De início serão escolhidos 3 locais com subsolos de características geotécnicas de interesse da


pesquisa entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

As amostras deformadas serão destinadas para a realização de ensaio de caracterização e


ensaios de amostras reconstituídas com diferentes índices de vazios (e) e estados de tensões, a
fim de caracterizar os solos coletados e determinar os parâmetros de resistência desses solos (c’
e φ’) em diferentes profundidades e compacidades. Análises químico-mineralógicas também
comporão a investigação.

As amostras indeformadas representativas destinam-se à realização de ensaios de cisalhamento


direto e triaxial, variando apenas o estado de tensões dos CP’s. Os resultados desses ensaios
serão confrontados com os dos ensaios realizados em amostras reconstituídas e submetidas aos
mesmos estados de tensões.

Os ensaios serão realizados no Laboratório de Mecânica dos Solos (LMSP) da Universidade


Federal do Ceará com exceção do teor de carbonato que será realizado no laboratório de
Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Estima-se a coleta de 240 kg de amostras
deformadas de solo e 6 amostras indeformadas para a realização dos ensaios de cisalhamento
direto e de compressão triaxial estático.

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3.2 Ensaios de laboratório: cíclicos e com Bender Elements

Os ensaios cíclicos de laboratório serão realizados também em amostras reconstituídas (com


diferentes índices de vazios, e) e indeformadas, utilizando-se ensaios triaxiais cíclicos e ensaios
triaxiais com Bender Elements, de forma a submeter os CP’s a uma ampla faixa de deformação
cisalhante (γ). Neste contexto serão variados nos ensaios o estado de tensões, o índice de vazios,
grau de cimentação e o teor de finos e de carbonatos.

A realização dos ensaios triaxiais cíclicos, bem como dos triaxiais com Bender Elements
permitirá a obtenção de valores do módulo de deformação cisalhante (G) em diferentes níveis
de deformação, estado de tensão, teor de carbonatos etc. Dessa forma, os valores de G obtidos
serão utilizados em análises numéricas propostas e detalhadas a seguir. Estima-se a realização
de um total de 60 ensaios entre triaxiais cíclicos e com Bender Elements.

3.3 Ensaios de campo

Em campo, nos mesmos locais das coletas de amostras, serão realizados os ensaios
pressiométricos (PMT) e de cone (CPT) com vistas à obtenção de parâmetros dos solos,
estáticos e dinâmicos, que reflitam, de fato, os efeitos complexos provenientes do estado de
tensões e das condições químicas, térmicas e estruturais existentes no local. Estima-se um total
de 30 ensaios de campo utilizando os equipamentos de cone (CPT) e pressiométricos (PMT).

3.4 Análise de resultados

Após a realização dos ensaios, os resultados serão cuidadosamente analisados e será gerado um
relatório de cada área, contendo as características geotécnicas e os parâmetros das areias
carbonáticas estudadas, além de uma análise do comportamento cíclico, com a utilização de
métodos comparativos.

Será avaliada a adequação desses parâmetros aos métodos para cálculo de capacidade de carga
para fundações típicas das estruturas offshore, por meio modelagem numérica e/ou planilha de
cálculos, de maneira a indicar as melhores alternativas para o solo da região.

Vale ressaltar que este trabalho está sendo apoiado pelo projeto de pesquisa intitulado “Estudo
do comportamento geotécnico de solos arenosos carbonáticos da costa brasileira com base em
ensaios de laboratório e de campo”, que é coordenado pelo professor Alfran Sampaio Moura,
da Universidade Federal do Ceará, e que os equipamentos a serem utilizados nos ensaios
especiais e de campo estão em processo de aquisição.

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4. CRONOGRAMA

A Tabela 3 mostra o cronograma de execução da tese, na qual a previsão de execução de cada


etapa está sombreada de cinza e as etapas já executadas e/ou em andamento marcadas com um
“X”.

Tabela 3 – Cronograma de execução da tese.

ETAPA GRUPO DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ANO 2022 ANO 2023 ANO 2024
Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun Jul - Dez
Revisão bibliográfica X
1 Inicial Planejamento de Ensaios X
Escolha dos locais X
2 Coleta Coleta de amostas deformadas e indeformadas
Ensaios de Caracterização
3 laboratório Cisalhamento direto
convencionais Triaxial estático
Sondagens SPT
Ensaios de
4 CPT
campo
PMT
Ensaios Ensaios de refração sísmica
5
sísmicos Ensaios de reflexão sísmica
Ensaios de Ensaios triaxiais cíclicos
6 laboratório Ensaios com Bender Blements
especiais Ensaios de coluna ressonante
Análise dos métodos de cálculo para os
7 Análise
parâmetros encontrados
8 Apresentação Preparação e apresentação da tese

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