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Trabalho de Climatologia
Trabalho de Climatologia
PORTFÓLIO
Universidade Púnguè
Tete
2022
II
PORTFÓLIO
Universidade Púnguè
Tete
2022
III
Índice
1.1.Introdução
O presente trabalho de Climatologia visa abordar de forma clara sobre o resumo de todos
trabalhos feitos durante o semestre em curso, ou seja, um Portfólio.
Climatologia sinóptica é o estudo do tempo e do clima em uma área com relação ao padrão de
circulação atmosférica predominante.
1.2.Metodologia
Para a realização do presente trabalho, foi desenvolvido na base do método de pesquisa
bibliográfica que consistiu na consulta de artigos, teses e obras literárias que abordam sobre o
tema em alusão.
No que tange a estrutura, o presente trabalho apresenta uma introdução, objectivos do trabalho,
metodologia usada e o desenvolvimento da pesquisa (organizada em nove unidades, com suas
respectivas referências bibliográficas).
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1.3.Objectivos do Trabalho
1.3.1. Objectivo Geral
➢ Realizar um Portfólio sobre os temas abordados na cadeira de Climatologia.
1.3.2. Objectivos Específicos
Tendo em vista alcançar o objectivo acima mencionado, são necessários definir as seguintes
linhas de actuação:
Esta unidade irá abordar acerca do Sistema Climático. Dentro desta unidade interessa saber
sobre os principais componentes do sistema climático, modelo de classificação dos climas,
equilíbrio do sistema climático por meio de retroalimentação: positiva e negativa.
1.1.Sistema Climático
1.1.1. Principais Componentes do Sistema Climático
a. Atmosfera: invólucro gasoso da Terra, sendo actualmente constituída por uma mistura
de gases dos quais o azoto, ao oxigénio, o árgon e o dióxido de carbono representam
99,98% do seu volume. A Atmosfera divide-se em cinco camadas (troposfera,
estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera);
b. Biosfera: inclui o conjunto dos seres vivos que povoam a Terra, integrados no
respectivo meio abiótico. Os seres vivos interagem continuamente com os diferentes
subsistemas, influenciando-se mutuamente.
c. Hidrosfera: é constituída pelos reservatórios de água que existem na Terra: oceanos,
rios, lagos, águas subterrâneas e glaciares e calotes de gelo.
d. Geosfera: é representada pela parte sólida, quer superficial quer profunda, da Terra. A
zona mais externa da Geosfera é a Litosfera, constituída pela crosta e parte superior do
manto.
e. Criosfera: constitui as camadas de gelo e neve na superfície da Terra;
anuais. Koppen definiu cinco climas principais, designando-os, respectivamente, por letras
maiúsculas (A, B, C, D e E):
❖ S: clima de estepe - clima semi-árido com a precipitação anual compreendida entre 380
e 760 mm, para as baixas latitudes.
❖ W: clima desértico - clima árido, em que P < 250 mm.
Como é fácil constatar, S e W só se aplicam aos climas do grupo B, dando lugar aos tipos BW
e BS. Nova linha para casos especiais de designação de subtipos de clima, Koppen utilizou
minúsculas:
❖ f: quando o clima é húmido, isto é, com precipitação regular todos os meses; não há
estação seca ou ausência de água no solo.
❖ r: húmido durante todo o ano (grupo A, C, D).
❖ d: seco durante todo o ano.
❖ w: estação seca no Inverno do respectivo hemisfério.
❖ s: estação seca no verão do respectivo hemisfério.
❖ m: clima do bosque pluvioso (floresta densa), apenas de curta estação seca - tipo
monçónico (aplica-se exclusivamente ao grupo A).
Referências Bibliográficas
https://www.escolamz.com/2020/07/tempo-e-clima-classificacao-dos-climas.html
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
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O sistema de classificação climática criado por Charles Warren Thornthwaite, o factor mais
importante é a evapotranspiração potencial e a sua comparação com a precipitação que são
típicas de uma determinada área. Nessa base, este cientista dividiu o globo em cinco zonas
climáticas:
❖ A: hiper húmido
❖ B: húmido
❖ C: sub húmido
❖ D: semiárido
❖ E : árido.
❖ r: rain – chuvoso.
❖ d : dry – seco.
❖ s : summer – verão.
❖ w : winter – Inverno.
❖ A’ : megaternal
❖ B’: mesoternal
❖ C’: microternal
1.2.3.2.Classificação Climática de Flohn
É um modelo de classificação genética sugerido por Flohn em 1950. Ele reconheceu sete tipos
climáticos, baseados nas zonas de ventos globais e nas características da precipitação.
A retroalimentação positiva ocorre quando o produto final de uma acção no sistema causa maior
produção dessa acção. Um exemplo de retroalimentação positiva é o aumento da temperatura,
causando maior evaporação de água (vapor d'água). O vapor d'água retém calor e faz com que
a temperatura aumente, produzindo mais vapor d'água, e assim por diante.
Já a retroalimentação negativa causa o efeito contrário, isto é, o produto final de uma acção no
sistema faz com que o sistema diminua a própria acção. Por exemplo, se a atmosfera tem mais
CO2 e está mais quente, mais água (ou vapor d'água) estará disponível para as plantas
consumirem, crescerem e se multiplicarem. Porém, quanto mais as plantas crescem, mais CO2
elas removem da atmosfera, diminuindo a temperatura e gerando menos vapor de água. Por
outro lado, a presença de mais plantas implicam em maior quantidade de vapor de água gerado
por transpiração, ou seja, as plantas são mecanismos de retroalimentação positiva e negativa.
Referências Bibliográficas
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017
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Esta unidade irá abordar acerca da Radiação (solar e terrestre) e Balanço radioactivo. Dentro
desta unidade interessa saber: radiação solar e terrestre, radiação solar espectral, instrumentos
de medição da radiação solar, balanço radioactivo, alterações do balanço radioactivo e o seu
impacto climático.
O Sol é a fonte de energia que controla a circulação da atmosfera. O Sol emite energia em forma
de radiação eletromagnética, da qual uma parte é interceptada pelo sistema Terra-atmosfera e
convertida em outras formas de energia como, por exemplo, calor e energia cinética da
circulação atmosférica. É importante notar que a energia pode ser convertida, mas não criada
ou destruída. É a lei da conservação da energia.
A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é
responsável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para
os pólos, procuram atingir um balanço de energia. Inicialmente vamos abordar as causas dessa
distribuição desigual, temporal e espacial. Estas causas residem nos movimentos da Terra em
relação ao Sol e também em variações na superfície da Terra.
O Sol é categorizado como uma estrela anã amarela em virtude da classificação espectral, que
se baseia em algumas características, tais como a temperatura de sua superfície (cerca de 5780
K) e luminosidade. Esse nome, todavia, não está relacionado à cor, uma vez que o Sol é capaz
de produzir todos os comprimentos de onda da radiação visível em virtude das reações de fusão
nuclear que ocorrem em seu núcleo. Dessa forma, quando visto de fora da Terra, sua coloração
é branca.
O processo de emissão de luz realizado pelo Sol é o de irradiação térmica. Esse tipo de emissão
surge em decorrência de altíssimas temperaturas sem qualquer dependência da substância do
emissor: toda a luz é produzida nesse processo por efeitos estritamente térmicos. A maior parte
das ondas eletromagnéticas produzidas pelo Sol encontra-se no intervalo da radiação
infravermelha – cerca de 50%.
Os outros 50% restantes são 40% de luz visível e cerca de 10% de radiação ultravioleta,
respectivamente.
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O piranômetro é o instrumento padrão para medida de intensidade da radiação solar que atinge
uma superfície horizontal.
b. Pireliómetro
c. Heliógrafo
2.4.Balanço radiactivo
A energia existente na Terra tem sua principal origem a radiação emitida pelo Sol. De modo
geral, podemos dizer que o balanço energético da Terra é neutro, ou seja, a quantidade de
energia que entra é a mesma que é emitida para fora, pela superfície do planeta. Mas quando
porções limitadas da superfície terrestre são consideradas, nota-se diferenças sutis entre a
quantidade de energia absorvida e a energia emitida. Essa diferença está diretamente
relacionada à quantidade de energia que é absorvida e emitida pela Terra, apresentando valores
variáveis conforme sua latitude e estação sazonal.
O clima terrestre é regulado por diversos elementos e processos que envolvem o fluxo de
radiação solar, a atmosfera e a superfície da terra. Desse modo, a energia solar incidente produz
uma dinâmica permanente entre a atmosfera e a superfície, que é traduzida por meio do clima.
Qualquer fator que altere a radiação solar incidente ou enviada de volta para o espaço, ou que
altere a redistribuição de energia dentro da atmosfera e entre a atmosfera e a superfície, pode
afetar o clima. Portanto, monitorar as diferentes componentes do balanço radiativo possibilita
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identificar alterações que venham ocorrer à superfície, com impactos em vários setores, em
particular, no clima em diferentes escalas.
É de grande importância investigar alterações que possam ser estabelecidas nas componentes
do Balanço de Radiação (BR) à superfície, especialmente no que diz respeito ao aumento de
temperatura da superfície e albedo, que impactam diretamente a transferência de massa (água e
CO2) para a atmosfera, já que é real a crescente demanda pelo uso da água e, consequentemente,
necessária uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.
Quando a quantidade de energia que entra no Planeta é superior à quantidade que sai, temos
uma situação de Aquecimento Global.
Referências Bibliográficas
Ayoade, J.O (1991). Introdução a Climatologia para os trópicos., 3 a ed., São Paulo: Bertrand
Brasil. 332p.
http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2intro.html
https://www.preparaenem.com/fisica/espectro-solar.htm
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Nesta unidade abordar-se-á sobre Factores e Elementos do Clima. Dentro desta unidade
interessa saber: elementos climáticos e sua classificação, principais factores do clima,
interacção factor e elemento do clima.
a) Radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor
recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe a
influência dos seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o calor já
existente.
b) Temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera, podendo ser medida em graus
celsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin (K).
c) Pressão atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície. O peso
que o ar exerce sobre a superfície terrestre é chamado de pressão atmosférica. Como
esse peso não é exercido de maneira uniforme em todos os lugares, as diferenças de
pressão originam os ventos.
d) Humidade atmosférica: é a quantidade de água em sua forma gasosa presente na
atmosfera. A humidade atmosférica (quantidade de vapor de água existente no ar) varia
de um lugar para o outro e até em um mesmo lugar, dependendo do dia, do mês ou da
estação do ano.
3.2.Factores do Clima
Os factores climáticos são as condições que determinam ou interferem nos elementos climáticos
e os climas deles resultantes. Os principais factores climáticos são:
Os fatores climáticos são as condições que determinam ou interferem nos elementos climáticos
e os climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o porquê de uma região ser quente
e húmida e outra ser fria e seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos são: latitude,
altitude, maritimidade e continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e até o
relevo.
Referências Bibliográficas
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-elementos-climaticos.htm
PENA, Rodolfo F. Alves. "Fatores e elementos climáticos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-elementos-climaticos.htm. Acesso em 03 de
junho de 2022.
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3.4.2. Precipitação
Entende-se por precipitação a água proveniente do vapor de água da atmosfera depositada na
superfície terrestre sob qualquer forma: chuva, granizo, neblina, neve, orvalho ou geada.
3.6.Formas de precipitação
➢ Chuva: precipitação em forma líquida, com diâmetros variando entre 200 milésimos
de milímetros e alguns milímetros. A chuva formada por gotículas cujos diâmetros são
inferiores a 0,5 milímetros é conhecida como garoa ou chuvisco.
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3.7.Tipos de Chuvas
a. Chuva Convectiva: também chamada de chuva de verão, resulta de um aquecimento
diferencial da superfície terrestre, originando a ascensão do ar. A chuva se manifesta de
forma intensa e de curta duração, cujas características principais são: elevada
intensidade, curta duração, ocorrência de relâmpagos e trovões, ventos fortes e até
granizo.
b. Chuva orográfica: ocorre quando uma massa de ar húmido provinda do oceano é
forçada a subir a grandes altitudes por encontrar uma cadeia montanhosa (do grego
Oro,“montanha”) em sua rota, sofrendo resfriamento e condensando. As chuvas deste
tipo atingem áreas de abrangência maiores do que as do caso anterior, tendo maior
duração e menor intensidade.
c. Chuva ciclónica: se origina de nuvens que se formam a partir do encontro de massas
de ar frio e quente. A massa quente e húmida tende a se elevar, resfriando-se
adiabaticamente. Nesse processo forçado de subida, ocorre a condensação.
Referências Bibliográficas
Nesta unidade abordar-se-á acerca da circulação geral da atmosfera. Dentro desta unidade
interessa saber: conceito e classificação dos ventos, conceito de pressão atmosférica, pressões
e suas características, distribuição dos principais centros barómetros e circulação planetária,
regional e local.
São movimentos de massas de ar de áreas com pressões atmosféricas mais altas com direção às
mais baixas, variando de acordo com altitude, relevo e localidade. Ele é resultante das
diferenças de pressão atmosférica entre os diferentes lugares.
A classificação dos tipos de ventos existentes no planeta varia de acordo com a intensidade,
direção, temperatura, humidade, além de fatores locais. Os principais tipos de ventos que
ocorrem no mundo são:
i. Brisas: ventos constantes que sopram do mar para o continente (dia) e no sentido
contrário durante a noite.
ii. Monções: muito comuns na Ásia, são ventos que sopram do mar para o continente
(estação chuvosa, entre julho e agosto) e do continente para o mar (estação seca, entre
dezembro e janeiro).
iii. Ventos alísios: ventos úmidos que sopram dos polos e dos trópicos em direção à Linha
do Equador.
iv. Ventos contra-alísios: ventos secos que sopram da Linha do Equador para os trópicos.
v. Ciclones: ventos circulares que têm como características tempestades tropicais e
subtropicais, com massas de ar que estão em constante movimento rotativo.
vi. Tufão: ventos circulares (ciclones) formados na Ásia. Possui as mesmas características
dos furacões, com exceção da localização. Geralmente tufões são encontrados na Ásia,
próximos à Linha do Equador, no Oceano Pacífico.
vii. Furacão: ventos circulares (ciclones) que chegam a atingir 400 km de diâmetro. O
sentido de sua direção varia de acordo com o hemisfério: anti-horário, no Hemisfério
Norte, e horário, no Sul.
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viii. Tornado: o mais forte dos ventos, podendo atingir até 490 km/hora. Seu tamanho pode
ser de até 10 km de diâmetro, sendo formado por redemoinhos e poeiras, ocorrendo em
zonas temperadas no Hemisfério Norte.
Pressão atmosférica é a pressão que o ar da atmosfera exerce sobre a superfície do planeta. Essa
pressão pode mudar de acordo com a variação de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor
a pressão e, consequentemente, quanto menor a altitude maior a pressão exercida pelo ar na
superfície terrestre.
Os ventos, por sua vez, são diretamente determinados pelas diferenças de pressão entre uma
área e outra. Considerando que o vento é o ar em movimento, ele se locomove das áreas de
maior para as de menor pressão atmosférica. Outra influência é sobre a circulação geral do ar:
quando o ar mais frio (e, portanto, com maior pressão) desce e o ar mais quente na superfície
(e com menor pressão) sobe, formando os ventos.
São linhas concêntricas e fechadas que indicam a pressão atmosférica. Os centros barométricos
podem ser: Centros de alta e baixa pressão. Linhas isobáricas ou isóbaras são linhas que unem
lugares com o mesmo valor da pressão.
As altas pressões também se denominam por anticiclones e originam tempo seco porque o ar é
descendente e nesse movimento aquece. Os valores da pressão aumentam da periferia para o
centro onde no centro são representados pela letra A ou sinal (+).
As baixas pressões podem também, se apelidar por depressões ou ciclones e originam tempo
chuvoso porque o ar é convergente à superfície e é obrigado a ascender, transportando consigo
vapor de água, que arrefece na ascensão em altitude e condensa, formando nuvens e originando
precipitação quando saturado. Os valores da pressão diminuem da periferia para o centro onde
são representados pela letra B ou sinal (-).
São tempestades tropicais que se originam em zonas de baixa pressão atmosférica, podendo
causar diversos estragos ao atingirem o continente. Ou seja, ciclones são tempestades tropicais
formadas em centros de baixa pressão, áreas associadas à formação de nuvens, à humidade e a
tempestades.
4.4.1.2.Anticiclone
Enquanto os ciclones representam áreas de baixa pressão atmosférica, ou seja, uma zona de
convergência de ventos, os anticiclones representam áreas de alta pressão atmosférica, ou uma
zona de dispersão de ventos. O sistema de alta pressão, ou anticiclones, representa regiões de
tempo estável, normalmente seco e sem a presença de nuvens.
A movimentação dos ventos para os dois sistemas é diferente. Nos ciclones, os ventos circulam
em sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido anti-horário no Hemisfério Norte. Já nos
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Referências Bibliográficas
Nesta unidade abordar-se-á sobre climas da terra. Interessa saber nesta unidade sobre os
principais tipos de clima da terra.
5. Climas da Terra
Actualmente, existem diferentes classificações climáticas que definem o clima de acordo com
os seus principais elementos: radiação, temperatura, pressão atmosférica, humidade etc.
De acordo com essa classificação, o planeta possui vários tipos e subtipos de clima, a saber:
Equatorial, Tropical, Temperado, Subtropical, Mediterrâneo, Frio, Frio de Montanha, Polar,
Desértico e Semiárido.
f) Frio (subpolar): Presente nas regiões temperadas mais próximas aos polos e apresenta
duas estações bem definidas: Verão fresco, com temperaturas em torno de 10º C, e
inverno bastante rigoroso, com temperaturas negativas. Possui baixíssimas temperaturas
e elevada pluviosidade, que se manifesta, principalmente, sob a forma de neve.
g) Frio de Montanha: Ocorre em regiões com grandes cadeias de montanhas, como os
Andes, Himalaia, as Montanhas Rochosas e os Alpes. Caracteriza-se pelas baixas
altitudes, com uma grande variação de temperatura conforme a altitude (quanto maior a
altitude, menor a temperatura), e a presença de neves eternas (que nunca derretem).
h) Polar ou Glacial: Ocorre nas zonas polares ou em latitudes muito elevadas, próximas
aos polos norte e sul. Registra as mais baixas temperaturas da Terra, com verões secos
e curtos e invernos longos e húmidos. Os índices de pluviosidade são baixos.
i) Desértico: Presente tanto em regiões temperadas quanto em regiões tropicais (norte da
África, Oriente Médio, oeste dos Estados Unidos, norte do México, litoral do Chile e do
Peru, Austrália e noroeste da Índia). Também chamado de Árido, é o mais seco e menos
chuvoso dentre todos os climas. Possui as mais altas temperaturas da superfície terrestre,
mas sua amplitude térmica também é elevada, apresentando noites muito frias.
j) Semiárido: Localiza-se nas bordas dos desertos da América do Norte, América do Sul,
Austrália, África e na região Nordeste do Brasil. Apresenta baixas taxas de umidade e
índice pluviométrico, que são maiores apenas do que as do clima desértico. Apresenta
elevadas temperaturas durante o ano, mas a sua média permanece em 25ºC.
Referências Bibliográficas
Nesta unidade abordar-se-á acerca das Mudanças climáticas globais. Interessa saber nesta
unidade: os factores de mudanças climáticas, o homem como agente de mudanças climáticas e
as Causas e consequências das mudanças climáticas em Moçambique.
Moçambique é especialmente vulnerável aos efeitos das Mudanças Climáticas devido à sua
localização geográfica na zona de convergência intertropical e a jusante de bacias hidrográficas
partilhadas, à sua longa costa e à existência de extensas áreas com altitude abaixo do actual
nível das águas do mar.
Contribuem para a sua vulnerabilidade e baixa capacidade adaptativa, entre outros factores, a
pobreza, os limitados investimentos em tecnologia avançada e a fragilidade das infraestruturas
e serviços sociais, com destaque para a saúde e o saneamento.
Referências Bibliográficas
Nesta unidade abordar-se-á sobre El Niño e La Niña. Dentro desta unidade interessa saber
sobre: Origem, Causas e efeitos, El Niño na agricultura, El Niño e La Niña, Influência do El
Niño na Variabilidade Climática de Moçambique.
7. El Niño e La Niña
7.1.Origem
As pesquisas desenvolvidas até o presente apontam quatro possíveis origens do fenômeno, mas
apenas citar-se-á duas teses:
A tese dos oceanógrafos: a origem do EI Niño é interna ao próprio Oceano Pacífico. Para os
oceanógrafos, o fenômeno seria resultante do acúmulo de águas quentes na porção oeste desse
oceano devido a uma intensificação prolongada dos ventos de leste nos meses que antecedem
o El Niño, o que faz com que o nível do mar se eleve ali em alguns centímetros. Com o
enfraquecimento dos alísios de sudeste, a água desliza para leste, bloqueando o caminho das
águas frias provenientes do sul.
A tese dos meteorologistas: a origem do fenômeno é externa ao Oceano Pacífico, pois o estudo
da atmosfera tropical mostra uma propagação em direção leste das anomalias de pressão em
altitude. Essa propagação estaria relacionada a uma acentuação das quedas térmicas sobre a
Ásia Central, o que reduz a intensidade da monção de verão na Índia, resultando na formação
de condições de baixas pressões mais expressivas sobre o oceano Índico. Os ventos alísios do
leste do Índico e do oeste do Pacífico tornam-se, assim, menos ativos e criam condições para a
formação do El Niño.
O El Niño é um fenômeno climático natural descrito como o aquecimento anormal das águas
do Oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre de tempos em tempos, iniciando-se
por volta do mês de dezembro, e causa transformações na circulação atmosférica, interferindo
no regime pluviométrico e nas temperaturas em várias regiões do planeta.
7.1.2. La Niña
Este fenômeno climático não ocorre todos os anos e da mesma forma. Sua frequência é de 2 a
7 anos, com duração aproximada de 9 a 12 meses (há casos que pode durar até 2 anos).
7.2.Causas e efeitos
Tanto o El Niño e La Niña são fenómenos atípicos do clima. Eles são influenciados por vários
factores que acontecem nas águas do Pacífico, tais como pressão, massas de ar, temperaturas,
cuvas, etc. quando o sistema atmosférico sofre anomalias, acontecem situações fora da
normalidade, facto que gera mudanças em inúmeros continentes.
Afinal, tanto o aquecimento quanto o esfriamento das águas do Pacífico interferem nos factores
climáticos, trazendo seca quando o período seria de chuva, calor em excesso no inverno ou
muita chuva.
Dessa maneira, há vários prejuízos para a sociedade. Podemos citar o aumento de problemas
respiratórios quando a seca ou o vento estão fora da normalidade ou a redução na produção
agrícola.
Afinal, grande parte das culturas necessita de condições climáticas favoráveis para uma boa
produção, ou seja, se houver alterações, haverá perdas e prejuízo nos rendimentos seja para
abastecer o mercado interno ou externo.
Além disso, os ventos fortes podem causar danos nas cidades, destelhando casas tão quanto as
chuvas intensas geram deslizamentos e enchentes.
Referências Bibliográficas
De modo geral, as anomalias de chuva relacionadas com El Niño (águas do Pacífico tropical
quentes e Índice de Oscilação Sul negativo) e com La Niña (águas do Pacífico tropical frias e
Índice de Oscilação Sul positivo) atingem as mesmas regiões nos mesmos períodos do ano (ou
um pouco desfasados), porém, mesmo não sendo uma imagem de espelho perfeita, de forma
oposta. Ou seja, naquelas regiões onde em anos de El Niño há excesso de chuvas, nos anos de
La Niña pode ocorrer seca.
O comportamento das chuvas, para além das temperaturas das águas dos oceanos Indico e
Atlântico, é fortemente influenciado por outros factores de escala regional e global tais como
as anomalias na circulação geral da atmosfera, reflectindo-se na dinâmica dos ventos.
Em toda região Sul do País, e região Centro, nomeadamente províncias de Manica, Sofala, sul
de Tete e Zambézia, espera-se a ocorrência de chuvas normais com tendência para abaixo do
normal. Na região Norte, incluindo região planaltica de Tete e alta e média Zambézia, esperava-
se a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal.
As médias de longo prazo da Temperatura máxima apresentam valores mais elevados na metade
sul da província de Tete. Outras zonas mais quentes incluem a costa norte e a zona ocidental da
província de Gaza. A Temperatura mínimas tem padrão diferente com um gradiente claro de
temperaturas decrescentes da costa para o interior.
As temperaturas mínimas mais elevadas podem ser observadas ao longo da costa norte,
enquanto que as mais baixas se encontram na província de Gaza. Esta região tem, também, a
amplitude de temperatura mais alargada no país. O país tem um perfil de temperatura sazonal
simples com a mínima em Julho (inverno) e o pico em Novembro para a Temperatura máxima
e, em Dezembro, para a Temperatura mínima.
Referências Bibliográficas
CUNHA, G.R. El Nino - Oscilações do Sul. Um fenómeno que influencia o clima e a agricultura
de diferentes partes do mundo. 1995.
EFP (World Food Programme). Análise do Clima (36 anos, 1982 a 2017). Moçambique. 2003.
FUNCEME. Gestão de riscos a desastres ENOS (El Nino oscilação sul). El Nino e la Nina.
2001.
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Nesta unidade abordar-se acerca dos Sistemas de Aviso Prévio. Interessa saber nesta unidade
sobre os principais tipos de sistemas de aviso prévio e seus componentes.
Os sistemas de Aviso Prévio (SAP) são parte importante da redução do risco dos desastres. Os
SAP constituem um complexo conjunto de actividades e indicadores que em primeiro ajudam
a prever, informar e depois alertar as comunidades sobre a tomada de medidas de prevenção.
Referências Bibliográficas
Nesta unidade abordar-se-á sobre a Previsão do tempo. Interessa saber nesta unidade: conceito
de tempo atmosférico, importância da previsão do tempo, indicadores de mau e bom tempo,
análise e previsão do tempo, principais grandezas utilizadas na determinação do estado do
tempo.
9. Previsão do Tempo
9.1.Conceito de tempo atmosférico
Do ponto de vista climático, o tempo é o estado em que se encontra a atmosfera. Logo, o tempo
pode variar muito de acordo com a região, época do ano e, principalmente, pelas interferências
climáticas (frentes frias, umidade, nuvens, formação de zonas de alta ou baixa pressão, etc.).
De acordo com o estado da atmosfera, o tempo pode ser frio, ameno ou quente, húmido ou seco,
nublado ou claro, estável ou instável.
A importância da previsão do tempo é para nossas actividades diárias, como, por exemplo,
separar a roupa mais adequada ao clima do dia e escolher a melhor época para realizar uma
viagem. A importância da previsão do tempo não se esgota em nós cidadãos. Ela é
extremamente importante para a agricultura, piscicultura, aeronáutica, navegações marítimas,
turismo e para a segurança das populações frente aos fenômenos meteorológicos.
A pressão é um indicador da mudança dos tempos: abaixo de 1015 hPa, que é uma depressão,
o tempo está húmido, acima de 1015 hPa, existe um anticiclone.
A previsão do clima é feita pela climatologia, que utiliza um conjunto de dados colhidos pelos
meteorologistas para realizar uma média, chegando há conclusões mais definitivas sobre a
atmosfera em determinada região.
Os elementos climáticos são grandezas meteorológicas que podem ser medidas por
instrumentos específicos e são responsáveis pelas características que retratam o estado da
atmosfera.
10.2.2. Higrômetro: o higrômetro, portanto, atua como um sensor de humidade nas estações
meteorológicas e geralmente é colocado ao lado dos sensores de temperatura.
10.2.3. Barômetro: a pressão atmosférica do ar também é conhecida como pressão barométrica
e é por isso que o barômetro, que mede esse dado, se chama assim.
10.2.4. Anemômetro: o anemômetro é responsável por medir a velocidade do vento e os dados
da sua direção. São três tipos de anemômetro que podem ser escolhidos, mas, na prática,
o vento passa pelos espaços do aparelho diminuindo ou aumentando as ondas
ultrassônicas.
10.2.5. Pluviômetro: é responsável por calcular a quantidade de chuva, o pluviômetro é o
aparelho que transmite os dados relativos às quedas de água. Sua precisão é
impressionante, pois ele é capaz de medir cada 0,01 milímetro de chuva.
Referências Bibliográficas
ALVAREZ, Marcos César; SAMPAIO, Gilvan; DIAS, Pedro Leite da Silva. Evolução dos
modelos climáticos e de previsão de tempo e clima. Revista USP, São Paulo, n. 103, p. 41-54,
2014.
https://www.inam.gov.mz/images/DPP_2020/Previsao_Climatica_Sazonal_para_Epoca_Chu
vosa_2020-21.pdf.