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Filosofia- Axiologia e Ética

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1. Conceito de Valor
é uma escolha individual, subjetiva e produto da cultura onde o indivíduo está inserido. (?)
o valor é uma qualidade que confere às coisas, aos efeitos ou às pessoas uma estimativa, seja ela
positiva ou negativa.

2. Distinção de juízo de facto e juízo de valor


Juízo de facto: Tentativa de descrever a realidade. Crença que diz como o mundo é ou como acreditamos
que ele seja. Enquanto tal, tem conteúdo proposicional, isto é, valor lógico ou de verdade. É objetivo-
neutro e imparcial.
Juízo de valor: juízo que envolve uma apreciação positiva ou negativa da realidade, por exemplo, sobre o
certo e o errado, sobre o bem e o mal. Se tem ou não valor de verdade e se, tendo-o esse valor de verdade
é subjetivo ou objetivo são problemas filosóficos.

3. Cognitivismo e não cognitivismo


Para as teorias não cognitivistas, os juízos morais não podem ser conhecidos; para as teorias cognitivistas
os juízos morais têm conteúdo proposicional.

4. Subjetivismo moral e suas objeções


Subjetivo: diz-se do que pertence a qualquer sujeito, do que depende das crenças, perspetivas,
sentimentos, interesses ou desejos particulares. Opõe-se, geralmente, a objetivo.
Subjetivismo moral:
 Exprimem preferências
 A verdade depende do sujeito que a avalia
Teses do subjetivismo moral:
 Os juízos morais têm valor de verdade, podem ser conhecidos
 A verdade dos juízos morais é subjetiva, depende do sujeito que avalia (a sua verdade ou falsidade
depende apenas dos estados mentais de quem avalia)
Argumentos contra a objetividade dos juízos morais (surgem a favor do subjetivismo):
 Argumento do desacordo- se há desacordo em questões éticas fundamentais, então não existem
verdades objetivas e universais em ética. Tudo o que há são opiniões diversas. Os juízos morais
são objetivos e quem quer que aprove ou desaprove certo assunto está igualmente correto.
 Argumento da ausência de prova- não existem verdades universais em ética. É impossível provar
que um juízo de valor é verdadeiro. Se houvesse verdades objetivas em ética, seria possível provar
a verdade das opiniões morais.

5. Relativismo moral e suas objeções


É uma forma de subjetivismo e, por conseguinte, de cognitivismo. Os juízos morais são relativos à cultura
em que estamos inseridos e aos seus códigos morais. Todos os juízos morais são relativos. O nosso código
moral é equivalente aos demais. Não existe um código moral que possa ser considerado mais verdadeiro
ou mais justificado que o outro. Não há práticas culturais superiores ou inferiores
Relativismo moral:
 Expressam convenções sociais
 A verdade depende dos códigos morais da comunidade
Teses do relativismo ético/moral:
 Os juízos morais têm valor de verdade, são verdadeiros ou falsos
 A verdade dos juízos morais é relativa, depende dos códigos ou padrões culturais (são relativos aos
diferentes códigos morais inerentes a cada cultura)
Objeções ao relativismo moral:
Se adotarmos o relativismo moral:
 Ficamos impedidos de avaliar criticamente os costumes de outras comunidades;
 Ficamos impedidos de avaliar criticamente os costumes da nossa própria cultura;
 Deixamos de poder falar em progresso civilizacional.
(Site; info)
 Sociedades diferentes têm códigos morais diferentes;
 O código moral de uma sociedade determina o que é correto no seio dessa sociedade, isto é, se o
código moral de uma sociedade afirma que certa ação é correta, então essa ação é correta, pelo
menos nessa sociedade;
 Não há qualquer padrão objetivo que se possa usar para ajuizar um código social como melhor do
que outro;
 O código moral da nossa própria sociedade não tem estatuto especial, é apenas um entre muitos;
 Não há uma “verdade universal” em ética, isto é, não há verdades morais aceites por todos os
povos em todos os tempos;
 É mera arrogância nossa tentar julgar a conduta de outros povos. Deveríamos adotar uma atitude
de tolerância face às práticas de outras culturas.

6. Objetivismo moral e suas objeções


Objetivo: diz-se do que é independente da perceção ou da opinião particular, do que é imparcial ou
neutro. Opõe-se, geralmente, a subjetivo.
Objetivismo moral:
 Descrevem factos morais
 A verdade é independente das convicções das pessoas ou comunidades
Teses do objetivismo moral:
 Os juízos morais têm valor de verdade, são verdadeiros ou falsos
 A verdade dos juízos morais é objetiva, independente dos sujeitos que avaliam

Axiologia: A axiologia é uma disciplina filosófica que se ocupa do estudo dos valores, analisando a sua
natureza e definindo-os através da sua relação com o ser humano.

Valor implica sempre uma relação de um sujeito com um objeto.


Os valores orientam as nossas preferências. O valor que confere sentido à vida, serve para a nossa
orientação pessoal.
Valorar algo é o ato de atribuir um valor ao objeto.
Para valorar algo de forma sentida temos de ter em conta a nossa experiência e as nossas preferências.
Natureza dos juízos morais
Questões:
 O juízos morais têm valor de verdade?
 Se os juízos morais têm valor de verdade, esse valor é subjetivo ou objetivo?
O subjetivismo moral remonta à Grécia antiga e aos sofistas
Os juízos morais são apenas a expressão de estados mentais, de atitudes a favor ou contra um
determinado comportamento, situação ou ser. Têm valor de verdade -podem ser conhecidos-, mas esse
valor de verdade depende dos sentimentos e atitudes de quem avalia.
Homem-> agente valorador:
 Atribui valor
 Formula juízos de valor
Facto- o que existe em si independente de qualquer sujeito
Valoração- o sujeito atribui ao facto constituindo-o como objeto de preferência ou rejeição
Juízo de facto- refere-se ao facto mas não diz como ele é visto pelo sujeito
Juízo de valor- o sujeito expressa o que o facto vale para si
Subjetivismo- Os juízos morais baseiam-se nos sentimentos do Homem (sujeito moral) que podem ser de
desaprovação ou aprovação relativamente a algo. Depende assim das nossas crenças e valores e portanto
nenhuma preferência é objetivamente correta ou incorreta (não é um juízo de facto).
Subjetivismo Objetivismo

Tese Os juízos morais são subjetivos Nem todos os juízos morais são
subjetivos

Argumento Os juízos morais são todos Alguns juízos morais são


subjetivos porque diferentes objetivos porque se apoiam em
pessoas fazem juízos diferentes boas provas.

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