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Faculdade UniBras do norte goiano

Aluna: Raylla Esther Vieira de Souza

4° P. Direito noturno

Professor: Albertino Melo

RESPOSTAS PDF CP ADM PÚBLICA

1) Em uma situação hipotética, a ex-companheira de um servidor da Defensoria


Pública comparece à Instituição para solicitar assistência jurídica diante de um
mandado de citação em ação de reintegração de posse. Para prejudicá-la, o
servidor deixa de encaminhar o documento ao Defensor Público responsável
no prazo devido. Essa conduta caracteriza, em tese, o crime de:

Alternativas

A- concussão.

B- advocacia administrativa.

C- peculato.

D- prevaricação.

E- condescendência criminosa.

Resp: letra D prevaricação, de acordo com o que está disposto no art. Art. 319
do decreto lei 2848/40 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

2) De acordo com o código penal, é CORRETO afirmar que aquele que pratica
a conduta típica de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou
imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria tipifica
o crime de:

A- descaminho.

B- corrupção ativa.

C- desacato.
D- desobediência.

E- tráfico de influência.

Res. Letra A, descaminho. O descaminho corresponde, muitas vezes, ao crime


de sonegação fiscal. Ocorre quando há a entrada ou saída de produtos
permitidos no país sem que os mesmos recolham impostos ou, sejam
submetidos aos trâmites burocráticos necessários nessas operações. Art. 334
Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
consumo de mercadoria. - Pena - reclusão, de um a quatro anos.

1) Assinale a alternativa correta no que concerne aos crimes contra a


Administração.

A - O crime de advocacia administrativa apenas se consuma se o interesse


patrocinado pelo agente for ilegítimo.

B - O crime de corrupção passiva apenas se consuma quando há


solicitação, recebimento ou aceitação de promessa indevida pelo
funcionário.

C - O crime de concussão apenas se consuma quando a vantagem exigida


é efetivamente auferida.

D - O crime de abandono de função apenas se consuma se do fato resultar


prejuízo público.

E - O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de


informações apenas se consuma se houver dano para a Administração ou
para o administrado.

Res. Letra B. Art. 317. CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,


direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem. A consumação se dá quando: - Solicitar: dispensa a obtenção da
vantagem solicitada (crime formal). - Receber: é necessário efetivo
recebimento da vantagem para a consumação (crime material). - Aceitar
promessa: dispensa a obtenção da vantagem prometida (crime formal).

4)Assinale a alternativa que apresenta crime próprio quanto ao sujeito ativo.

A - Inserção de dados falsos em sistema de informações.

B- Fraudes em certames de interesse público.

C- Usurpação de função pública.


D - Corrupção ativa.

E - Subtração ou inutilização de livro ou documento.

Res. Alternativa correta é a letra A. porque apresenta um crime praticado


por funcionário público, logo quanto ao sujeito, é próprio, exigindo uma
qualidade específica, as demais assertivas elencam crimes praticados por
particular contra a administração pública, ou seja, crimes que podem ser
praticados por qualquer pessoa, sendo comum quanto ao sujeito ativo.

5) Lucius, advogado, representando seu cliente Maximus, protocola petição


inicial de ação de despejo em face de Claudius. Ocorre que, em audiência,
após descobrir que Claudius fora seu amigo de infância – fato do qual não
se lembrava quando da propositura da ação – Lucius renuncia regularmente
aos poderes outorgados por Maximus, colhe procuração de Claudius e
começa a defendê-lo na mesma ação. No curso da defesa de Claudius,
Lucius utiliza-se de fatos que lhe foram narrados por Maximus e que não
eram do conhecimento de Claudius, fatos esses que são essenciais para
que a ação seja julgada improcedente.

Nesse caso, é correto afirmar que Lucius praticou:

Alternativas

A - crime de tergiversação.

B - crime de advocacia administrativa.

C - fato atípico à luz do Direito Penal.

D - crime de patrocínio infiel.

E - crime de exercício ilegal da profissão.

Res. Letra A, tergiversação. Porque, de acordo com o CP, Art. 355,


parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador
judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente,
partes contrárias.

6) A ausência de violência na ação daquele que, sem expressa permissão


legal, faz justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora
legítima,

Alternativas

A - torna o fato atípico.


B - é causa de diminuição de pena.

C - torna o fato lícito.

D - torna a ação penal privada.

E - possibilita a aplicação de perdão judicial.

Res. Letra B. De acordo com o CP, art. 345 - Fazer justiça pelas próprias
mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o
permite:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena


correspondente à violência. Parágrafo único - Se não há emprego de
violência, somente se procede mediante queixa.

7) Considere a seguinte hipótese: Arthur foi denunciado por Crime Contra a


Organização do Trabalho, pois tem como meio de vida recrutar
trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território
estrangeiro. Octavio, seu melhor amigo, que é sabedor da ação penal e
proprietário de uma casa de veraneio em outra Comarca, atende, a pedido
de Arthur, e permite que ele utilize a referida casa como moradia provisória
– o que realmente ocorre – com o intuito de evitar que o amigo seja citado
na ação penal.
Em face do exposto, é correto afirmar que

Alternativas

A - Octavio praticou favorecimento pessoal, na modalidade


privilegiada.

B - Octavio praticou favorecimento real e não lhe socorre qualquer causa de


isenção.

C - Octavio praticou favorecimento pessoal, na modalidade qualificada.

D - Octavio praticou favorecimento real, mas não será punido em razão de


causa de isenção de pena, tendo em vista a amizade íntima.

E - Arthur e Octávio praticaram fraude processual.

Res. Letra A. Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública


autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: Pena - detenção, de


quinze dias a três meses, e multa.
8) De acordo com o que determina expressamente o art. 33 do CP, o
condenado por crime contra a Administração Pública

Alternativas

A - terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à


reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito
praticado, com os acréscimos legais.

B - nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com
a Administração Pública perderá o cargo automaticamente quando condenado,
independentemente da pena aplicada.

C - não pode gozar de suspensão condicional da pena, independentemente da


quantidade de pena aplicada.

D - terá decretada por sentença a perda da remuneração e de qualquer direito


à aposentadoria, inclusive sobre valores previamente pagos a título de
contribuição para tal fim.

E - não tem direito à reabilitação.

Res. Letra A. Art. 33 - § 4º O condenado por crime contra a administração


pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à
reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado,
com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763/2003)

9) Leia trecho da seguinte notícia:

“De acordo com os autos, o prefeito, por intermédio do outro réu, exigiu do
sócio administrador de uma transportadora contratada pela Prefeitura o
pagamento de propina, que consistia em percentual do valor pago pelo
Município à empresa. O crime ocorreu sete vezes, na celebração de contratos
e aditamentos, no período de 2014 a 2016.

O juiz Joaquim Augusto Simões Freitas destacou em sua sentença que os réus
já foram condenados, em outra ação penal, por fraudes em procedimentos
licitatórios e dispensas de licitação realizadas à época dos fatos, que
favoreceram a empresa transportadora em questão. Segundo o magistrado, os
crimes nas licitações “são indicativos irrefutáveis do pagamento da vantagem
indevida afirmada pela acusação”, pagamento confirmado pelo próprio sócio da
empresa. O juiz apontou que todos os contratos firmados com a empresa e
seus aditamentos se deram “fora das hipóteses legais” e com “frustração e
fraude do caráter competitivo licitatório”.
“A culpabilidade é dotada de severo destaque, uma vez que o acusado,
Prefeito Municipal de Igarapava/SP ao tempo do crime, detentor, portanto, do
cargo eletivo de maior preponderância na localidade, concorreu para a prática
de crime que lesou tanto os cofres públicos quanto a imagem da Administração
Pública Municipal, violando assim a confiança que lhe fora depositada pela
maioria absoluta dos eleitores do município, considerou Joaquim Augusto
Simões Freitas ao fixar a pena de nove anos e quatro meses de reclusão para
cada um dos sete crimes (...)”.

(Fonte: https://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=62134&pagina=1.
Acesso em: 26 dez. 2021).

Extrai-se da narrativa do julgamento que o agente público foi condenado por


receber vantagem indevida para favorecer determinada empresa, por meio de
contratos irregulares com o Município. Sendo assim, a condenação decorre da
prática do seguinte crime:

Alternativas

A - Prevaricação.

B - Corrupção passiva.

C - Peculato.

D - Concussão.

E - Condescendência criminosa.

Res. Letra B. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

10) 9) Leia trecho da seguinte notícia:

“De acordo com os autos, o prefeito, por intermédio do outro réu, exigiu do
sócio administrador de uma transportadora contratada pela Prefeitura o
pagamento de propina, que consistia em percentual do valor pago pelo
Município à empresa. O crime ocorreu sete vezes, na celebração de contratos
e aditamentos, no período de 2014 a 2016.

O juiz Joaquim Augusto Simões Freitas destacou em sua sentença que os réus
já foram condenados, em outra ação penal, por fraudes em procedimentos
licitatórios e dispensas de licitação realizadas à época dos fatos, que
favoreceram a empresa transportadora em questão. Segundo o magistrado, os
crimes nas licitações “são indicativos irrefutáveis do pagamento da vantagem
indevida afirmada pela acusação”, pagamento confirmado pelo próprio sócio da
empresa. O juiz apontou que todos os contratos firmados com a empresa e
seus aditamentos se deram “fora das hipóteses legais” e com “frustração e
fraude do caráter competitivo licitatório”.

“A culpabilidade é dotada de severo destaque, uma vez que o acusado,


Prefeito Municipal de Igarapava/SP ao tempo do crime, detentor, portanto, do
cargo eletivo de maior preponderância na localidade, concorreu para a prática
de crime que lesou tanto os cofres públicos quanto a imagem da Administração
Pública Municipal, violando assim a confiança que lhe fora depositada pela
maioria absoluta dos eleitores do município, considerou Joaquim Augusto
Simões Freitas ao fixar a pena de nove anos e quatro meses de reclusão para
cada um dos sete crimes (...)”.

(Fonte: https://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=62134&pagina=1.
Acesso em: 26 dez. 2021).

Extrai-se da narrativa do julgamento que o agente público foi condenado por


receber vantagem indevida para favorecer determinada empresa, por meio de
contratos irregulares com o Município. Sendo assim, a condenação decorre da
prática do seguinte crime:

Alternativas

A - Prevaricação.

B - Corrupção passiva.

C - Peculato.

D - Concussão.

E - Condescendência criminosa.

Res. Letra B. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

11) O Código Penal estabelece, em seu art. 320, o delito intitulado


“condescendência criminosa”, configurando crime próprio de funcionário
público. Tal tipificação diz respeito à omissão no exercício do poder

Alternativas

A - normativo.

B - de polícia administrativa.

C - regulamentar.
D - disciplinar.

E - discricionário.

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado


que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência,
não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

12) O crime de corrupção passiva, na modalidade de “solicitar”, é formal, isto é,


sua consumação independe do recebimento efetivo da vantagem indevida,
configurando-se com a simples solicitação.

A - certo

B – errado

Res. Certo. Corrupção Passiva (Art 317,CP) Art. 317. Solicitar ou receber, para
si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de
tal vantagem.

13) O policial penal que se apropria de dois rádios transmissores do


estabelecimento prisional, que estavam em sua posse em razão do cargo,
avaliados juntos em R$ 150,00 reais, responde pelo crime de peculato. Nesse
caso, ainda, é correto afirmar que, segundo entendimento do STJ, é inaplicável
o princípio da insignificância.

Alternativas

A - Certo

B – Errado

Res. Letra A, certo. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,


valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Súmula 599-STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra


a administração pública.
14) Hermes foi denunciado pelo delito de falsidade ideológica eleitoral (Art. 350
do Código Eleitoral), corrupção passiva (Art. 317 do Código Penal) e lavagem
de dinheiro (Art. 1º da Lei nº 9.613/1998), pois, na qualidade de servidor
público, recebeu propina de uma empresa para deixar de atuar na sua
atividade-fim, ocultando, na sequência, esse valor, por meio da simulação de
uma atividade lícita. Tendo se candidatado a cargo eletivo, falseou sua
declaração de bens eleitorais, para manter a ocultação dos valores
indevidamente auferidos. A Justiça Eleitoral absolveu Hermes das imputações,
entendendo que não havia qualquer ilícito eleitoral. Ato seguinte, Hermes foi
denunciado pelo Ministério Público estadual, pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, repetindo o articulado na denúncia oferecida
anteriormente na Justiça Eleitoral.

A nova imputação deve ser:

Alternativas

A - recebida, pois, ao absolver o réu do delito eleitoral, a Justiça Especializada


deixou de ter competência;

B - recebida, pois houve alteração substancial na imputação, com a exclusão


do contexto delitivo-eleitoral;

C - recebida, pois os delitos comuns não são acobertados pela coisa julgada da
Justiça Eleitoral;

D - rejeitada, com base no princípio da vedação à dupla incriminação,


limite derivado da coisa julgada;

E - não recebida, pela ausência de possibilidade jurídica do pedido.

Res. Letra D. ( Informativo 719)

REsp 1.847.488-SP, julgado em 20/04/2021, a Quinta Turma do Superior


Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o ajuizamento de duas ações penais
referentes aos mesmos fatos, uma na Justiça Comum Estadual e outra na
Justiça Eleitoral, viola a garantia contra a dupla incriminação.

15) Marcus Alexandre e João Maurício, pretendem subtrair determinadas


mercadorias da Transportadora Riamol. No decorrer da empreitada criminosa,
Marcus e João, mediante violência física, obtém êxito quanto à subtração das
mercadorias, porém, ao sair do local deparam-se com uma viatura da policia
militar, iniciando-se a perseguição. Após longa perseguição, os agentes
conseguem esquivarse das ações da polícia, e, a fim de tornar seguro o
proveito do crime, abordam Nathan Juarez, dono de uma mercearia naquela
localidade, que até então não conheciam. Marcus e João relatam à Nathan o
crime praticado, solicitando que este guarde aquelas mercadorias até amanhã,
quando, então, as retirariam. Nathan acata a solicitação, tornando seguro o
proveito do crime. No que se refere ao crime praticado por Nathan Juarez,
assinale a alternativa correspondente à correta capitulação.

Alternativas

A - favorecimento pessoal.

B - condescendência criminosa.

C - roubo

D- favorecimento real.

E - receptação.

Res. Letra D. FAVORECIMENTO REAL = OCULTAR COISA.

16) A remoção de vestígios do local de crime antes da liberação pelo perito


responsável é tipificada como

Alternativas

A - fraude processual.

B - falsa perícia.

C - exercício arbitrário das próprias razões.

D - subtração ou inutilização de documento.

E - omissão grave de dado.

Res. Letra A. 158-C do Código de Processo Penal passa a estabelecer que é


proibida a entrada em locais isolados, bem como, a remoção de quaisquer
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável,
sendo tipificada como fraude processual a sua realização.

17) João dá início a loteamento para fins urbanos, sem autorização do órgão
público competente. Tomando conhecimento dos fatos, o órgão do Ministério
Público deve requisitar a instauração de inquérito policial para apuração inicial
de crime contra

Alternativas

A - o patrimônio (fraude).
B - a ordem econômica.

C - as relações de consumo.

D - a Administração pública.

E - o patrimônio (estelionato).

Res. Letra D. Art. 50 da Lei do parcelamento do solo urbano:

Constitui crime contra a Administração Pública.

I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do


solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em
desacordo com as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito
Federal, Estados e Municípios;

18) Quanto ao delito de coação no curso do processo, assinale a afirmativa


correta.

Alternativas

A - Trata-se de crime comum, desprovido de especial fim de agir.

B - Trata-se de crime material, de perigo concreto à adequada prestação de


resolução de conflitos.

C - Para a configuração do crime é necessário que a pessoa intimidada atue no


processo.

D - É irrelevante para a configuração do crime se a ameaça deriva de um


motivo justo.

E - O delito, por ser formal, não admite a forma tentada na sua execução.

Res. Letra D. PREVISÃO: Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o
fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou
qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo
judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral.

19) Quanto ao crime de concussão, a obtenção de lucro fácil

Alternativas

A - permite a majoração da pena-base.

B - funciona como circunstância agravante.


C - serve como causa de aumento de pena.

D - atua como qualificadora.

E - constitui elementar do tipo.

Res. Letra E. A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos


tipos de concussão e corrupção passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo
indevido utilizá-las para aumentar a pena-base alegando que os “motivos do
crime” (circunstância judicial do art. 59 do CP) seriam desfavoráveis.

20) Sem ter acesso direto ao valor em espécie, determinado prefeito desvia
grande soma de recursos público de empresas públicas municipais, utilizando o
valor para custear sua campanha de reeleição.

Considerando que as empresas públicas gozam de autonomia administrativa e


financeira, é correto afirmar que o prefeito

Alternativas

A - praticou corrupção ativa.

B - praticou corrupção passiva.

C - praticou peculato-desvio.

D - praticou apropriação indébita.

E - não praticou crime.

Res. Letra C. SERÁ PECULATO – DESVIO: Se o funcionário dá destinação


diversa à coisa, em beneficio próprio ou de outrem.

RESPOSTAS PDF CP CRIMES SEXUAIS

1) A dignidade sexual é tema que tem sido socialmente debatido com maior
seriedade nas últimas décadas e que merece atenção da sociedade. A
discussão em torno do assunto tem gerado reação legislativa positiva e
atenção dos tribunais. Acerca desse tema, considerando os dispositivos do
Código Penal e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a
opção correta.

Alternativas
A - A importunação sexual, que consiste no ato de constranger alguém à
prática de atos libidinosos, passou a ser um tipo penal diferente do estupro por
força da Lei n.º 13.718/2018.

B - A exploração sexual constitui elemento normativo do crime de casa de


prostituição, não bastando a conduta consistente na manutenção de casa
para fins libidinosos.

C - Para os crimes praticados contra a dignidade sexual, não há previsão de


causa de aumento de pena.

D - Constitui crime de rufianismo a indução à prostituição ou a outra forma de


exploração sexual.

E - O crime de estupro, previsto no artigo 215 do Código Penal, processa-se


mediante representação.

Res. Letra B. STJ. 6ª Turma. REsp 1683375-SP, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 14/08/2018 (Info 631).

2) Configura crime contra a dignidade sexual a conduta de:

Alternativas

A - oferecer, por qualquer meio, inclusive por meio de comunicação de massa,


fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro,
ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo ou de nudez ou pornografia

B - privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere


privado, para a prática de atos libidinosos.

C - ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14


(catorze) anos

D - fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de


nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização
dos participantes

E - induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem

3) Assinale a alternativa correta sobre crimes contra a dignidade sexual.

Alternativas

A - A conduta de manter relação sexual com pessoa desacordada, por ingestão


de álcool, incapaz de oferecer resistência, caracteriza o crime de estupro,
artigo 213, do Código Penal, qualificado pela especial condição de
vulnerabilidade da vítima.

B - O crime de importunação sexual, artigo 215-A, do Código Penal, é de


natureza subsidiária, restando caracterizado somente se o ato libidinoso
praticado não constituir crime mais grave.

C - A prática de conjunção carnal com menor de 14 anos, se consentida, não


caracteriza o crime de estupro de vulnerável, artigo 217-A, do Código Penal, se
comprovado que a vítima já mantinha vida sexual ativa anteriormente.

D - A conduta de registrar ato sexual sem autorização dos participantes, artigo


216-B, do Código Penal, só é punível se houver divulgação a terceiros, por
qualquer meio.

E - A conduta de manter estabelecimento destinado à prática de exploração


sexual, artigo 229, do Código Penal, é atípica, caso não haja participação de
criança e adolescente.

Res. Letra B. 215- A, Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não
constitui crime mais grave.

4) O crime de estupro de vulnerável, conforme o Superior Tribunal de Justiça,

Alternativas

A - impede a responsabilização do agente na qualidade de partícipe.

B - prescinde de contato físico direto do réu com a vítima.

C - não é considerado hediondo diante da legalidade estrita para tal


configuração.

D - pode ser considerado atípico diante de eventual consentimento da vítima.

E - exige a fixação de regime inicial fechado em razão do quantum de pena


previsto.

Res. Letra B(. Juris em teses STJ nº 152 - 4) A contemplação lasciva configura
o ato libidinoso constitutivo dos tipos dos art. 213 e art. 217-A do CP, sendo
irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja contato físico entre
ofensor e vítima.

5) Na hipótese de um agente ter praticado um crime de estupro e um crime de


atentado violento ao pudor, contra a mesma vítima e no mesmo contexto fático,
a partir do advento da Lei nº 12.015/2009, deverá responder por
Alternativas

A - concurso material.

B - concurso formal próprio.

C - concurso formal impróprio.

D - continuidade delitiva.

E - crime único.

Res. Letra E. Lei 12.015/2009 houve continuidade típico normativo entre o


crime de atentado violento ao puder e o crime de estupro. Atualmente, não há
concurso de crimes, mas crime único pela conduta descrita no art. 213 do CP.

6) Em 10/1/2022, Fernando, com 38 anos de idade, adicionou à sua rede social


Caio, com 13 anos de idade, dizendo-lhe ter a mesma faixa etária e
manifestando interesse por jogos eletrônicos. A partir de então, passaram a
manter conversas diárias, que, com a conquista da confiança de Caio,
ganharam conotação pessoal acerca da vida íntima do adolescente, como sua
relação familiar, ambiente escolar e círculo de amizade. Em dado momento,
Fernando pediu a Caio que ligasse a webcam, e assim o menino o fez. Então,
Fernando, também com sua câmera ligada, se despiu e começou a se
masturbar, exibindo-se para Caio, como forma de satisfazer a própria lascívia.
Em seguida, Fernando convidou Caio para ir até sua casa. Contudo, Caio ficou
assustado e contou para os pais, que bloquearam o perfil de Fernando e se
dirigiram à delegacia de polícia, para comunicarem a ocorrência.

Nessa situação hipotética, Fernando praticou

Alternativas

A - conduta atípica penalmente.

B - o crime de estupro de vulnerável, na forma tentada, previsto no art. 217-A


do Código Penal.

C - o crime de corrupção de menores, previsto no art. 218 do Código Penal.

D - o crime de assediar e constranger criança via meio de comunicação, com o


fim de com ela praticar ato libidinoso, previsto no art. 241-D do Estatuto da
Criança e do Adolescente.

E - o crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou


adolescente, previsto no art. 218-A do Código Penal.
Res. Letra E. Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14
(catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato
libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

7) Considerando o entendimento do STJ em relação a crimes sexuais, assinale


a opção correta.

Alternativas

A - A contemplação lasciva configura ato libidinoso constitutivo de


estupro e de estupro de vulnerável, sendo irrelevante, para a consumação
dos delitos, que haja contato físico entre ofensor e vítima.

B - Pelos princípios da adequação social e proporcionalidade, o beijo lascivo


não configura estupro quando a vítima é maior de 14 anos, independentemente
do emprego de força física, cabendo desclassificação para crime menos grave.

C - Pelo princípio da especialidade, é cabível a desclassificação do crime de


estupro de vulnerável para o de importunação sexual, posto que ambos têm
como elemento do tipo penal a violência ou grave ameaça.

D - Pelo princípio da legalidade, não é possível a configuração do crime de


assédio sexual na relação entre professor e aluno bem como entre líder
religioso e fiel, por ser elemento do tipo penal a subordinação laboral.

E - No crime de estupro em que a vulnerabilidade decorre de deficiência


mental, a fundamentação do juiz está vinculada à conclusão da perícia quanto
ao discernimento e à possibilidade de resistência à prática sexual.

Res. Letra A. O STJ (informativo 587), inclusive, aceita a existência do


chamado ESTUPRO VIRTUAL, entendendo que para configurar crime do art.
213 ou 217-A do CP, a mera contemplação da lascívia, sem contato físico, já é
suficiente para ocorrer a consumação do delito, inserindo-se a conduta na
ampla acepção da expressão "ato libidinoso".

8) No dia 20/04/2021, Apolo, de 20 (vinte) anos de idade, com o objetivo de


controlar o comportamento social da sua irmã Artemis, de 9 (nove) anos de
idade completos, aproveitando-se que a vítima estava distraída ouvindo
música, apalpou seus seios, praticando esse único ato.

Considerando o entendimento dos Tribunais Superiores e as disposições


previstas no Código Penal acerca dos crimes contra a dignidade sexual,
analise as afirmativas a seguir.
I. Apolo cometeu o crime disposto no Art. 215-A do Código Penal
(importunação sexual), visto que o ato não foi cometido com violência e não
houve a prática de outros atos.

II. Apolo cometeu o crime disposto no Art. 217-A do Código Penal (estupro de
vulnerável), visto que a presunção de violência é absoluta e deve-se usar o
princípio da especialidade no caso.

III. Em caso de condenação, o Juiz deve aplicar, necessariamente, a causa de


aumento de pena que mais aumenta, não se admitindo a aplicação cumulativa
das majorantes.

Está correto o que se afirma em

Alternativas

A - I, somente.

B - II, somente.

C - I e III, somente.

D - II e III, somente.

Res. Letra B. Em crimes sexuais cometidos contra menores de 14 anos, a


presunção de violência é absoluta, bastando, para a caracterização do crime
de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código Penal, que o
agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso contra a
vítima.

9) Analise a seguinte situação hipotética:

Rebeldino, professor da rede pública de ensino estadual, ao conversar com


uma aluna adolescente em sala de aula sobre suas notas, teria afirmado que
ela precisava de dois pontos para alcançar a média necessária e, nesse
momento, teria se aproximado dela e tocado sua barriga e seus seios.

Em sua defesa, o professor alegou que não foi comprovada a intenção de


constrangimento com fins de obter vantagem ou favorecimento sexual e que a
aluna nem precisava dos pontos para aprovação na matéria.
Em julgamento sobre caso análogo, o Ministro Relator do recurso no Superior
Tribunal de Justiça assinalou que é preciso considerar a relação de
superioridade hierárquica entre professor e aluno, nas hipóteses em que o
docente se vale da sua profissão para obter vantagem ou favorecimento
sexual.

Por conseguinte, a conduta de Rebeldino caracteriza a prática do seguinte


crime:

Alternativas

A - Assédio sexual.

B - Importunação sexual.

C - Sedução.

D - Corrupção de menores.

E - Ato obsceno.

Res. Letra A. O crime de assédio sexual, definido no art. 216-A do CP e


geralmente associado à superioridade hierárquica em relações de emprego,
pode ser caracterizado no caso de constrangimento cometido por professores
contra alunos. Assim entendeu a 6ª turma do STJ

10) O crime de atentado violento ao pudor, a partir da vigência da Lei nº


12.015/2009, deixou de estar descrito no Art. 214 do Código Penal, mas todas
as elementares passaram a integrar o tipo de estupro (Art. 213 do Código
Penal).

A tal fenômeno se dá o nome de:

Alternativas

A - princípio da continuidade normativo-típica;

B - abolitio criminis;

C - extra-atividade;

D - novatio legis in mellius;

E - ultra-atividade.

Res. Letra A. Princípio da continuidade normativo-típica: A referência do crime


deixou de estar num lugar e foi constar em outro.
11)Os agentes A e B praticaram um assalto contra a vítima X, que tinha
dezessete anos de idade na data do fato. Durante o assalto, A aproveitou-se da
situação de coação da vítima X e, contra a vontade desta, com ela praticou
conjunção carnal, enquanto B, sabendo da intenção de A, ficou vigiando o
local, sem, entretanto, assistir ao ato sexual.

Nessa situação hipotética,

Alternativas

A - A praticou roubo circunstanciado e estupro simples, enquanto B só


responderá por roubo circunstanciado.

B - A praticou roubo circunstanciado e estupro qualificado, enquanto B só


responderá por roubo circunstanciado.

C - A e B responderão por roubo circunstanciado e estupro simples.

D - A e B responderão por roubo circunstanciado e estupro qualificado,


mas B responderá apenas como partícipe do crime de estupro.

E - A e B responderão por roubo circunstanciado e estupro qualificado.

Res. Letra D. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter


conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

12) Com o advento da Lei n.º 12.015/2009, o STJ entendeu que “O crime de
estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou prática de ato
libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento
da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente”.

Esse entendimento do STJ

Alternativas

A - Não constitui retroatividade de lei penal mais gravosa (novatio legis in


pejus).
B - Criou conflito aparente de normas, cabendo a aplicação do princípio da
subsidiariedade.

C - Pode retroagir para alcançar fatos ocorridos antes da alteração da Lei n.º
12.015/2009.

D - Extrapolou a mera interpretação legislativa, não podendo ser aplicado a


fatos anteriores à vigência da referida lei.

E - Ampliou o conteúdo da norma penal, com violação do princípio da


legalidade.

Res. Letra A. A orientação da Súmula n. 593/STJ não importa na retroatividade


de lei penal mais gravosa (novatio legis in pejus) e apresenta adequada
interpretação jurisprudencial das modificações introduzidas pela Lei n.
12.015/2009.

A súmula não pode ser considerada novatio legis in pejus, pois tão somente
consolida a orientação que o tribunal vinha adotando a respeito do crime, razão
pela qual deve ser aplicada para todos os fatos ocorridos a partir da entrada
em vigor da Lei 12.015/09.

13) Alex e Bianca são casados há uma década. Há três anos, a irmã de Bianca,
criança com 10 anos de idade, passou a pernoitar na residência do casal,
ocasiões em que Alex aproveitava para praticar atos de natureza sexual contra
a menina. Em uma noite, Bianca descobriu o que estava ocorrendo nas visitas,
mas não tomou atitude para impedir a reiteração das condutas criminosas do
cônjuge. Ao contrário, Bianca continuou permitindo que a irmã dormisse em
sua casa e que o marido se aproveitasse da situação.

Com relação à situação hipotética anterior, assinale a opção correta.

Alternativas

A - Bianca deverá responder pelo delito de estupro de vulnerável por


omissão imprópria.

B - A conduta de Bianca é atípica, visto que não houve prévio ajuste com a
prática criminosa de Alex, tampouco ela assistiu ao ato libidinoso ou o realizou.

C - Alex deverá responder pelo crime de estupro em concurso material com


corrupção de menores.
D - Alex deverá responder por estupro de vulnerável, e Bianca, pelo crime de
mediação para servir a lascívia de outrem.

E - Bianca deverá responder por participação em crime menos grave — no


caso, importunação sexual.

Res. Letra A. Art. 13, § 2º , Del. 2848/40:

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir


para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;

c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do


resultado.

14) Quanto à interpretação conferida ao delito previsto no Art. 218-B, §2º, I, do


Código Penal (“favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração
sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável”), é correto afirmar que:

Alternativas

A - Não basta que o agente, por meio de pagamento, convença a vítima a


praticar com ele conjunção carnal;

B - A exploração sexual é verificada quando a sexualidade da pessoa menor de


14 anos é tratada como mercancia;

C - A configuração do delito em questão não pressupõe a existência de


terceira pessoa;

D - A sexualidade de pessoa ainda em formação como mercancia depende da


ação de terceiro intermediador;

E -Não basta que o agente, por meio de pagamento, convença a vítima a


praticar com ele outro ato libidinoso.

Res. Letra C. O delito previsto no art. 218-B, § 2º, inciso I, do Código Penal, na
situação de exploração sexual, não exige a figura do terceiro intermediador.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.530.637/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em
24/03/2021 (Info 690).

15) Sobre os crimes contra a Dignidade sexual previstos no Código Penal,


responda:

Alternativas

A - O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual se encontra previsto no


Título dos Crimes contra a Dignidade Sexual.

B - A jurisprudência atual dos Tribunais Superiores afasta a tipicidade do delito


de Manutenção de Casa de Prostituição, previsto no artigo 229, em função da
adequação social da conduta.

C -Os crimes contra a Dignidade Sexual se processam, em regra, por ação


penal pública incondicionada, à exceção do crime de estupro, que depende de
representação da vítima.

D - O delito de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A, independe


da ocorrência de lesões na vítima, uma vez que a violência é presumida.

Res. Letra D. Súmula 593 do STJ: o crime de estupro de vulnerável se


configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14
anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato,
sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com
o agente.

16) Sob o argumento da produção de cena de arte para um filme, Circe produz,
dirige e filma, por meio de hand cam, a prática de ato sexual entre Hebe, então
com 13 anos de idade, e Deimos, conhecido ator do ambiente pornográfico,
com mais de 25 anos de carreira.

Sob o aspecto jurídico-penal, é correto afirmar que essa conduta:

Alternativas

A - Não configura ilícito penal;

B - Configura crime de estupro;

C - Configura crime de estupro de vulnerável;

D - Configura crime de estupro em concurso com o Art. 240 da Lei nº


8.069/1990;
E - Configura crime de estupro de vulnerável em concurso com o Art. 240
da Lei nº 8.069/1990.

Res. Letra E. ECA Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica,
envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)
anos, e multa.

17) Ártemis e Deméter se conheceram por meio de aplicativo de encontros


casuais para maiores. Depois de algum tempo, ainda sem se verem
pessoalmente, trocaram voluntariamente fotos em que aparecem nus.
Deméter, então, ameaça expor essas fotos em sites pornográficos, caso
Ártemis não concorde em se exibir para ele através de uma webcam, inserindo
objetos em seu canal retal.

Tal conduta configura o delito de:

Alternativas

A - Estupro;

B - Violação sexual mediante fraude;

C - Importunação sexual;

D - Assédio sexual;

E - Registro não autorizado da intimidade sexual.

Res. Letra A. Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave


ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

18) Sobre as causas de aumento previstas na parte especial do Código Penal,


é correto afirmar que

Alternativas

A - A pena será aumentada até um terço se na associação criminosa houver a


participação de adolescente.

B - A sanção será em dobro se a vítima do crime de estelionato for idosa.


C - No crime de perseguição a pena é aumentada de metade se for cometido
contra pessoa com deficiência.

D - A pena, exceto no caso de difamação, aumenta em um terço se o crime


contra a honra for praticado contra pessoa maior de 60 anos.

E - No crime de importunação sexual a pena é aumentada de metade se o


agente é empregador da vítima.

Res. Letra E. Art. 226. A pena é aumentada:

II - De metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão,


cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou
por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela;

19) Considerando a legislação penal, a jurisprudência dos Tribunais Superiores


e a doutrina acerca dos crimes contra a dignidade sexual, assinale a alternativa
INCORRETA.

Alternativas

A - É possível a responsabilização criminal por estupro de vulnerável (art. 217-


A, CP) daquele que incita terceiro a praticar atos libidinosos, em face de vítima
infante, mediante envio de imagens via aplicativo virtual, a fim de satisfazer a
própria lascívia.

B - Com o advento da Lei nº 12.015/09, que deu novo tratamento aos


denominados "Crimes contra a Dignidade Sexual", caiu por terra a causa de
aumento prevista no art. 9º da Lei nº 8.072/90, devendo ser aplicado ao
condenado por estupro ou atentado violento ao pudor, praticados mediante
violência ou grave ameaça a menor de 14 anos, o preceito secundário do art.
217-A do Código Penal.

C - Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, após as


alterações legislativas introduzidas no Código Penal pela Lei nº 12.015/2009, a
conduta consistente em manter casa para fins libidinosos, por si só, não mais
caracteriza crime de casa de prostituição (art. 229 do Código Penal), sendo
necessário, para a configuração do delito, que haja exploração sexual, assim
entendida a violação à liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia
carnal.

D - A ação penal do crime de violação sexual mediante fraude (art. 215 do


Código Penal) é pública e incondicionada.

E - Para a configuração do crime de importunação sexual (art. 215-A do


Código Penal), o contato físico não é imprescindível, assim como não é
necessário que a conduta seja direcionada especificamente a uma ou
algumas pessoas.

res. Letra E. o contato físico para configuração do crime de importunação


sexual é prescindível (dispensável). A diferença entre ato obsceno (art. 233 do
CP) e o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal é a especificidade da
vítima, ou seja, para que seja configurado o crime de Importunação Sexual a
prática do ato libidinoso deve ser realizada de forma direcionada à pessoa
certa e específica, bem como: “O texto legal exige que o ato seja praticado
contra alguém e não com alguém de modo que o contato físico não é
imprescindível.

20) São considerados hediondos, de acordo com a Lei 8.072/90 e suas


alterações:

Alternativas

A - Homicídio simples (art. 121, caput do Código Penal brasileiro).

B - Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual


de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

C - Furto qualificado com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração


da coisa (art. 155, §4º, I do Código Penal brasileiro).

D - Infanticídio (art. 123 do Código Penal brasileiro).

E - Roubo simples (art. 157, caput do Código Penal brasileiro).

Res. Letra B. Lei 8.072/90

Art. 1 São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no ,


consumados ou tentados:

VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de


criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

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