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O Ponto de Vista Místico

A característica mais direta pela qual classifico um estado de


espírito místico é negativa. O indivíduo [que tem uma experiência mística]
afirma imediatamente que sua experiência desafia a expressão, que
nenhum relato adequado de seu conteúdo pode levado a cabo em
palavras. Segue-se daí que sua qualidade deve ser experimentada
diretamente; ela não pode ser transmitida ou transferida para outros.
(William James. Varieties of Religious Experience. Pg. 371)
Eurística

Muitos anos antes da morte de Sócrates, já tinha sido introduzido em


Atenas, e provavelmente em outras cidades gregas num exercício específico
de debate, por vezes chamado de “erística”, embora Platão e Aristóteles o
chamassem de “dialética”. Há boas razões para pensarmos que foi o
sofista Protágoras quem o introduziu em Atenas e ensinou suas regras e
técnicas a estudantes. Possivelmente tenha sido ele mesmo quem o
inventou. O exercício tinha a seguinte estrutura. Dois debatedores, ou
disputantes, um questionador e um respondedor, são escolhidos. O
respondedor compromete-se a defender uma tese ou proposição
polêmica; o questionador deve tentar demolir o respondente, levando-o
à contradição.
(“Plato”. The Encyclopedia of Philosophy, Macmillan)
Lógica é uma Teoria da Argumentação?

A lógica é a ciência que estuda princípios e métodos de inferência,


tendo o objetivo principal de determinar em que condições certas coisas se
seguem (são consequência), ou não, de outras.
(Mortari. Introdução à Lógica. Pg. 2)

A lógica simbólica é um modelo matemático do pensamento


dedutivo.
(Enderton. Mathematical Logic. Pg. xi)

A lógica é concebida de modo mais natural como um sistema de


regras de inferência.
(Mates. Elementary Logic. Pg. vii)

A logica pode ser definida como a ciência que avalia argumentos.


(Hurley. A concise introduction to logic. Pg. 1)
Essência da Linguagem

Sentido » Condições de Verdade

O que sabemos quando compreendemos uma proposição é isto:


sabemos o que é o caso se a proposição for verdadeira, e o que é o caso
se ela for falsa. Mas não sabemos (necessariamente) se ela é verdadeira
ou falsa.
(Wittgenstein, Notes on Logic, Ap I, pg 98)

Está claro que compreendemos proposições sem sabermos se são


verdadeiras ou falsas. Mas só podemos saber o significado de uma
proposição quando sabemos quando ela é falsa ou verdadeira. O que
compreendemos é o sentido da proposição.
(Wittgenstein, Notes on Logic, Ap I, pg 103)
Ludwig Wittgenstein
Gottlob Frege
“Ideia na Mente” vs. “Sentido”

Se o número dois fosse uma ideia, então teria que ser, de início,
privada a mim apenas. A ideia de outra pessoa é, ex vi termini, outra ideia.
Teríamos talvez então muitos milhões de números dois, em nossas mãos.
Precisaríamos falar no meu dois, no seu dois, de um dos números dois e
de todos os dois.
(Frege, Os Fundamentos da Aritmética. § 27, pg. 230)

O que é objetivo é o que é conforme a leis, conceitual, judicável, o


que se deixa exprimir por palavras. O puramente intuível não é
comunicável.
(Frege, Fundamentos da Aritmética. § 26, pg. 230)
O Esperanto

Ludwik Lejzer Zamenhof


Esperanto: 16 Regras Gramaticais

1. O esperanto só tem o artigo definido la (o, a, os, as), igual para todos os gêneros, números e casos;
logo não possui artigo indefinido.
2. Os substantivos acabam em -o. Para formar o plural adiciona-se um -j. A língua tem apenas dois
casos: nominativo e acusativo. O último forma-se acrescentando um -n ao nominativo. Os demais
casos formam-se com preposições: o genitivo com de (de), o dativo com al (a, para), o ablativo com
kun (com) ou \com outras preposições, segundo o sentido.
3. Os adjetivos acabam em -a. Seus casos e números formam-se como nos substantivos. O grau
comparativo forma-se com o adjetivo da palavra pli (mais), e o superlativo com a palavra plej (o
mais). O "que" do comparativo traduz-se por ol, e o "de" do superlativo por el.
4. Os adjetivos numerais cardinais são invariáveis: unu (1), du (2), tri (3), kvar (4), kvin (5), ses (6), sep
(7), ok (8), na? (9), dek (10), cent (100), mil (1000). As dezenas e centenas formam-se pela simples
reunião dos mencionados numerais. Aos adjetivos numerais cardinais adiciona-se a terminação -a do
adjetivo, para formar os numerais ordinais; obl para os múltiplos; on para os fracionários; op para os
coletivos. Po antes dos cardinais forma os distributivos.
5. Os pronomes pessoais são: mi (eu), ci (tu), li (ele), ?i (ela), ?i (ele, ela, para animais ou coisas), si
(se, si, reflexivo), ni (nós), vi (você, vós, vocês), ili (eles, elas), oni (se, um). Adicionando-lhes a
terminação -a do adjetivo, forma-se os adjetivos ou pronomes possessivos. Os pronomes declinam-se
como substantivos.
6. O verbo é invariável nas pessoas e nos números. O presente remata em -as, o passado em -is, o
futuro em -os, o condicional em -us, o imperativo em -u e o infinitivo em -i. Os particípios ativos são:
em -ant o de presente, em -int o de passado e em ont o de futuro. Os particípios passivos: em -at o
de presente, en -it o de passado e em -ot o de futuro. A voz passiva forma-se com o verbo esti (ser,
estar) e o particípio passivo do verbo que se conjuga. O "de" ou o "por" do ablativo agente traduzem-
se por de. . O advérbio termina em -e. Seus graus de comparação formam-se como os do adjetivo.
Todas as preposições regem, por si mesmas, o nominativo.
8. Todas as palavras são pronunciadas da mesma forma como são escritas.
9. O acento tônico cai sempre sobre a penúltima sílaba.
11. As palavras compostas formam-se pela simples união dos elementos que as formam. Nelas a
palavra fundamental aparece sempre no fim. Afixos e terminações são considerados palavras.
12. Se na frase já houver uma palavra negativa, elimina-se o advérbio ne (não).
13. A palavra que indica o lugar aonde se vai leva a terminação do acusativo (-n).
14. Toda preposição tem, em esperanto, um sentido invariável e bem determinado, que fixa seu
emprego. Porém, quando o sentido que queremos exprimir não indica com toda claridade que
preposição devemos empregar, usaremos a preposição je, que não tem significado próprio. Esta
regra não afeta a claridade, pois em tais casos, todas as línguas empregam qualquer preposição, sem
mais normas que o costume. Em vez de je, pode-se empregar também o acusativo, se não criar
ambiguidade.
15. As palavras "estrangeiras", ou seja, aquelas que a maior parte das línguas têm tirado duma
mesma origem, não sofrem alteração ao passar ao esperanto, mas adotam a sua ortografia e as suas
terminações. Porém, das distintas palavras derivadas duma mesma raiz, é preferível empregar
inalterada somente a palavra fundamental, e formar as demais segundo as regras do esperanto.
16. As terminações -a do artigo e -o do substantivo em singular podem suprimir-se, substituindo-as
pelo apóstrofo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_regras_do_esperanto
Gramática do Esperanto:
Arbitrária e Sectária

A fonologia, a gramática, o vocabulário e a semântica do Esperanto


baseiam-se nas línguas indo-europeias faladas na Europa.
O inventário de sons é essencialmente eslavo, assim como grande
parte de sua semântica,
... enquanto que o vocabulário deriva principalmente das línguas
românicas, com uma contribuição menor das línguas germânicas e
contribuições ainda menores das línguas eslavas e do grego.
https://en.wikipedia.org/wiki/Esperanto
Gramática Lógica

• Todas as Regras Lógicas têm justificação.

• Todas as Regras Lógicas têm uma única justificação.

Tarefa Essencial da Linguagem Lógica

Representar somente as condições de verdade e de falsidade

Representar todas as condições de verdade e de falsidade


O Sonho de uma Característica Universal
de Leibniz

Leibniz também reconheceu... as vantagens de uma notação


adequada. Sua ideia de uma característica universal, de um calculus
Philosophicus, ou ratiocinator, era tão ambiciosa que a tentativa de a
realizar não poderia ultrapassar salvo meras etapas preliminares. ...
Podemos pensar os símbolos da aritmética, da geometria, da química,
como realizações, para domínios particulares, do projeto de Leibniz. A
conceitografia aqui proposta é um outro acréscimo a esses domínios; ... A
partir daqui, portanto, abrem-se perspectivas mais amplas de sucesso no
sentido de preencher as lacunas das linguagens formulares existentes, no
sentido de associar, sob uma única linguagem de fórmulas, domínios até
então separados, e ainda no sentido de ampliá-la a ponto de incluir áreas
que até então tinham escapado a essa linguagem.
(Frege. Conceitografia. Pg. 18-9)

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