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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

(negrito, tamanho 20)

Autor (es)
(tamanho 16)

Título
(tamanho 18)

Curso
Disciplina (formato sigla – nome)
(itálico, tamanho 18)

Ano
(itálico, tamanho 20)
1. Introdução
1.1 Espectroscopia

A espectroscopia é um termo geral para a ciência que estuda a interação dos


diferentes tipos de radiação com a matéria.
A espectrometria e os métodos espectrométricos se referem às medidas das
intensidades da radiação usando transdutores fotoelétricos ou outros dispositivos
eletrônicos e abrangem um grupo de métodos analíticos baseados na
espectroscopia atômica e molecular.
Os métodos espectrométricos se baseiam em propriedades ópticas (mesmo que a
radiação não seja percebida pelo olho humano), quer sejam de emissão ou
absorção de radiação eletromagnética de determinados comprimentos de onda
(λ).

1.2 Espectroscópio

Um espectroscópio é um instrumento destinado a separar os diferentes


componentes de um espectro óptico. Constitui-se essencialmente de uma fenda
situada no plano focal de um colimador, um prisma ou rede de difração e um
anteparo (tela) onde se projeta (imagem real) o feixe dispersado. Em 1856, o
químico alemão Robert Wilhelm Bunsen (1811-1899) inventou o bico de gás
(bico de Bunsen), cuja vantagem era a de ter chama incolor. Quando um
elemento químico era colocado sobre a chama, as cores emitidas eram as da
substância, e não da chama. Bunsen tinha um colaborador mais jovem, o
físico Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), de Heidelberg, ele sugeriu que as
cores seriam melhor distinguidas se passadas através de um prisma. Eles
colocaram um prisma na frente de um conjunto de lentes e passaram
a identificar as linhas com os elementos químicos figura 1. Os gases quentes
observados por Kirchhoff e Bunsen não emitiam um espectro contínuo. Eles
descobriram que cada elemento gerava uma série de linhas diferentes. Por
exemplo, o neônio tinha linhas no vermelho (por isto um cartaz de neon é
vermelho), o sódio tinha linhas no amarelo e o mercúrio tinha linhas no amarelo
e no verde.

Figura 1: Espectroscópio de Bunsen e Kirchhoff

Através de um espectroscópio pode-se identificar as linhas refletidas pelo


prisma com os elementos químicos. O espectrômetro é um aparelho
simples composto essencialmente de um sistema colimador, um
elemento de dispersão de luz e de um sistema analisador; sua função é
analisar a luz proveniente de uma fonte luminosa. Para dispersar um
feixe luminoso o espectrômetro utiliza uma rede de difração ou um
prisma. Se o feixe é composto por mais de um comprimento de onda,
as diferentes cores (comprimentos de onda) são dispersas em ângulos
diferentes formando um espectro luminoso. O aparelho permite fazer
uma medição apurada dos ângulos nos quais se dá a dispersão para
cada cor. Cada elemento do espectrômetro é esquematizado na figura
2.

Figura 2.. (Esquerda) Goniômetro com lâmpada de Sódio (Na) orientado para observar
o espectro com prisma no ângulo de desvio mínimo. A lupa é utilizada para ver melhor
(Direita) Espectros de algumas lâmpadas.

2. Objetivos
 Conhecer e se familiarizar com a técnica e uso do espectrômetro óptico
de difração.
 Estudar e compreender o espectro de emissão para o átomo de mercúrio
(Hg) conforme o modelo atômico proposto por Bohr
 Comparar os dados obtidos com os valores tabelados pelo NIST órgão
internacional
3. Parte Experimental.
3.1 Materiais e equipamentos
 Monocromador difuso (prisma)
 Lâmpada de mercúrio.

3.2 Procedimento
A lâmpada de Hg foi posicionada no suporte junto à fenda de entrada do
colimador do espectrômetro e conectada a fonte de tensão. Aguardou-se a
estabilização da lâmpada com objetivo de desenvolver uma intensidade razoável.
Foi observada no telescópio a imagem da lâmpada através da fenda e regulou-se
a abertura da mesma e das lentes colimadoras para obter um feixe estreito, fácil
de visualizar e com uma imagem nítida. Utilizando o controle de rotação do
telescópio de observação, girou-se o botão de nivelamento até que a imagem dos
retículos de luz coincida na horizontal. Determinou-se o comprimento de onda
de cada raia espectral observada.

4. Resultados e discussões
A partir do desenvolvimento da atividade prática, foram determinados os
comprimentos de onda (λ) em Angstron e em nm comparados com o padrão
NIST conforme ilustra tabela 1.
Comp. Comp.
Cor raia Comp. Onda Cor NIST
Onda (λ) Onda (λ)
observada (λ) nm NIST tabelada
nm A°
Azul 404,4 4044 404,66 Violeta
Azul 435,6 4356 438,83 Azul
Azul 436,0 4360 438,83 Azul
Azul 436,0 4360 438,83 Azul
Azul 436,25 4362,5 438,83 Azul
Verde 545,8 5458 546,0 Verde
Verde 545,8 5458 546,0 Verde
Verde 546,0 5460 546,0 Verde
Laranja 578,0 5780 578,01 Amarelo
Laranja 578,0 5780 578,01 Amarelo
Laranja 578,0 5780 578,01 Amarelo
Tabela 1: Relação de cores observadas e comprimento de onda (λ)

O espectro da lâmpada de Hg foi observado e possuía características próximas as


ilustradas na figura 3.

Figura 3: Espectro da lâmpada de Mercúrio


http://www.lip.pt/~varela/fexpIV/slides/espectrosatomicos2.pdf
Cada raia espectral é caracterizada por uma freqüência e um comprimento de
onda. Constitui fato experimental de grande importância o de cada elemento
químico originar raias espectrais cujos comprimentos de onda lhe são
característicos, funcionando como “impressões digitais” do elemento em estudo.
De acordo com as referencias proposta pelo NIST e comparando-as com os
resultados obtidos pelo procedimento pode-se dizer que nas raias de cores
violeta, azul, verde e amarela, os comprimentos de onda comparados com os
resultados obtidos no experimento foi obtido um erro relativo de 0,43%, 0,65%,
0, 024% e 0,0017% respectivamente e com relação as cores das raias
observadas como azul ao invés de violeta como no padrão, laranja ao invés de
amarela como padrão pode ser justificada por interferências da iluminação do
ambiente, dificuldades de focalização do equipamento, acuidade visual do
operador, comprometendo parcialmente os resultados obtidos.

5. Conclusão
Com o experimento desenvolvido foi pos
sível a familiarização com a técnica e equipamento espectrômetro óptico de
difração, o conceito de emissão e absorção de radiação para o átomo de Hg, bem
como para outros elementos foram melhor compreendidos. O modelo atômico
atual foi melhor compreendido, bem como o conceito da luz como onda e
partícula proposto atualmente. Os dados propostos na tabela NIST das cores das
raias e dos comprimentos de onda comparados aos obtidos pelo grupo em
procedimento prático demonstrou um pequeno desvio, porém é justificado pelas
reais condições do desenvolvimento do experimento.
.
Referencias
RAMALHO JÚNIOR, Francisco; GILBERTO FERRARO, Nicolau e SOARES,
Paulo Antônio de Toledo. Os Fundamentos da Física - 8ª ed. rev. e ampl. - São
Paulo: Moderna, 2003.

HALLIDAY, David & RESNICK, Robert.  Física 4.  4ª edição.  Livros


Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro

FRAGNITO, H. L.; COSTA, A. C. Dispersão da luz por um prisma, Janeiro


2010

Cada raia espectral é caracterizada por uma freqüência e um comprimento de onda. Constitui
fato experimental de grande importância o de cada elemento químico originar raias
espectrais cujos comprimentos de onda lhe são característicos, funcionando como
“impressões digitais” do elemento em estudo.

EXEMPLO:

www.lip.pt/~varela/fexpIV/slides/espectrosatomicos2.pdf
Espectro de raias do sódio

O elemento sódio produz duas raias amarelas brilhantes, próximas uma da outra; são as
raias D1 e D2 de comprimento de onda 5.896 Å (D1) e 5.890 Å (D2). Essas raias
aparecem quando a luz, dirigida para o prisma, provem tanto da chama de um bico de
Bunsen no qual tenha introduzido cloreto de sódio como da descarga elétrica realizada
numa ampola que contenha vapor de sódio.

Em 1885 Balmer estudando o espectro do hidrogênio descobriu que os números de onda

( ) correspondem às raias observadas que satisfazem à equação:

Onde n é um numero inteiro maior que 2 (n = 3, 4, 5, ... ) e é a constante de


Rydberg que para o hidrogênio tem valor = 1,10x10-2nm-1.

No espectro do hidrogênio outras raias foram descobertas, alem e aquém do espectro


visível de Balmer; essas raias obedecem a uma expressão mais geral estabelecida em
1908 por Ritz:

Onde n1 e n2 são números inteiros e n2 > n1. cada serie leva o nome do seu descobridor
(tabela abaixo.)

SÉRIES DE RAIAS NO ESPECTRO DO HIDROGÊNIO


Ano de
Série de n1 n2 Região do Espectro
Observação
1906 Lyman 1 2, 3, 4, ... Ultravioleta
1895 Balmer 2 3, 4, 5 ... Visível
1908 Paschen 3 4, 5, 6, ... Infravermelho
1922 Brackett 4 5, 6, 7, ... Infravermelho
1925 Pfund 5 6, 7, 8, ... Infravermelho

Outras séries de raias são observadas nos espectros atômicos de outros elementos
químicos. Para os metais alcalinos (sódio, potássio, rubídio e césio), as diversas raias
que aparecem são agrupadas em quatro séries: a série sharp ou fina (s), a principal (p)
muito brilhante, a difusa (d) e a quarta é a fundamental (f).

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