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Universidade Do Vale Do Paraíba Faculdade de Educação E Artes Curso de Educação Física
Universidade Do Vale Do Paraíba Faculdade de Educação E Artes Curso de Educação Física
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela força e por iluminar mais um passo da
minha vida.
De modo especial, agradeço à minha família que está sempre me apoiando, não
mede esforços e me permite sempre caminhar mais longe: Ao meu pai por tornar
isso possível e pelo suporte; a minha mãe que está sempre ao meu lado,
acompanhou bem de perto cada etapa e participou de muitas delas; e ao meu
irmão pelo companheirismo e compreensão.
À minha orientadora pela paciência, auxílio e dedicação, que tornou possível a
finalização deste trabalho.
A todos os professores do curso, que foram muito importantes na minha vida
acadêmica e no conhecimento adquirido.
Muito obrigada a estes e também à quem contribuiu indiretamente em todo esse
processo!
Agradeço a Deus, por ter me dado saúde, força e determinação para superar as
dificuldades.
A minha orientadora Profª. Drª. Patrícia Mara Danella Zácaro, pelo suporte, pelas
suas correções e incentivos.
Aos meus pais, Benedita Aparecida de Jesus Santos de Lima e José Domingos
Santos de Lima, pelo amor e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, muito
obrigado.
A prática de atividade física traz inúmeros benefícios à saúde, mas nem sempre
isso ocorre, como no caso do Ballet Clássico. Este requer perfeição nos
movimentos, o que vem com anos de prática, podendo causar desestabilização
funcional do corpo, já que a atividade solicita o máximo dos sistemas e leva ao
limite o aparelho locomotor. Os objetivos específicos do estudo foram relacionar a
atividade exercida por bailarinos clássicos e possíveis desvios posturais na
coluna lombar, identificando um meio de prevenção e correção. A literatura
mostra que os passos básicos do Ballet: arabesque, pirouette, pas de deux e plié,
podem gerar possíveis alterações na coluna vertebral, como: escoliose,
espondilólise, hérnia de disco lombar, lombalgia e radiculopatia lombar. Dessa
forma, conclui-se que os exercícios para o Powerhouse possibilitam a
estabilização da coluna lombar, podendo auxiliar o bailarino a alcançar maior
desempenho e longevidade em sua área.
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................7
2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................8
3. OBJETIVOS .........................................................................................................9
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................9
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..............................................................................9
4. METODOLOGIA.................................................................................................10
5. REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................11
5.1 BALLET .......................................................................................................11
5.1.1 Caracterização da dança....................................................................13
5.1.2 Técnica...............................................................................................14
5.1.2.1 Posições básicas................................................................................15
5.1.3 A aula de Ballet ..................................................................................18
5.1.4 Sapatilhas de ponta............................................................................19
5.1.5 Pas de deux .......................................................................................21
5.1.6 Biomecânica do Ballet ........................................................................23
5.1.6.1 Lesões................................................................................................24
5.2 COLUNA VERTEBRAL ...............................................................................26
5.2.1 Estrutura ....................................................................................................26
5.2.2 Postura ......................................................................................................30
5.2.3 Biomecânica ..............................................................................................32
5.2.3.1 Flexão e hiperextensão...........................................................................33
5.2.3.2 Flexão lateral ..........................................................................................34
5.2.3.3 Rotação ..................................................................................................35
5.2.4 Alterações anatômicas...............................................................................36
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...........................................................................38
7. CONCLUSÃO ......................................................................................................43
8. REFERÊNCIAS ..................................................................................................44
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1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
5. REVISÃO DE LITERATURA
5.1 BALLET
5.1.2 Técnica
Monte (1989) afirma que o Ballet deve ser iniciado após os seis anos de idade,
quando a criança já possui maior desenvolvimento da coordenação e do sistema
muscular, podendo manter o que é exigido nas aulas e evoluir. Deve-se impedir a
técnica pura do Ballet na infância (LIMA, 1995), e sim propiciar o lúdico exaltando
a musicalidade e buscando melhorar a coordenação dos movimentos.
Guimarães e Simas (2001) acreditam que a autoconfiança ultrapassa limites
corporais e leva principalmente ao domínio da técnica.
A força simbólica do Ballet é a expressão proposta através da técnica. É
necessário o domínio da técnica para que a resposta corporal apareça,
posteriormente isso conduzirá à linguagem artística, levando sentimento e
gerando harmonia. Só assim é possível desenhar com fluência o movimento no
espaço (FREITAS; NOGUEIRA, 2001).
É trabalhada principalmente a amplitude de movimentos articulares e o equilíbrio
do corpo.
É necessário também um preparo físico adequado levando em conta um bom
condicionamento, já que uma aula requer horas de esforço e em cena poderá
permanecer cerca de duas horas sem descanso.
O en dehors é a rotação externa do quadril, e é a posição que todos os
movimentos começam e terminam, e assim o bailarino permanece durante todo o
tempo. O mesmo acontece com a postura e colocação do corpo: os pés suportam
o corpo, e o arco do pé deve ser estimulado para cima para evitar sobrecarga na
articulação do hálux (isso fará com que o arco fique em seu estado considerado
normal (Figura 1 B), já que o en dehors favorece o pé raso (Figura 1 A), podendo
levar à lesão nos joelhos, estabelecendo uma postura neutra, como pode ser
observado na Figura 2, com retroversão pélvica, escápulas abaixadas, abdômen
contraído e costelas fechadas, braços arredondados e conduzidos pelos
cotovelos (GUIMARÃES; SIMAS, 2001). Consciência corporal demonstra a
qualidade da técnica que o bailarino tem.
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Figura 1: Arco do pé
Fonte: <http://www.ctb.com.pt>
Figura 4: Plié
Fonte: <www.balletbackstage.com>
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Uma posição que representa bem a figura de bailarina e está sempre presente é
o arabesque (Figura 6), esse movimento define bem o equilíbrio que deve ser
exercido pelo bailarino, equilíbrio que é maior com o uso das pontas. O metatarso
de apenas um pé sustenta todo o resto do corpo, sendo que o outro membro
inferior fica estendido a mais de 90º atrás do bailarino. A compressão na coluna é
visível, já que a característica do arabesque é a maior elevação da perna com o
tronco sempre sustentado.
Figura 6: Arabesque
Fonte: <http://eueminhassapatilhas.blogspot.com.br>
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Uma aula de Ballet tem uma estrutura pré - formada, em duas partes (na mesma
aula), uma parte com apoio (na barra) para a execução dos movimentos e em
seguida sem este, como descrito abaixo:
O início se dá com uma aula na barra, onde o bailarino tem um leve apoio. Serve
como aquecimento e preparação, composto em média por 10 exercícios. É a
parte acadêmica de uma aula clássica, chamada popularmente como a
“musculação do Ballet”, pois prepara a musculatura para a melhor execução
técnica do movimento, e estrutura o corpo para posteriormente executar e
equilibrar-se sem nenhum tipo de apoio (KHAN et al., 1995).
Em sequência, a aula segue sem apoio, ou seja, sem a barra, já que o bailarino
foi preparado anteriormente para isso. São denominados exercícios de centro,
onde se executa movimentos baseados nas atividades feitas na barra, porém de
modo mais complexo e dançante. O autor completa que é o momento de colocar
em prática o que se adquiriu na barra. Na barra é exigido da musculatura a força
para poder manter a isometria. Já fora dela, a força exigida é para manter o
equilíbrio (GUIMARÃES; SIMAS, 2002).
Algumas escolas poderão acrescentar outros tipos de aulas relacionadas, mas
basicamente segue essa linha.
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Figura 5.2: Posição das estruturas do pé, quando em posição de ponta, sustentando todo o peso
corporal.
Fonte: HAAS (2011)
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O homem representa uma figura forte e elegante, auxiliando para que a mulher
demonstre toda sua graciosidade e leveza. O casal sempre trará histórias
sensuais, românticas e de cavalheirismo (LACERDA; MELO, 2009).
Deve ser introduzido somente para bailarinos avançados pela quantidade de
movimentos complexos. Além do mais não exige técnica somente de um
bailarino, e sim de ambos, a má execução pode acarretar lesões para um ou para
outro. O autor ainda completa que a figura masculina não deve ser esquecida
quando se fala de Ballet, ele também está propenso às lesões, já que ele atua na
mesma aula que a mulher e ainda move cargas no pas de deux.
Ou seja, dançar em par diminui um pouco da sobrecarga na bailarina,
trabalhando mais com o equilíbrio, enquanto sobrecarrega mais o parceiro. Essa
sobrecarga atua diretamente na coluna, já que a maioria das pegadas do pas de
deux se dá acima dos ombros e cabeça, acarretando em possíveis alterações.
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Figura 8: Elevé
Fonte:<http://sonhosnapontadospes.blogspot.com.br>
5.1.6.1 Lesões
5.2.1 Estrutura
Essas curvaturas sequenciais são essenciais para que a coluna vertebral suporte
variados tipos de compressão no sentido longitudinal, sem que haja prejuízo à
postura ereta, porém o excesso nessas curvaturas pode ser interpretado como
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5.2.2 Postura
5.2.3 Biomecânica
Observando a coluna torácica, Hall (2005) diz que devido a orientação das
facetas articulares, tem a amplitude aumentada em apenas 4º aproximadamente
em T1-T2 e em T11-T12, podendo esse valor chegar a 10º para flexão.
A movimentação para trás, além da posição anatômica é denominada
hiperextensão, sendo mais acentuada nas regiões cervical e lombar, Em
determinados exercícios, essa curvatura pode ser acentuada cerca de vinte
vezes, assim os bailarinos comumente executam a hiperextensão. Com isso,
nota-se aumento de alterações e de desenvolvimento de patologias como
espondilólise (fratura de um ou dois lados do anel da vértebra), e a
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5.2.3.3 Rotação
A rotação da coluna vertebral (Figura 17) no plano transversal, mais uma vez
confirma a maior mobilidade da região cervical, sendo o segmento mais livre em
relação às demais regiões da coluna, podendo chegar a 12º em C1-C2, e em
seguida aparece a região torácica com 9º de rotação superior de T7 a T8. Deste
ponto para baixo, a amplitude cai continuamente devido aos processos
articulares dessa região em especifico, chegando a 2º de movimentação. No
nível lombo-sacral mantém rotação em até 5º, somente possível devido a
responsabilidade de junção de flexão e rotação da coluna vertebral, imperceptível
a olho nu (HALL, 2005).
De forma geral as regiões têm como mobilidade total: flexão, extensão e
hiperextensão de 110 a 140º, respectivamente; a flexão lateral total entre o sacro
e crânio é de 75 a 85º,e rotação de 90º.
Tendo a pelve como o ponto mais estável do corpo humano, tem papel
importante no que diz respeito à transição de cargas dos membros inferiores
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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
LOMBALGIA: De acordo com Falótico et al. (2014), há uma incidência que pode
corresponder a 97% das lesões da coluna lombossacral em atletas. É a dor
mecânica na lombar, dificilmente diagnosticada através de exames. Sendo sua
principal causa movimentos que envolvem a rotação da coluna, como exemplo, a
pirouette, e a postura hiperlordótica na execução de movimentos com
sobrecarga, ou seja, o pas de deux e também o arabesque (MONTEIRO;
GREGO, 2003).
Segundo Araújo (2012), 80% dos desvios posturais tem início na infância e se
estabelecem na adolescência. Isso pode ser um agravante para uma iniciação
precoce, e pior ainda se ensinado com uma técnica pobre.
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7. CONCLUSÃO
Portanto, espera-se que este trabalho atinja também profissionais que ensinam o
Ballet Clássico, mostrando claramente a importância do conhecimento, aliado à
competência na aplicação prática. Que ele também procure apoio em
profissionais da educação física a fim de diminuir e/ou prevenir os desvios
posturais e complicações posteriores. Assim, o bailarino poderá alcançar maior
desempenho e longevidade em sua área de atuação.
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8. REFERÊNCIAS:
KADEL, N.J. et al. Stress fractures in ballet dancers. Amplied Journal Sports
Medicine, USA, v.20, n.4, p.445-449,1992.
KEYSERLING, W. M.; PINETT, L.; FINE L. J. Trunk posture and back pain:
identification and control of occupational risk factors. Appl Ind Hyg,.n.3, v.3, p.87-
92, 1988.
LIMA,L. Dança como atividade básica: perspectiva para uma nova era. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v.1,n.3, p.94-96,1995.
RASH, P. J.; BURKE, K. Cinesiologia e anatômia aplicada. 5ª. ed. São Paulo:
Guanabara Koogan, 571 p.,1987.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS