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Apostila Introducao As Normas ISO
Apostila Introducao As Normas ISO
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Introdução às normas ISSO
1. Introdução
A ISO é uma organização não governamental que visa desenvolver, aprovar e divulgar padrões
internacionais, através de normas para produtos, serviços e sistemas, buscando garantir a
qualidade, segurança e eficiência, além de facilitar o comércio desses produtos e serviços entre
diversos países.
Na ISO, o Brasil é representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que é
responsável pela adaptação, tradução e gerenciamento das normas internacionais para o padrão
nacional, dando origem às normas NBR ISO.
2. Origem da ISO
A ISO como a conhecemos hoje originou-se da união de duas organizações – a ISO (Federação
Internacional das Associações Nacionais de Normalização) e o UNSCC (Comitê de Coordenação
de Padrões das Nações Unidas).
Em 1946, mais de 25 países se reuniram no Instituto de Engenheiros Civis de Londres para criar
uma organização internacional, cujo objetivo era “facilitar a coordenação e unificação
internacional dos padrões industriais”. A palavra ISO, por sua vez, é derivada do grego ISOS,
que significa “igual”. Como a Organização Internacional de Normalização teria uma tradução
diferente em cada língua, decidiu-se que o nome abreviado da organização seria ISO.
Hoje a ISO já cresceu para uma confederação de delegados de 147 países e 780 comitês e
subcomitês técnicos, além de publicar mais de 16.500 padrões internacionais. Os delegados se
reúnem regularmente para desenvolver padrões de gestão tanto novos quanto existentes.
3. Benefícios da padronização
Apesar da diferença entre as certificações ISO, todas têm como objetivo introduzir mudanças,
arrumar o que não está certo e incentivar a empresa a ir em direção à excelência administrativa.
Algumas mudanças são esperadas:
● Aumento de produtividade;
● Transparência e menor redundância nos processos;
● Uso correto dos recursos;
● Redução de custos;
Assim, a certificação pode ser usada pelas empresas como uma prova da credibilidade de sua
gestão, ajudando inclusive a garantir que o cliente potencial confie que suas promessas serão
mantidas. Existem diversas normas técnicas, com temas das mais diversas áreas de atuação:
mineração, transporte, meio ambiente, gases, alimentos etc. O processo de acreditação
internacional está dividido em dois órgãos: (IAF, 2018):
5. Auditoria
Para que uma empresa tenha o seu sistema de gestão certificado, é necessário que haja uma
auditoria de terceira parte, realizada por uma organização independente, que é o Organismo de
Certificação.
O Ciclo de Auditoria de Certificação ocorre dentro do intervalo de três anos, período de validade
que consta em um certificado de sistema de gestão. Para melhor compreender o ciclo de
auditoria, o processo é dividido em duas partes:
O ciclo de auditoria de certificação concerne às empresas que irão se certificar pela primeira vez
ou que, por algum motivo, vieram a perder o certificado e darão início a um novo ciclo.
Auditoria de Certificação ou Inicial:
● Fase 1: Pode ser realizada total ou parcialmente nas instalações da empresa e tem como
objetivo analisar a conformidade da documentação do sistema de gestão com os requisitos
aplicáveis da norma de gestão escolhida.
● Fase 2: Deve ser realizada nas dependências da empresa em até 180 dias a partir do
último dia da Fase 1. O objetivo é avaliar a implementação do Sistema de Gestão na prática, por
meio de informações e evidências, e a conformidade com todos os requisitos aplicáveis da norma
de gestão escolhida.
● Deve ser realizada, no mínimo, uma vez por ano e nas dependências da empresa.
● As datas das auditorias de supervisão não podem ultrapassar 12 e 24 meses,
respectivamente, a partir da data da certificação inicial.
5.1. Auditores
Os auditores de terceira parte geralmente são profissionais autônomos que prestam serviços de
auditoria para os Organismos de Certificação.
Dessa forma, não só se acrescenta despesa adicional para o cliente, mas também é possível que
o tempo necessário para alcançar a certificação aumente. Por outro lado, um organismo de
certificação pode agir não só como o consultor para implementar os sistemas na empresa, mas,
após certificá-la e uma vez cumprida a conformidade, podem também oferecer apoio e
orientação ao longo do ano, de forma a garantir que a empresa mantenha a sua certificação. E
o mais importante: o organismo de certificação usa os sistemas em benefício da empresa em
uma base contínua.
Realizado de forma voluntária e reservada, o método de avaliação para acreditação não tem
caráter fiscalizatório e para ser acreditada a organização precisa comprovadamente atender aos
padrões definidos pela ONA, ou seja, são reconhecidos internacionalmente.
Isso porque a ONA é membro da International Society for Quality in Health Care (ISQua),
atuando ao lado de instituições que promovem a qualidade da saúde em países como Estados
Unidos, Reino Unido, França e Canadá. Organizações de todo perfil, porte ou complexidade
podem se tornar acreditadas ou qualificadas, desde que cumpram os padrões estabelecidos pela
ONA.
Por não ter caráter prescritivo, a metodologia de acreditação da ONA não traz recomendações
específicas sobre ferramentas, técnicas, processos ou linhas metodológicas a serem seguidas
pelas organizações que se submetem à avaliação.
A metodologia ONA é a única no país que acredita em diferentes níveis, o que permite auxiliar
as organizações no desenvolvimento da segurança dos processos, na gestão integrada e na
maturidade institucional. Além disso, os três níveis de acreditação da ONA são reconhecidos
internacionalmente e certificados pela International Society for Quality in Health Care (ISQua).
Essas avaliações são realizadas pelas Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) pela
ONA, com base no Manual Brasileiro de Acreditação.
6.2.1. DICQ
O DICQ - Sistema Nacional de Acreditação - é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises
Clínicas e acredita laboratório clínicos, sendo seu certificado válido por 3 anos.
7. Normas ISO
A série de Normas ISO foi criada pela Organização Internacional de Padronização (ISO).
Existem diversas normas no mercado, no entanto, algumas ganham destaque especial no mundo
corporativo, entre elas a ISO 9001:2015, a ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018.
A Norma ISO 9001:2015, que especifica requisitos para a implantação de um Sistema de Gestão
da Qualidade (SGQ). A implantação de um SGQ é uma decisão estratégica e auxilia a organização
a melhorar seu desempenho global, além de outros benefícios:
Pelo seu histórico, a aplicação dessa norma tem algumas premissas, por exemplo, prover
constantemente produtos e serviços que atendam aos clientes, aumentar a satisfação do cliente,
obter processos de melhoria do sistema e garantia da qualidade; além disso, é aplicável aos
requisitos estatutários e regulatórios.
É também a Norma mais conhecida da ISO e sua certificação é a mais procurada, dados os seus
benefícios.
1. Foco no cliente;
2. Liderança;
3. Engajamento de pessoas;
4. Abordagem de processo;
5. Melhoria;
6. Tomada de decisão baseada em evidência;
7. Gestão de relacionamento.
7.2.1. Benefícios
A ISO 14001 se aplica a empresas cujos interesses vão além do posicionamento ecológico e
pensam na estratégia da empresa trazendo benefícios como:
A ISO 45001 (antiga OHSAS 18001) tem por objetivo estabelecer os critérios e elementos
necessários para ajudar as organizações a proporcionar e oferecer um ambiente de trabalho
seguro e saudável para os trabalhadores e outras pessoas, evitando mortes, lesões e problemas
de saúde relacionados com o trabalho e melhorando continuamente seu desempenho no que
tange à saúde e segurança ocupacional (SSO).
Mas para alcançar esses benefícios, certas adaptações devem ser feitas no local de trabalho:
7.3.2. Acidentes
Por outro lado, a saúde e o bem-estar dos colaboradores podem ser afetados com a ausência de
SGSSO. Os efeitos podem ser físicos, mentais ou cognitivos e podem causar doenças, lesões e,
nos piores casos, à morte.
Segundo o Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012 e 2018 foram
contabilizados 17.200 falecimentos em razão de algum incidente ou doença relacionados à
atividade laboral.
Além disso, um acidente de trabalho, qualquer que seja a sua dimensão, pode acarretar prejuízos
para a empresa, como:
Os requisitos eram comuns entre si, mas com terminologias e definições diferentes, por isso foi
criado no Anexo SL, uma estrutura única. As normas novas estariam presentes no sistema
incluindo as normas clássicas como ISO 9001 E 14001.
Os requisitos apresentados acima seguem uma ordem cronológica, porém podem ser
interpretados como início, meio e fim. O primeiro deles é o escopo:
2) Referências normativas
Fornece detalhes das normas de referência ou publicações pertinentes para uma determinada
norma.
3) Termos e definições
Detalhes dos termos e definições aplicáveis à norma específica, além de qualquer norma formal
relacionada a definições e termos.
4) Contexto da organização
Como a base de um sistema de gestão, a cláusula 4 determina por que a organização está aqui.
Como parte da resposta a essa pergunta, a organização precisa identificar questões internas e
externas que podem ter um impacto sobre seus resultados desejados, bem como todas as partes
interessadas e seus requisitos. Além disso, a organização também precisa documentar seu
escopo e estabelecer os limites do sistema de gestão – todos de acordo com os objetivos de
negócio
5) Liderança
5.1.) Liderança e comprometimento
Alta Direção deve demonstrar liderança perante o Sistema de Gestão.
5.2.) Política
Alta Direção responsável por estabelecer uma política que se adeque ao propósito da
organização.
6) Planejamento
A cláusula 6 traz o pensamento baseado no risco adiante. Assim como a organização destacou
riscos e oportunidades na cláusula 4, ela precisa estipular como tais riscos e oportunidades serão
tratados através do planejamento. A fase de planejamento olha para o quê, quem, como e
quando esses riscos devem ser tratados.
Esta abordagem proativa substitui a ação preventiva e reduz a necessidade de ações corretivas
posteriormente. É colocado também um foco especial nos objetivos do sistema de gestão. Esses
devem ser mensuráveis, monitorados, comunicados, alinhados à política do sistema de gestão
e atualizados quando necessário.
7) Apoio
Depois de abordar o contexto, compromisso e planejamento, as organizações terão que olhar
para o suporte de que necessitam para atingir suas metas e objetivos. Isso inclui recursos,
comunicações internas e externas direcionadas, bem como informações.
● Recursos;
● Competência;
● Conscientização;
● Comunicação;
● Informação documentada.
8) Operação
● Deve-se planejar, implementar e controlar os processos necessários para satisfazer os
requisitos e para implementar as ações determinadas;
● Controlar as alterações planejadas e rever a consequência de alterações não desejadas,
visando mitigar eventos adversos;
● Garantir o controle dos processos subcontratados.
9) Avaliação de Desempenho
9.1.) Monitoramento, medição, análise e avaliação
Deve-se determinar o que, como e quando as coisas são monitoradas, medidas, analisadas e
avaliadas.
10) Melhoria
10.1.) Não conformidade e ação corretiva
Onde a Não Conformidade é o não atendimento de um requisito pré-estabelecido, e a Ação
Corretiva é a resolução imediata de um desvio pontual.
9. Processo de Certificação
Certificar uma empresa perante as Normas ISO é um projeto.
Por sua complexidade, é fundamental que a implantação de um Sistema de Gestão possua apoio
da Alta Direção, pois:
● Para grandes empresas: Recomenda-se ter a Área de Qualidade, com colaboradores com
conhecimentos tácitos que implementem os requisitos da Norma adequando-as às necessidades
da empresa;
● Para empresas médias/pequenas: Considerando a onerosidade de uma equipe, uma opção
viável é contratar uma consultoria.
Vale observar que a consultoria não diminui o esforço necessário pelo contratante na
implementação dos requisitos, pois o consultor apenas mostrará o “caminho das pedras”.
● Necessidades da empresa;
● Melhorias desejadas.
● Planejamento estratégico;
● Processos;
● Documentos e registros;
● Estruturação de indicadores;
● Abordagem de riscos.
3) Conscientizar colaboradores
● Benefícios da certificação;
● Necessidade de colaboração;
● Possíveis dificuldades que irão encontrar.
4) Implementar requisitos
Nessa fase os esforços devem ser concentrados para:
5) Auditoria Interna
Ao final do processo de implantação, recomenda-se realizar uma auditoria interna para verificar:
Vale mencionar que há sistemas de gestão que tratam como requisito normativo a realização de
auditoria interna.
6) Auditoria de Certificação
O último passo é a contratação de um Organismo de Certificação responsável pela auditoria
externa ou de certificação.
Importante salientar que o Organismo de Certificação emite um relatório com o seu parecer,
recomendando (ou não) a concessão do certificado.
O parecer deverá ser embasado em fatos e dados concretos, podendo inclusive ser questionado
pela empresa caso o resultado difira de sua interpretação.
Como as empresas não obtêm resultados, pois não houve mudanças efetivas, a certificação
se torna um ciclo vicioso negativo
Com a filosofia de “fazer o certo pelo motivo certo”, as equipes que ficam com medo de não
conquistar a certificação, podem tentar contemplar a norma apenas para satisfazer o cliente ou
o suficiente para o “auditor ver”. Porém os resultados não são alterados.
Para alguns casos, a dependência da certificação é tão grande que os estabelecimentos recorrem
a ações extremas para adquiri-la:
● Falsificar evidências;
● Afastar colaboradores que poderiam falar algo comprometedor durante a auditoria;
● Derrubar sistemas de informação para ocultar uma evidência;
● Oferecer suborno aos auditores;
● Contratar pessoas externas para se passarem por colaboradores.