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O que é 0 conhecimento Ontem & noite, ja em mina cama, de luz apagada, agradével relaxamento que antecede 0 sono, enfregue © sonhos, fui violentamente trazic sentindo ogvel neios, quase ida de volta & realidade por estranho ruido Seria uma porta batendo? Alguém teria entrado em minha casa? Algo caira Ié fora? Seria 0 salto de um gato descuidado? (Ou seré que minha jimaginagao teria pregado uma peca em meus sev tidos quase adormecidos? rvido teria sido real ou imaginado? 1. Como saber? “Como saber?” ou “como conhecer?” € uma das perguntas fundamentais que vem perseguindo o ser humano ha muitos sécu- Jos. As respostas tém sido as mais variadas, dependendo da cultura, do periodo hist6ri co, do proprio saber acumulado, da estrutu- ra social, econdmica € politica da sociedade, do aparato tecnologico etc. Hoje conhecemos 0 aspecto das crateras Junares porque temos acesso a varias infor- maces, inclusive 4s imagens transmitidas antiga, algumas pes- ‘soas consultavam 0 Oriiculo de Delfos quando tinham algum problema grave.Os egipcios: Jiam seu destino nas entranhas de passaros ¢ ‘outros animais. No mundo contemporineo, ha os que jogam biizios, recorrem as carto- mantes ou ao tar6, H4 os que léem livros ¢ fazem pesquisas. Todos, de uma maneira ou de outra, tem por objetivo conhecer algum aspecto da realidade a fim de se posicionar frente a cle Como saber qual desses conhecimentos € verdadeiro? Sempre que nos indagamos a respeito do conhecimento estamos, automa- ticamente, tratando do problema da verdade, historia da busca do conhecimento ¢ a px pria historia da busca da verdade. 2. O conhecimento Da-se o nome de conbecimento a relaciv que se estabelece entre um sujeito cog: noscente (ou uma Consciéncia) € uM objet Todo conhecimento, portanto, pressupoe dois elementos: 0 sujeito que quer conhecer € 0 objeto a ser conhecido, que se apre tam frente a frente, dentro de uma relacio, Isso equivale a dizer que 0 conhecimento ¢ 0 alo, 0 processo pelo qual o sujeito se colo- cano mundo €,com ele, estabelece uma lige io. Por outro lado, o mundo € 0 que torn Possivel o conhecimento ao se oferecer aun Sujeito apto a conhecé-lo, $6 ha saber para © sujeito cognoscente se houver um mundo « conhecer, mundo este do qual ele € parte ‘uma vez que o proprio sujeito pode ser obie to de conhecimento. Por extensio, dése também o nome ie | conhecimento ao saber acumulado pelo ho mem através das geracdes. Nessa acepci. care tratando 0 conhecimento como pr luto da relacao sujeito-objeto, produto que Pode ser transmitido, Digitalizado com CamScanner EO .que€ oconhecimento Set Concreto, quan uma relagiig ¢ go com individual. Por exempy a 0, 0 conheci- que temos de um Amigo determina. ns € mulheres, jovens € velhos, § OU No. Além disso, 0 contetido pas- ser apreendido pela intuicao sensivel hecimento direto pelos sentidos) esva- uma Vez que o conceito de homem*nio fem sexo, nem idade,nem cor.nem ticas de personalidade’” definidos. or isso, se de um lado 0 conhecimento 0 nos ajuda a organizar e compreen- numero imenso de acontecimentos, outro ele nos afasta da realidade concre- verdadeiro conhecimento se da dentro sso dialético de ida ¢ vinda do con- ‘para 0 abstrato, processo esse que ja- ‘tem fim € que vai revelando 0 mundo 0 na sua riqueza ¢ diversidade. emos ainda ressaltar que a relacio de ecimento implica uma transformacao do sujeito quanto do objeto. O sujeito ‘transforma mediante 0 novo saber, € 0 eto também se transforma, pois o conhe- ento Ihe da sentido. mundo muitos modos de conhecer 0 mundo, dependem da postura do sujeito diante Objeto de conhecimento: 0 mito, 0 senso mum, a ciéncia, a filosofia ¢ 4 arte. €s so formas de conhecimento, pois cada ! ea um, a seu modo, sca desvendar os segre- dos do mundo, at wuindo-the um sentido. O mito Proportiona um conhecimento: que € magico porque ainda vem permeado Pelo desejo de atrair o bem e afastar o mal, dando seguranca ao ser humano. O senso comum ou conhecimento espon- tineo € a primeira compreensio racional do ‘mundo resultante da heranca do grupo aque ertencemos das experiéncias atuais que continuam sendo efetuadas A ciéncia, procurando desvendar a nature- 7a partir, principalmente, das relagdes de cae sa € efeito,aspira pelo conhecimento objetivo (sto €,fundado sobre as caracteristicas do ob- jeto,com interferéncia minima do sujeito);bus- cao conhecimento logico, fazendo uso de mé- todos desenvolvidos para manter a coeréncia interna de suas afirmacdes. A aplicagao da iéncia resulta no conhecimento tecnoldgico. filosofia, por sua vez, propoe oferecer um tipo de conhecimento que busca, com todo 0 rigor, origem dos problemas, relacionando- 8 outros aspectos da vida humana, sem res- tringir-se a uma tinica esfera do conhecimen- to ua um tinico aspecto do objeto. Jao conhecimento proporcionado pelaarte ‘nos ci nao 0 conhecimento de um objeto, mas de um mundo, interpretado pela sensibilidade do artistae traduzido numa obra individual que, pelas suas qualidades estéticas, recupera o vivi- do € nos reaproxima do conereto, Estes modos de conhecimento serio tra- tados separadamente nos capitulos que com- poem esta Unidade e na Unidade V, Estetica, 4. Conhecimento, pensamento e linguagem Como essa relagio entre sujeito € objeto, chamada conhecimento, se manifesta? Todo conhecimento manifesta-se por meio do pen- samento, Pensar é articular signos, ou seja, ligar ou unir as representagdes em cadeias, Podemos pensar de forma abstrata, fazen- | do uso de idéias e conceitos mais gerais. Nes- Digitalizado com CamScanner te caso, utilizamo-nos de linguagens = come as da matematica, da quimica, da linguagem verbal, isto é, da propria palavea — que per mitem um maior grt de abstra Por muito tempo, considerouse que o pensamento s6 poderia se efetivaratravés da linguagem verbal, Kant, filésofo alemao do século XVIII, na Critica da razdo pura, dit: “Pensar € conhecer através de conceitos”. Nos Prolegomenos a qualquer metafisica futura que possa vir a ser considerada ‘como ciéncia, ele vai mais longe:“Pensar € unir as representages na consciéncia. [...]A unio das representagdes em uma conscién- cia € 0 juizo. Pensar, portanto, € julgar”. Ao identificar pensamento com forma- ao de conceitos ¢ juizos, Kant liga imediata- mente pensamento ¢ linguagem verbal. Veja- mos por qué. ‘A linguagem verbal € um sistema simboli- co, isto €, um sistema de signos arbitrarios ‘com relagdo ao objeto que representam ¢, por isso mesmo, convencionais e dependentes da aceitacao social. Tomando como exemplo a palavra “livro”, percebemos que nada ha no ‘objeto entendido como livro que me leve a pronunciar essa palavra. Assim, nosso ato de designar um determinado objeto por um nome (livro) € arbitrario e, para sermos com- preendidos, devemos estar amparados por uma convengio,aceita pela comunidade dos falantes de lingua portuguesa, que garanta a ligacao entre 0 som “livro” (ou sua forma es- crita) € 0 objeto representado, ‘Os nomes, ou as palavras, so 0 simbolo dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas que 96 existem no pen- samento e na imaginagio, Fixam na memoria, ‘enquanto idéia, aquilo que ja no esta ao al- cance dos sentidos, criando um mundo esti- vel de representacbes que nos permitem falar do passado € fazer projetos para o futuro, A palavra, portanto, ranscende, vai além da situacao conereta, do vivido. A. palavra ja € uma abstract © CoM ela elaboramos conceitos emitimos julgamentos, bom frisar, no entanto, que exis gnagens ndoverbals que tambcs 9 ‘mite pensaf, pois S40 articulavers «) nos.O tipo de pensamento que clas «, sam, porém, é diferente, uma ver qi, Jinguagens nao operam por concen, emitem juizos. © pensamento € concreto quand . liza de imagens visuais, sonoras, olfativa, teis, cinestesicas ou de paladar. Quando .. colhemos as imagens que farao parte (i. filme e as montamos numa determinads . qiiéncia, quando articulamos as cores uma tela, ou, ainda, quando cantarolan. procurando os sons adequados pars») composicio musical, certamente estan pensando a partir de uma determinads | guagem € mostrando um conhecimente J mundo. Este tipo de pensamento, cham nio-verbal, esti preso ao mundo sensivc! 5. Conhecimento, pensamento e légica ‘Ja que o pensamento é a manifestac 6 conhecimento, ¢ que 0 conhecimento bus a verdade, é preciso estabelecer alguns ‘gras para que essa meta possa ser ating! Wate A ene © ramo da filosofia que culde ndo, BY das iepres bem pensar, ou do pensar co" % roto, ndo, portanto, um instrumento 0° _~pensar. : A aprendizagem da lgica nio consti"! um fim em si, Ela s6 tem sentido como "°° de garantir que nosso pensamento procs" Corretamente a fim de chegar a conhecit""” tos verdadeiros, Podemos, entio, ‘ize! ‘I a logica trata dos argumentos, isto ¢.¢!* °°" clusdes a que chegamos por meio “t 1? Sentacio de evidéncias que as susten’” © principal organizacior da logica “lS fol Atist6teles, com sua obra chamatla O'S ‘mon. Ele divide a logica em: formal ¢ male" Digitalizado com CamScanner ~~ ecimento ~ estabele Pensamento, inde sobre a qual corretament regras for. Pendentemente Pensamos; se 6gica material — trata da aplicacao das s do pensamento, segundo a ma- a natureza do objeto a conhecer. caso, Logica € a propria metodologia da ciéncia. £, portanto, somente no 0 da légica material que se pode falar de:o argumento ¢ verdadeiro quan- premissas so verdadeiras ¢ relaci adequadamente a conclusio. l6gica de Arist6teles € fundada sobre ‘principios:o da identidade ¢ 0 da nio- dicdo. Segundo o principio da iden- “0 que €,€", ou seja, uma coisa €0 nto de seus caracteres constitutivos: do afirmamos algo de alguma coisa, Jecemos uma identidade entre 0s entre 0 sujeito € 0 predicado. Con- ‘© principio da nao-contradicao, uma mio pode ser € nao ser ao mesmo po, € sob 0 mesmo aspecto; se A = Ay pode ser B. Por exemplo:0 café nao ‘estarao mesmo tempo, quente € ndo- ‘Alogica aristotélica pressupoe uma com cho estitica de mundo, na qual a realida € explicada a partir das ess cias imuta- e eternas. O raciocinio Raciocinar ou afyumentar € 0 ato proprio di raz20. E um tipo de operagio discursiva do Pensamento que consiste em encadear logicamente juizos ¢ deles tirar uma conclusao. © raciocinio vai de um juizo a outro, pas sando por varios intermediirios, Nesse sen- tido, podemos dizer que 0 raciocinio é um Conhecimento mediato, isto ¢,intermediado Por varios outros, ao contrario da intuigéo, que € 0 conhecimento imediato. Raciocinamos ou argumentamos quando colocamos juizos ou proposigdes que conte- nham evidéncias em uma ordem tal que ne- Cessariamente nos levam a um outro juizo,que se chama conclusao. E por juizo ou propost- ‘edo entendemos a afirmagao ou a negacao da identidade representativa de dois conceitos ou termos. Exemplo: 0 cio € amigo do homem. Quando nossos raciocinios ou argumen- tos sito incorretos, sio chamados de faldcia ou sofisma. pos de racioci formal Podemos raciocinar ou argumentar logicamente de trés modos diferentes, fizendo uso da dedugio, da inducao ou da analogia. logico- Raciocinio dedutivo — A dedugdo € um tipo de raciocinio que parte de uma propo- siglo geral (referente a todos os elementos de um conjunto) € conclui outra proposi- io geral ou particular (referente a parte dos elementos de um conjunto), que se apresen- ta como necessiria, ou seja, que deriva logicamente das premi Exemplos, ‘Todo metal dilata com 0 calor. ‘A prata € um metal. Logo, a prata dilata com 0 calor ‘Todo brasileiro é sul-americano, ‘Todo paulista é brasileiro, ‘Todo paulista é sul-americano. Digializado com CamScanner a ih Aristoteles chamava 0 vo de silogismo © 0 consi de rigor logico, Pica a dedugito niio nos oferece conhecimento novo, uma vez que a conclisiio sempre se apresenta Como um caso particular da Tel geral. A dedugio organiza ¢ especifica 0 co- nhecimento que ja temos, mas nio € gerado- ra de conhecimentos novos, Ela tem como ponto de partida o plano do inteligivel, ou seja, da verdade genal, jd estabelecida, Raciocinio indutivo — A indugdo € 0 ta ciocinio que, apos Considerar um suficiente numero de casos particulares, conclui uma proposigio geral. A indugio, ao contrario di dedugio, parte da experiencia sensivel, dos dados particulares. Exemplo: O cobre € condutor de cletricidade, ¢ prata, ¢ 0 ouro,€ 0 ferro, € 0 Zico... Logo, todo metal é condutor de elettick dade, F importante que a enumeragiio de dae dos (que correspondem a tantas experién: cias feitas) seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral, Entre- tanto, a indugdo sempre supde a probabili- dade, isto ©, ji que tantos se comportam de tal forma, € muito provivel que todos se comportem assim, Em fungao desse “salto”, ha maior possi- bilidade de erro nos raciocinios indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma exce- cao para invalidar a regra geral, Por outro lado, é esse mesmo" salto” em diregio ao pro- vavel que torna possivel a descoberta,a pro- posta de novos modos de compreender o mundo. Por isso, indugio € 0 tipo de racio- cinio mais usado em ciéncias experimentais, Outro tipo de raciocinio indutivo bastan. te utilizado € aquele que se desenvolve a par. tir do argumento de autoridade, uma yer que utilizar o testemunho de uma pessoa, insti- tuigio ou obra para sustentar uma conclusio € um modo vilido de apresentar evidencia, podemos concluir que todos 0 sobre o assunto slo igualment Quando usamos livros, au dias ou especialistas para fund raciocinio, estamos invocande + A autoridade € popula competéncia para opinar sol Nesse caso, 0 apelo utili ni lusdes sobre 6 = »POIS a Confiabili so te nfiabilidade da autoridade utiioaga nio anal6gico — & analogia & O que se desenvoive a partir da se- AGA entre casos particulates. Através Se chega a uma conclusio geral,mas Proposicao particular. Na vida pri- Mos muitas vezes por analogia:minis- bem na Xuxa,logo fica bem em mim, medio fez bem para meu amigo, portan- bem para mim;fulana emagreceu com da lua, logo eu também emagrece- Por diante. Fazemos muitas coi- 0s outros fazem, com a esperanca de mesmos resultados. ias podem ser fortes ou fracas, @ das semelhancas entre os dois objetos comparados. Quando a se- ¢a entre os objetos se manifesta em relevantes para 0 argumento, a analo- mais forca do que quando os objetos n semelhancas nio-relevantes para (0. Por exemplo, o fato de ter olhos (semelhanca com a Xuxa) nao justifica minissaia fique bem em alguém que enha semelhanga de idade ou de fisico. raciocinio analégico nao oferece cer- 4, mas, tio-somente, uma certa dose de idade. Por outro lado, porque exige © muito grande, abre espago para a tanto artistica quanto cientfica. iberg inventa a imprensa a partir da dio de pegadas deixadas no chao por jos de suco de uva. Fleming inventa a ‘ao ver, por acaso, que bactérias em laborat6rio morriam em con- ‘com © bolor que s¢ formara, Raciog do analogicamente, supde que bacterk ‘causavam doencas ao corpo humano m pudessem ser destruidas por bolor. do, pois, saber como podemos Co- ‘eo que garante a verdade do conheck — 59 ' mento} Percebemog que o ser humano cons troio seu conhee! ‘nto de varios modos,que cada um depende e um tipo de raciocinio diferente ¢ chega a uma verdade especifica, ou Scja,a verdad mitica, cientifica, filosofica e ar- Ustica sio bastante diferentes umas das outras. 6. Raciocinio légico-dialético _ O desenvolvimento da ciéncia a partir do século XVIII resultou em uma transformacio ‘no modo de ver 0 mundo: de estatica e imu tavel,a realidade passou a ser vista como di- naimica ¢ em constante mutacio. Contribuiram para essa nova visio a lei da conservagio transformagio da energia (aenergia nao pode ser criada,nem destruida, 86 alterada de uma forma para outra. Por exemplo,no motor elétrico,aeletricidade — uum tipo de energia — é transformada em cenergia mecinica que fiz funcionar 0 motor); a teoria da evolugio das espécies (os seres vivos que conhecemos sto conseqiiéncia do desenvolvimento e da transformacio das es- pécies através dos tempos). A propria historia nos mostra que o mun- do nao permanece igual a si mesmo. Tudo muda, tudo se transforma: os estilos de vida, as atividades econdmicas, os sistemas pol CoS, as instituigdes, tudo enfim, até os tipos de comida consumidos e a moda que altera a aparéncia das pessoas. A realidade, encarada como processo, como constante mudanga, exige uma nova logica. Para dar conta desse outro modo de pensar, Hegel, filosofo alemao do século XIX, desenvolve a logica dialética. Para ele, com- preender a natureza € representi+la como um proceso que envolve a passagem de um ter mo para a sua negacio, A propria palavra dialética jf indica essa divisio: dia = dois; lética = logos, discurso.A dialética, neste caso, é 0 método pant se al- cangar a verdade como movimento interno dla contradic’o, ou seja,cde dois termos que se negamzarvore X nao-irvore;cdoce X nao-doce. Digitalizado com CamScanner 60 t © momento dialétied € oO momento da passagem de um termo adque the cantitetico €a0 impulso que di ao dSpirito a reclite dle de ultrapassar essa coptradigio, Porisso,o método dialttico enydlvesa tese (© que € posto, afirmado); a aptitese (nega: io da afirmagio) ¢ a sintese (negagio dane: gagilo, que supera a contradigao), Dando um, exemplo; Tese: a arvore, Antitese: a tora de madeira (a tora de ma: deira é a arvore morta ¢, por isso, € a negagio da arvore como ser vegetal vivente; nesse sentido a antitese é uma destruigio), Sintese: uma mesa (superacio da conte dicao arvore madeira através do investimen- to de uma nova significagiio dada pelo traba tho executado sobre a madeira), Vemos, pelo exemplo, que, se de um lado, ha uma negagio/destruigao da tese pela antic tese, por outro, ha também uma conservagio de certos aspectos da tese e da antitese na sua supericao que é representada pela sintese: a mesa nao uma arvore, nem uma tora de ma- deira, mas nao existiria se nao fosse por clas, Uoidade ts - A logica dialética nto invalid a logics i al, pois, mesmo que passemos produ, idéias dialeticamente,s6 podemos exprin |, formalmente, segundo as regeas da lingsiays 7. Conclusao Podemos resumir 0 que foi exposto oi, alguns topicos: + chegar ao conhecimento verdadeiry « uma das preocupagdes do ser humane de. de os tempos mais antigos; + o conhecimento se da na relagao que estabelece entre um sujeito cognoscente Ci, objeto ese manifesta através do pensameni tanto em sua forma conereta quanto abstraiy + 0 pensamento se efetiva atrayes das lin guagens verbais ¢ nio-verbais; * para se chegar ao conhecimento corre to,é necessario usar a logica como instrumen to do pensar; + a logica formal aristotélica esta fundada sobre os principios de identidade € nao-con tradigao; + a logica dialética esta fundada sobre » principio de contradigao, tinico capar de explicar as mudangas, LEITURA COMPLEMENTAR [Argumentagao] 4 ae nde de provas. Estas iddias intervenientes, que Servern para mostrar 0 acor- do de quaisquer outras duas, 840 denomina- das provas, &, onde o acordo ou desacordo 6 por este meio evidente @ claramente percebi- do, isto 6 denominado demonstragéo, sendo ‘mostrado pelo entendimento, [...] 4, Mas néo tho facil. Este conhecimento por provas intervenientes, embora soja certo, ‘a evidéncia disto nao 6 totalmente to clara @ brilhante, nom 0 assentimento tao pronto, como no conhecimento intuitivo, Embora na demons- trago a mente finalmente perceba 0 aco‘? ‘0 desacordo das idéias que ela considera, st Nao ¢ feito sem esforgo @ atengao, devend? haver mais do que uma visio transitoria pa" descobri-lo, 5. Nem sem divida precedente. Out’ ferenga entre o conhecimento intuitive ° % ‘monstrativo 6 que, embora no iitimo todas #° @stejam removidas, quando, pela '" orvengéo das idéias intermediarias, 0 aco"? u desacordo 6 percebido nao obstante, a”'°> da havia uma diivida, o que n2° Pode suceder com o conhecimento intuil”° Digitalizado com CamScanner

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