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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA


GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Relatório de Fisexp I n° 1 – Movimento retilíneo uniforme

Grupo:

Lucas Tavares de Azevedo

João Vitor Barbosa

Felipe Zao

Professor:

JEFFERSON LUIZ DE LIMA MORAIS

Nova Friburgo
2022

Resumo:

O presente exposto visa discutir um experimento laboratorial do qual simula o


movimento retilíneo uniforme de uma partícula, dadas as equações da
cinemática do m.r.u. O experimento foi realizado em ambiente “controlado” via
utilização de um aparelho chamado “trilho de ar” e com os dados obtidos,
montamos tabelas e gráficos que verificam o comportamento teórico do M.R.U,
expondo uma reta crescente, condizendo com a teoria e, considerando as
margens de erro de 0.01, consideramos o experimento um sucesso.
Introdução:
O Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U) é definido pelos seus atributos
como a trajetória retilínea, velocidade constante em todo instante de tempo, e,
por isso, aceleração nula. Seus gráficos são respectivamente uma reta
crescente (movimento progressivo, velocidade crescente, positiva) ou
decrescente (movimento regressivo, velocidade decrescente, negativa) para
posição em relação ao tempo e uma reta constante, para a velocidade.
Das equações e gráficos que representam esse movimento, temos:
x=x0+v(t)(t-t0) (1)

v(t)=(x-x0) /(t-t0) (2)

Figura 1: M.R.U progressivo (esquerda) e regressivo (direita). Fonte:


https://sites.google.com/site/montedefisica/disciplinas/cinematica/movimento-uniforme

Figura 2: Gráficos do M.R.U progressivo e velocidade ao tempo, mostrando uma linha constante. Fonte:
https://decompartilharensino.blogspot.com/2019/11/fisica-1-ano-ensino-medio-movimento.html
Onde v(t) é a velocidade média no tempo t determinado, x e x0 representam a
posição final e inicial da partícula, respectivamente, assim como o tempo
decorrido ao longo do movimento particular, considerando os pontos x e x0,
representados como t e t0. Assim, temos como objetivo neste experimento,
fazer a análise dos dados que procuram corroborar com a equação (1), em
conjunto com uma análise estatística que considere as margens de erro e
variação, pois, mesmo que o equipamento tenha sido utilizado em laboratório
(ou seja, um ambiente controlado), ainda assim há interferências analíticas.

Materiais e métodos:

O experimento foi realizado em ambiente controlado via utilização de um


aparelho chamado “trilho de ar”, munido de um carro de trilho com uma régua,
que flutuava devido a saídas de ar no trilho, removendo quase todo atrito.
Possuía sensores que eram disparados quando a régua demarcada, a cada
intervalo de 18mm, passasse por eles, aferindo as passagens consecutivas dos
pontos e marcando seus tempos, com o auxílio de um cronômetro.
Com os dados dos tempos de cada passagem em mãos e, sabendo que o
intervalo entre cada demarcação da régua valia 18 milímetros, aplicamos as
relações (1) e (2), os cálculos dos erros e desvios padrão, bem como a
variância da velocidade, montando tabelas e gráficos.

Figura 3: trilho de ar. Fonte:https://cidepe.com.br/index.php/br/produtos-interna/trilho-de-ar-multicronometro-


com-rolagem-12-funcoes-2-sensores-e-unidade-de-fluxo/EQ238F
Resultados:

Posição(m) Tempo(s)
0,018 0,036
0,036 0,075
0,054 0,115
0,072 0,155
0,09 0,194
0,108 0,234
0,126 0,274
0,144 0,314
0,162 0,353
0,18 0,393
Tabela 1

x (m) t (s) ∆x (m) ∆t (s) V (m/s)


0,018 0,036 0,018 0,036 0,5
0,036 0,075 0,018 0,039 0,461
0,054 0,115 0,018 0,04 0,45
0,072 0,155 0,018 0,04 0,45
0,09 0,194 0,018 0,039 0,461
0,108 0,234 0,018 0,04 0,45
0,126 0,274 0,018 0,04 0,45
0,144 0,314 0,018 0,04 0,45
0,162 0,353 0,018 0,039 0,461
0,18 0,393 0,018 0,04 0,45
Tabela 2: tabela formulada com base nas equações (1) e (2), de autoria.
Gráfico 1: posição X tempo, de autoria

Gráfico 2: velocidade média total do deslocamento pelo tempo total de deslocamento. Fonte: autoria.

σv
Erro Padrão :δV = =¿ 0,04
√N
n n
1 1
Valor médio de V = ∑
N i=1
Vi= ∑ Vi=¿ ¿ 0,42
10 i=1


n
1
Desvio padrão de V :σ v= ∑ (vi−v ¿{)2=¿ ¿ 0.138967098788
N −1 i=1

Variância da amostra para V: 0,01931

Discussão:

Após a realização do experimento foi possível obter 10 valores referentes a


posição do carro e seus respectivos instantes de tempo, apresentados na
Tabela 1.

Como dito anteriormente, através do experimento obtivemos duas


variáveis, posição e tempo, e utilizando-se da equação (2) referente a
velocidade média conseguimos calcular a velocidade em cada intervalo
presente na régua. Ainda vale ressaltar que os bloqueios da régua utilizada no
procedimento têm extensão de 18 milímetros, logo, ∆x (x-x0) será constante e
no valor de 18 milímetros. Dessa maneira, os valores presentes na Tabela 1
podem ser relacionados permitindo o cálculo da velocidade média.
Por exemplo, podemos apanhar os valores de ∆x1 e ∆t1, e
consequentemente encontrar V1:

v(t) = ∆x/∆t

v(t) = (x-x0) /(t-t0)

v(t) = 0,018/0,036 = 0,5m/s

Fazendo a aplicação da fórmula para os demais valores, tabelamos e


definimos os valores apresentados na Tabela 2.

A partir desses valores podemos representar dois gráficos, posição x tempo,


e velocidade média x tempo, gráfico 1 e gráfico 2, respectivamente, que
permitem verificar um comportamento linear, onde a velocidade é constante, e,
portanto, valida o MRU.

Ainda, pode-se observar, por meio do cálculo do erro padrão que, ao obter
uma variação na velocidade de 0,04 m/s e uma velocidade média de 0,42 m/s,
podemos afirmar que a velocidade se encontra num intervalo de 0,38 m/s –
0,46 m/s.

Conclusão:

Com base nas sessões “materiais e métodos”, “discussão” e


“resultados”, o grupo pôde definir que os gráficos do M.R.U postulados e seus
dados, descrevem, no gráfico 1, curva à uma reta crescente e, no gráfico 2,
uma reta constante. Observando, ainda, o gráfico posição x tempo, podemos
verificar sua linearidade, uma vez que seus pontos se assemelham a uma reta,
e, portanto, validam a função horária do espaço (1). Considerando, também, os
cálculos das margens de erro e variâncias da velocidade na casa de 0.01,
pode-se inteirar que a velocidade permaneceu constante, não havendo
aceleração significativa, verificando a teoria do movimento retilíneo uniforme
aplicado às equações.

Referências: 

 Young, Hugh; Freedman, Roger - Física I-Mecânica. 12ª Edição.


Pearson Education Limited, 2008. ISBN: 9788588639300

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