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A hiperlordose foram uma das principais alterações posturais encontradas.

A
maioria dos movimentos de quadril são em constante rotação externa e
retroversão pélvica no balé, mesmo assim é menor o índice de retificação
lombar em comparação com a hiperlordose nos artigos encontrados. Podemos
citar a hiperextensão de joelhos, isso se dá como justificativa pela presença,
quase que sempre presente, da frouxidão ligamentar em bailarinos. Importante
aqui mencionar que a ausência de alongamento nos músculos peitorais por
conta das posturas adquiridas em posições do balé em treinos, aumenta a
tendência a cifose, como também a insuficiência da musculatura abdominal
aumenta a tendência a hiperlordose. Em relação as alterações nos pés, nota-
se uma atenção no arco do pé, e pés planos.

Ao eleger exercícios é importante considerar princípios para o treinamento e a


prática segura. Aqui estão alguns deles:

Progressão: O treinamento deve começar com exercícios simples e aumentar


gradualmente em dificuldade e intensidade. Isso permite que o corpo se adapte
ao estresse do exercício e minimize o risco de lesões.

Individualidade: Cada pessoa é única e tem diferentes necessidades e


capacidades físicas. O treinamento deve ser personalizado de acordo com
essas diferenças, levando em consideração idade, histórico médico, lesões
anteriores e outros fatores.

Especificidade: O treinamento deve ser específico para o esporte ou atividade


em que a pessoa está envolvida. Por exemplo, um corredor deve treinar a
resistência cardiovascular, enquanto um jogador de basquete deve se
concentrar em saltos e agilidade.

Sobrecarga: Para melhorar a força e a resistência, é necessário aumentar


gradualmente a carga de treinamento. Isso significa que a intensidade, duração
ou frequência do exercício deve ser aumentada ao longo do tempo.
Descanso e recuperação: O descanso é essencial para permitir que o corpo se
recupere do estresse do exercício. Descansar também ajuda a prevenir lesões
e evitar o esgotamento físico e mental.

Nutrição adequada: Uma dieta saudável e equilibrada é essencial para apoiar o


treinamento e a recuperação. Isso inclui alimentos ricos em proteínas,
carboidratos complexos, vitaminas e minerais.

Hidratação: É importante beber bastante água antes, durante e após o


exercício para manter o corpo hidratado e evitar a desidratação.

Aquecimento e resfriamento: É importante realizar um aquecimento antes do


exercício para aumentar a temperatura do corpo e preparar os músculos para o
esforço. Um resfriamento adequado também é importante para ajudar o corpo
a se recuperar após o exercício.

Equipamento adequado: O uso de equipamento adequado é essencial para


minimizar o risco de lesões. Isso pode incluir sapatilha de pontas apropriadas,
roupas confortáveis e de suporte, e equipamentos de segurança.

Supervisão adequada: O treinamento com um treinador ou instrutor experiente


pode ajudar a garantir que o exercício seja realizado de forma segura e eficaz.
A supervisão também pode ajudar a identificar e corrigir erros de técnica antes
que eles causem lesões.

Percebe-se que a utilização do Pilates pode ser de grande valia para a técnica
clássica, pois são muitos os benefícios do método Pilates encontrados na
literatura. o fortalecimento do corpo, especialmente a musculatura abdominal, a
melhora no alongamento e a melhora da flexibilidade, o desenvolvimento da
consciência corporal, a melhora na coordenação, na postura, no equilíbrio,
aumento da mobilidade articular, desenvolvimento dos músculos que suportam
a coluna. Quando o bailarino clássico complementa sua rotina de treinamento
com a prática do método Pilates, os movimentos específicos do balé podem ser
executados com maior amplitude de movimento e maior força.

Um outro programa que poderia ser acrescentado nas aulas é o Progressing


Ballet Technique (PBT) é um método de treinamento de ballet que utiliza
exercícios específicos para desenvolver a força, flexibilidade e técnica do
dançarino. É baseado em princípios de fisioterapia e trabalho corporal, e usa
bolas suíças e faixas elásticas para fornecer resistência e feedback ao corpo
durante o treinamento.

A importância do PBT na dança é que ele pode ajudar os dançarinos a


melhorar sua técnica, reduzir o risco de lesões e aumentar a consciência
corporal. O uso de bolas e faixas elásticas ajuda a isolar e fortalecer os
músculos específicos usados na dança, o que pode levar a uma maior
estabilidade e controle durante a execução dos movimentos.

Além disso, o PBT enfatiza a importância da postura e da alinhamento corporal


correto, o que pode melhorar a eficácia do movimento e reduzir a tensão
desnecessária nos músculos. Os exercícios do PBT também podem ajudar os
dançarinos a desenvolver a flexibilidade de forma segura e gradual, evitando
lesões causadas por alongamento excessivo ou forçado.

Em resumo, o PBT é uma abordagem eficaz para o treinamento de ballet que


pode ajudar os dançarinos a melhorar sua técnica, reduzir o risco de lesões e
aumentar sua consciência corporal. Ele pode ser usado como complemento ao
treinamento tradicional de ballet, e é recomendado para dançarinos de todos os
níveis e idades.

Um programa de exercícios para fazer em casa pode ser muito útil para
bailarinos que desejam melhorar sua técnica, aumentar sua força, flexibilidade
e resistência, ou se recuperar de lesões. Existem muitos programas de
treinamento em casa disponíveis online, incluindo vídeos de exercícios,
aplicativos de fitness e programas personalizados de treinamento.

No entanto, é importante lembrar que o treinamento autônomo deve ser feito


com segurança e orientação adequada. É importante que os bailarinos
consultem um profissional de saúde ou um treinador pessoal antes de iniciar
um novo programa de exercícios em casa. Além disso, os bailarinos devem
sempre prestar atenção às suas limitações físicas e nunca se empurrarem para
além de seus limites, o que pode levar a lesões.

Exercício Número de Progressão


Repetições/Séries
Alinhamento neutro 1 minuto Adicione um objeto para
equilíbrio
Alongamento de coluna 5 a 10 repetições Aumente a amplitude do
vertebral movimento
Ponte lombar 8 a 12 repetições Adicione um apoio
instável
Elevação de pernas em 8 a 12 repetições Adicione uma banda
V elástica para resistência
Elevação de pernas em 8 a 12 repetições Adicione um objeto de
borboleta equilíbrio
Fortalecimento de 8 a 12 repetições Adicione uma bola de
dedos do pé Pilates ou elástico
Elevação de arco do pé 8 a 12 repetições Adicione uma faixa
elástica para resistência
Mobilização de dedos 8 a 12 repetições Adicione uma bola de
do pé Pilates ou elástico

É importante ressaltar que o programa de treino de Pilates para bailarinos que


propus é apenas uma sugestão e pode ser adaptado às necessidades
individuais de cada aluno. É importante avaliar cuidadosamente as habilidades
e limitações físicas de cada aluno antes de implementar qualquer programa de
treinamento.

Além disso, é importante ter em mente que o treinamento de Pilates pode ter
benefícios para o desempenho de ballet, mas não é a única forma de
treinamento necessário para os bailarinos. É importante complementar o
treinamento de Pilates com outras formas de treinamento, como treinamento de
força, flexibilidade e treinamento técnico de ballet.

Ao implementar esse programa na lecionação, é possível encontrar desafios,


como a adaptação às necessidades individuais dos alunos, a seleção
adequada de exercícios para cada aluno e a garantia da execução adequada
dos movimentos para evitar lesões. É importante lembrar que a supervisão de
um profissional qualificado de Pilates é fundamental para garantir a segurança
e eficácia do programa.

Em resumo, é importante considerar cuidadosamente as limitações e pontos


fortes do programa proposto e adaptá-lo às necessidades individuais de cada
aluno, bem como complementar o treinamento de Pilates com outras formas de
treinamento para garantir o sucesso dos alunos. A supervisão de um
profissional qualificado de Pilates é essencial para garantir a segurança e
eficácia do programa.

REFERENCIAS

BERTONI, I.G. A dança e a evolução: o Ballet e seu contexto teórico


prático, programação didática. Editora Tanz do Brasil, São Paulo, 1° edição.
outubro, 1992.

BOLLING, C; PINHEIRO, T. Bailarinos profissionais e saúde: uma revisão de


literatura. Rev Med Minas Gerais 2010; 20 (2Supl 2): S75-S83. Disponível em:
http://rmmg.org/artigo/detalhes/1037. Acesso em 20 de abril de 2023
LEAL, M. A preparação física na dança. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

LEITÃO, Marlon; SILVA, Alenuska; RASIA, Denise. O Método Pilates aplicado em


bailarinos clássicos para ganho de flexibilidade e força muscular. Cathedral, Caderno
de Ciências biológicas e da saúde. Boa Vista n 2, 2013.
RAFFERTY, S. Considerations for integrating fitness into dancetraining. J
Dance Med Sci, v. 14, n. 2, p. 45-49, 2010.

SIMÕES, R. D.; ANJOS, A. F. P. O ballet clássico e as implicações anatômicas


e biomecânicas de sua prática para os pés e tornozelos. Revista da
Faculdade de Educação Física da UNICAMP, v. 8, n. 2, p.117-132. 2010.

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