Aula 4 - Introdução Ao Concreto Armado

INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO
Prof. MSc. Phablo Veríssimo I. Dias

Centro Universitário Araguaia
1. INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO
1.1 Conceitos gerais
Material estrutural constituído pela associação do concreto simples com uma
Prof. Msc. Phablo Veríssimo I. Dias

armadura passiva (aço), ambos resistindo solidariamente aos esforços a que a peça
estiver submetida.
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❑ As barras de aço são adicionadas:
❑ Devido à baixa resistência à tração do concreto

simples;
❑ Para absorverem os esforços de tração na

estrutura;
❑ Aumentam a capacidade de cargas de peças

comprimidas.

1.2 Propriedades do concreto no estado fresco
❑Constituído por:

❑aglomerante (cimento + água);
❑agregado miúdo;
❑agregado graúdo;
❑aditivos.
❑Cimento + água = pasta;
❑Pasta + agregado miúdo = argamassa;
❑Argamassa + agregado graúdo = concreto.

❑ Consistência:

❑ Mede o grau de fluidez;
❑ Depende do teor de água e do traço do

concreto;
❑ Confere facilidade de moldagem;
❑ Slump-Test;
❑ Adensamento (vibração).

❑ Segregação e Exsudação:

❑ Quando as partículas grossas do concreto
se separam das partículas finas;
❑ Ocorrem por erros no lançamento do

concreto, vibrações excessivas e por
excesso de fluidez;
❑ Podem ocorrer ninhos (ou bicheiras) que o

adensamento não conseguirá eliminar.

❑ Retração Plástica:

❑ Evaporação precoce da água na
superfície dos pavimentos;
❑ Não conservação da umidade necessária

para as reações químicas de hidratação;
❑É evitada mantendo o substrato

umedecido (cura).

1.2 Propriedades do concreto no estado endurecido
❑ Massa Específica:

❑ A NBR 6118 (ABNT, 2014) aplica-se aos concreto com massa específica (rc)
conpreendida entre 2000 kg/m³ 2800 kg/m³;
❑ Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se
adotar:
❑ Concreto Simples: 2400 kg/m³;
❑ Concreto Armado: 2500 kg/m³.

❑ Resistência à compressão: Pode-se definir fck como sendo o valor da resistência que tem
5% de probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de

corpos-de-prova de um determinado lote de concreto.
Nrup
fcj =
A
n
 (f ci − fcm )
2
s2 = i =1
n −1
fck = fcm − 1,645(s )

❑ Resistência característica à compressão (fck): Para tal a NBR 6118 (ABNT, 2014)
define:

Grupo I – Concretos de baixa Grupo II – Concretos de alta
resistência resistência
Classe de Resistência característica à Classe de Resistência característica à

resistência compressão - fck (MPa) resistência compressão - fck (MPa)
C20 20 C55 55
C25 25 C60 60
C30 30 C70 70
C35 35 C80 80
C40 40 C90 90
C45 45
C50 50

❑ Resistência à tração:

❑ fct = resistência à tração direta;
❑ fct,sp = resistência à tração indireta;
❑ fct,f = resistência à tração na flexão;
fct = 0,9fct,sp ou fct = 0,7fct,f
fct,f > fct,sp > fct (Flexão > TCD > Direta)


❑ Na falta de ensaios, pode-se utilizar:
❑ fct,m = 0,3(fck)2/3 (para concretos do Grupo 1);
❑ fct,m = 2,12 ln(1 + 0,11fck) (para concretos do Grupo 2);
fctk,inf = 0,7fct,m fctk,sup = 1,3fct,m
Utilizado nas análises estruturais Utilizado para armaduras

(ELU) mínimas

❑ Módulo de Elasticidade:

fc ❑ Módulo de Elasticidade Tangente Inicial (Eci): Utilizado
para verificações globais, como a verificação de perdas
de protenção em vigas;
❑ Módulo de Elasticidade Secante (Ecs): Utilizado para

verificações do desempenho de serviço de elementos
estruturais, como a verificação de flechas em vigas.

❑ O módulo de elasticidade inicial deve ser obtido segundo método de ensaio estabelecido

na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expressão:
E = 1,2 para basalto e diabásio

Eci = E 5600 fck , para concretos do Grupo 1; E = 1,0 para granito e gnaisse
f
1/3
 E = 0,9 para calcário
( )
Eci = 21,5 103 E  ck + 1,25  , para concretos do Grupo 2.
 10  E = 0,7 para arenito
❑ O módulo de elasticidade secante pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido
na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expressão:
f 
 i = 0,8 + 0,2  ck   1,0
Ecs =  i Eci  10 

❑ Módulo de Elasticidade:


❑ Classes de agressividade
ambiental:


❑ Cobrimentos nominais:

❑ Relação a/c, classe de agressividade e classe de resistência

1.4 Propriedades do aço
❑Material siderúrgico;

❑Tipos: CA-25, CA-50, CA-60;
❑Módulo de elasticidade: 210 GPa.

1.5 Elementos estruturais em Concreto Armado

❑ Elementos Lineares:
item 14.4.1 (ABNT NBR 6118, 2014);
❑ Elementos Superficiais:
item14.4.2 (ABNT NBR 6118, 2014);
❑ Elementos Volumétricos:
Elementos Especiais: item 22 (ABNT NBR6118,2014).


❑Elementos Lineares: São aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo
menos três vezes a maior dimensão da seção transversal. Ex: Vigas e Pilares.

❑Vigas: Recebem cargas oriundas das reações de apoio das lajes e de elementos que estão
diretamente posicionadas sobre elas, como as paredes;
❑Possuem a função principal de transmitir cargas

para os pilares ou para outras vigas;
❑O carregamento pode ser do tipo distribuído por

unidade de comprimento (kN/m; kgf/m; tf/m) ou
pontual (kN, kgf, tf).

❑Tipos de vigas:

(a) Normal (b) Semi-invertida (c) Invertida

❑Tipos de vigas:

❑Tipos de vigas:



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❑Vigas baldrames:

❑Vigas de transição:

❑Vigas alavanca:

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❑Pilares: Recebem as reações das viga
e têm a função princiapal de transmiti-
las à fundação;
❑Também podem receber cargas das

lajes (punção);

x

❑Trabalham predominantemente com cargas de compressão axial;
y
❑Cargas momento (Mz): kN.m; kgf.m; tf.m;
❑Cargas momento (My): kN.m; kgf.m; tf.m;

❑Podem nascer em vigas de transição:

❑ Elementos de contraventamento:

❑Elementos Superficiais: Elementos em que uma dimensão, usualmente chamada de
espessura, é relativamente pequena em face das demais. Ex: lajes, vigas-parede, cascas,

etc.
❑Recebem cargas predominantemente na vertical, tais como: cargas acidentais, paredes,

floreiras, etc.
❑Possuem a função principal de transmitir as

cargas para as vigas;
❑O carregamento é, geralmente, distribuído por

unidade de área (kN/m²; kgf/m²; tf/m²).

❑Lajes sobre vigas:
❑Laje Maciça;

❑Laje Nervurada;
❑Laje Bubbledeck;
❑Laje Treliçada;
❑Laje Volterrana;
❑Laje Alveolar;
❑Laje Steel-Deck.
❑Lajes sobre pilares:

❑Laje Cogumelo (com capitel);
❑Laje Lisa (sem capitel).



❑Lajes Maciças:

❑Vantagens:
- Facilidade de execução;
- Modelos simplificados;
- Passagem de instalações flexibilizada;
❑Desvantagens:
- Projeto arquitetônico limitado;
- Alto consumo de formas;
- Não adequada para grandes vãos.

❑Lajes Nervuradas:

❑São lajes formada por um conjunto de
vigas que se cruzam, solidarizando-se
à mesa. A região das nervuras pode ser
preenchida ou não com material inerte
(tijolos, blocos).

❑Lajes Nervuradas com capitel:

❑Lajes Nervuradas com vigas faixa: ❑Lajes Nervuradas apoiada sobre vigas:

❑Lajes Nervuradas:

❑Vantagens:
- Vence grandes vãos;
- Flexibilidade ao projeto arquitetônico;
- Economia de concreto e aço;
- Simplificação e economia na execução:
- Formas, armação e concretagem;
- Passagem de instalações.
❑Desvantagens:
- Custo das formas nervuradas;
- Baixo desempenho acústico;
- Necessita instalação de forro.

❑Lajes Bubledeck:

❑Lajes Bubledeck:

❑Vantagens:
- Vence grandes vãos;
- formas, armação e concretagem;
- passagem de instalações.
❑Desvantagens:
- Custo das Esferas;
- Ainda Pouco aplicada no Brasil.

❑Lajes Pré-fabricadas usuais:

❑Lajes Treliçadas:

❑É um tipo de laje nervurada unidirecional ou
bidirecional, formada por uma vigota pré-
concretada que serve também como forma para
a laje, juntamente com o bloco de enchimento.




❑Lajes com Vigota de Concreto Armado:


❑Lajes Treliçadas e com Vigotas:

❑Vantagens:
- Não necessita de forma;
- formas, armação e concretagem;
- passagem de instalações (exceto Laje Volterrana);
❑Desvantagens:
- Qualidade na execução da vigota (Laje Volterrana);
- Transporte para pavimentos altos;
- Não adequada para grandes vãos.

❑Lajes Cogumelo: ❑Lajes Lisas:

❑Lajes Protendidas:

❑Cabos de protensão:

❑Laje Nervurada Protendida: ❑Laje Lisa Protendida:

❑Lajes Aveolares:

❑Lajes Steel-Deck:

❑Elementos Volumétricos:

❑A norma não traz o conceito exato de Elementos
Volumétricos, no entanto pode-se definir que
são elementos que apresentam dimensões Sapata Isolada
numericamente iguais;
❑Lx = Ly = Lz;
❑Podem ser classificados como elementos

Especiais – item 22 (ABNT, NBR6118, 2014).

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❑Cimento + água = pasta;

❑Pasta + agregado miúdo = argamassa;

❑Argamassa + agregado graúdo = concreto.

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❑ Depende do teor de água e do traço do

❑ Confere facilidade de moldagem;

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❑ Ocorrem por erros no lançamento do

❑ Podem ocorrer ninhos (ou bicheiras) que o

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❑ Não conservação da umidade necessária

❑É evitada mantendo o substrato

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❑ Concreto Simples: 2400 kg/m³;

❑ Concreto Armado: 2500 kg/m³.

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Classe de Resistência característica à Classe de Resistência característica à

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❑ fct,sp = resistência à tração indireta;

❑ fct,f = resistência à tração na flexão;

fct = 0,9fct,sp ou fct = 0,7fct,f

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❑ fct,m = 0,3(fck)2/3 (para concretos do Grupo 1);

❑ fct,m = 2,12 ln(1 + 0,11fck) (para concretos do Grupo 2);

fctk,inf = 0,7fct,m fctk,sup = 1,3fct,m

Utilizado nas análises estruturais Utilizado para armaduras

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❑ Módulo de Elasticidade Secante (Ecs): Utilizado para

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