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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Estudo do estado nutricional das crianças dos 0 aos 2 anos do distrito de Larde-Naholoco

Nampula, 25 de Fevereiro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Estudo do estado nutricional das crianças dos 0 aos 2 anos do distrito de Larde-Naholoco

O Estudante O Tutor

Luísa Lurdes Evaristo

Nampula, 25 de Fevereiro de 2023


Índice

capitulo I: Introdução.................................................................................................................6

1.1. Contextualização.........................................................................................................6

1.2 Problematização..........................................................................................................6

1.3 Justificativa..................................................................................................................7

1.4 Objectivos....................................................................................................................7

1.4.1 Objectivo Geral:...................................................................................................7

1.4.2 Objectivos Específicos:........................................................................................7

Capítulo Ii: Referências Teóricos...............................................................................................8

2.1 Conceitos Básicos...........................................................................................................8

2.1.1 Desnutrição..........................................................................................................8

2.2 Nutrição Na Gestação E Crescimento Fetal....................................................................8

2.2.1 Aleitamento Materno, Crescimento E Desenvolvimento Da Criança.................9

2.2.2 Diversificação Alimentar E Necessidades Nutricionais Da Criança.................10

2.2.3 Aspectos Socioculturais.....................................................................................10

Capitulo Iii: Metodologia Da Pesquisa....................................................................................11

3.1 Quanto Ao Método....................................................................................................11

3.2 Caracterização Do Agregado Familiar......................................................................11

3.2.1 Caracterização Do Estado De Nutrição Das Mães.............................................11

3.2.2 Antecedentes Maternos......................................................................................11

3.2.3 Avaliação Demográfica......................................................................................11

Capitulo Vi: Procedimentos Organizacionais..........................................................................12

4.1 Cronograma...............................................................................................................12

4.2 Orçamento.................................................................................................................12

Referencias Bibliográficas.......................................................................................................13
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

Nos dias actuais a busca e a conquista do conhecimento têm sido uma grande ferramenta para
o desenvolvimento económico e científico duma nação.

O presente trabalho tem por tema a ser estudado: Estudo do estado nutricional das crianças
dos 0 aos 2 anos do distrito de Larde-Naholoco.

A desnutrição é uma doença de natureza clínico-social multifactorial cujas raízes se


encontram na pobreza. Em casos graves acomete todos os órgãos da criança, tornando-se
crónica e levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Um adequado tempo e
duração do aleitamento materno, bem como uma correta diversificação alimentar são
fundamentais no combate à desnutrição infantil.

Naholoco é uma localidade em via de desenvolvimento, temos que quase metade da sua
população vive abaixo do limiar da pobreza, comprometendo as suas práticas alimentares e o
seu estado de nutrição.

1.2 Problematização

O estado de nutrição assume-se como sendo um dos melhores indicadores de saúde, tanto a
nível individual como da comunidade, com destaque para a criança, uma vez que o seu
crescimento e desenvolvimento estão dependentes de uma adequada alimentação e nutrição.

O crescimento e desenvolvimento de uma criança estão fortemente ligados a um estado


nutricional adequado, de forma a cobrir as necessidades básicas, prevenindo o
comprometimento da estatura e peso nos diferentes grupos etários.

Desde a concepção até a morte, os seres vivos estão dependentes de vários factores para a
manutenção do bem-estar. Os factores biológicos, a constituição genética, as condições do
meio intra-uterino, a nutrição da mãe durante a concepção, factores ambientais e o nível
socioeconómico condicionam o bom crescimento e desenvolvimento da criança

Com isso, emerge o seguinte questionamento: Qual e a taxa de desnutrição das crianças que
vivem em Larde-Naholoco?
1.3 Justificativa

Esta pesquisa foi motivada por: primeiro porque o cenário actual das crianças em estado
desnutrido tem se alastrado, principalmente em zonas suburbanas.

Sabido que a desnutrição é uma doença de natureza clínico-social multifactorial cujas raízes
se encontram na pobreza., e em casos graves acomete todos os órgãos da criança, tornando-se
crónica e levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Um adequado tempo e
duração do aleitamento materno, bem como uma correta diversificação alimentar são
fundamentais no combate à desnutrição infantil.

Com a aplicação da antropometria, técnica mais utilizada na monitorização do crescimento


do indivíduo, é altamente sensível às alterações do estado desnutrição.

Sendo Moçambique um dos países mais pobres do Mundo, oque afecta directamente as
pessoas em zonas suburbanas. Quase metade da sua população vive abaixo do limiar da
pobreza, comprometendo as suas práticas alimentares e o seu estado de nutrição.

1.4 Objectivos
1.4.1 Objectivo Geral:

- Avaliar o estado de nutrição no 0 aso 2 anos de vida, em crianças da localidade de Naholoco


na província de Nampula, Moçambique.

1.4.2 Objectivos Específicos:

- Estudar a taxa de desnutrição das crianças e as causas influenciadoras da desnutrição;

- Descrever os factores influenciadores da desnutrição;


CAPÍTULO II: REFERÊNCIAS TEÓRICOS
Para (Thomas D, 1990), A taxa de mortalidade de crianças abaixo dos 5 anos de idade é um
dos indicadores do nível de desenvolvimento de um país uma vez que esta faixa etária se
caracteriza por uma vulnerabilidade às alterações do estado de nutrição, comprometendo o
seu crescimento e desenvolvimento e acarretando sérias consequências para a saúde das
populações.

2.1 CONCEITOS BÁSICOS


2.1.1 DESNUTRIÇÃO

A desnutrição ocorre quando o aporte de alimento é insuficiente para suprir as necessidades


nutricionais. É responsável por mais de 1/3 das mortes de crianças em todo o mundo (WHO,
2010). Pode classificar-se desnutrição como aguda ou crónica.

Por outro lado, a falta de conhecimentos necessários para tomar decisões corretas sobre o
consumo alimentar dos filhos, em adição às infecções frequentes, particularmente, diarreias e
parasitoses, contribuem para as carências específicas da desnutrição (Shetty, 2003; Black RE,
2008).

A desnutrição pode ser classificada como leve, ligeira, moderada, grave ou severa,
independentemente de ser aguda ou crónica. Segundo o programa mundial de alimentação
(PMA) de 2013, 35% de crianças com menos 5 anos apresentavam desnutrição crónica,
sendo que os países africanos apresentavam os valores mais elevados.

Para (Gómez F, 1956) classifica a desnutrição em três graus, tendo em conta o peso para
idade (P/I), enquanto Waterlow et al adoptaram a classificação com base no peso-altura (P/A)
e altura para idade (A/I), classificando assim a desnutrição em aguda a crónica (Waterlow JC,
1977).

De um modo geral, a desnutrição afecta todos os grupos etários de uma comunidade. No


entanto, os recém nascidos e crianças pequenas são os indivíduos mais vulneráveis, assim
como as mulheres grávidas (Motta, 2001; Fernandes, 2003).

2.2 NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO E CRESCIMENTO FETAL

Um adequado estado nutricional da mãe antes da gravidez é essencial para o


desenvolvimento e crescimento fetal. O peso da mãe antes da gravidez tem um efeito
significativo sobre o peso da criança ao nascer (Blair NJ, 2007; MS, 1987).
Durante a gravidez, a suplementação pode tornar-se particularmente importante nos países
em desenvolvimento, onde as mães têm um padrão alimentar desajustado para as suas
necessidades nutricionais. A exposição à escassez de alimentos durante o terceiro trimestre da
gravidez tem efeitos significativos no peso ao nascer da criança. Este período de crescimento
exige uma elevada demanda de nutrientes e é sensível ao surgimento de patologias crónicas.

Embora se saiba que as recomendações nutricionais durante a gravidez não diferem muito das
da população, pouco se sabe sobre o impacto da alimentação antes e durante a gravidez no
crescimento e desenvolvimento fetal, uma vez que as dificuldades na realização de trabalhos
de investigação são consideráveis (Kind K, 2006).

Nos países mais carenciados é possível verificar a evolução da gestação e do crescimento


fetal é afectada pelo risco de desnutrição, anemia, deficiências vitamínicas, restrição do
crescimento intra-uterino, uso de drogas e infecções, resultando num aumento dos índices de
prematuridade, baixo peso ao nascimento e desnutrição pós-natal (Eisenstein E, 2000). O
peso ao nascer tem uma forte influência no estado de saúde e sobrevivência das crianças (24).

2.2.1 ALEITAMENTO MATERNO, CRESCIMENTO E


DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

O aleitamento materno exclusivo parece estar relacionado com a redução da mortalidade em


crianças nos primeiros 5 anos de vida. A Associação Americana de Pediatria (AAP) e a
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno exclusivo como o
único alimento a ser dado a uma criança até completar 6 meses de vida.

Define-se alimento misto, se além do leite materno o lactente receber uma fórmula infantil e
define-se como parcial se o aleitamento materno for acompanhado de alimentação
complementar (Guerra A, 2012).

O leite materno contém componentes bioactivos resistentes ao processo digestivo que ajudam
na maturação do sistema imunológico da criança. É um alimento bem tolerado pela criança
que contém imunoglobulina secretora IgA, e IgG, tem propriedades antinflamatórias e ajuda
no combate as infecções em crianças com um sistema imunológico imaturo (Garofalo RP,
1999).
2.2.2 DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR E NECESSIDADES
NUTRICIONAIS DA CRIANÇA

É consensual que do ponto de vista da evolução maturativa, o lactente de termo esteja


preparado para o início da diversificação alimentar a partir dos 4 meses de vida (Anderson J,
2009). Por outro lado, estudos observam que nos países em vias de desenvolvimento existem
grandes limitações na disponibilidade de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade.

É consensual que do ponto de vista da evolução maturativa, o lactente de termo esteja


preparado para o início da diversificação alimentar a partir dos 4 meses de vida (Anderson J,
2009). Por outro lado, estudos observam que nos países em vias de desenvolvimento existem
grandes limitações na disponibilidade de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade.

A OMS define a diversificação alimentar como o tempo em que todas as crianças devem
começar a receber alimentos para complementar a amamentação, e deve ser iniciada aos 6
meses, para que se possa manter um desenvolvimento adequado (WHO/UNICEF, 1998).

Em Moçambique, o milho é o alimento principal da dieta; assim sendo, a maioria das


crianças consomem papas de farinha de milho como o primeiro alimento, sendo que a
maioria das mães adiciona açúcar de mesa para adoçar e dar um paladar agradável. As
necessidades energéticas estimadas são aproximadamente 615Kcal/dia a partir dos 6 meses
de vida, 686Kcal/dia dos 9 aos 11 meses e 894kcal/dia dos 12 aos 24 meses de idade
(Daelmans B, 2003). Em Moçambique, particularmente no norte, grande parte do valor
energético é consumido através da ingestão de batata-doce e farinha de mandioca nas
refeições principais.

2.2.3 ASPECTOS SOCIOCULTURAIS

De acordo com diferentes aspectos culturais onde possam estar inseridas, as crianças nos
primeiros meses de vida podem alimentar-se de leite materno, chás e sumos, segundo a classe
social, e região do país. Por outro lado, a criança de família de baixo poder económico, cuja
mãe não consegue amamentá-lo, acaba muito cedo por receber alimentos que são
considerados desadequados para a idade (Woortmann, 1978).

A disponibilidade e o acesso aos alimentos influenciam o consumo alimentar da criança. A


infância é, do ponto de vista psicológico, socioeconómico e cultural, influenciada pelo
ambiente onde vive. Dessa forma, as atitudes são, frequentemente, reflexos desse ambiente.
CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA

De acordo com Gil (1999, p.42), a pesquisa consiste num “processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico. O objectivo fundamental da pesquisa é descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

De acordo com Martins (2008), a metodologia é a etapa que dará inicio à pesquisa, pois ela
responde a algumas questões que darão acesso aos dados. Segundo Dmitruk (2004), neste
momento da pesquisa devem ser apresentados a natureza ou tipo de pesquisa, indicadas as
fontes seleccionadas, o universo de pesquisa e os recursos técnicos para a colecta e análise
dos dados colectados

3.1 QUANTO AO MÉTODO

O método indutivo tem como ponto de partida a observação para, daí, elaborar uma teoria. De
acordo com o indutivista, a ciência começa com a observação. A observação, por sua vez,
fornece uma base segura sobre a qual o conhecimento científico pode ser construído, e o
conhecimento científico é obtido a partir de proposições de observação por indução.
Afirmações a respeito da construção do conhecimento rigorosas como esta sofrem de
dificuldades quanto a sua validade, como demonstra o problema da indução.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO FAMILIAR


3.2.1 Caracterização do estado de nutrição das mães

Far-se-á a medição do peso e altura das mães de acordo com os padrões da OMS, tendo
posteriormente ter que calcular o IMC.

3.2.2 Antecedentes maternos

Proceder-se-á à recolha do número de gestações e de partos anteriores assim como os hábitos


tabágicos e alcoólicos da mãe durante a gravidez.

3.2.3 Avaliação demográfica

Relativamente às condições socioeconómicas da família da criança, recolher-se-á dados do


agregado familiar (escolaridade das mães, número de irmãos e número de pessoas que fazem
as refeições na mesma habitação onde reside a criança).
CAPITULO VI: PROCEDIMENTOS ORGANIZACIONAIS
4.1 CRONOGRAMA

Descrição das Tarefas a 2020


Etapas Executar Meses Observação
Out Nov Dez Ja Fev Mar
n
1ª Preparação do projecto de
pesquisa
2ª Estudo da relevância do Tema
3ª Levantamento e Revisão
bibliográfico
4ª Descrição do projecto
5ª Aprovação do Projecto
6ª Planificação do trabalho no
Gabinete
7ª Levantamento dos dados no
Campo
8ª Análise e interpretação dos dados
9ª Conclusão do Relatório final
10 ª Entrega do Projecto

4.2 ORÇAMENTO

Ord Descrição da despesa Preço por unidade Quantia Valor Total


(MT) (MT)
01 Viagem de Campo 1200,00 2 (Ida/Volta) 1.000,00
02 Alimentação no Campo 200,00 200/Dias 600,00
03 Deslocação dos bairros 500 Dias 500
04 Lápis, Caneta, Borracha ------- -------- 100,00
05 Caderno de nota de Campo 125,00 1 125,00
06 Impressão do plano de Actividades 10,00 1 10,00
07 Impressão do Relatório ---------- 4 ---------------
08 Total………………………………………………………………………… ------------
09 Imprevistos…………………………………………………………………. -----------
10 Total………………………………………………………………………... ------------
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anderson J, M. K. (2009). Is 6 months still the best for exclusive breastfeeding and
introduction of solids? A literature review with consideration to the risk of the
development of allergies. Breastfeed Rev.

Black RE, A. L. (2008). Maternal andchild undernutrition: global and regional exposures
and health consequences. Lancet.

Blair NJ, T. J. (2007). Risk factors for obesity in 7-year-old European children: the Auckland
Birthweight Collaborative Study. Archives of disease in childhood.

Daelmans B, M. J. (2003). Conclusions of the Global Consultation on Complementary


Feeding. Food Nut Bull.

Eisenstein E, C. K. ( 2000). Nutrição na adolescência. Rio de J: J Pediatr.

Fernandes, B. S. (2003). Nova abordagem para o grave problema da desnutrição infantil.


Estudos Avançados.

Garofalo RP, G. A. (1999). Expression of functional immunomodulatory and anti-


inflammatory factors in human milk. Clin Perinatol.

Gómez F, G. R. (1956). Mortality in second and third degree malnutrition. J Trop Pediatr.

Guerra A, R. C. (2012). Alimentação e nutrição do lactente. Acta Pediatr Port.

Kind K, M. V. (2006). Diet around conception and during pregnancy – effects on fetal and
neonatal outcomes. Reprod Biomed Online .

Motta, M. E. (2001). Desnutrição e obesidade em crianças: delineamento do perfil de uma


comunidade de baixa renda. J Pediatr.

MS, K. (1987). Determinants of low birth weight, methodological assessment and meta-
analysis. Bull World Health Organ.

Shetty. (2003). Malnutrition and undernutrition. Medicine.

Thomas D, S. J. (1990). Child survivall, height for age and household characteristics in
Brazil. J Dev Econ.
Waterlow JC, B. R. (1977). The presentation and use of height and weight data for
comparing the nutritional status of groups of children under the age of 10 years. Bull
World Health Organ.

WHO. (2010). 10 facts on nutrition.

WHO/UNICEF. (1998). Complementary feeding of young children in developing countries: a


review of current scientific knowledge. Geneva: World Health Organization.
WHO/NUT/98.

Woortmann, K. (1978). Hábitos e ideologias alimentares em grupos sociais de baixa renda.


Mimeo (Brasília).

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