You are on page 1of 4

FONOLOGIA, ACENTUAÇÃO, FORMAÇÃO DAS

PALAVRAS E ORTOGRAFIA
FONEMA
Letra=Grafia.
Fonema=Som.

CALHA
5 letras: c, a, l, h, a.
4 fonemas: /ke/, /a/, /lhe/, /a/.

TÁXI
4 letras: t, a, x, i.
5 fonemas: /te/, /a/, /ke/, /se/, /i/.

ENCONTROS VOCÁLICOS

Semivogal: U e I + vogal e E e O + vogal quando átono.

Ditongo: Junção de duas vogais: ca-iu; viu; tou-ro; den-tais.


- Ditongo Crescente: semivogal + vogal: cárie, história, tênue.
- Ditongo Decrescente: vogal + semivogal: touro, dentais, peixe.
- Ditongo Oral: som sai completamente pela boca: tênue, dentais.
- Ditongo Nasal: som sai pelo nariz: pão, mãe, também, cantaram.
Curiosidade: AM e EM, em final de palavras, representam ditongos decrescentes nasais. Perceba que os sons
que ouvimos são: /tã-bei/ e /cã-ta-rau/. A sempre é vogal.

Tritongo: Ocorre quando juntamos três sons vocálicos numa única sílaba, sendo sempre semivogal + vogal +
semivogal: iguais; quão; Uruguai.
- Tritongo Oral: Quando o som sai apenas pela boca: iguais.
- Tritongo Nasal: Quando o som sai pelo nariz: quão.

Hiato: Ocorre quando colocamos, simultaneamente, em uma palavra duas vogais, que pertencem a sílabas
diferentes: sa-í-da; co-o-pe-rar; ga-ú-cho; ru-im.

ENCONTROS CONSONANTAIS
- Encontros consonantais perfeitos: Sons consonantais que pertencem à mesma sílaba: pro-ble-ma;
psico-lo-gi-a; pe-dra.
- Encontros consonantais imperfeitos: Sons consonantais que pertencem a sílabas diferentes: dig-no;
per-fei-to; ar-tis-ta.

DÍGRAFO
Ocorre quando duas letras representam um único som:
- Dígrafo Consonantal: CH — chá, LH — telha, NH — ninho,1 GU — foguete, QU — quilo, RR — carro, SS
— assado, SC — descer, SÇ — desço, XC — exceto, XS — exsudar.
- Dígrafo vocálico: AM — tampa, EM — tempo, IM — tímpano, OM — tombo, UM — tumba, AN — anta,
EN — entortar, IN — interno, ON — onda, UN — untar.
Curiosidade: Os grupos GU e QU, quando trazem o U pronunciado, não representam dígrafos, pois nesse caso G
e Q têm um som e U tem outro: aguentar; sagui; tranquilo; aquoso.

SÍLABA
A base da sílaba em Língua Portuguesa é sempre uma vogal; portanto, não existe sílaba sem vogal.
- Monossílaba: uma única sílaba: chá, pé, me, lhe.
- Dissílaba: duas sílabas: café, sofá, onça, digno.
- Trissílaba: três sílabas: copinho, socorro, agora, adrede.
- Polissílaba: quatro ou mais sílabas: limonada, chocolatezinho, Atanagildetina, desoxirribonucleico.
TONICIDADE e ACENTUAÇÃO
As sílabas de uma palavra podem ser fortes ou fracas. As sílabas fortes são chamadas de TÔNICA, e as sílabas
fracas são chamadas de ÁTONAS.
Ex: paralelepípedo: pí é a sílaba tônica, as outras são átonas. sapato: pa é a sílaba tônica, as outras são átonas.
As palavras monossílabas, por possuírem apenas uma sílaba, devem ser chamadas de tônicas ou átonas:
- Monossílaba tônica: possui sentido próprio quando está só: chá, pá, mês.
- Monossílaba átona: não possui sentido próprio quando está só: com, em, lhe.
Palavras com duas ou mais sílabas são classificadas de acordo com a posição que a sílaba tônica ocupa dentro
da palavra:
- Oxítona: é a palavra cuja última sílaba é forte: café, maracujá, ananás.
-> Acentuação: acentua-se as oxítonas terminadas em A(s), E(s), O(s), EM(ens), ÉI(s), ÓI(s), ÉU(s):
Cipó, parabéns, herói;
- Paroxítona: é a palavra cuja penúltima sílaba é forte: sapato, educado, revólver.
-> Acentuação: Não se acentua paroxítonas terminadas em: A(s), E(s), O(s), EM(ens): FáciL,
SapatO. Exceção: se acentua ditongo crescente (me-mó-rIA; his-tó-rIA) e paroxítonas terminadas em EI(s), OI(s),
EU(s)(He-roi-co).
- Proparoxítona: é a palavra cuja antepenúltima sílaba é forte: lâmpada, metafísica, pássaro.
-> Acentuação: Todas as proparoxítonas são acentuadas.
REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO
- Hiato: I ou U seguido de S ou sozinho: Sa-ú-de; Pa-ís; Ba-ús. Exceção: Quando seguido por NH: Ra-i-
nha.

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


Estrutura das palavras
- Radical (ou morfema lexical): É o elemento que contém a significação básica da palavra: livro, livraria, livreira.
- Desinência (ou morfema flexional): São elementos terminais do vocábulo. Servem para marcar:
a) desinências nominais: Flexão de gênero e número nos nomes;
b) desinências verbais: Flexão de pessoa/número e tempo/modo nos verbos ():
■ meninas = menin (radical) + a (desinência nominal de gênero feminino) + s (desinência nominal
de número plural)
■ amávamos = am (radical) + á (vogal temática) + va (desinência verbal modo-temporal) + mos
(desinência verbal número-pessoal)
- Vogal temática: É o elemento que, nos verbos, serve para indicar a conjugação. São três:
a — Para verbos de 1ª conjugação: fal+A+r
e — Para verbos de 2ª conjugação: varr+E+r
i — Para verbos de 3ª conjugação: part+I+r
Curiosidade: O verbo pôr e seus derivados (compor, repor, impor etc.) incluem- se na 2ª conjugação, pois a sua
forma original em português é poer.
A vogal temática também pode aparecer nos nomes. Neste caso, sua função é a de preparar o radical para
receber as desinências. mares = mar (radical) + e (vogal temática) + s (desinência nominal de número plural)
- Tema: É o radical acrescido da vogal temática. bebemos = beb (radical) + e (vogal temática) + mos (desinência
verbal número-pessoal), bebe = tema.
- Afixos: Elementos de significação secundária que aparecem agregados ao radical. Podem ser:
■ Prefixo — morfemas que se antepõem ao radical: reluz, expor.
■ Sufixo — morfemas que se pospõem ao radical: moralista, lealdade.
- Vogal e consoante de ligação: São elementos que, desprovidos de significação, são usados entre um morfema
e outro para facilitar a pronúncia. gasômetro = gás + metro — o é vogal de ligação chaleira = chá + eira — l é
consoante de ligação.

Formação das palavras


- Derivação: Forma palavras pelo acréscimo de afixos. A derivação se divide em:
■ Prefixal (ou prefixação) - Pela colocação de prefixos: reler, infeliz, ultravioleta, super-homem.
■ Sufixal (ou sufixação) - Pela colocação de sufixos: boiada, canalizar, felizmente, artista.
■ Prefixal-sufixal (ou prefixação-sufixação) - Pela colocação de prefixo e sufixo numa só palavra:
deslealdade, infelizmente, desligado.
■ Parassintética (ou parassíntese) - Pela colocação simultânea de prefixo e sufixo numa mesma
palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer.
Curiosidade: A diferença entre a derivação prefixal-sufixal e a derivação parassintética está no fato de que na
primeira podemos tirar o prefixo ou o sufixo e a palavra continua existindo; na segunda, se tirarmos o prefixo ou
o sufixo, o que sobra não existe em língua portuguesa: deslealdade = desleal, lealdade — derivação prefixal-
sufixal; entardecer = *entarde, *tardecer — essas palavras não existem — derivação parassintética.
■ Regressiva - Pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sarampão), pesca (de pescar),
barraco (de barracão), boteco (de botequim).
Curiosidade: Quando a palavra original a ser reduzida é um verbo, recebe o nome de derivação regressiva
deverbal: pesca (de pescar)
■ Imprópria - Pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar (substantivo formado pelo uso do
verbo jantar), o belo (substantivo formado pelo uso do adjetivo belo).
- Composição: Forma palavras pela ligação de dois ou mais radicais. A composição se divide em:
■ Justaposição: Quando os radicais se unem sem alterações: passatempo, girassol, guarda-comida, pé
de moleque.
■ Aglutinação - Quando na união dos radicais há alteração de, pelo menos, um deles: fidalgo (filho +
de + alguém), embora (em + boa + hora), planalto (plano + alto).
■ Hibridismo - Forma palavras pela união de elementos de línguas diferentes: automóvel (auto —
grego + móvel — latim), abreugrafia (abreu —português + grafia — grego), monocultura (mono — grego +
cultura —latim), burocracia (bureau — francês + cracia — grego).
■ Onomatopeia - Forma palavras pela reprodução aproximada de sons ou ruídos e vozes de animais:
tique-taque; pingue-pongue; miar; zunir; mugir.
■ Abreviação - Forma palavras pela redução de um vocábulo até o limite que não cause dano à sua
compreensão: moto (por motocicleta), pneu (por pneumático), foto (por fotografia), Itaquá (por
Itaquaquecetuba), pornô (por pornografia), quilo (por quilograma).
Curiosidade: Não confunda abreviação com abreviatura. Abreviatura é a redução na grafia (somente na grafia,
nunca na pronúncia) de determinadas palavras, limitando-as à letra ou letras iniciais e/ou finais: abreviatura =
abr., abrev. academia = acad.
■ Sigla - É a redução das locuções substantivas às letras ou sílabas iniciais: IBGE — Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, MASP —Museu de Arte de São Paulo, Sudene — Superintendência para o
Desenvolvimento do Nordeste.

ORTOGRAFIA
EMPREGO DO HÍFEN
a) para ligar as partes de adjetivo composto: verde-claro, azul-marinho, luso-brasileiro.
b) para ligar os pronomes mesoclíticos ou enclíticos: amá-lo-ei, farme-á, dê-me, compraram-na.
c) para separar as sílabas de uma palavra, inclusive na translineação (mudança de linha): a-ba-ca-xi, se-pa-ra-
do.
d) para ligar os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando
cada um à sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido: couve-flor, grão-
duque.
e) Hífen com prefixos e pseudoprefixos ante-, anti-, circum-, co-, contra-, des-, entre-, extra-, hiper-, in-, infra-,
inter-, intra-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-,
macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, pre-, pro-, proto-, pseudo-, re-, retro-, semi-, tele- etc.
Emprega-se o hífen nos seguintes casos:
- Antes de h: anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-harmônico, extra-humano, sub-hepático, super-
homem, ultra-hiperbólico; arquihipérbole, eletro-higrômetro, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi-
hospitalar.
Curiosidades:
1: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo
elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil, inumano.
2: Nas formações com os prefixos circum- e pan-, também se emprega o hífen quando o segundo elemento
começa por vogal, h, m, n: circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano,
pan-harmônico, pan-mágico, pan-negritude.
- Nas formações em que o prefixo/pseudoprefixo termina na mesma letra com que se inicia o segundo
elemento: anti-ibérico, contraalmirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, autoobservação, eletro-
ótica, micro-onda, semi-interno; ad-digital; hiperrequintado; sub-barrocal; sub-base; Curiosidade: Nas
formações com o prefixo co-, pre-, pro-, re-, estes se aglutinam em geral com o segundo elemento mesmo
quando iniciado por e ou o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, preeminente,
preeleito, preenchido, proativo, reedição, reeleição.
- Nas formações com os prefixos além-, aquém-, bem-, ex-, pós-, pré-, pró-, recém-, sem-, sota-/soto-
, vice-/vizo-: além-Atlântico, aquém-Pirineus, bem-criado, bem-vindo, ex-almirante, ex-diretor, exhospedeira,
ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei , pósgraduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-africano,
próeuropeu, recém-eleito, sem-cerimônia, sem-vergonha, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor.
Curiosidade: Em muitos compostos, o advérbio bem- aparece aglutinado ao segundo elemento: benfazejo,
benfeito, benquerença, benfazer, benquerer.
- Nas formações com o prefixo mal-, emprega-se hífen quando o segundo elemento começa por vogal,
h ou l: mal-afortunado, malentendido, mal-humorado, mal-informado, mal-limpo.
- Nas formações com prefixos ab-, ob-, sob-, sub-, ad-, cujo elemento seguinte se inicia por r: ab-rupto,
ob-rogar, sob-roda, subreitor, ad-renal, ad-referendar.
f) Hífen com sufixos: Nas formações por sufixação, apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por
sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como -açu, -guaçu e -mirim, quando o
primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos
dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.
g) Hífen em locuções: Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega, em geral, o hífen. Sirvam, pois, de exemplo as
seguintes locuções:
- Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar.
- Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho.
- Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja.
- Adverbiais: à parte, à vontade, depois de amanhã, em cima, por isso.
- Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, debaixo de,
enquanto, por baixo de, por cima de, quanto a.
- Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.
Curiosidade: Algumas exceções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

USO DO PORQUÊ
Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa?
Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.
Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Exemplo: Você não gosta dessa matéria, por quê?
Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo: Gostaria de saber o porquê dele não
falar mais comigo.

You might also like