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Faculdade de Direito Santo André

FADISA
Bacharelado em Direito.

Daniel Gonçalves Faboci.


Giovanni Costa
Helio Elson de Sousa Junior
Marlon Fernandes

A História do Direito no Brasil.: Do Período Colonial ao Período Atual.

Santo André - SP
2023
Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 O Direito Brasileiro No Período Colonial . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Direito no Brasil Império . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Breve Notícia da Legislação Republicana de Maior Importância, Ad-
vinda Até o Fim do Estado Novo (1945) . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.4 Reforma À Constituição de 1926 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.5 A Constituição de 1934 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.6 A Constituição de 1937 - Estado Novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.7 A Redemocratização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.8 Características Peculiares: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.9 A Nova Redemocratização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.10 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2

1 Introdução

A presente pesquisa possui por seu mote um breve relato da inserção e evolução do
Direito no Brasil, abrangendo seu início ainda quando dos portugueses se encontravam em
um Brasil colonial, o direito no império com a instituição da primeira Constituição brasileira
por Dom Pedro I em 1824, atravessando a influência da Igreja e no século XX diversas
constituições até que em 1988 entraria em vigor a Constituição que vigora até os dias de
hoje.

1.1 O Direito Brasileiro No Período Colonial

O direito brasileiro, não surgiu de forma gradativa e natural como nos povos originá-
rios e em outras civilizações, surgiu de forma impositiva, a fim de centralizar o poder aos
portugueses e seus representantes em solo nacional, criando a base jurídica e cultural para
este período de nossa história.
O Brasil colonial era regido pelas jurisdições e fundamentações teóricas do Direito
português daquele período, mesmo que em essência, pois o “novo mundo” necessitava de
novas aplicações e manutenções dentro da norma jurídica, segundo o autor (NOVO, 2019)
em seu artigo sobre a História do Direito no Brasil Colonial,
O sistema jurídico que vigorou durante todo o período do Brasil-Colônia foi o
mesmo que existia em Portugal, ou seja, as Ordenações Reais, compostas pelas
Ordenações Afonsinas (1446), Ordenações Manuelinas (1521) e, por último, fruto
da união das Ordenações Manuelinas com as leis extravagantes em vigência,
as Ordenações Filipinas, que surgiram como resultado do domínio castelhano.
Ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram
efetivamente em vigor em 1603, no período de governo de Filipe II.

Conforme o mesmo texto citado acima, o Direito Canônico, com a vinda da Inquisi-
ção1 , vigorou e ajudou a consolidar o entendimento de Direito no Brasil Colonial, já que a
Igreja Católica definia a conduta moral e cívica para a sociedade nativa, pois a Inquisição
também tinha como fim converter todos à fé Católica Romana, ainda que por meios que
contrariavam os Direitos naturais.

1.2 Direito no Brasil Império

Com a Proclamação da República, o Brasil se encontra num momento em que


carece de suas próprias leis e normas jurídicas, pois até então, o país não obtinha nenhuma
autonomia ou liberdade política a frente de Portugal (MEZZAROBA; CASTRO, 2017).
Analisando o direito no Brasil Império, vimos que este primeiro período foi carac-
terizado por prover aos cidadãos brasileiros direitos Constitucionais com a “Constituição
1
tribunal eclesiástico instituído pela Igreja católica no começo do século XIII, com o fito de investigar e julgar
sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, acusados de crimes contra a fé católica; Santo Ofício [Os
condenados eram enviados ao Estado, para serem sentenciados.]
3

Política do Império do Brazil”, instituída pelo então Imperador Dom Pedro I em 25 de março
de 1824.
Com esta nova Constituição, o Brasil dava um grande passo para a evolução do
direito em suas terras, já que a mesma trazia consigo mais garantias de direitos e deveres
para o livre cidadão brasileiro. Porém, esta mesma Constituição ficou marcada por não
conceder o poder ao povo, que não participava ativamente das decisões públicas do Estado,
pois a carta magna concedia o poder máximo ao Imperador, por meio do “Poder Moderador”,
que concentrava o poder unicamente nas mãos do monarca.
Ainda assim, neste período uma tensão ainda se instaurava no país, pois os que
tinham ideais iluministas se manifestavam peticionando o fim do regime escravocrata e da
Proclamação da República.
Ainda, existiram campanhas pela libertação dos escravos e em prol da proclama-
ção da República (1870-1889). No Brasil, no entanto, os ideais iluministas não
fizeram parte do cotidiano de todas as pessoas, uma vez que o liberalismo fez
prosperar a elite da época.(MEZZAROBA; CASTRO, 2017, Pág. 84)

Conforme o autor citado, no plano jurídico, havia o projeto de criação de duas escolas
de direito uma em Recife (PE) e outra em São Paulo (SP), o que possibilitou os filhos dos
elitizados, descendentes de donos de terra e até os próprios membros da Elite a darem
início aos seus estudos em tal matéria, conforme a doutrina de (MEZZAROBA; CASTRO,
2017).

1.3 Breve Notícia da Legislação Republicana de Maior Importância, Advinda Até o


Fim do Estado Novo (1945)

No século XX, o Brasil experimentou cinco Constituições (ou seis, se considerar a


Emenda nº1 de 1969, como entendem alguns, como uma Constituição autônoma), junto
com a reforma de 1891, ocorrida em 1926. O primeiro Código Civil brasileiro foi aprovado
em 1916, para entar em vigência a partir de 1º de janeiro de 1917, e outros códigos também
foram editados, como os de processo civil (de 1939 e de 1973), penal (1940), processo
penal (1941), além de outras importantes leis, como, por exempo, a Lei das Contravenções
Penais (1941) e a Consolidação das Leis do Trabalho (1943).
Com efeito, o primeiro Código Civil, que vigorou até 10 de janeiro de 2003, resultou
da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 196, passou por grandes discussoes e lenta elaboração.
Só começou a viger, como se sabe, a partir de 1º de janeiro de 1917, como expresso em
mandamento contido em seu art. 1.806. (MARCOS, 2014, Pág. 194)

1.4 Reforma À Constituição de 1926

Trinta e cinco anos após sua vigência, a Constituição de 1891 sofreu uma reforma
cujo pretensão inicial era de 76 emendas, modificando 38 dos 91 artigos do texto original.
4

Não foi viável essa profunda reforma que, assinala-se, contava com franca simpatia ou,
mais do que isto, com decidido apoio do Poder Executivo (aliás, era avoz corrente que o
projeto fora elaborado no palácio presidencial). Diante da inviabilidade da proposta inicial, o
líder do governo, com o arrimo de 81 assinaturas de deputados, retirou 43 das 76 emendas
originalmente propostas. mesmo com tal providência, a resistência parlamentar foi tão
expressiva que resultou em muito pouco sendo alterado. Isso entretanto, não quer dizer que
nesse muito pouco não estivessem contidas alterações importantes.

1.5 A Constituição de 1934

O século XX praticamente estrou em um campo de batalhas, e nesse ambiente


conflituoso os efeitos foram nada menos que duas guerras mundiais. Na fase entreguerras,
a humanidade conheceu crises de ordem econômica, como o “crack” de 1929; de oredem
política, que acabou por fazer surgir os estados de partido único (como o bolchevista, o
nazista e os fascistas)2 e de ordem cultural.

1.6 A Constituição de 1937 - Estado Novo

A Constituição de 1937 foi a primeira que atendeu interesses de grupos políticos


desejosos de um governo forte que beneficia o povo, que consolida o domínio daqueles que
se punham ao lado de Vargas3 . A principal característica dessa Constituição era a enorme
concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo. Seu coneúdo era fortemente
centralizador, ficando a cargo do presidente da República a nomeação das autoridades
municipais. No Brasil, além de ingredientes próprios, o reflexo da situação internacional
fez-se sentir e atingiu o paroxismo aos 10 de bovembro de 1937, com a impantação do
“Consulado Vargas”, sob a denominação de Estado Novo.

1.7 A Redemocratização

Após a queda de Getúlio Vargas, viu-se necessário a restauração de um estado


democrático de Direito e no ano de 1945, foi eleita uma assembleia Constituinte, instalado
no mês de fevereiro de 1946 e finalizada no mês de Setembro daquele ano, reuniu um
grupo de 37 membros, estes, responsáveis pela elaboração de um projeto de constituição.
2
² Bolcheviques: Eram o grupo majoritário do partido comunista da Rússia. Nazismo: Foi um movimento
político liderado por Adolf Hitleer e que se desenvolveu na Alemanha, em 1920. Fascismo: Foi um regime
político totalitário que surgiu na Itália durante a década de 1920, sua ideologia é autoritária, violenta e
nacionalista.
3
³Getúlio Vargas (1882-1954) foi presidente do Brasil durante 19 anos. Foi o primeiro ditador do país e
mais tarde presidente eleito pelo voto popular. Permanceceu no poder entre os anos de 1930 a 1945 e de
1951 a 1954, ano em que se suicidou.
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1.8 Características Peculiares:

Tomou como matriz a Constituição de 1891, além de anexar os “direitos de primeira


geração que segundo Professor da Universidade de São Paulo (USP) (SILVA, 2005, Pág.
547) os direitos de primeira geração consistem na atuação do indivíduo contra as ingerências
do estado, liberdade pública, também chamada de direitos de defesa que são: a liberdade
de expressão, de imprensa, de religião, de associação, de direito à propriedade, reunião,
devem ser elencados também os direitos à participação política e direito à segurança.
Foram inclusos os direitos de segunda geração”, que positiva leis de proteção ao trabalho e
trabalhador, a ordem econômica, a educação e a família. Pela primeira vez na composição
do legislativo via-se operários, representante de partidos de esquerda e o a bancada do
partido comunista.
Criou-se avanços tributários, os municípios passariam a ficar com os impostos da
indústria e das profissões e com parte do imposto de renda arrecado, além de uma parte
do excedente de arrecadação do estado.
Essa Constituição durou pouco tempo, não chegando a duas décadas e em 1961
em meio a uma crise institucional, o presidente Janio Quadros renunciou ao cargo, gerando
um parlamentarismo, uma manobra para enviar que os sucessores assumissem, porém
através de um plebiscito, restaurou-se o presidencialismo e de (1964-1985) o país foi
governado pelos militares, que através de inúmeros Atos institucionais (AI) regularam a
Imprensa, limitaram direitos e garantias fundamentais, um deles é mais conhecido, o AI-
5, que decretou recesso em todas as casas legislativas do país, cassando mandatos e
decretando estado de sítio, recesso que durou por volta de 10 anos.

1.9 A Nova Redemocratização

Após a Ditadura, foi instaurada uma nova assembleia constituinte, gerando a Consti-
tuição de 1988, que além de restaurar o presidencialismo, a separação dos três poderes
como Executivo, legislativo, Judiciário, harmônicos e independentes entre si, preservou os
direitos de primeira e segunda geração, incluindo no textro os direito de terceira geração,
como explica o professor (SILVA, 2005) são os direitos que uniriam uma gama imensa
de direitos, como o direito a paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao patrimônio
comum. . .

1.10 Conclusão

Através da história apresentada, é razoável se chegar na conclusão de que o direito


não é estático, imutável e infalível, ele está sempre em mudança pois corresponde (ou ao
menos assim deveria) às necessidades e ideais da sociedade em questão, que mesmo
6

se tratanto do mesmo país, acaba mudando com o passar do tempo, afinal, como diria o
grande e influente jurista alemão Friedrich Savigny: “O Direito é um organismo vivo”.
7

Referências

MARCOS, R. História Do Direito Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

MEZZAROBA, O.; CASTRO, M. F. de. História do Direito Constitucional Brasileiro: a


Constituição do Império do Brasil de 1824 e o sistema privado escravocrata. Revista
Brasileira de Direito, Passo Fundo, v. 13, n. 2, p. 99 – 119, Mai-Ago 2017. Disponível em:
https://seer:atitus:edu:br/index:php/revistadedireito/article/view/1894/1212. Acesso em:
13/03/2023.

NOVO, B. N. A história do direito colonial brasileiro. 2019. Artigo Online. Disponível


em: https://jus:com:br/artigos/76523/a-historia-do-direito-colonial-brasileiro. Acesso em:
13/03/2023.

SILVA, V. A. da. A evolução do Direitos fundamentais. Revista Latino-Americana de


Estudos Constitucionais., USP, São Paulo., v. 6, p. 541 – 558, 2005.

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