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Recapitulação das aulas anteriores.

Quando eu falo uma palavra eu estou fazendo referência a uma afecção que tenho
na alma.

Através do processo chamado abstração, a alma entra em contato com a coisa e,


por meio da experiência, abstrai da experiência a essência da coisa (seu significado) e
formando um conceito.
A primeira operação é a operação de abstração. Simbolizar através de um nome é
a segunda operação do intelecto. O que há em primeiro lugar é o momento de captação
da essência por meio do processo de abstração. Esse conceito é o mesmo para todos os
seres que conhecem. Todos obterão o mesmo significado diante de um mesmo objeto. O
processo de abstração é um só e se dá do mesmo modo em todos.
O momento de simbolização, sim, é convencional. As coisas na voz são símbolos
da afecção na alma, e o símbolo, sim, é convencional. No entanto, o símbolo me remete
a um dado universal (o conceito), que é a afecção da alma, e uma vez conhecendo o
conceito, o significado da coisa, eu posso conhecer a coisa indiretamente. Eu não
conheço diretamente a coisa, mas conheço a alma que conhece a coisa. A relação não é
direta: eu conheço a alma que conhece a coisa. Eu conheço onde reside o significado da
coisa. Uma vez conhecendo o significado da coisa, eu posso conhecer indiretamente a
coisa. É por isso que a base do triângulo semântico está pontilhada e não está direta.
(lembrar o triangulo na aula passada).
A relação nome-coisa é uma representação convencional, mas que tem como base
o conhecimento do universal, ou seja, da alma, que me possibilita o significado da coisa.
Deste modo, eu não conheço diretamente. Não há uma relação direta entre nome e
coisa, mas uma indireta, porque eu conheço a alma através do nome, e a alma me
possibilita o conhecimento da coisa.

A linguagem tem uma função comunicacional: ela serve para comunicar nossos
sentimentos.
A entidade mental é um sinal natural produzido pelo modo como a realidade
natural afeta nossa mente. O conhecimento não é da ordem da linguagem, mas da ordem
da razão. A linguagem apenas expressa o conhecimento, mas não é a fonte dele.

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