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ENGENHARIA DE SUPERFÍCIES
Beneficiamento superficial aços com uma fina camada superficial de elevada dureza,
mantendo ao mesmo tempo um núcleo com dureza relativamente baixa.
Superfície alta resistência ao desgaste, alta resistência a esforços de compressão e alta
resistência à fadiga.
Núcleo baixa dureza e boa tenacidade.
Engenharia de superfície tratamentos de superfície (o importante é a superfície!!!).
Ao invés da adequação do material ao uso final, o mais interessante e mais econômico é
adequarmos a superfície ao uso.
Diversos processos distintos propósitos.
Engenharia de superfície, exemplos:
- Endurecimento superficial engrenagem
- Camada resistente ao desgaste revestimento de cromo duro
- Camada resistente à corrosão cladding (reator nuclear)
Endurecimento superficial:
Duas categorias - alteração da composição química da camada superficial
- rápido aquecimento e têmpera
1.1 Cementação
É o mais utilizado. Produção de pistas e roletes de rolamentos, engrenagens, buchas e juntas
homocinéticas.
Método aquecimento da peça envolta em um meio rico em carbono, fazendo com que o
carbono difunda para o interior, aumentando o teor de carbono da camada superficial (falar da teoria
dos vazos comunicantes).
A força motriz para a difusão do carbono é a diferença de potencial químico.
Reação:
3Fe + C Fe3C
Após a difusão têmpera seguida de revenido para a máxima dureza.
Difusão precisa-se de tempo.
Maiores tempos camadas mais uniformes.
Resultado existe um perfil de dureza associado ao perfil de concentração de carbono.
Figura 1 - Gradiente de carbono e perfil de dureza em uma barra de aço SAE 8620 com 25,4 mm de diâmetro,
cementada a gás a 925C.
Falar a respeito da construção de um perfil de microdureza.
Aplicação: Aços com teor de carbono entre 0,1 e 0,25%
T = 900-950oC
Máxima dureza acontece para um teor de carbono de 0,6-0,8% (dizer que o Telmo não se decidiu
ainda!).
Para teores de carbono maiores do que 0,8%, haverá uma queda de dureza devido a formação de
austenita retida (ver Figura 2).
Figura 4 - Profundidade de cementação versus tempo de cementação para quatro temperaturas diferentes.
Quanto maior a temperatura menor o tempo de tratamento.
O aço deve estar no estado austenítico!!!!
Limite inferior austenitização
Limite superior crescimento de grão.
T difusão
T crescimento de grão tenacidade
2. Tempo:
Difusão = f (t)
Profundidade de cementação = k t1/2 tempo profundidade da camada cementada.
Camadas muito profundas antieconômico.
Existe um limite econômico prática espessura de 2,5mm com a cementação a 925 oC por
25h.
Processos de cementação:
1. Cementação em caixa (via sólida)
Mais antigo de mais fácil execução!
O material (fonte de carbono) é sólido a temperatura ambiente. Contudo, as reações de
cementação ocorrem para o material (fonte de carbono) no estado gasoso.
Procedimento: peças são colocadas em uma caixa e envoltas por uma mistura cementante que
pode ser carvão vegetal ou coque e um ativador (carbonato de bário ou carbonato de sódio).
Caixa bem vedada evitar o escapamento de gases.
Reações:
C + O2 CO2 (1)
CO2 + C 2CO (2)
2CO CO2 + C (3) na superfície do aço.
CO2 + C 2CO
Ativador fonte de O2 (o oxigênio da caixa não é suficiente).
BaCO3 BaO + CO2
E então os restos das reações.
2. Cementação gasosa
Fonte de C gases
Co ou CH4 mistura destes dois gases
2CO C + CO2
ou
CH4 C + 2H2
CO + H2 C + H2O
Mistura adequada controla o potencial de carbono!
3. Cementação líquida
Banho de sais fundidos fonte de carbono
Restrições de ordem ambiental
Sais: Cianeto de sódio
Cianeto de potássio
2NaCN Na2CN2 +C
ou
NaCN + CO2 NaCNCO + CO
Tratamentos térmicos:
Após a cementação têmpera máxima dureza
Depende do que se deseja
Exemplo: Depois da cementação é necessário a retífica (usinagem) para dar um acabamento à
peça.
Então cementação resfriamento lento usinagem aquecimento e têmpera
1.2 Nitretação
Também altera a composição química de uma camada superficial do aço.
* Camada nitretada não precisa se temperada formação dos nitretos de elevada dureza que
aumentam a dureza média do material.
Falar do escorregamento dos planos atômicos e sua relação com a dureza (fazer uma figura a rede
cristalina + nitretos). Ressaltar que o mecanismo de endurecimento é diferente da cementação.
Obs.: Não existe o inconveniente de trincas e empenamento devido ao processo de têmpera.
Além disso: baixa temperatura do processo (~500-600oC). A solubilidade do nitrogênio na ferrita
é 0,1%!
Nitretação a princípio, qualquer aço pode ser nitretado. Contudo, aços ligados alcançam
durezas superiores.
Aços não ligados nitreto de ferro (’- Fe4N).
Aços ligados nitretos complexos de elementos de liga maior dureza.
Camada nitretada menor espessura. Raramente > 0,8mm.
Métodos de nitretação:
1. A gás fonte de nitrogênio amônia injetada no forno.
T=510oC
Dissociação da amônia:
2NH3 2N + 3H2
tempo = 12 a 120h
2. Líquida Banho de sais como na cementação
Exemplo cianeto de sódio
2NaCN +O2 2NaCNO
4NaCNO 2NaCN + Na2CO3 + CO + 2N]
T=550-570oC
t=1-4h (não ocorre cementação nesta faixa de temperatura).
3. Plasma Diferença de potencial elétrico acelera os elétrons e íons da mistura gasosa. Ocorre
então choques destes íons com o nitrogênio molecular e formam-se íons N+ N++ que são então
acelerados na direção da peça a ser tratada (cátodo).
2 Endurecimento superficial
Aquecimento rápido acima da temperatura eutetóide e rápido resfriamento. Fina camada
superficial endurecida. Toda a parte austenitizada transforma-se para martensita.
Forma-se apenas uma fina camada endurecida, isto é, aquela que foi austenitizada.
Figura 6 - Sentido das correntes e do campo magnético em uma bobina ( a ) e correntes parasitas induzidas na peça (
b)