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Com a pandemia do Corona Vírus a educação foi bastante afetada, uma vez que

escolas foram compulsoriamente fechadas e milhares de alunos não conseguiram ter


acesso remoto às aulas disponibilizadas. De acordo com o relatório realizado em
conjunto pela Unesco, UNICEF e o Banco Mundial há perda significativa de
aprendizado em todo o mundo, sendo que menos da metade dos países está
implementando estratégias em escala para que as crianças possam recuperar a
aprendizagem perdida durante a pandemia.

Alguns países conseguiram desenvolver ações para que o processo de aprendizagem


não fosse interrompido, como a China, que tanto escolas públicas e privadas adotaram
o sistema de atividades online, sendo lançada uma plataforma nacional de
aprendizagem, com conteúdo divididos em educação para prevenção de epidemias,
educação moral, educação para temas especiais, aprendizado curricular, materiais
didáticos eletrônicos e educação via cinema e televisão. Já em Montreal, o Governo
criou um portal online, em que eram submetidas atividades para as crianças,
estabelecendo contato semanal, por telefone para acompanhamento dos professores
e alunos. Nesses locais foi necessário tempo de organização, bem como foi
disponibilizado pelo governo estrutura tecnológica e contato direto com as famílias
para orientações.

A pandemia aumentou a desigualdade social, trazendo ainda mais dificuldades para a


continuidade do processo de aprendizagem pelos alunos de baixa renda, já que
estavam privados do ensino, bem como da alimentação ofertada nas escolas. Há
necessidade de políticas públicas que atendam as famílias e possibilitem uma
alimentação adequada para as crianças e adolescentes, além do que é ofertado nas
escolas. No município de São Ludgero/SC foi implantado, em 2017, o projeto
“Defensores da Vida: da produção de alimentos à sustentabilidade planetária”,
desenvolvido no Centro Educacional Professor Henrique Buss, envolvendo mais de
600 alunos do 1º ao 5º Ano, apresentando uma redução média de 70% alcançada em
relação ao desperdício dos alimentos servidos na merenda escolar que era em torno
de 40%. O projeto visa promover o conhecimento acerca da produção e do consumo
de alimentos e da geração e destino local e global de resíduos, por meio de atividades
em que o currículo e realidade fossem articulados para ampliação da percepção dos
estudantes acerca da necessidade de uma vida alicerçada por valores como a
solidariedade, bem como o respeito e o compromisso com o bem-estar individual,
social e ambiental.

Ainda, pandemia escancarou a disparidades raciais, sociais e locais no contexto


educacional brasileiro e contribuiu para o crescimento de evasão escolar entre os mais
pobres e negros, já que muitos não tinham acesso as aulas remotas por não
possuírem instrumentos necessários, como celular, computador. O Governo Federal
ampliou acesso às escolas a rede de computadores, na tentativa de permitir acesso
maior pelos alunos, no entanto, não houve mudança significativa, posto que muitas
escolas não possuem sequer estruturas para ter sala de informática, o que dificulta
ainda mais a obtenção de rede de computadores, etc.

Por fim, na minha cidade Sacramento/MG, não houve ações tão efetivas do setor
público para garantir a alimentação dos estudantes durante o período do fechamento
das escolas, posto que permaneceram distribuindo cestas básicas as famílias
carentes, desde que cadastradas. Algumas escolas promoveram a distribuição de
alimentos.

BIBILIOGRAFIA
Menos da metade dos países está implementando estratégias em escala para que as
crianças possam recuperar a aprendizagem perdida durante a pandemia, disponível
em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/menos-da-metade-dos-
paises-esta-implementando-estrategias-em-escala-para-que-criancas-possam-
recuperar-aprendizagem-perdida-na-pandemia. Acesso em 16/11/2022.

VIEIRA Leticia; RICCI, Maike C. C. A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA:


SOLUÇÕES EMERGENCIAIS PELO MUNDO, disponível em:
https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/7432/EDITORIAL_DE_ABRIL___Let_
cia_Vieira_e_Maike_Ricci_final_15882101662453_7432.pdf. Acesso 16/11/2022.

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